A Câmara dos Comuns aprovou ontem, por maioria, o chamado casamento
entre homossexuais. Um bispo católico diz que os efeitos para católicos
poderão ser graves.
O bispo de Portsmouth, Inglaterra, disse ontem que a aprovação do
“casamento” entre homossexuais coloca os católicos sob uma pressão moral
intolerável.
Phillip Egan disse aos jornalistas que católicos que trabalham no registo civil, por exemplo, poderão ser obrigados a escolher entre as suas consciências e a profissão.
Egan tece comparações com o efeito da lei que permitiu a adopção por homossexuais e que levou ao encerramento de todas as agências de adopção católica, uma vez que o Governo e os tribunais não admitiram uma excepção para organizações religiosas.
“Tal como a Igreja teve de abandonar os seus serviços de adopção, também alguns católicos que trabalham na área da saúde e serviços sociais poderão encontrar-se sob pressões morais intoleráveis. Pressões que se poderão fazer sentir também nas escolas católicas, por professores, funcionários e pais”.
No Reino Unido, como em Portugal, os casamentos na Igreja Católica também servem para efeitos civis. Mas com esta alteração isso pode mudar, sugere o bispo: “Torna-se claro que a visão católica do matrimónio será, no futuro, marcadamente diferente daquilo a que a sociedade chamará casamento. Uma consequência possível disto é que a Igreja seja forçada a retirar-se do registo civil de casamentos”.
Mas o bispo também fez algumas críticas internas. Segundo ele a culpa da redefinição da definição de casamento também deve ser partilhada pela Igreja que desde os anos 60 não soube “explicar de forma atractiva” a visão cristã desta instituição.
A lei que legaliza o “casamento” entre homossexuais foi aprovada na Câmara de Comuns por maioria. Contudo, o Partido Conservador, cujo líder e primeiro-ministro David Cameron apoiou fortemente a medida, ficou claramente dividido, com uma maioria dos seus representantes a votar contra a proposta. A lei foi aprovada com o apoio dos Liberais Democratas e do Partido Trabalhista, com algumas excepções.
Antes de se tornar lei do país a medida deve agora ser aprovada pela Câmara dos Lordes antes de entrar em vigor.
As preocupações da Igreja Católica são sentidas também, mas em maior grau, pela Igreja de Inglaterra. Os bispos anglicanos opuseram-se à proposta e não se deixam convencer pelas garantias do Governo de que nenhuma confissão possa ser obrigada a realizar “casamentos” entre homossexuais. Os bispos alertam para a possibilidade de recurso ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que poderá entender que tal garantia é discriminatória, sobretudo tendo em conta que a Igreja Anglicana é a confissão oficial do Estado.
Phillip Egan disse aos jornalistas que católicos que trabalham no registo civil, por exemplo, poderão ser obrigados a escolher entre as suas consciências e a profissão.
Egan tece comparações com o efeito da lei que permitiu a adopção por homossexuais e que levou ao encerramento de todas as agências de adopção católica, uma vez que o Governo e os tribunais não admitiram uma excepção para organizações religiosas.
“Tal como a Igreja teve de abandonar os seus serviços de adopção, também alguns católicos que trabalham na área da saúde e serviços sociais poderão encontrar-se sob pressões morais intoleráveis. Pressões que se poderão fazer sentir também nas escolas católicas, por professores, funcionários e pais”.
No Reino Unido, como em Portugal, os casamentos na Igreja Católica também servem para efeitos civis. Mas com esta alteração isso pode mudar, sugere o bispo: “Torna-se claro que a visão católica do matrimónio será, no futuro, marcadamente diferente daquilo a que a sociedade chamará casamento. Uma consequência possível disto é que a Igreja seja forçada a retirar-se do registo civil de casamentos”.
Mas o bispo também fez algumas críticas internas. Segundo ele a culpa da redefinição da definição de casamento também deve ser partilhada pela Igreja que desde os anos 60 não soube “explicar de forma atractiva” a visão cristã desta instituição.
A lei que legaliza o “casamento” entre homossexuais foi aprovada na Câmara de Comuns por maioria. Contudo, o Partido Conservador, cujo líder e primeiro-ministro David Cameron apoiou fortemente a medida, ficou claramente dividido, com uma maioria dos seus representantes a votar contra a proposta. A lei foi aprovada com o apoio dos Liberais Democratas e do Partido Trabalhista, com algumas excepções.
Antes de se tornar lei do país a medida deve agora ser aprovada pela Câmara dos Lordes antes de entrar em vigor.
As preocupações da Igreja Católica são sentidas também, mas em maior grau, pela Igreja de Inglaterra. Os bispos anglicanos opuseram-se à proposta e não se deixam convencer pelas garantias do Governo de que nenhuma confissão possa ser obrigada a realizar “casamentos” entre homossexuais. Os bispos alertam para a possibilidade de recurso ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que poderá entender que tal garantia é discriminatória, sobretudo tendo em conta que a Igreja Anglicana é a confissão oficial do Estado.