sábado, 11 de fevereiro de 2012

Os perigosíssimos e os invertidíssimos

Eu não conheço o que pensam as pessoas, que lêem este texto, de uma sociedade, de uma nação, cujas forças policiais protegem e defendem os assassinos violentos daqueles que, mansa e pacificamente, procuram evitar esse malfazer maligno. Mas sei, com toda a segurança, que, como podem verificar lá para o meio desta filmagem, isso sucede em Portugal. Perigosíssima esta vintena de gente que exige a presença de cinco polícias para guardar o lugar onde, em média, se chacinam, numa grande carnagem, 25 pessoas, ainda miudinhas, por dia de trabalho.

Neste país inacreditável o estado executa à morte sumária, através dos serviços de saúde (!?) os inocentes de qualquer culpa, os concebidos - cruelmente impedidos de nascer -, desde que a mãe infantofóbica, forçadamente ou não, o decida (como escreveu lapidarmente Thereza Ameal: “São muitos os dramas por trás destas decisões... (mas) São piores ainda os dramas depois destas decisões...”).

O mesmo estado usurpando perversamente o poder que lhe foi concedido impõe totalitariamente, violentando a consciência e a liberdade religiosa dos contribuintes, que todos sejamos coagidos a pagar essa abortança malvada de pessoas, iguais a nós, mas muito débeis ainda, eminentemente vulneráveis, e inteiramente indefesas; e condenados também ao pagamento iníquo da contracepção, inclusive da abortiva. Não lhe bastando, na sua sofreguidão sanguinária, com uma voracidade de Moloch, seduz as mães com prémios vários – isenção de “taxas moderadoras”, trinta dias de férias com subsídio a que, no cúmulo da sua manha dissimulada, apelida de “licença de maternidade”. Para o estado, essa coisa horrorosa de parir, ou dar à luz, que pede a constituição de famílias estáveis, fundadas no matrimónio, uno e indissolúvel, entre um homem e uma mulher, que garante o futuro de uma nação, que é o fundamento de um desenvolvimento integral, na totalidade dos factores constituintes da humanidade da pessoa deve ser combatida a todo o custo com a contracepção, a esterilização, a promoção de juntamentos lascivos entre pessoas do mesmo sexo, o divórcio expresso-sem-culpa, o filicídio sob a forma de aborto e de infanticídio pós-parto. Temos, pois, que em Portugal, os princípios e valores fundamentais estão tresloucadamente alterados devido a um conjuntivo de gente invertidíssima, que goza de imenso prestígio, é incensada pela grande comunicação social, e adulada por variegados sectores da hierarquia da Igreja católica.

Oitenta mil pessoas, iguais a ti e a mim, dotadas do mesmo valor e da mesma dignidade transcendente daqueles que, cobarde e atrozmente, servindo-se da sua maior força, os envenenaram e esquartejaram, foram desumanamente eliminados, perante a indiferença fria da generalidade dos portugueses e o silêncio, ou as curtas palavras inócuas, dos prelados. Todos, sem excepção, mas ainda mais estes últimos terão de responder diante de Deus, Justo Juiz, nos dias tremendos dos juízos, particular e universal.

Agora, agora mesmo, é o tempo da misericórdia e da conversão, depois será tarde. Agora, e não depois, é o tempo de fazermos penitência pública implorando o perdão de Deus para a enormidade do nosso pecado, como povo e como católicos e cristãos, manifestando o nosso arrependimento, desagravando e reparando as ofensas e injúrias feitas ao Coração Misericordioso de Jesus Cristo e ao Coração Maternal e Imaculado da sempre Virgem, Mãe de Deus e também nossa.

Nuno Serras Pereira
11-02-2012

“Apoiar a vida é o caminho” - D. Joaquim Mendes

In RR

É preciso repensar a lei do aborto e apostar numa cultura de defesa da vida. O apelo foi lançado por D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa, na inauguração em Alcântara do novo gabinete de atendimento da Associação “Ponto de Apoio à Vida”.

Trata-se de um serviço que pretende ser complementar à Casa de Santa Isabel onde vivem actualmente 10 mães.

À margem da cerimónia, D. Joaquim Mendes deixou uma pergunta à classe politica: “Em vez de investir na morte porque não investimos na promoção da vida? É preciso inverter toda a questão política em relação à questão do aborto, deviam reflectir, avaliar as consequências e olhar para o futuro. Apoiar a vida é o caminho”.

Aborto: Federação Portuguesa pela Vida quer fim dos subsídios

In ecclesia

Lisboa, 10 fev 2012 (Ecclesia) – A Federação Portuguesa pela Vida (FPV) reivindicou hoje o fim da “subsidiação do aborto, gratuito mesmo para mulheres ricas e que é pago pelos impostos de todos”, em troca de “mecanismos de apoio efetivos à maternidade”.

A presidente da Federação defende a eliminação da disposição que prevê “a concessão de 30 dias de férias, ou de baixa, chame-se-lhe o que quiser”, com “direito a vencimento completo” para quem faz um aborto voluntário, “no momento em que o país discute feriados e tolerâncias de ponto”, disse à Agência ECCLESIA.

“Os portugueses disseram sim à despenalização do aborto mas não disseram sim à subsidiação e gratificação do aborto. Não podemos enganar o povo”, frisou Isilda Pegado, que recusa que “uma mulher com um vencimento de dez mil euros por mês tenha o aborto pago pelo modesto empregado fabril que ganha 600 euros”.

A maioria parlamentar, composta por PSD e CDS, “tem de perceber se a gestão dos recursos públicos está a ser bem feita”, sublinhou a advogada, que não estava à espera de ver o deputado da bancada laranja Miguel Santos dizer hoje à Lusa que não é possível avaliar a aplicação da lei do aborto por faltarem “dados objetivos”.

“Basta ouvir quem está no terreno e quem esteve do lado do ‘sim’ à despenalização do aborto”, observou Isilda Pegado, antiga parlamentar do PSD, que acrescentou: “Penso que o senhor deputado ainda não terá todos os elementos na sua posse, sendo certo que há alguma verdade na sua afirmação, que nós corroboramos”.

A Direção Geral de Saúde, explicou, “omite dados importantíssimos para a avaliação” da lei do aborto, omissão que segundo a responsável “resulta de diretivas dadas no Ministério desde há três anos”.

“O aborto tornou-se um ato banal, não valendo a pena questionar o que está a acontecer. Esta tendência tem de ser combatida porque não podemos ignorar o que está a ser a destruição da nossa sociedade”, salientou a responsável, para quem a legislação é uma ameaça à Segurança Social.

Para Isilda Pegado “eliminar vidas humanas é destruir o Estado social, que só se pode manter se houver regeneração da sociedade”, pelo que “se a sociedade definhar, como acontece neste momento com a aplicação da lei do aborto, não vai haver seguramente Estado social”.

A FPV entregou há um ano uma petição na Assembleia da República, onde além de solicitar o fim da “subsidiação do aborto” pede que passe a haver um “efetivo acompanhamento das mulheres”, que “são deixadas à sua sorte”: “O que se chama acompanhamento e informação não existe”, disse.

O documento pede também a revisão da “situação vergonhosa” de “afastar os médicos objetores de consciência daquelas que são as suas doentes habituais de há longos anos”, medida que para Isilda Pegado constitui “uma suspeição inaceitável”.

A lei de 2007, aprovada após o referendo realizado a 11 de fevereiro desse ano, institui o fim da penalização da interrupção voluntária da gravidez a pedido da mulher até às 10 semanas de gestação.

A Federação organiza hoje um encontro em Lisboa para apresentação de um estudo sobre a realidade do aborto legal a partir dos números da Direção Geral de Saúde.

A sessão, que começa às 18h00 na Livraria Férin, inclui uma mesa redonda com os Grupos Parlamentares da Assembleia da República moderada por Isilda Pegado, refere o site da FPV.

RJM

US bishops release new statement calling for HHS mandate removal

.- The U.S. bishops released a new statement rejecting President Barack Obama's attempted compromise over the Health and Human services contraception mandate, calling for its complete removal.

The bishops issued an initial statement of caution the afternoon of Feb. 10 after President Obama announced a new policy stating that religious employers will not have to directly purchase contraceptives, but will be required to pay for health care plans from insurance companies that offer them without cost.

Later in the day, however, the bishops released a comprehensive statement calling the mandate and its recent update unacceptable and urging Catholics across the nation “to join together in this effort to protect religious liberty and freedom of conscience for all.”

Below is the U.S. bishops' statement in full:

The Catholic bishops have long supported access to life-affirming healthcare for all, and the conscience rights of everyone involved in the complex process of providing that healthcare. That is why we raised two serious objections to the “preventive services” regulation issued by the U.S. Department of Health and Human Services (HHS) in August 2011.

First, we objected to the rule forcing private health plans—nationwide, by the stroke of a bureaucrat’s pen—to cover sterilization and contraception, including drugs that may cause abortion. All the other mandated “preventive services” prevent disease, and pregnancy is not a disease. Moreover, forcing plans to cover abortifacients violates existing federal conscience laws. Therefore, we called for the rescission of the mandate altogether.

Second, we explained that the mandate would impose a burden of unprecedented reach and severity on the consciences of those who consider such “services” immoral: insurers forced to write policies including this coverage; employers and schools forced to sponsor and subsidize the coverage; and individual employees and students forced to pay premiums for the coverage. We therefore urged HHS, if it insisted on keeping the mandate, to provide a conscience exemption for all of these stakeholders—not just the extremely small subset of “religious employers” that HHS proposed to exempt initially.

Today, the President has done two things.

First, he has decided to retain HHS’s nationwide mandate of insurance coverage of sterilization and contraception, including some abortifacients. This is both unsupported in the law and remains a grave moral concern. We cannot fail to reiterate this, even as so many would focus exclusively on the question of religious liberty.

Second, the President has announced some changes in how that mandate will be administered, which is still unclear in its details. As far as we can tell at this point, the change appears to have the following basic contours:

· It would still mandate that all insurers must include coverage for the objectionable services in all the policies they would write. At this point, it would appear that self-insuring religious employers, and religious insurance companies, are not exempt from this mandate.

· It would allow non-profit, religious employers to declare that they do not offer such coverage. But the employee and insurer may separately agree to add that coverage. The employee would not have to pay any additional amount to obtain this coverage, and the coverage would be provided as a part of the employer’s policy, not as a separate rider.

· Finally, we are told that the one-year extension on the effective date (from August 1, 2012 to August 1, 2013) is available to any non-profit religious employer who desires it, without any government application or approval process.

These changes require careful moral analysis, and moreover, appear subject to some measure of change. But we note at the outset that the lack of clear protection for key stakeholders—for self-insured religious employers; for religious and secular for-profit employers; for secular non-profit employers; for religious insurers; and for individuals—is unacceptable and must be corrected. And in the case where the employee and insurer agree to add the objectionable coverage, that coverage is still provided as a part of the objecting employer’s plan, financed in the same way as the rest of the coverage offered by the objecting employer. This, too, raises serious moral concerns.

We just received information about this proposal for the first time this morning; we were not consulted in advance. Some information we have is in writing and some is oral. We will, of course, continue to press for the greatest conscience protection we can secure from the Executive Branch. But stepping away from the particulars, we note that today’s proposal continues to involve needless government intrusion in the internal governance of religious institutions, and to threaten government coercion of religious people and groups to violate their most deeply held convictions. In a nation dedicated to religious liberty as its first and founding principle, we should not be limited to negotiating within these parameters. The only complete solution to this religious liberty problem is for HHS to rescind the mandate of these objectionable services.

We will therefore continue—with no less vigor, no less sense of urgency—our efforts to correct this problem through the other two branches of government. For example, we renew our call on Congress to pass, and the Administration to sign, the Respect for Rights of Conscience Act. And we renew our call to the Catholic faithful, and to all our fellow Americans, to join together in this effort to protect religious liberty and freedom of conscience for all.

Archbishop Chaput blasts administration's 'insulting' mandate revision - By Benjamin Mann

.- Philadelphia Archbishop Charles J. Chaput rejected the Obama administration's attempt to revise its contraception mandate, saying the rule remained “insulting” and “dangerous” to believers' rights.

“The HHS mandate, including its latest variant, are belligerent, unnecessary and deeply offensive to the content of Catholic belief,” he wrote in a Feb. 12 Philadelphia Inquirer column.

“Any such mandate would make it morally compromising for us to provide health care benefits to the staffing of our public service ministries.”

“We cannot afford to be fooled – yet again – by evasive and misleading allusions to the administration’s alleged 'flexibility' on such issues. The HHS mandate needs to be rescinded.”

Archbishop Chaput published his thoughts following a Feb. 10 announcement by the administration regarding religious institutions and what the government calls “preventive services” – a category including contraception, sterilization, and abortion-causing drugs.

A rule announced Jan. 20 required many faith-based organizations to provide insurance coverage of these drugs and devices despite their moral objections. After three weeks of protest led by the U.S. Catholic bishops, the administration announced a change to the rule on Friday.

Under the revised rule, insurance companies would be forced to offer the “preventive services,” without a co-pay, to employees of religious ministries. The administration maintained that under the new policy, “religious organizations will not be required to subsidize the cost of contraception.”

Several critics of the move, including Princeton Professor Robert George and Catholic University of America President John Garvey, responded by pointing out that the new rule accomplishes the same goal – forcing employers to underwrite policies covering the offensive services – by a different means.

In his column, Archbishop Chaput highlighted this “withering criticism” of the new requirement, and said the “'accommodation' offered by the White House did not solve the problem” of the original mandate.

“Quite a few Catholics supported President Obama in the last election, so the ironies here are bitter,” he noted. “Many feel betrayed. They’re baffled that the Obama administration would seek to coerce Catholic employers, private and corporate, to violate their religious convictions.”

For Philadelphia's archbishop, however, the administration's move comes as no surprise.

He cited its “early shift toward the anemic language of 'freedom of worship' instead of the more historically-grounded and robust concept of 'freedom of religion,'” and noted its “troubling effort to regulate religious ministers, recently rejected 9-0 by the Supreme Court in the Hosanna-Tabor case.”

These steps, together with the 2011 termination of the U.S. bishops' human trafficking grant over a refusal to make abortion referrals, have convinced Archbishop Chaput that the Obama White House “is – to put it generously – tone deaf to people of faith.”

“It's clear that such actions are developing into a pattern,” he observed.

In this context, the archbishop indicated, Health and Human Services' mandate did not seem like a “gaffe” or “mistake.”

“The current administration prides itself on being measured and deliberate. The current HHS mandate needs to be understood as exactly that.”

“It’s impossible to see this regulation as some happenstance policy. It has been too long in the making. Despite all of its public apprehension about 'culture warriors' on the political right in the past, the current administration has created an HHS mandate that is the embodiment of culture war.”

“At its heart is a seemingly deep distrust of the formative role religious faith has on personal and social conduct, and a deep distaste for religion’s moral influence on public affairs. To say that this view is contrary to the Founders’ thinking and the record of American history would be an understatement.”

“Critics may characterize my words here as partisan or political,” the archbishop acknowledged. “But it is this administration – not Catholic ministries or institutions or bishops – that chose the timing and nature of the fight.”

The burden, he said, was on the White House, which “has the power to remove the issue from public conflict.”

Catholics, meanwhile, “should not be misled into accepting feeble compromises on issues of principle.”

US Bishop: Catholic politicians who attack Church should remember God’s judgment - By David Kerr

.- Politicians who consider themselves Catholic but collaborate in “the assault against their faith” should remember they will one day have to give account for their acts before God, Bishop Daniel Jenky of Peoria, Illinois said Feb 10.

“There is a last judgment. There is a particular judgment. May they change their minds and may God have mercy on them,” he told CNA during his visit to Rome.

When asked specifically about recent actions of Democratic Health and Human Services Secretary Sebelius Kathleen Sebelius and House Minority Leader Nancy Pelosi, Bishop Jenky replied “I am utterly scandalized.”

“The Lord once said ‘if you deny me at the end, I will deny you,’ this from our most merciful, good Savior. And so if it is a choice between Jesus Christ and political power or getting favorable editorials in leftist papers, well, that’s simply not a choice.”

Both Sebelius and Rep. Pelosi have been at the forefront of attempts to force Catholic institutions to cover contraception, sterilizations and abortifacients as part of their staff’s health insurance plans.

Bishop Jenky said there are too many Catholic politicians in the U.S. who “like to wear green sweaters on St. Patrick’s Day and march” or “have their pictures taken with the hierarchy” or “have conspicuous crosses on their forehead with ashes” but who then “not only do not live their faith they collaborate in the assault against their faith.”

The 64-year-old Chicago native is currently making his “ad limina” visit to Rome to discuss the state of his diocese with the Pope and the Vatican. He is part of a larger episcopal delegation from the states of Illinois, Indiana and Wisconsin. Bishop Jenky said the issue of religious freedom in the United States has featured in all their meetings so far, including their audience with Pope Benedict XVI Feb. 9.

“Determined secularists see the Catholic Church as the largest institutional block to a completely secularized society and not for the first, and probably not for the last time, we’re under assault,” he said drawing parallels with the anti-Catholic “Kulturkampf” in late 19th century Germany or the anti-clerical laws in France in the early 20th century.

“I am a Holy Cross religious and my own community had six colleges in France and they turned our mother house chapel into a stable,” he said. As for the United States in 2012, “it is always difficult to predict the future but the intensity of hatred against Catholic Christianity in elements of our culture is just astounding.”

He believes the present White House administration is also motivated by a “determined secularism,” while Communist dictator Joseph Stalin would “admire the uniformity of the American press, with some exceptions.”

In 2010 the Illinois legislature voted to legalize same-sex civil unions, a move which led to the closure of Catholic foster care services. This, said the bishop, took the Church “entirely out of the work that we started when the State of Illinois could not have cared less about beggar kids running up and down the streets.”

Bishop Jenky is very conscious of this patrimony of Catholic schools, hospitals and other social services “built by the sacrifice of Catholic believers” in previous generations of Illinois Catholics. “There weren’t a lot of multi-millionaires who built the churches, opened those orphanages or built those schools,” he said.

The bishop fears that socially liberal elites ultimately want to secularize such institutions by stealth. “I assume that is the underlying goal,” he suggested, “so that is robbing Christ but it is also robbing the heritage of generations of believers. So we would try to resist this in every way possible. It would be an incredible injustice.”

In conversation, he quoted the stark 2010 prediction of Cardinal Francis George of Chicago, “I will die in bed, my successor will die in prison and his successor will die a martyr in the public square.” So is Bishop Jenky prepared for prison or worse?

“I hope I would always prefer Christ to anything so, if it came to it, yes but I would be one of the trembling martyrs.”

He recalled how in ancient Rome some Christians would run towards their martyrdom. He, on the other hand, would “probably be walking down the Forum with eyes downcast a little.”

“I think most of the bishops of our Church, though, would be faithful to Christ above anything, including our own personal freedom.”

La falsa «marcha atrás» de Obama indigna todavía más a los católicos estadounidenses

WASHINGTON D.C, 10 Feb. 12 / 05:23 pm (ACI/EWTN Noticias).- Una serie de líderes pro-vida en Estados Unidos criticaron duramente al presidente Barack Obama por el anuncio que ha hecho hoy con el que ha modificado levemente el mandato que obliga a los empleadores a pagar seguros que incluyen fármacos anticonceptivos y abortivos.

Obama dijo esta mañana que los empleadores religiosos ya no deberán pagar los seguros que incluyan anticonceptivos sino que deberán comprar planes que entreguen los anticonceptivos de manera gratuita. De esta forma, indicó, "se respeta la libertad religiosa".

En opinión de Hannah Smith, del Fondo Becket para la Libertad Religiosa, "este es un falso compromiso diseñado para proteger las oportunidades de reelección del presidente, y no para proteger el derecho a la objeción de conciencia".

El Fondo Becket tiene a su cargo tres juicios contra el gobierno de Estados Unidos, uno de los cuales ha sido interpuesto por Eternal World Television Network (EWTN), la cadena católica de radio y televisión más grande del mundo que llega a unos 200 millones de personas en 140 países.

Michael Warsaw, presidente y CEO de EWTN, dijo sentirse "especialmente escéptico" de que el cambio anunciado efectivamente permita la libertad religiosa y que "es probable que esto no se aplique finalmente" a EWTN y organizaciones similares.

Además, añadió, muchas empresas "todavía serán forzadas a pagar por estos servicios en violación a nuestras creencias religiosas".

Bill Donohue, presidente de la Catholic League, afirmó a su turno que "esta última táctica de Obama lo único que hace es añadirle insultos a la agresión ya cometida".

"Si un plan de seguros para una institución católica tiene que cubrir servicios que son inmorales, entonces ese plan es ofensivo. Es así de simple", añadió.

Tony Perkins, presidente del Family Research Council, dijo que esta nueva política "no cambia en nada el mandato que es fundamentalmente antirreligioso, anti objeción de conciencia y anti-vida".

Tras señalar que este "compromiso" de Obama es una especie de "truco", Perkins explicó que al final de cuentas no habrá planes con anticonceptivos gratuitos porque "lo que harán las compañía de seguro será incrementar los costos premium y administrativos para el empleador".

Para concluir hizo un llamado para que se genere leyes que aseguren el derecho a la objeción de conciencia de todos los estadounidenses.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Obama 'compromise' Unacceptable — former Vatican Ambassador Mary Ann Glendon, Prof. Robert George, others respond

In Catholic Vote

The following letter was signed by former Vatican Ambassador Mary Ann Glendon, Princeton Prof. Robert George, Notre Dame Law Prof. Carter Snead, Catholic University of America President John Garvey, and EPPC Fellow Yuval Levin.

Today the Obama administration has offered what it has styled as an “accommodation” for religious institutions in the dispute over the HHS mandate for coverage (without cost sharing) of abortion-inducing drugs, sterilization, and contraception. The administration will now require that all insurance plans cover (“cost free”) these same products and services. Once a religiously-affiliated (or believing individual) employer purchases insurance (as it must, by law), the insurance company will then contact the insured employees to advise them that the terms of the policy include coverage for these objectionable things.

This so-called “accommodation” changes nothing of moral substance and fails to remove the assault on religious liberty and the rights of conscience which gave rise to the controversy. It is certainly no compromise. The reason for the original bipartisan uproar was the administration’s insistence that religious employers, be they institutions or individuals, provide insurance that covered services they regard as gravely immoral and unjust. Under the new rule, the government still coerces religious institutions and individuals to purchase insurance policies that include the very same services.

It is no answer to respond that the religious employers are not “paying” for this aspect of the insurance coverage. For one thing, it is unrealistic to suggest that insurance companies will not pass the costs of these additional services on to the purchasers. More importantly, abortion-drugs, sterilizations, and contraceptives are a necessary feature of the policy purchased by the religious institution or believing individual. They will only be made available to those who are insured under such policy, by virtue of the terms of the policy.

It is morally obtuse for the administration to suggest (as it does) that this is a meaningful accommodation of religious liberty because the insurance company will be the one to inform the employee that she is entitled to the embryo-destroying “five day after pill” pursuant to the insurance contract purchased by the religious employer. It does not matter who explains the terms of the policy purchased by the religiously affiliated or observant employer. What matters is what services the policy covers.

The simple fact is that the Obama administration is compelling religious people and institutions who are employers to purchase a health insurance contract that provides abortion-inducing drugs, contraception, and sterilization. This is a grave violation of religious freedom and cannot stand. It is an insult to the intelligence of Catholics, Protestants, Eastern Orthodox Christians, Jews, Muslims, and other people of faith and conscience to imagine that they will accept as assault on their religious liberty if only it is covered up by a cheap accounting trick.

Finally, it bears noting that by sustaining the original narrow exemptions for churches, auxiliaries, and religious orders, the administration has effectively admitted that the new policy (like the old one) amounts to a grave infringement on religious liberty. The administration still fails to understand that institutions that employ and serve others of different or no faith are still engaged in a religious mission and, as such, enjoy the protections of the First Amendment.

Signed:

John Garvey

President, The Catholic University of America

Mary Ann Glendon

Learned Hand Professor of Law, Harvard University

Robert P. George

McCormick Professor of Jurisprudence, Princeton University

O. Carter Snead

Professor of Law, University of Notre Dame

Yuval Levin

Hertog Fellow, Ethics and Public Policy Center






Estudo "O aborto em Portugal desde o referendo de 2007"

In Federação Portuguesa pela Vida

Principais conclusões:

1. Desde 2007 realizaram-se em Portugal mais de 80 mil abortos legais “por opção da mulher”;

2. A reincidência do aborto tem vindo a aumentar consideravelmente. Em 2010, houve 4600 repetições de aborto, das quais mil representaram duas ou mais repetições;

3. As complicações do aborto legal para a mulher têm vindo a aumentar todos os anos, registando-se mesmo uma morte em 2010 (facto que não acontecia desde 1994);

4. A intensidade do aborto é maior nas mulheres mais instruídas, com idades compreendidas entre os 20 e os 35 anos;

5. Desde o primeiro ano da implementação da lei houve um aumento de 30% no número de abortos por ano (15 mil no primeiro ano e 19 mil nos últimos anos);

6. Desde os anos 80, Portugal acumula um défice de 1.200.000 nascimentos, necessários para assegurar a renovação das gerações e a sustentabilidade do País. Desde 2010 que esse gap não é compensado pela emigração.

7. Os dados do aborto fornecidos pela Direção Geral de Saúde têm vindo a perder transparência e rigor: não há relatórios semestrais desde 2009 e a informação contida nos relatórios é menor desde 2007.

pode consultar o estudo clicando aqui


How hedonism became America’s official religion - Jennifer Roback Morse

In Mercartornet

An edict from the Obama administration has ended the American experiment in religious liberty.

No, I’m not exaggerating. The American experiment in religious liberty is officially over. The First Amendment provided institutional structures that allow different religions to peacefully coexist. All groups agree to not try to capture governmental structures for the benefit of their own particular denomination.

But the Obama administration has ended that truce. The administration made a decision to require all employers to provide contraception, abortion-inducing drugs and sterilization. The administration offers no religious exemption for people who have the audacity to believe that pregnancy is not an illness that needs to be always and everywhere prevented.

In effect, we have a new state religion, a new Established Church of the United States of America, with Barack Obama as its head. It is the religion of Secular Hedonism, the worldview that sex is a sterile recreational activity, with babies thrown in as an afterthought, an optional extra, for people with quirky life-style preferences. The contraceptive mandate uses the full might of the US government to scrub the public square clean of any competing religious voices that dissent from the new orthodoxy.

But because this worldview is fundamentally irrational, it cannot stand on its own two feet. Some sexual activity does result in babies. Not everyone wants their government acting as if the highest goal is that pleasure is to be sought. Not everyone believes that the purpose of the government is to allow people to indulge themselves sexually, without a live baby ever resulting.

The Catholic Church for instance, famously opposes every precept of Secular Hedonism. As a matter of fact, so did all of the Christian churches, right up until five minutes ago. The ancient Christian teaching is that marriage is the proper context for sexual activity and for child-bearing, for the good of children, women, and men alike, as well as society as a whole.

The government believes that this dissenting voice cannot be tolerated. It must be crushed. And, of course, from their point of view, they are perfectly correct. They have an established religion that says that every sexual act is intrinsically meaningless except for the meaning we might happen to assign it. They simply can’t allow someone to go around saying that each and every sexual act is sacred, and endowed by our Creator with inalienable significance. From the point of view of Secular Hedonism, Catholicism must be crushed.

And of course, anyone else who dissents from the new orthodoxy must be crushed as well. That is why so many other faith traditions have joined in criticizing the Obama administration’s usurpation of power from civil society. The National Association of Evangelicals, the Lutheran Church Missouri Synod, Orthodox Christians and Orthodox Jews have all criticized the administration’s attack on religious liberty. These religious bodies know that their religious liberties are at stake as well.

The religious truce is officially over. The Established Church of Secular Hedonism has declared war on the rest of us, enlisting the might of the United States government on their side. We will respond using nothing but peaceful means.

We used to refrain from making religious arguments in the public square. We thought it was our duty. We thought it was good strategy. The Ruth Institute has specialized in defending the ancient Christian teachings, using non-religious arguments. This no longer makes sense. The arguments are still good arguments. But there is no longer any reason to hold back from proclaiming our faith. Our position deserves respect, not simply because it is our “deeply held religious belief”. Our position deserves respect because it is grounded in reason and evidence, and in a far deeper understanding of the human person, and the human good. The ancient Christian teachings on marriage, family and human sexuality are superior to the teachings of the Established Church of Secular Hedonism.

If we don’t respond firmly, the Obama Administration will assume they can get away with ending religious liberty. This website, StopHHS.org will become a clearing house of info about the insurance mandate. Go sign their petition.

Dr Jennifer Roback Morse, PhD, is the founder and president of the Ruth Institute, a project of the National Organization for Marriage.









Charles Dickens - by Michael Cook

In Mercartornet

Today, February 7, is the 200th anniversary of the birth of Charles Dickens. England is full of Dickens festivals and debates in the newspapers over whether 11-year-olds should be required to read his novels. His most recent biographer, Claire Tomalin, says that he is "amazingly relevant" - but feels that he is too demanding for schoolchildren. "Today's children have very short attention-spans because they are being reared on dreadful TV programmes. They are not being educated for long attention-spans."

Is this the problem? For the past decade schoolchildren have been devouring volumes of Harry Potter, books which swelled to incredible lengths. As far as I can see, Charles Dickens was probably the single most important literary influence upon the series, with its immense gallery of grotesque characters, lively language and convoluted plots.

Exuberance is the first of Dickens' great virtues, an Olympian quality shared by few other writers in English. He created characters with the cheerful prodigality of a drunken sailor. A Dickensian sentence is bursting with joy at the wrestle with language. He is credited with scores upon scores of new words, like flummox, rampage, butter-fingers, tousled, sawbones, casualty ward, footlights, dustbin, fingerless, squashed, seediness, Scrooge, Gradgrind, tousled and tintack.

The second is his anger. Most of his books are seething over the injustice dealt out to innocents by petty tyrants and the implacable law. He was unafraid to take sides, to be committed, to dream of a kind and juster world.

In fact, you cannot read Dickens - whether you are weeping or laughing or seething with indignation -- and fail to feel that being alive is an exhilarating vocation to slay the giants of injustice. There is no lack of giants today: abortion, euthanasia, the scandal of starvation in a world of consumerist waste, overflowing prisons, the drugs trade... Would that today we had novelists who combined Dickens' vitality with his righteous anger.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

The Tyrant - James V. Schall, S.J.

In CERC

The tyrant is always among the most important figures to understand.

Repeatedly reading Greek and Roman thought makes certain figures more clear. Who is the philosopher? Who is the statesman? The tyrant is always among the most important to understand. In one way or another, he appears in most Platonic dialogues. Aristotle describes him, as do Thucydides and Xenophon.

What initially surprises people reading of the tyrant is that he is not an ugly, deformed brute. Callicles is not repulsive, but sophisticated, a college man. Alcibiades is among the most charming of young Greeks. The tyrant is in fact quite clever, witty, usually handsome and affable, always eloquent.

What else strikes us as odd is that the tyrant almost invariably arises out of a democracy. Democracy breeds tyrants. We are loath to hear it. But we are also reluctant to examine the guiding spirit of the actual regimes we designate as "democratic."

A democracy is a regime in which "freedom" rules. Here "freedom" is defined, not as allowing us to follow what is virtuous, but the relativist permission to do whatever we will. The democratic regime makes no judgment about right or wrong. As a result, right and wrong are defined by the polity, from which no appeal is permitted. Nothing is higher than civic will.

A regime in which anyone can do whatever he wills has no standards. It soon swerves about aimlessly like the ship in Plato's Republic VI. The young tyrant sees that no one stands for anything. He conceives himself as the savior to order this social chaos. His own empty soul is motivated by fame as much as by power. He wants everyone to think and say that he "does good," whatever he does.

At the end of Republic I, Socrates broaches the question: Is the tyrant the happiest of men? He can command whatever he wants. He surrounds himself with those who will do his will, tell him what they think he wants. He begins to have "body guards." Not only is he "happy" because he can command what he wants, but, even more subtly, he can order everyone else to his private happiness. His good is the common good. All are ordained to him and praise him.

When we come to the end of Republic IX, we see that the tyrant, who uses everyone else for his own purposes, turns out to be, not the happiest of men, but the unhappiest. He can trust no one. Every relationship with him is tainted with fear or false adulation. Like Nero in the description of Tacitus, no one dares to contest with him in any field.

Yet, as Aristotle remarks, the tyrant wants to be loved. He craves public admiration. He arranges many public appearances. He wants people to tell him that he is nobly serving them. Of course, love is not the proper relation of ruler to ruled. Justice is. The confusion of love and rule was pictured by Allan Bloom in the case of King Lear. He wanted something beyond politics, love for him, to be a political test.

The dialogues of Plato are filled with promising young men who come to Socrates to learn how to rule. Socrates is coy with them. Their souls are disordered. They want power without discipline or insight. They want to learn to speak persuasively. They want to sound good, not be good.

The tyrant only hears what he wants to hear. A tyrant must prevent friendships among the people, Aristotle noted. Friendships imply something beyond the tyrant's control. But the tyrant has no real friends of his own. He cannot tell why people surround him. He is not sure of the advice he is given. He only hears what people think he wants to hear. The tyrant becomes more and more isolated. He cannot go out in public without his body guards. He is essentially alone.

The tyrant acknowledges nothing higher than himself. Still, the tyrant himself wisely leads an ascetic life, no drinking and carousing, as brutal tyrants do. Everything must be public. People must be kept busy, stimulated. They must build pyramids; they must be kept employed preferably beholden to the tyrant's regime.

The modern tyrant has the advantage not only of being in control of the military but of the means of communication. Though the tyrant rules for his own sake, he insists that his rule is beneficial to everyone. Only traitors have any criticism of him. Nothing transcendent is allowed. No judge exists but himself of his own actions.

Tyrants can last. People adjust. Their souls become lethargic. The tyrant often dies in bed, much admired. The souls of citizens reflect the configuration of the polity. The tyrant has taken the measure of freedom. Tyrants are safe so long as, in their souls, people define freedom as the doing of whatever they want.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Los 11 frutos que aporta el rezar por los enfermos: de la curación milagrosa al acierto del médico

Desde la curación milagrosa pura y dura, hasta la liberación de hábitos nocivos, el don de sobrellevar con gozo la adversidad o una mejor labor del médico, la oración por los enfermos no solo es un deber cristiano sino origen de muchos bienes, que enumera el obispo Uribe Jaramillo.

In Religión en Libertad

Alfonso Uribe Jaramillo fue el obispo de Sonsón-Rionegro (Colombia) de 1968 a 1993, uno de los obispos participantes en el Concilio Vaticano II y uno de los impulsores de la Renovación Carismática en América.

En vísperas de la Jornada del Enfermo, que cada año se celebra el 11 de febrero, fiesta de Nuestra Señora de Lourdes, retomamos una enumeración de frutos de la oración por los enfermos que él mismo experimentó cuando, ya siendo obispo, empezó a orar por ellos de manera regular. Lo tomamos de su librito ya casi inencontrable Pastoral Renovada (Librería Parroquial de Clavería, México).

11 frutos del Ministerio de Sanación y la oración por los enfermos (por Mons. Alfonso Uribe Jaramillo)

Cuando se menciona hoy el ministerio de curación corporal como elemento valioso e integral de la pastoral se ponen los gritos en el cielo.

Por experiencia personal sé que si uno trabaja pastoralmente en este campo se expone a incomprensiones, críticas y burlas. Pero tengo que afirmar también que este ministerio le acerca a uno a sus hermanos de una manera especial y es fuente de compensaciones insospechadas. Lo único que lamento es haber descubierto tan tarde la importancia y la riqueza de este ministerio al que Jesús dedicó tanto tiempo y con tanto amor. Muchas de las prevenciones que se tienen contra este ministerio se deben a falta de buena información.

Se tiene, por ejemplo, la idea errónea de que curación y milagro son casi sinónimos. Por eso llaman milagreros a quienes ejercen este ministerio. Sin embargo, se trata de cosas muy distintas, pues aunque una curación pueda ser milagrosa, esto será la excepción. San Pablo distingue en la enumeración que hace de los carismas entre curaciones y milagros (1 Cor 12,9). La misma distinción encontramos en Hechos 4,30.

Otros creen que ejercer el ministerio de sanidad corporal es propio de santos. Olvidan que el ejercicio de cualquier carisma puede darse en personas que estén en pecado, y que lo que muestra la santidad de una persona es el amor con que ejerza los carismas. Judas y Caifás ejercieron carismas, a pesar de lo que eran, y nosotros los sacerdotes podemos estar en pecado y consagrar válidamente en virtud del carisma que recibimos el día de nuestra Ordenación.

Otros toman una posición muy cómoda para no ejercer el carisma de sanidad y es la de afirmar que para eso están los médicos y las medicinas modernas. Pero cuántas personas carecen por pobreza de estos recursos, y cuántas enfermedades son incurables. La oración por curación no excluye ni la visita al médico ni el uso de medicamentos, quien pueda disponer de estos recursos debe hacerlo; pero en estos casos no sobra la oración, pues ésta puede ayudar para que el médico acierte mejor el diagnóstico y en la formulación de la droga mejor y para que ésta obre con mayor eficacia. (La lectura del capítulo 38 del Eclesiástico da mucha luz sobre este punto).

Tampoco hay que esperar resultados inmediatos cuando se ora por un enfermo. A nosotros nos toca solamente orar y dejar al Señor el resultado. Generalmente la salud se recupera mediante un proceso que puede ser muy largo pero que es muy útil para que el enfermo vaya conociendo mejor al Señor y vaya mejorando sus relaciones con Dios.

Otros sacerdotes dicen que para este fin tenemos el Sacramento de la Unción de los enfermos y que lo demás sobra; no tienen en cuenta que la Renovación Carismática Católica da gran importancia a este sacramento. Además, hay muchos casos de enfermedad que no permiten la administración del Sacramento pero sí el Ministerio de Sanidad por la Oración.

FRUTOS DEL MINISTERIO DE SANACIÓN

1- Experiencia del Amor de Cristo
El gran valor pastoral de este ministerio de sanidad consiste en la experiencia que reciben los enfermos del amor de Cristo que aparece de manera concreta en su compasión por los que sufren. Cuando uno ora al Señor por un enfermo y con él, siempre hay una manifestación de paz y alegría en él, aunque no se dé ningún cambio aparente en el estado de su salud.

Con este ministerio la gente comprende mejor la realidad de un Jesús vivo que es el mismo siempre y que ahora hace por ministerio de la Iglesia todo lo que aparece en el Evangelio.

Muchos que han oído decir frecuentemente que "Dios es amor", sienten por primera vez la realidad de ese amor paternal cuando alguien implora de Él la salud para uno de sus hijos y éste la obtiene, sea de una manera total o al menos parcial.

Hablamos mucho en teoría del amor de Dios, pero nos da miedo hablar de su experiencia. Y ¿cómo vamos a predicar con fuerza el amor de Dios si no hacemos nada para que un enfermo lo palpe?

Lo que hallo más interesante en el Ministerio de Sanación es este aspecto pastoral del encuentro real de los enfermos con el poder y el amor del Señor. Más aún, si no fuera por este aspecto, yo no hallaría mucha razón de ser en esta tarea. Mientras no se descubra este aspecto, que es primordial, no se comprenderá ni se valorará debidamente la oración por la curación de los enfermos.

Cuando leemos el Santo Evangelio, vemos cómo un endemoniado, una vez liberado por Jesús, quiere acompañarlo (Mc 5, 18). Como la suegra de Pedro, una vez curada de su calentura, inmediatamente se pone a servir a Jesús (Mc 1,30). Era la reacción lógica de quienes habían experimentado la caridad del Señor y querían corresponder a ella con demostraciones concretas de gratitud..

2- Anestesia divina
Así llama un autor el fruto de la oración en algunos enfermos. No se curan, pero desaparecen o disminuyen los dolores. Estas personas reciben un gran alivio con la oración que se hace por su curación, y pueden alabar mucho al Señor y desempeñar sus deberes o parte de ellos.

La fuente de la sanación es el amor. Cuando nos acercamos con compasión verdadera a un enfermo él siente esa corriente de amor del Señor en su ser y los dolores disminuyen o desaparecen. Las madres saben esto por intuición y por eso con sus caricias quitan tantos dolores del cuerpo de sus pequeños enfermos.

3- Que el médico descubra la causa de la enfermedad y acierte en el tratamiento
No pocas veces esa es la respuesta de la oración que se hace por un enfermo. El Señor es el autor del hombre, de la Ciencia y de las medicinas. Cuando Él lo quiere, da su respuesta a través de estos medios naturales que deben ser tenidos por todos en alto aprecio.

Recuerdo el caso de una señorita que había estado sometida a minuciosos exámenes y a largo tratamientos sin curarse de unos cólicos muy fuertes. Al día siguiente de una oración por su salud, se hizo tomar una nueva radiografía ordenada por el especialista y éste al estudiarla descubrió inmediatamente la causa de la dolencia y dijo que nunca había visto una radiografía tan bien tomada. Casualidad dirán algunos. Respuesta amorosa del Señor decimos quienes creemos en su amor y en su Providencia adorable y paternal.

Parecido resultado de la oración es a veces el que un paciente ha rechazado una intervención quirúrgica por miedo y con distintas excusas, reciba el valor necesario para someterse a ella y ésta tenga pleno éxito.

4- Discernir que en algún caso lo prioritario es una sanación interior, no corporal
Puesto que más del 80% de las enfermedades son psicosomáticas, hay que buscar ante todo, la sanación interior de la causa que origina la dolencia corporal. Para conocer esto en casos especiales se necesita más claridad y ésta es el fruto de la oración.

En el ejercicio de este Ministerio aparece a cada paso la acción maravillosa del Espíritu de verdad que conduce sabiamente a quienes confían sobre todo en su luz y en su amor.

Con el carisma del discernimiento se consigue en determinados momentos la claridad que, de manera distinta, no habría aparecido.

Sobra advertir que en estos casos habrá que orar primero por la sanación interior y dejar la física para el segundo lugar.

También aparecerá a veces que hay en el enfermo resentimientos profundos y falta de perdón y que a causa de esto no es escuchada su oración por la curación. Con esta visión se procede entonces a pedir al Señor su amor para con él poder perdonar y suprimir así el obstáculo.

5- Liberación de un hábito nocivo
Muchas enfermedades pulmonares, gástricas, bronquiales, etc,,, son el resultado del exceso en el uso del cigarrillo, el alcohol, la droga, etc...

Las personas son prisioneras de esos hábitos y se sienten incapaces de dejarlos. Será inútil orar por la sanación de tales enfermedades mientras subsista la causa de ellas.

La oración en estos casos tiene que buscar, ante todo, la liberación de esa adicción o de ese hábito. Y se consigue cuando se ora con fe y perseverancia y cuando el enfermo añade a la oración humilde el deseo sincero de corregirse y toma para ello las medidas que estén a su alcance. Quizás no nos hemos detenido a reflexionar sobre la necesidad y sobre las posibilidades de esta clase de oración.

Quienes tienen experiencia en esta clase de oración pueden aportar experiencias admirables. Lo que sucede es que frente a nuestra voluntad débil e inconstante tenemos el poder del Espíritu, pero contamos muy poco con él. Su acción quiere llegar a todas las áreas de nuestra persona y una de las más importantes es la de nuestra voluntad tan debilitada por el pecado y por los malos hábitos. Aprendamos a iniciar muchas de nuestras oraciones con el lenguaje de la Iglesia: "Señor, fuerza de los que en ti esperan...".

6- Visión para organizar mejor la vida y tener así mejor salud
La causa de malestares y aún enfermedades en muchos es la falta de organización y orden en el desenvolvimiento de sus ocupaciones y de la debida distribución del tiempo. Aún muchos apóstoles sucumben pronto agobiados por el trabajo debido a esta circunstancia.

Hay personas que se encuentran en situaciones más difíciles y que exigen de ellas un trabajo agobiador. Otras se entregan sin necesidad a un activismo exagerado, expresión a veces de situaciones psicológicas anormales. Unos creen falsamente que a Dios le agrada únicamente el trabajo y que el descanso es, al menos, imperfecto.

Otros son incapaces de decir no y se entregan al servicio hasta quedar extenuados e incapacitados durante un tiempo para continuar ayudando a los demás con su ministerio. No pocos creen que tienen que llevar sobre sus hombros todo el peso de la humanidad y pronto caen sin fuerzas.

La oración, la docilidad al Espíritu que muchas veces nos habla a través de personas y de acontecimientos, pueden darnos la luz oportuna para distribuir mejor el tiempo, para actuar de esta o de aquella manera y para proceder en cada circunstancia como el Señor quiere que lo hagamos.

Somos seres racionales y el Señor quiere que obremos como tales. Él nos da su luz para ver con claridad: si se la pedimos con humildad y con confianza de hijos.

7- Solución de un problema que influye en nuestra salud
Las preocupaciones y los problemas cuando son graves y persistentes nos ponen tensos y terminan por afectar nuestra salud. Mientras no encontremos la solución adecuada o mientras no obtengamos la paz y la fuerza del Señor para llevar la cruz con tranquilidad, no sanaremos físicamente, sino que el mal crecerá.

La oración consigue esta gracia y nos sana indirectamente. Aprendemos cuando oramos a "lanzar nuestras preocupaciones en el Corazón amorosísimo del Señor y Él nos reconforta". Entendemos entonces el valor de la palabra de Dios cuando nos dice:

"Encomienda tu camino al Señor, confía en Él y Él actuará" (Salmo 36).

"Confiad al Señor todas vuestras preocupaciones, pues Él cuida de vosotros" (1 Pe 5,7)

"Por eso os digo: no andéis preocupados por vuestra vida" (Mt 6,25).

Cuando la oración por sanación consiga la paz, la confianza en el Señor y la seguridad en su amor, entonces vendrá la recuperación corporal como resultado necesario.

En los Grupos de Oración encuentran muchos la solución de diversos problemas que los tienen agobiados y enfermos, pues la oración unánime de varios tiene una fuerza especial delante del Señor y consigue más de lo que creemos.

8- Mejoría progresiva

En muchos casos, principalmente cuando se trata de enfermedades graves o crónicas, el fruto de la oración no es la curación total e inmediata, sino el comienzo de una recuperación que avanzará en la medida en que perseveremos en la oración. Esta mejoría, más o menos apreciable, es la primera respuesta del señor y encierra una invitación a perseverar en la oración.

La paciencia y la fidelidad en la oración son necesarios en este ministerio de curación. Quienes deseen conseguir efectos inmediatos y extraordinarios sufrirán muy pronto una gran decepción.

Debemos creer en el amor y en el poder del Señor, pero también en su sabiduría que conoce qué es lo que más conviene a su gloria y a la persona por quien oramos. Él es el señor y nosotros somos sus siervos.

Entre las causas que explican el lento proceso de la curación que aparece frecuentemente está nuestra debilidad y limitación como instrumentos del Señor. Esto debemos admitirlo con humildad, pero sin angustia. Podemos estrechar nuestra unión con Jesús y recibir más poder de su Espíritu, así nuestro ministerio tendrá más eficacia.

9- Curación inmediata y total

En este ministerio de sanación encontramos casos verdaderamente admirables y aún extraordinarios. El Señor obra a veces a través de nosotros de una manera especial, sea por la gran fe del enfermo, sea por la mucha oración que se ha efectuado, o porque en un caso particular quiere demostrar de manera más patente su amor y su poder infinitos.

Cuando empezamos a orar por un enfermo, nunca sabemos qué le acontecerá. Este ministerio está lleno de misterios y también de sorpresas. Estamos viendo cómo actualmente aparecen curaciones inmediatas de graves enfermedades como cáncer, leucemia, soplos cardíacos, asmas, etc...

Esto aparece muy claro para quien tiene fe en el poder y en el amor del Señor y está convencido de que Él es el Amo de la vida y de la muerte y que "se le ha dado todo el poder en el cielo y en la tierra" (Mt 28, 18)

Al orar por los enfermos entreguémonos con humildad y confianza a la acción del Espíritu y dejemos que Él actúe en cada caso como quiera. A nosotros nos corresponde solamente orar. El resultado depende del Señor. Suyo es el Reino, suyo el poder y la gloria.

10- Fortalecimiento mental y físico

Fruto también del ministerio de oración por sanación es recibir más salud mental y corporal, lo mismo que la conservación de la misma. En la oración que recita el sacerdote antes de comulgar pide que el cuerpo y la sangre de Cristo que va a recibir le sirvan de "defensa para el alma y el cuerpo" y se conviertan en remedio de salvación.

Agnes Sanford, en su libro Healing Light, aconseja que nos pongamos en oración y le pidamos al Señor que su vida recorra cada parte de nuestro organismo, la reanime, la fortalezca y la sane si está enferma. Esta súplica estará acompañada de una visualización de la acción del Señor en cada parte del cuerpo y de una profunda acción de gracias por el amor infinito que nos tiene.

Nuestra oración tiene que pedir, antes de todo, la santificación y el crecimiento espiritual, pero debe incluir también nuestra fortaleza y salud corporales que constituyen también un gran bien y deben ser tenidas en alta estima.

11- Apresurar el descanso de la muerte

Más de una vez al orar por un enfermo que está penando mucho, el resultado es que éste muere pronto y con gran paz. ¿No es éste un fruto maravilloso del ministerio de sanación? ¿No constituye un gran beneficio para quienes tienen que asistirlo?

Nunca sabemos cuál va a ser la respuesta del Señor a nuestra oración. De lo que sí estamos seguros es de que la única oración que se pierde es la que no se hace.


domingo, 5 de fevereiro de 2012

La Familiaris consortio trent'anni dopo - di Cardeal Carlo Caffarra

In Caffarra

Due sono le domande che possono sorgere in noi ogni volta che ricordiamo un documento del passato: in che cosa oggi la situazione in cui fu scritto è mutata? Il documento in questione è ancora in grado di orientarci oggi? Nella riflessione che segue cercherò di rispondere a queste due domande. Essa pertanto sarà divisa in due parti: la condizione attuale del matrimonio e della famiglia e la Familiaris Consortio [da ora in poi FC]; la FC documento-base del nostro impegno per il matrimonio e la famiglia.

1. FC e condizione attuale.

Penso che nei tre decenni che ci separano dalla pubblicazione di FC sia accaduto un cambiamento radicale nel modo occidentale di considerare il matrimonio e quindi la famiglia; sia accaduta nella cultura occidentale una vera svolta epocale. Cercherò di descriverla per sommi capi.

La proposta cristiana circa il matrimonio e la famiglia, l’Occidente ha sempre avuto difficoltà ad accettarla sul piano pratico. È stato un atteggiamento che potrei riassumere nel modo seguente: "questo modo di concepire e di proporre il matrimonio è vero, è bello, ma non è praticabile nella sua interezza". In breve: non è la sua verità in questione, ma la sua praticabilità. Soprattutto era giudicata tale la dottrina cristiana circa l’indissolubilità e, soprattutto dal secolo scorso, la dottrina circa la procreazione responsabile.

Questa, diciamo, contestazione ha anche indubbiamente favorito un approfondimento, una sempre maggiore precisazione da parte della Chiesa della sua dottrina. E da Leone XIII in poi gli interventi magistrali sono andati via via crescendo, fino all’imponente magistero del beato Giovanni Paolo II.

In questi ultimi decenni tuttavia è avvenuta, ed è ancora in atto, una vera svolta epocale. Non è la praticabilità della proposta cristiana che è messa in questione; è la sua verità. Anzi è andata messa in discussione progressivamente la verità dell’istituto matrimoniale come tale. Mi spiego, partendo proprio da questo punto.

Da sempre, l’Occidente aveva pensato che l’istituto matrimoniale, pur nella varietà delle forme in cui era giuridicamente regolamentato e quotidianamente vissuto, avesse una sua propria natura. Non tutto nel matrimonio è convenzionale, e quindi negoziabile. Esiste uno "zoccolo duro", cioè una verità del matrimonio indipendente dalle vicissitudini storiche.

Che cosa è accaduto, e sta accadendo? Viene negato che nel matrimonio esista "qualcosa" che le convenzioni non possono cambiare. Più precisamente. Il matrimonio non è per sua natura stessa un’unione legittima etero-sessuale in ordine alla procreazione-educazione dei figli; può anche essere un’unione legittima omo-sessuale, e la procreazione può essere legittimamente perseguita separatamente dalla sessualità coniugale. Chi stabilisce se il matrimonio è fra persone di sesso diverso o uguale? L’autonoma decisione del singolo, che gli ordinamenti giuridici devono semplicemente riconoscere senza discriminazioni di sorta.

Spero sia chiaro ora in che cosa consiste la svolta epocale di cui parlavo. Non viene detto: la proposta cristiana è impraticabile; viene detto: è falsa.

Devo a questo punto chiarire un poco questa descrizione della svolta epocale. Il matrimonio è qualcosa di singolare nella dottrina cristiana. Esso è uno dei sette sacramenti, ma non è stato "inventato" da Gesù Cristo. La sacramentalità presuppone sempre ciò che possiamo chiamare il matrimonio naturale, e sopra ho chiamato "ciò che definisce l’istituto matrimoniale come tale". Poiché è questo che la dottrina cristiana afferma, l’attacco alla verità del matrimonio coinvolge anche la proposta cristiana; e alla sua radice.

Ho detto "anche", poiché questa materia di contesa non coinvolge solo la Chiesa ma anche – oserei dire, soprattutto – la società civile e la sua sovrana organizzazione giuridica, cioè lo Stato.

Riprendo ora il tema della svolta epocale, per completare. La mutazione sostanziale nei confronti del matrimonio ha comportato la mutazione sostanziale delle fondamentali relazioni che costituiscono la famiglia: paternità/maternità – figliazione – fraternità.

Non considerando l’etero-sessualità elemento costitutivo dell’istituto matrimoniale, eo ispo devo mutare la definizione di paternità-maternità. La generazione della persona e la sua genealogia sono al contempo radicate nella biologia e la trascendono senza negarla. È nella biologia della persona che è inscritta la genealogia della persona [Giovanni Paolo II, Lettera alle famiglie (2 febbraio 1994) 9,1]. La relazione fondamentale paternità/maternità – figliazione, se viene sradicata dalla biologia, deve essere anche ridefinita ex novo. Chi è il padre/la madre? Chi ha dato il seme oppure chi si attribuisce il bambino? Chi ha dato l’ovulo oppure chi accoglie il bambino? La relazione diventa definibile secondo le convenzioni accettate e legalmente trascritte. Il convenzionalismo che ha investito l’istituto matrimoniale ha inevitabilmente coinvolto l’istituto famigliare.

Alla fine, in che condizione si trova l’Occidente a riguardo del matrimonio e della famiglia? Posso rispondere servendomi di un esempio.

Si può distruggere un edificio in due modi. Con una bomba, e lo rado al suolo; oppure lo de-costruisco pezzo per pezzo. Nel primo caso, alla fine ho solo polvere e macerie; nel secondo caso ho ancora tutti i pezzi ma non ho più l’edificio. È accaduta al matrimonio e alla famiglia la seconda cosa. Abbiamo ancora tutti i pezzi. Continuiamo a parlare di coniugi, di paternità/maternità; gli ordinamenti giuridici continuano ad avere i loro istituti. Ma sono pezzi, cioè termini che non veicolano più significati univoci, essendo stati estratti dall’insieme che li definiva.

Vorrei ora riflettere sulle cause che hanno portato a questa situazione.

Fenomeni culturali come questo sono processi storici assai complessi. L’individuazione delle loro cause rischia una semplificazione eccessiva. Comunque, abbiamo il bisogno di capire, e si capisce un fenomeno quando se ne conoscono le cause.

A me sembra che le cause principali siano soprattutto le tre seguenti, strettamente connesse: progressiva declinazione individualista delle fondamentali esperienze umane [il mito dell’auto-realizzazione e del sovrano diritto soggettivo]; oscurarsi della verità e del senso della diversità sessuale; la libertà pensata e vissuta come pura auto-determinazione. Dirò ora qualcosa brevemente su ciascuna di queste cause.

A) La vita coniugale è espressione e realizzazione della condizione della persona umana, che si realizza nella relazione con l’altro.

La relazione coll’altro può essere pensata – più concretamente, la socialità – in due modi differenti, e vissuta di conseguenza. Declinata secondo due possibili paradigmi.

Se si concepisce la relazione con l’altro come una dimensione congenita della persona, un bene umano naturale, la società sarà vissuta come la realizzazione integrale della propria umanità. La perfezione di se stessi è un bene relazionale; è cioè un bene che consiste in una relazione.

Se si concepisce la relazione con l’altro non una dimensione congenita, ma il frutto di una convenzione o contrattazione reciproca, l’associarsi verrà pensato e vissuto come una necessità dovuta alla ricerca del proprio bene, della propria felicità individuale. Non esistono beni relazionali, avendo la relazione carattere di mera utilità per il proprio benessere. Parlavo del mito del proprio benessere e della sovranità dei diritti soggettivi.

Se chiamiamo il primo paradigma "paradigma personalista", ed il secondo "paradigma individualista", si può dimostrare che il secondo ha avuto nettamente vittoria nella coscienza che l’uomo ha di sé in Occidente. Questa vittoria impediva di accettare la visione che fino ad allora l’Occidente aveva avuto del matrimonio, trasformandolo da "communio totius vitae" a contrattazione fra due diritti sovrani alla propria felicità individuale e alla soggettiva autorealizzazione. E ogni contrattazione è sempre istituita sulla base del dare ed avere, ponendo da parte di ciascun contraente la condizione che fra dare ed avere ci sia almeno parità. Altrimenti c’è la clausola tacita del recesso.

Qui troviamo forse una delle ragioni più profonde della progressiva equiparazione, anche giuridica, del matrimonio alla libera convivenza, e la progressiva legittimazione di questa.

B) La declinazione individualista dell’humanum è causata anche dal progressivo oscurarsi della verità e bontà della diversità sessuale. "Siamo in difficoltà culturale, noi post-moderni, nel vedere l’altro come differente (quale differenza è più invalicabile di quella dell’essere maschi e dell’essere femmine?) ma non estraneo. Siamo tentati di risolvere il problema in una omologazione che tutto appiattisce" [Comitato per il progetto culturale della CEI (a cura del), Il cambiamento demografico, Laterza, Bari-Roma 2011, 9].

La diversificazione sessuale è sempre stata vista dai pensatori essenziali come uno dei simboli fondamentali della verità della persona umana, di ciò che è la persona umana. Il secondo capitolo della Genesi lo dice in maniera assai suggestiva.

Simbolo della persona umana, perché la diversificazione sessuale dice che l’humanum non coincide interamente né colla mascolinità né colla femminilità; non coincide con la riduzione omologante dei due. Ma consiste nell’affermazione di ciò che è proprio di ciascuno dei due, all’interno di una relazione che, su un piano di uguale dignità, orienta e l’uomo e la donna alla pienezza della loro umanità.

L’istituzione matrimoniale nasceva in fondo da questa visione, anche se dobbiamo dire non in modo del tutto chiaro a causa anche del fatto che l’esercizio della sessualità era pensato esclusivamente in funzione della procreazione, e il non pieno riconoscimento dell’uguale dignità della donna.

Se mi colloco dentro a quella che ho chiamato declinazione individualista dell’humanum; se perdo di vista il fatto che la persona umana è uomo e donna; se - aggiungo – la procreazione è sradicata dall’esercizio della sessualità, non si capisce più la definizione eterosessuale dell’istituzione coniugale, o comunque cessa di essere impensabile la definizione omosessuale del medesimo. Cosa che sta puntualmente accadendo.

Mi fermo ora brevemente – il tema meriterebbe ben più ampio sviluppo – per indicare come questi due primi processi culturali hanno influito sulle relazioni famigliari.

Il primo ha cambiato la considerazione del figlio come dono, come persona che è attesa in se stessa e per se stessa, nel figlio come diritto, come ciò di cui ho bisogno per la mia auto-realizzazione.

Il secondo processo ha … combinato un guaio ancora più grave: ha reso sempre più difficile la generazione dei figli [= cambiamento demografico]. Per custodire infatti "il generare all’altezza del suo compito non vi è altra strada che quella della condivisione, del riconoscimento o della reciprocità nella quale non si realizza uno scambio do ut des, ma la crescita e la realizzazione in toto delle persone" [l. c.].

C) Il terzo processo riguarda la concezione e il vissuto della libertà. Con questo tocchiamo, penso, il fondo del dramma dell’uomo di oggi.

È una libertà che viene sradicata dalla verità circa il bene ed il male; che viene vissuta come una realtà prima; che viene sempre più vissuta come spontaneità.

In questo modo di vivere la propria libertà, la proposta cristiana circa il matrimonio diventa non impraticabile, ma impensabile. Per quale ragione? perché libertà e definitività sono pensate come grandezze inversamente proporzionali; perché la libertà non è più pensata come capacità di auto-donazione, ma come capacità di affermazione di se stessi a prescindere dall’altro.

La nostra storia occidentale di libertà era stata scandita da tre grandi eventi: la liberazione del popolo ebreo dall’Egitto e dono conseguente della Legge; l’esperienza della polis greca; la scoperta di una res publica compiuta da Roma, di cui ciascuno è responsabile.

In fondo, tutte e tre avevano una idea di fondo: la libertà è un bene da condividere, perché è un bene per natura sua relazionale. Il cristianesimo, con Paolo, porterà all’estrema conseguenza questa grammatica comune della libertà: essa è servizio; è dono; è oblativa, non possessiva. L’istituto matrimoniale si nutriva di questo terreno. Sradicato da esso, è divenuto privo di vita. È sempre più impensabile come progetto di vita.

2. La F.C. base permanente del nostro impegno.

Tutto quanto detto sopra stava già accadendo quando la F.C. venne scritta e promulgata, anche se quei processi non avevano mostrato ancora tutti i loro effetti sul matrimonio e la famiglia. La F.C. dunque ha accolto la sfida, e ha indicato le linee di risposta alla provocazione.

Per chiarezza indicherò sinteticamente questa risposta sottolineandone due punti: la risposta di metodo e la risposta di contenuto.

2.1. È stata una risposta metodologica. La F.C. ha indicato un metodo, cioè una via per "annunciare il Vangelo, cioè la buona novella a tutti indistintamente, in particolare a tutti coloro che sono chiamati al matrimonio e vi si preparano" [F.C. 3]. Il metodo è esposto nella Parte prima dell’Esortazione apostolica.

Esso è la coniugazione simultanea, l’insieme di tre percezioni, o, se volete, di tre attitudini spirituali: la conoscenza delle "situazioni entro le quali il matrimonio e la famiglia oggi si realizzano" [F.C. 4]; la profonda conoscenza della dottrina cristiana circa il matrimonio e la famiglia; l’interpretazione della situazione alla luce della dottrina della fede mediante un vero discernimento evangelico, operato dal soprannaturale senso della fede [al discernimento evangelico è dedicato tutto il n° 5 della F.C.].

Più semplicemente, spero. Se accosto i due poli della corrente elettrica, scocca la scintilla. Se accosto conoscenza della situazione e conoscenza della fede, scocca la scintilla del discernimento.

Se mi limitassi a misurare, a pensare l’annuncio del Vangelo del matrimonio e della famiglia sullo spirito del tempo, senz’altro ridurrei il Vangelo a misura dell’uomo e della donna che si sposano. Se mi limitassi a trasmettere la dottrina della fede senza una profonda conoscenza del quotidiano vissuto degli sposi, la dottrina della fede potrebbe, nel migliore dei casi, essere imparata, ma non sentita come risposta alle vere domande dell’uomo e della donna che si sposano.

Il "senso della fede", organo del discernimento, "è un dono che lo Spirito partecipa a tutti i fedeli, ed è pertanto, opera di tutta la Chiesa… I laici, anzi, in ragione della loro particolare vocazione, hanno il compito specifico di interpretare alla luce di Cristo la storia di questo mondo, in quanto sono chiamati ad illuminare e ordinare le realtà temporali secondo il disegno di Dio Creatore e Redentore" [F.C. 5].

È questa la via, il metodo appunto, che la Chiesa è chiamata a percorrere per la Nuova Evangelizzazione.

2.2. Vorrei ora richiamare nei suoi punti fondamentali la visione teologica ed antropologica che la F.C. ha del matrimonio e della famiglia [cfr. Parte seconda, 11-16], per farvi vedere come essa possa e debba costituire la base su cui edificare la nostra pastorale, anche oggi. La FC resta il Documento base.

Leggendo attentamente la parte teologico-antropologica di FC [cfr. parte seconda, 11-16], possiamo individuare nel testo pontificio alcune certezze di fondo. E’ dal loro insieme armonico che si evince la visione teologico-antropologica di FC.

La prima. Il matrimonio e la famiglia sono realtà "naturali". Essi si radicano profondamente nella natura stessa della persona umana. Togliamo subito però un equivoco che può insidiare questa formulazione. Essa non va intesa nel senso che la persona umana debba sposarsi per realizzarsi. Quale è allora il senso preciso di quella affermazione? Esso dipende dal concetto di "natura della persona umana" che ha la FC.

Ascoltiamo l’incipit della parte seconda di FC: "Dio ha creato l’uomo a sua immagine e somiglianza: chiamandolo all’esistenza per amore, l’ha chiamato nello stesso tempo all’amore". La natura della persona umana è costituita dal suo essere "ad immagine e somiglianza" di Dio. Quando Tommaso scrive: "praepositio … "ad" accessum quemdam significat, qui competit rei distanti" [1, q.92, a.1c], esprime un’idea comune ai Padri greci. La natura della persona umana è "tendenziale in riferimento a …". Ciò che fa di essa un "unicum" nell’universo creato visibile è che il termine di questo essere-tendenza è Dio stesso.

Ma la FC non dice questo solamente. Essa afferma che l’intera natura della persona umana è definita dalla sua "vocazione all’amore". Dice il testo: "Dio è amore e vive in se stesso un mistero di comunione personale di amore. Creandola a sua immagine … Dio iscrive nell’umanità dell’uomo e della donna la vocazione, e quindi la capacità e la responsabilità dell’amore e della comunione. L’amore è, pertanto, la fondamentale e nativa vocazione di ogni essere umano"[11,2]. L’uomo è costituito in ordine all’amore: la sua natura è orientata all’amore. Ne deriva che, come ha scritto Giovanni Paolo II nell’Enc. Redemptor hominis, "L’uomo non può vivere senza amore. Egli rimane per se stesso un essere incomprensibile, la sua vita è priva di senso, se non gli viene rivelato l’amore, se non s’incontra con l’amore, se non lo sperimenta e non lo fa proprio, se non vi partecipa vivamente" [10,1; EE 8/28].

E’ necessaria a questo punto una rigorizzazione concettuale. La definizione di uomo che stiamo elaborando non deve essere intesa nella luce di un’affermazione del primato dell’etica sull’ontologia. L’uomo non è definito da una esigenza; da un dovere; da una vocazione neppure: è definito dall’essere egli fatto in modo tale che l’amore ne indica la perfezione, il bene ultimo. E’ dentro a questa rigorizzazione concettuale che si comprende l’affermazione forse più profonda fatta dal Concilio Vaticano II sull’uomo: "Questa similitudine [= una certa similitudine tra l’unione delle persone divine e l’unione dei figli di Dio nella verità e nell’amore] manifesta che l’uomo … non possa ritrovarsi pienamente se non attraverso un dono sincero di sé" [Cost. Past. Gaudium et Spes 24,4]. L’uomo può perdere il proprio "se stesso": può cioè dilapidare la sua umanità e quindi compiere una pseudo-autorealizzazione. Questo sperpero accade quando non realizza se stesso nel dono di sé.

Siamo ora in grado di cogliere il significato preciso e pieno del primo insegnamento fondamentale di FC. Matrimonio e famiglia sono radicati nella natura della persona umana perché sono in grado di esprimere l’intimo orientamento al dono di sé che la definisce. Matrimonio e famiglia non sono "estranei" alla natura della persona umana, ma consentanei alla sua struttura intima.

La seconda certezza di fondo di FC è che matrimonio e famiglia entrano nella storia della salvezza, sono una realtà dell’economia della salvezza. Questa collocazione è decisiva per capire la visione teologico-antropologica di FC. Essa viene descritta nel mondo seguente: "La comunione d’amore tra Dio e gli uomini, contenuto fondamentale della Rivelazione e dell’esperienza di fede di Israele, trova una sua significativa espressione nell’alleanza sponsale, che si instaura fra l’uomo e la donna. E’ per questo che la parola centrale della Rivelazione, "Dio ama il suo popolo" viene pronunciata anche attraverso le parole vive e concrete con cui l’uomo e la donna si dicono il loro amore coniugale. Il loro vincolo diventa l’immagine e il simbolo dell’Alleanza che unisce Dio e il suo popolo" [12,1-2].

Ma per comprendere esattamente la collocazione del matrimonio e della famiglia dentro all’economia della salvezza sono necessarie alcune precisazioni.

Trattasi di una collocazione che sembra fondarsi sopra la "similitudine": l’esperienza coniugale entra nell’economia della salvezza in quanto mezzo espressivo della stessa, come linguaggio umanamente comprensivo del mistero dell’Alleanza. In realtà non si tratta solo di questo. Ma di una vera e propria partecipazione di cui la coniugalità è dotata nei confronti del mistero dell’Alleanza. E’ questa l’essenza della sacramentalità propria del matrimonio di due battezzati. Dalla partecipazione deriva la similitudine, non viceversa: la partecipazione definisce l’ontologia del sacramento, la similitudine l’etica. Questo ordine va accuratamente custodito.

Ogni partecipazione consiste nel possedere in parte una perfezione che in se stessa è più ampia. La perfezione cui si riferisce il testo di FC è di volta in volta indicata con l’amore di Dio verso il suo popolo [12,2]. Alleanza che unisce Dio e il suo popolo [ib.], lo Sposo (Cristo) che ama e si dona (13,1) sulla Croce. La perfezione è quella insita nel dono che di sé ha fatto Cristo sulla Croce: "li amò eis télos" [Gv 13,1]. Dono "de quo magis cogitari nequit". La limitazione di questa perfezione negli sposi che pure ne partecipano realmente, è dovuta al fatto ovvio della loro creaturalità ed imperfezione morale, oppure alla forma della coniugalità che la perfezione dell’Amore quale si ha in Cristo assume negli sposi? La domanda verte sulla coniugalità come limitazione della partecipazione all’amore che ha mosso Cristo a donare Se stesso sulla Croce. La questione, come si capirà subito, non è di dettaglio.

La mia idea è che la coniugalità è limitativa, ma non nel senso che essa sia estranea, estrinseca all’amore di Cristo, ma nel senso che è in grado di esprimerne solo una dimensione [cfr. 16,1]. Tutti i colori dell’iride sono presenti nella luce, ma è necessario lo spettro per vederli. Tutte le forme dell’amore, del dono di Sé, sono presenti nell’auto-donazione di Cristo sulla Croce. Ma la ricchezza del tutto ha bisogno del frammento per farsi conoscere. Nello stesso tempo però il frammento rimanda sempre al tutto: l’amore coniugale rimanda per sua natura oltre se stesso, verso una pienezza d’essere che esso non è capace né di promettere né di realizzare [cfr. 1Cor 7,29].

Ci eravamo proposti di vedere come la FC pensa la presenza, la collocazione del matrimonio dentro all’economia della salvezza. Questa è vista nelle tre dimensioni che sono proprie del sacramento. E’ collocato nella storia della salvezza perché il matrimonio è memoriale dell’avvenimento centrale dell’economia salvifica, la morte-risurrezione del Signore; perché è attualizzazione dello stesso nel senso che l’effetto primo ed immediato della celebrazione sacramentale è il vincolo coniugale, partecipazione reale all’appartenenza reciproca di amore di Cristo colla Chiesa; perché è prolessi del compimento definitivo, quando Cristo sarà tutto in tutti (cfr. 13,7-8).

La terza convinzione di fondo riguarda la relazione esistente fra la natura della persona umana e del matrimonio [prima convinzione] e il matrimonio-sacramento [seconda convinzione].

Parto da due testi di FC: "In questo sacrificio [= quello di Cristo sulla Croce] si svela interamente quel disegno che Dio ha impresso nell’umanità dell’uomo e della donna, fin dalla loro creazione" [13,2: in nota si cita Ef 5,32]. E poco più sotto: "L’amore coniugale raggiunge quella pienezza a cui è interiormente ordinato, la carità coniugale, che è il modo proprio e specifico con cui gli sposi partecipano e sono chiamati a vivere la carità stessa di Cristo che si dona sulla Croce" [ib.].

Le due affermazioni si articolano e si connettono in quanto la prima è ontologica: parla dell’essere dell’uomo e della donna definito come "disegno del Creatore"; la seconda è etica: parla della pienezza, della perfezione della coniugalità definita come amore. Teoreticamente la più importante è la prima.

Il fine verso cui guardava Dio creatore nel momento in cui creava la persona umana, era "il sacrificio che Gesù Cristo fa di se stesso sulla Croce per la sua Sposa". E’ questo avvenimento il "punto gravitazionale" della persona umana.

Si noti bene che il testo non parla di persona umana in generale, ma di "umanità dell’uomo e della donna". Viene qui aperta una pista di riflessione tesa a mostrare come mascolinità-femminilità trovano nel mistero di Cristo la loro unità che salvaguarda la diversità, oltre una visione sia di contrapposizione insuperabile sia di insignificanza ed irrilevanza ultima della divaricazione sessuale, di cui ho già parlato. Il mistero nuziale di Cristo-Chiesa esprime la verità della persona umana, e la partecipazione a questo mistero nuziale realizza l’umanità in quanto maschile-femminile.

La trascrizione sul registro etico di quest’affermazione ontologica significa che l’amore coniugale, nel senso della sua naturalità di cui ho parlato al § 1,1, è orientato a realizzarsi come carità coniugale. Ciò non significa un più grande obbligo: il matrimonio sacramento è più indissolubile che il matrimonio non sacramento. Significa che l’amore, inteso come dono di sé a cui la persona è finalizzata, quando assume la forma della coniugalità, non è perfetto fino a quando non è elevato a carità coniugale. Il tempo affidatomi non mi consente di procedere oltre.

La quarta convinzione di fondo riguarda il rapporto coniugalità-dono della vita [cfr. n° 32]. In sostanza, FC ed il successivo sviluppo della riflessione ha mostrato la connessione inscindibile fra coniugalità e dono della vita: la coniugalità implica nella sua stessa essenza di communio personarum l’orientamento al dono della vita, e reciprocamente il dare origine ad una nuova persona umana deve accadere solo attraverso quell’atto nel quale i due coniugi diventano una caro, ed è quindi espressione eminente della communio personarum.

Questa visione dimostra la falsità di due tesi opposte. Quella che configura la coniugalità come "mezzo" per la procreazione, e quella che pone un rapporto estrinseco o solo di fatto fra coniugalità e dono della vita.

 

Conclusione: profezia di una visione

Concludendo la mia riflessione vorrei finalmente spiegare in che senso la FC è il Documento base di ogni pastorale matrimoniale.

Ancora nel 1974 K. Wojtyla scriveva: "Una onesta comprensione della realtà del matrimonio e della famiglia sulla base della fede richiede un approfondimento dell’antropologia della persona e del dono ed anche un approfondimento del criterio della comunità delle persone ("communio personarum")".

FC ha introdotto una forte ed ampia riflessione antropologica come esigenza imprescindibile per comprendere e far comprendere la dottrina cristiana del matrimonio.

Questi tre decenni che ci separano dalla promulgazione di FC hanno mostrato come questa visione fosse profetica.

L’esigenza della riflessione antropologica, come dimensione essenziale della proposta cristiana del matrimonio, è andata assumendo carattere di crescente urgenza, anche e prima di tutto dal punto di vista teoretico. Ci è chiesta la ricostruzione di una visione dell’uomo, che generata dalla fede, possa rispondere veramente alle domande dell’uomo su se stesso e sul suo destino.

Ma perché questa ricostruzione possa avvenire, il pensiero cristiano deve affrontare e vincere le tre sfide fondamentali che la contemporaneità gli sta lanciando: la sfida del nichilismo metafisico, la sfida del cinismo morale, la sfida dell’individualismo asociale.

La sfida del nichilismo: essa consiste nella negazione di un originario rapporto della nostra ragione colla realtà. Negazione che comporta una considerazione della realtà medesima alla stregua di un’illusione o di un gioco le cui regole sono frutto di pura convenzione. E’ la sfida al realismo della fede, perché nasce dalla negazione della capacità della ragione di andare oltre il verificabile. Se il pensiero cristiano non vincerà questa sfida, non usciremo dal costruttivismo convenzionalista in cui è caduta la dottrina civile del matrimonio.

La sfida del cinismo: negata ogni consistenza alla realtà, scompare il senso della divaricazione essenziale fra bene/male, e con ciò il gusto della scelta libera. Ogni scelta ha lo stesso significato, e pertanto nessuna scelta ha significato. L’etica, intesa come passione per la custodia dell’uomo, è estinta. E’ la sfida al realismo della speranza, perché nasce dalla negazione di un fine ultimo della vita. Se il pensiero cristiano non vincerà questa sfida, non usciremo dall’incapacità di mostrare l’incomparabilità di quel bene che è l’amore coniugale con quel vago e asettico senso di amore che non sa più definirsi, ed equipara ogni forma di convivenza.

La sfida dell’individualismo: è il risultato delle due sfide precedenti. La convivenza umana è pensata come coesistenza regolamentata di egoismi opposti. E’ la sfida al realismo della carità cristiana, perché nasce dalla negazione pura e semplice della categoria antropologico-etica della prossimità. Se il pensiero cristiano non vincerà questa sfida, verrà meno la possibilità stessa di parlare in modo sensato e comprensibile del matrimonio cristiano.

Il matrimonio e la famiglia sono uno dei percorsi privilegiati per avere un’intelligenza teologica e filosofica della verità dell’uomo, e lungo questo percorso è inevitabile oggi non essere provocati da questa triplice sfida.

Mi piace terminare con una riflessione. È da più di trent’anni che conosco la vostra attività. Essa è assai preziosa, poiché si è da sempre collocata dentro ad una profonda cura dell’humanum, dentro ad una profonda preoccupazione di sapere la verità circa la sessualità umana. Avete seguito la via di FC.