sábado, 2 de fevereiro de 2013

Liliana e os seus dez filhos, uma parábola sobre o que distingue uma sociedade decente - por José Manuel Fernandes

In Público 
01/02/2013
Ao ler a sentença, percebe-se que só houve real humanidade quando o técnico de uma ONG acompanhou aquela família
 
Chama-se Mamhoud e desde Junho do ano passado que está separado da maioria dos seus irmãos. Porque estava na escola quando a polícia chegou para levar sete dos dez filhos de Liliana Melo. As irmãs mais velhas ajudaram-no a escapar à ordem do tribunal e no outro dia vimos a sua silhueta numa reportagem da RTP. Passaram sete meses e as "autoridades", que naquele dia de Verão entraram pela sua casa adentro, parece terem-se esquecido dele. Na altura era uma "criança em perigo" que tinha de ser imediatamente retirada à guarda dos familiares. Agora será o quê para o tribunal, os seus técnicos e os seus polícias?
 
O país esquece depressa as suas fugazes histórias mediáticas, e poucos se lembrarão de Liliana e da polémica sobre uma ordem de laqueação de trompas, mas esperava-se que as instituições fossem, no mínimo, mais persistentes. Não dão indicações de o ser. É que se Mamhoud ficou para trás na ordem de o levar para uma instituição de acolhimento, as suas duas irmãs mais velhas também ainda esperam pelo "apoio psicológico" que o juiz prescrevera. As sentenças dos tribunais são, pelos vistos, de aplicação facultativa, mesmo pelas autoridades judiciais.
 
Estas incongruências reforçam a convicção de que houve neste processo muita inumanidade e, porventura, algum preconceito. Por isso ele é, também, exemplar sobre alguns dos males da nossa sociedade. 
 
Primeiro que tudo, o problema da imposição da laqueação de trompas. O tribunal, apoiado pela corporação dos juízes - da associação sindical a um comunicado apócrifo do Conselho Superior da Magistratura -, sustenta que a decisão de tirar os filhos à mãe nada teve a ver com o facto de esta, por razões religiosas, não aceitar realizar aquele tipo de operação. O tribunal diz até que Liliana a "aceitou" num acordo com os técnicos da Segurança Social. O que não deixa de ser extraordinário, pois aparentemente o tribunal não se interrogou sobre as condições em que Liliana terá sido levada a aceitar um "acordo" que, sendo conhecida a sua religião, mais soava a imposição. Por outro lado, conforme relatava o último Expresso, este tipo de imposição está a tornar-se muito habitual na Grande Lisboa. A "sugestão" vem por regra de técnicos da Segurança Social, as destinatárias são quase sempre mulheres de origem africana. É uma solução expedita que desobriga os técnicos e lhes permite passar o problema ao hospital, altura em que os serviços lavam dele as mãos. 
 
Mesmo que o tribunal não tivesse considerado a falta à laqueação de trompas uma questão relevante - e considerou, como se verifica lendo as 42 páginas do acórdão -, a verdade é que em momento algum questionou a validade da "sugestão". Mais: apesar de o acórdão descrever a situação familiar do pai das crianças, um muçulmano com três mulheres e três famílias diferentes, em nenhuma passagem há qualquer referência ao facto de Liliana ser muçulmana, como se as suas crenças não tivessem qualquer importância nas suas opções e não devessem ser respeitadas. 
 
Não está em causa saber se concordamos com as opções de Liliana, nem sequer o que possamos pensar de alguns aspectos da religião muçulmana. O ponto, como notou esta semana José Tolentino Mendonça, é que "é trágico não perceber-se que a ofensa à liberdade religiosa coloca em causa a liberdade em sentido absoluto, a liberdade de nós todos". E foi a liberdade religiosa de Liliana que foi posta em causa neste processo.
 
A leitura da sentença é muito instrutiva. Não quero ser injusto, pois não pretendo conhecer todos os detalhes do caso, mas a forma como é descrita a intervenção dos diferentes serviços sociais é reveladora de uma frieza e de rotinas burocráticas que afligem. Em certos períodos visitavam a casa de Liliana de três em três meses, concluíam que ela ainda não estava a cumprir com todas as "sugestões", faziam mais um relatório e ficavam à espera que um qualquer milagre ocorresse entretanto. Por exemplo: os papéis da cabo-verdiana não estavam em ordem e por isso ela não podia receber apoios sociais (só recebia abono de família, num certo período 175 euros); os técnicos determinavam então que tinha de ir tratar dos papéis; ao mesmo tempo condenavam-na por às vezes deixar os filhos mais novos à guarda dos mais velhos e constatavam que o pai só ia a casa alguns dias por semana. Pergunta-se: mas como queriam que ela fosse tratar dos papéis? Podia encontrar outros exemplos, que o padrão seria sempre o mesmo: olhava-se para aquela família com os olhos de quem tem uma família normal e exigia-se a uma mãe com nove filhos que lhes desse os banhos que se dão numa casa da classe média, mesmo quando se reconhecia que a água estava cortada ou o esquentador avariado. 
 
Não duvido que, pelo menos em alguns dos períodos, aquela família era muito desorganizada, que aquela mãe não cumpriria com todas as obrigações que hoje se esperam de uma mãe, mas só por uma vez se encontrou uma resposta adequada para a situação: quando uma técnica da organização não-governamental Movimento em Defesa da Vida passou a acompanhar o processo. Ia a casa da Liliana quatro vezes por semana, levou-a a Cascais a tratar dos papéis e enquanto a colaboração se manteve a evolução foi notável. Não é possível deixar de pensar que isso também sucedeu porque esta organização se baseia na dedicação de voluntários e nos serviços públicos há demasiado espírito "das nove às cinco" e um desejo inconfessável de que "ninguém venha com mais problemas". Não é sempre assim, mas é demasiadas vezes assim. Talvez porque o sentido de humanidade de uma sociedade diminua consoante temos mais leis e mais funcionários a tratar de nós, e menos obrigação sentimos de olhar para quem está ao nosso lado e possa precisar de ajuda. A simples existência de serviços sociais é nisso muito eficaz: alivia-nos a consciência.
 
Chegamos assim à questão do equilíbrio da sentença - até porque a decisão de dar um filho para adopção é a solução- limite, a solução para casos extremos. Neste caso, retirar sete dos dez filhos a uma família onde se admite que há amor e carinho, onde não há maus tratos, abusos sexuais ou dependência de drogas, onde podem faltar umas vacinas no boletim de saúde mas onde as crianças têm aproveitamento escolar muito razoável, é incompreensível. Se houvesse violência ou abandono, o que se decidia? Condenava-se a mãe à forca e o pai ao exílio?
 
Aquilo que parece ser proibido, seguindo a lógica da sentença, é ser pobre e ter muitos filhos. Não está lá escrito, mas é o que está implícito numa declaração do juiz Rui Rangel ao PÚBLICO, em que defendeu que os pais "não podem ter os filhos que querem" se não tiverem condições. Ficámos sem saber o que sugere nesses casos. Talvez a castração, pois é o passo que falta dar. 
 
Em todo o acórdão se nota que as acusações àquela família oscilam permanentemente entre ela não ter condições de vida tranquilas, não haver dinheiro suficiente ou a casa ser pequena, e a mãe (sistematicamente tratada como "a progenitora") não cumprir com as sugestões dos técnicos, sendo culpada de desorganização. Algumas das coisas que lhe fizeram são mesmo inauditas e impensáveis se se tratasse de alguém mais diferenciado e com advogado constituído. Basta referir que Liliana foi convocada para ir a tribunal sem saber ao que ia, que chegou e ouviu a leitura da sentença secamente, que depois não pôde levantar uma cópia porque era sexta-feira e os serviços já tinham fechado, que teve de lá voltar na semana seguinte e acabou assim por falhar o prazo do recurso por 24 horas. Kafkiano, no mínimo. 
 
Uma sociedade decente não é uma sociedade com muito "Estado social", muitos serviços públicos de assistência, muitas instituições de acolhimento e muita burocracia. É sim uma sociedade que sabe olhar para os seus vizinhos e ajudá-los, que respeita e valoriza as famílias e que só se intromete no espaço de liberdade dos cidadãos quando isso é mesmo inevitável. Não me parece que numa sociedade decente o Estado e os seus agentes se comportem como neste caso da Liliana. Mas todos os que, nas suas relações, a podiam e deviam ter ajudado mais, como a sua comunidade de Fé, também não estão ilibados.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Revelações de abusos fazem "rolar cabeça" de dois bispos em Los Angeles

In RR

Actual bispo de Los Angeles, Jose Gomez, aplica mão firme na diocese. Documentos relativos a abusos vão ser divulgados sem restrição de nomes de clérigos envolvidos.

O arcebispo de Los Angeles, Jose Gomez, emitiu um comunicado em que explica que dois bispos ligados à diocese vão ser destituídos de todas as suas obrigações eclesiásticas. Entre eles está o seu próprio antecessor, o Cardeal Roger Mahony e o actual bispo-auxiliar Thomas Curry, responsável pela área de Santa Barbara.

A medida de Gomez prende-se com a revelação recente de documentos que provam que Mahony, quando ainda era Arcebispo de Los Angeles, e Curry, na altura um padre e conselheiro do Arcebispo, conspiraram para evitar que padres, comprovadamente culpados de abusos sexuais sobre menores, não fossem denunciados às autoridades civis. Os esquemas incluíam a mudança de padres de local para evitar que fossem identificados pelas suas vítimas e a recomendação de que não fossem a consultas com terapeutas que pudessem ter a obrigação legal de os denunciar à polícia.

Aquando destas revelações, a semana passada, Mahony pediu publicamente desculpas pelo seu papel nessa época.

Agora o actual Arcebispo de Los Angeles tomou a decisão, sem precedentes, de suspender o seu próprio antecessor. É de sublinhar que Mahony é cardeal, mas Gomez não. Mahony fica assim impedido de desempenhar qualquer função clerical pública na arquidiocese, como por exemplo presidir a celebrações de crisma ou de primeiras comunhões.

Na mesma nota em que dá conta desta decisão Gomez afirma que aceitou a resignação do bispo-auxiliar Thomas Curry.

Gomez tomou ainda a decisão de mandar publicar todos os documentos relativos a abusos sexuais praticados por padres, sem apagar os nomes de qualquer envolvido, algo que Mahony sempre evitou fazer.

Jose Gomez explica que os ficheiros dizem respeito a abusos cometidos há décadas, “o que não os torna menos sérios”.

“Estes documentos constituem uma leitura brutal e dolorosa. O comportamento neles descrito é tremendamente triste e mau. Não há desculpas para o que aconteceu a estas crianças. Os padres envolvidos tinham a obrigação de serem os seus pais espirituais, mas falharam”, escreve o bispo.

“Hoje temos de reconhecer estes terríveis falhanços. Temos de rezar por toda a gente que foi ferida por membros da Igreja. E precisamos de continuar a apoiar o processo longo e doloroso de cura das suas feridas, restaurando a confiança que foi quebrada”.

Gomez diz mesmo que “ler estes documentos, pensando nas feridas que foram causadas, tem sido a experiências mais triste que tive desde que me tornei vosso Arcebispo em 2011”.


Defesa da família "não é uma causa confessional, é uma causa de civilização" - Cónego João Seabra

In RR 

Mobilização em França contra o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, e a possibilidade de virem a adoptar crianças, foi um dos temas abordados no debate desta quarta-feira na Renascença.    

A Igreja Católica francesa tem revelado uma grande capacidade de mobilização. Para além de ter organizado, na última semana, pela Internet, uma jornada de jejum e oração contra o “casamento” entre homossexuais, afirma o cónego João Seabra.

O sacerdote, que é pároco da Igreja da Encarnação, no Chiado, considera muito relevante o apoio público que os bispos e cardeais deram à recente manifestação que juntou um milhão de pessoas em Paris: “que o Cardeal de Paris e o de Lyon se tenham juntado e que todos os bispos franceses tenham feito um documento conjunto a apoiar a iniciativa, é uma coisa muito significativa”.

A importância é maior, acrescenta, por esta não ser “uma questão de defesa dos interesses corporativos da Igreja, é a defesa da natureza das coisas, da dignidade da família humana, da dignidade do amor conjugal, da santidade da família, é uma causa pública. Como diz o Papa, não é uma causa confessional, é uma causa de civilização”.”, explica o cónego João Seabra, que é também director do Instituto Superior de Direito Canónico.

A jornalista Aura Miguel sublinha a capacidade dos católicos franceses se mobilizarem utilizando as redes sociais e a internet e lembra que no site criado para a jornada de jejum e oração os cristãos eram desafiados: “será que vale a pena? Será que conseguimos? A lei não será aprovada?”. A resposta dada era a de que a “adesão pessoal é como um grão no meio de um oceano, mas que vale a pena. Um grão é como uma Avé Maria que nesta engrenagem pode mudar o mundo.”

Para o juiz Pedro Vaz Patto tanto a mobilização em França como nos Estados Unidos, onde se realizou a 39ª marcha pró-vida, contra o aborto, revelam que os cristãos não se devem dar por vencidos em questões fundamentais: “muitas vezes cá em Portugal encaramos estas questões como algo de irreversível, não podemos contrariar os ventos da história. Este tipo de iniciativa revela que não é assim. Esta marcha contra a legalização do aborto faz-se todos os anos nos EUA, e tem sido crescente o número de pessoas que participam”. “Esta mobilização”, acrescentou, “também leva a que a opinião pública vá evoluindo no sentido da rejeição do aborto”.

Em França os protestos também levaram a que “de acordo as sondagens, o número de pessoas que aprovam estas alterações tenha diminuído”, portanto, “estas questões não são irreversíveis”, adianta o juiz.

O debate de quarta-feira começou com a referência à Conferência que decorre na quinta-feira na igreja de S. Nicolau, em Lisboa, sobre a Sacrosanctum Concilium - a segunda de quatro conferências que as paróquias da Baixa-Chiado estão a organizar para assinalar o Ano da Fé e os 50 anos do Concílio Vaticano II.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Europe as we know it is dying - by Steven Mosher

In PRI 

It’s happened before.

Writing a century and a half before the birth of Christ, the Greek historian Polybius observed “nowadays all over Greece such a diminution in natality and in general manner such depopulation that the towns are deserted and the fields lie fallow. Although this country has not been ravaged by wars or epidemics, the cause of the harm is evident: by avarice or cowardice the people, if they marry, will not bring up the children they ought to have. At most they bring up one or two. It is in this way that the scourge before it is noticed is rapidly developed.”

He concluded by urging his fellow Greeks to return to their historic love of family and children. “The remedy is in ourselves,” he wrote. “We have but to change our morals.” His advice, unfortunately, went largely unheeded.

The demographic winter of the Greek city-states led to economic stagnation and military weakness, which in turn invited invasion and conquest. After a century of increasing dominance in the Eastern Mediterranean, Rome finally annexed the Greek city-states in 146 B.C.

Will a Europe in the grip of a similar demographic winter come to a similar unhappy end? Certainly Europeans of today, like the Greeks of old, are barely having children. The birthrate across the entire continent is far below the replacement level of 2.1 children per couple. Italy, Spain, Austria, and Germany have total fertility rates, or TFRs, of only 1.4 or so, while Poland and Russia languish at 1.32 and 1.2 respectively. The more or less generous child allowances these countries pay the prolific has scarcely caused these numbers to budge. The birth dearth continues to widen.

Meanwhile, adherents of pro-family sects such as Islam are moving in, having children, and repopulating historic Christendom. Is this process likely to continue? And to what end?

Most Muslim countries in North Africa and the Middle East have fertility rates two or three times as high as Europe. Afghanistan and Somalia, whose fertility rates are above 6 children (6.62 and 6.4 respectively), may be outliers. But other Middle Eastern countries with above-replacement TFRs include Iraq at 4.86, Pakistan at 3.65, and Saudi Arabia at 3.03. Even immigrants from the most Westernized Muslim countries such as Turkey and Tunisia average nearly twice as many children as the extant populations of most European countries.

While falling fertility may be humanity’s general fate, it is this differential fertility that will determine Europe’s destiny. Although the birthrates of Muslim immigrants to Europe are far lower than they were just a generation ago, they are still far more open to life than highly secularized Europeans. Moreover, these immigrants, once in place in Germany, Italy, Spain, etc., tend to maintain their relatively high fertility for a generation.

As a result of this potent mix of immigration and procreation, the number of Muslims will continue to grow. Europe as a whole, some demographers suggest, will have a majority Muslim population by 2100.

What a strange twist of history! Over the centuries, various Muslim armies have repeatedly attempted to conquer Europe. Time and time again, at Tours, Vienna, at Lepanto, at Malta, they were thrown back. Yet now what their forebears were unable to accomplish by force, their distant descendants will achieve by peacefully winning the Battle of the Cradle.

Whether they will be radicalized or secularized Muslims is the central question. If they are radicalized, then we can expect efforts to impose Sharia law in country after country, along with the growing persecution of the Christian minority. Catholics in Germany, for example, may come to be treated in largely the same way that Coptic Christians in Egypt have been for the last few centuries, that is to say, as second-class citizens, to be maligned, taxed and beaten almost at will.

If, on the other hand, the second- and third-generation Muslims are largely secularized, then the Christian minority will be, presumably, treated somewhat better, though still subject to some level of discrimination. As everyone knows by now, the Secular Left preaches a tolerance that it generally does not practice.

Either way, believers in once-Christian Europe will probably find themselves living in what might be called a pre-Constantine moment. In others words, they will be living under regimes that punish, even persecute, them for their beliefs.

At the present moment, Europeans still control their own destiny. As Polybius, were he alive today, would surely remind them: “The remedy is in yourselves. You have but to change your morals.”

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

The Brighter Side of Hell - by Fr. James Schall, S. J.

In CREC

Hell has gotten a bad name. I am sorry to hear it.

I.
 
 If rightly understood, it is rather a positive teaching, even a freeing one. Hell has too few defenders. We are told, by learned scholars and other unsympathetic souls, that Hell is '"old-fashioned.'" It is '"out-of-date.'" No one, especially no one important or smart, is said to hold it any more. Therefore, it cannot be significant. If anyone has heard a sermon on Hell in his local parish in recent decades, he probably cannot remember it. No '"fire and brimstone'" is to be heard in the land. Or if something on the topic of Hell was heard, it was undoubtedly some reassuring preachment guaranteeing that this unpleasant topic was really nothing to worry about, even if we are inveterate sinners, especially if we are inveterate sinners. Obviously such inveterate sinners have the most to lose in case this curious doctrine is true. 
 
All is forgiven, But if anything perchance needs to be forgiven, we are assured, furthermore, that '"all is forgiven'" by a compassionate Maker. Most funerals these days, as far as I can tell, operate on this assumption. We give eulogies. We do not remind ourselves that we too are to follow. Not to worry, in any case. Forgiveness in theory becomes not sacramental but sociological. Poverty, ignorance, prejudice, compassion — these excuses, these exterior forces, rule our internal order to explain why we must do what we did. The internal order it not responsible to rule itself, as in the classical tradition. 

Hell has been depopulated by other enterprising thinkers. Terrible place, no doubt, but no one is in it. Even if it exists, which is improbable, it is likely that no one is in it actually suffering its famous pains and pangs. We even find proposals to save those said definitely to be roasting or freezing there, depending on one's theory of which is worse. Lucifer, for instance. The famous philosopher Jacques Maritain once wondered (and there is nothing wrong with speculations) if it would not be possible, in the divine mercy, to lift Satan out of Hell and deposit him in Limbo. The only trouble with that thesis is that Limbo is even less believed than Hell. Limbo was a place for those unbaptized souls who did not sin but who were also not redeemed. Hell was a place for those redeemed in the blood of the Lamb but who rejected its dimensions in their personal lives. In any case, it appears that to put anyone in Hell for whatever reason, however horrendous, is downright unseemly. It is against '"human rights.'" A '"good'" God, it is said, simply would not do such a nasty thing as put someone in Hell.

What are we to make of all of this confused thinking on a doctrine that is even found in Plato, not to mention rather prominently in divine revelation? Is it all that absurd or outlandish or unthinkable? Is Hell really a sign of God's impotence? Of His cruelty? We love to imagine that if we were God — which, to be sure, we are not — we would certainly not concoct such a place from which, evidently, no turning back can be discovered, no possibility of escape. The trouble with this hypothesis is that it is pretty difficult to find an alternative that is really better than the one we are given. Every alternative that I have ever seen ends up, finally, by removing our freedom, our happiness, or our minds.

We like, no doubt, to put ourselves in a position whereby we can judge God to have been at fault for coming up with such an absurd and cruel position. Hell, it is said, is a problem of God, not us. Any threat of Hell causes us all sorts of discomfort, especially now that many of what were formerly called '"sins'" are now called '"human rights.'" We presume to define what was evil to be good. We actually legislate what is good and evil. The list gets longer daily. Surely, we think, the Divinity could have figured out a better way? God seems to have had limited imagination not to have created a world in which Hell was no possibility for anyone actually existing in it. 

The fact, of course, is that God did come up with such a world '"in the beginning.'" Hell was not first invented by God and then, later on, seeing the mess human beings made of things, He decided to send human beings and angels there for safe keeping. It was the other way around. God first intended and created a world in which Hell did not exist, except maybe potentially. But He did intend a world in which real, finite human beings and angels existed and were destined for eternal happiness if they so chose. 

This situation of initially creating man for eternal life is that from whence God's problems with human beings arose. He could not create free creatures who were called to participate in His inner life unless they were, at the same time, actually free so to choose Him. Otherwise, they would have been — not free human beings or angels — but automata. Heaven, if it existed (or Hell for that matter) was not designed as a place for robots. Such latter beings, for whatever their worth, are not really capable of loving God by virtue of their own inner understanding and freedom.

Hell is simply the direct and necessary consequence of really free creatures refusing to choose God rather than themselves. They chose or preferred a world they thought they could make for themselves. Put in positive way, the doctrine of Hell is the guarantee of our individual and personal dignity. Without what it stands for — namely the basic seriousness and importance of our lives — we evaporate all concrete meaning from our existence. How so? 

But before we go into this question, it is first advisable to remind ourselves of just what the Church itself had historically taught on this often, to many people, unsettling doctrine. Various doctrines are emphasized or sometimes overemphasized in given eras of Church history. We can certainly say that Hell has been '"under-emphasized'" in the past century or so; probably overemphasized at other times. But there is a difference between what Christianity universally holds on a subject it finds in its sources of revelation and those doctrines that are popularly attended to or emphasized. What is ignored or neglected still remains within the doctrinal deposit of things to be known and held.

II.
 
First, then, I want simply to recall the brief paragraphs that the General Catechism of the Catholic Church devotes to Hell (#1033-37). These paragraphs in turn recall the passages in Scripture, Tradition, and the Magisterium in which this doctrine is indicated and explained. The discussion begins with the point made above, that is, '"We cannot be united with God unless we freely choose to love him.'" The doctrine of Hell, like the New Testament itself, is primarily an aspect of love, not of justice. The question of justice comes in only after the question of love has failed. Hell is directly related to our own choices, to the choices of what we choose to love in the concrete decisions of our lives.

'"To die in mortal sin without repenting and accepting God's merciful love means remaining separated from Him forever by our own free choice.'" In this sense, we create or put ourselves in Hell. Mortal '"sins'" do exist. They must be acknowledged as our own acts put into effect against the rightness of our own natures. '"This state of definitive self-exclusion from community with God and the blesseds is called 'Hell.'" Thus, initially, we cannot really understand Hell if we cannot or will not understand love, including divine love. God Himself is, as it were, bound to what this reality of love is, since He is bound by what He is. We would not have it otherwise.

Recalling what is known as the '"Last Judgment,'" the Catechism refers to the fires and punishments for those who persistently do evil. While Hell may be primarily a spiritual thing, it is depicted also in terms of physical punishment, almost out of respect to the wholeness that we are, body and soul. We may not like this physical description, but it is not simply made up by the Church. Rather what Christ actually said on this topic is preserved in the Church, which cannot forget its own foundations. But the same Church never doubts that whatever physical punishment there may be, the spiritual suffering — the realization that we have rejected what we are — is always more serious. 

But just knowing what Hell is does incite us to ask, '"Why are we told these things?'" Obviously, we are told these things for our own good and for our own aid, indeed for our own illumination about what is. Thus man is asked to '"make use of his freedom in view of his eternal destiny.'" We often neglect to think of Hell or live as if it existed. Still it seems merciful on the part of God to let us know as best He can, that is, within the limits both of our freedom and of His, what happiness or punishment is in store for us as a result of our choices. God is not Himself, as some religious and philosophic theories hold, pure will who cam make right wrong and wrong right. He follows the goodness of what He is. Thus, this teaching on Hell becomes a '"call to conversion,'" if we need it, as we often do. We are reminded again that '"we know not the day nor the hour,'" so that this very uncertainty is an incentive to prepare ourselves for what we as mortals are about in this world.

Finally, the much misunderstood teaching about '"predestination'" is mentioned. '"God predestines no one to go to Hell.'" Predestination does not make us do what we do by some necessity outside ourselves. It is not a denial but an affirmation of free will, both God's and ours. Simply because God knows our free acts, it does not follow that He is doing the acting, not ourselves. If I see someone get up and walk away, my knowledge of his getting up does not make him determined to do so. Knowledge of a free action and cause of that free action are not the same. My knowledge of a free act includes the awareness of its freedom, otherwise, I do not know what really is. 

Moreover, we are to '"persist'" to the end. The fact that we sin is not fatal unless we choose to make it fatal. That is, it is our whole life and its orientation that interests God. Sinners can repent. Many do. The whole point of the Incarnation was the divine awareness that men sin but cannot save themselves by their own efforts because sin itself reaches the Godhead's love of us and others. That some pretty horrendous things happen among us by our own choices means that we need, at all times, a way to save ourselves from ourselves. This is the whole purpose of our redemption, to restore to us the possibility. But once a way of redemption is given to us, we still must avail ourselves of it. We still must choose to use it. Our personal salvation cannot take place without our freedom. Even God cannot make it otherwise because God too respects the dignity of His own creation of a free being.

III.

Let us grant that, in its origins, Hell is a teaching of both philosophy and religion. It is something we are not merely asked to know but also to think about. What positive meaning can it have? I would say, paradoxically, that no doctrine more vividly states or restates the importance of our daily lives and the choices therein than this doctrine. Ironically, its denial is not a formula for human liberation but a guarantee of ultimate human meaninglessness and insignificance. Why?

We can learn much about what is at issue from Plato, that is, from a pre-Christian philosopher, in many ways the greatest. Plato's whole philosophy was designed to direct our love and actions to the Good for its own sake, not for any motivation of reward and punishment. There is nothing wrong with doing many things for a motivation of reward or avoiding them for a motivation of fear or punishment. On the other hand, as Socrates saw at the end of The Republic, we did need to talk of rewards and punishments because it was quite clear that the best men are often killed, even by the state, and evil men are rewarded with great wealth and honor in the cities of this world. This situation is simply a fact that disturbs our sense of fairness. It seems to indicate that the world is very poorly made.

Hell, in other words, is a philosophic response to our sense of violated justice, a sense we all have on the hypothesis that the wicked are not really punished and the good not rewarded. Without an ultimate reckoning, beyond this life, many, if not most, evils and crimes performed in this world by individuals on others would go unpunished. Rewards would be wrongly distributed. If this ultimate reestablishment of order, in the form of a Hell or a Heaven, is not in effect, the world is made in vain. It is clear that there is a contradiction at the very heart of the world between what is right and what is carried out. So, without ever going into the question of religion on this topic, there is a case for Hell that flows from any basic insight into the human condition and its actual record over time. Not all crimes are punished, not all good deeds rewarded. The world, on this view, is simply unjust at its core. 

Let us take this argument a step further. Let us, for the sake of discussion, accept the proposition that there is no Hell. What follows from this denial? First, no ultimate requital of rewards and punishments in terms of deeds done takes place. What is wrong is not punished and what is right is not rewarded. Secondly, what follows, on the basis of this hypothesis that Hell does not exist, is that no human action really makes any difference for good or bad. The acts of the worst sinner or tyrant and the greatest saint become equivalent. Both end up the same way no matter what anyone does. Any effort to distinguish a noble and ignoble life falls apart if ultimately it makes no difference what we do. To be sure, we can introduce some taste criterion that would say that I prefer what are now called just deeds. But no ultimate reason exists why my deed or yours are preferable. Thus, in logic, the denial of Hell is not at all a neutral proposition. 

It is this consequence that inclines me to affirm that Hell is a very positive doctrine. More almost than any other teaching, it, indirectly perhaps, established the worth of my daily actions. At any moment, I can perform an act worthy of damnation, or one worthy of transcendent dignity. These actions do not take place in the clouds, but right here in my daily relationship with others and with myself. This realization is what it means '"when you did this to the least of my brothers.'" And this consequence is both for good and for evil. The ultimate dramas of existence take place everywhere, among the rich, the poor, the ordinary, the unusual. No one is in a privileged place where this drama, with its consequences, does not regularly take place. 

Obviously, this is not to maintain that such ultimate things happen every day as we brush our teeth or greet our neighbor. But they can and often do take on, through what the Catechism calls '"mortal sins'" or through acts of charity, transcendent meaning, They become a part of the free life and character we make of ourselves. Thus, Hell has the paradoxical function of enhancing our awareness of the meaning of our daily lives. This effect is not something morbid or upsetting, but something reassuring. Our lives are so ultimately important that we can lose them. But this possibility is placed before us so that we do not lose them. And we are not supposed to lose them. Hell exists to help us achieve what we are given in the first place, the promise of eternal life. But this life cannot just be automatically structured into our being so that we have nothing to do with its coming to be. 

In the end, Hell too exists that we might be free, free of what is most likely to prevent us from achieving the purpose of our existence. But freedom itself does not exist for its own sake. We are not free just to be free. We are free so that what we choose is something that is really worthy, really good, really existing. In short, we are free to reject what we are created for. That is, we are free to make ourselves the definition of our own happiness. If we do this, we are, by definition, in Hell — that is, we reject, by our own freedom, the purpose of our being. We can reject this. Both reason and revelation exist to advise and direct us to that end which is more glorious than any we might choose or make for ourselves. 

Thus, Hell is not such a bad doctrine. It has a lot of positive things about it if we take the trouble to think about it. Like all Christian truths, it is given to us to think about. In so doing, we can come to see that these doctrines contain a core understanding that directs us to what is Truth in itself. '"The road to Hell,'" it is said, '"is paved with good intentions.'" It is also paved with many insights into the very nature of our being that guide us to the truth of things and the importance of our existence.

Obama Ignores the Fears of Middle Eastern Christians - by Richard L. Russell

In Crisis

President Obama loudly proclaims his enthusiasm for democracy in the Middle East as he did in his second inaugural address:  “We will support democracy from Asia to Africa, from the Americas to the Middle East, because our interests and our conscience compel us to act on behalf of those who long for freedom.” But those lofty words ring hollow when one surveys the plight of minority Christian communities in the Middle East, which in the aftermath of 9/11 and the “Arab Spring,” are increasingly besieged under the watchful eyes of so-called democracies.  President Obama is turning a blind-eye to the Christian plight, perhaps due to a combination of arrogance and embarrassment at how events turn out the opposite of his rhetoric.

The American enterprises to establish democracies with the use of military force in Iraq and Afghanistan have not been blessings for Christian communities in either country.  Iraq has seen open warfare initiated against the Iraqi Christian community leading to a mass exodus of Christians from the country.  Incidents like the bloody suicide bombing in 2010 of Our Lady of Salvation Church in Baghdad, which killed 50 Christians and two priests, have terrified Iraq’s ever decreasing Christian population.  Iraqi Christians have been embattled by both Sunni extremists linked to al Qaeda as well as discriminated against by Iraq’s Shia majority, largely in control of the Iraqi government.  Iraq’s Christian population before the 2003 war was about 800,000 to 1.4 million has been reduced by the climate of fear to less than 500,000 today.

The Christian community in Afghanistan in comparison to that of Iraq is miniscule. Afghanistan’s constitution, which was adopted in 2004,  “guarantees” freedom of religion.  Alas, such is not the case.  As reported by the New York Times, Christians in Afghanistan today are compelled to worship in secret least they be accused of apostasy for converting to Christianity from Islam, a charge punishable by death. If Christians in Afghanistan suffer so while the American military is still in country, the persecution is poised to get even worse after 2014 when American soldiers are largely gone.

The so-called Arab spring that began in 2011 has further tightened the sieges against Christians in the Middle East.  These are happening in countries like Egypt and Libya that have had revolutions and profound changes in government in the Arab spring, as well as in countries swirling with the fallout of the Arab spring but have still managed to hold on to their polities even in the face of violent domestic unrest such as in Lebanon and the Gulf states.

The Muslim Brotherhood-dominated regime in Cairo is less willing and able to protect Egypt’s sizable Christian Copt community than its authoritarian predecessor Hosni Mubarak.  An Egyptian Coptic church in Cairo was set ablaze by Islamists in 2011 and many Copts—an estimated ten percent of Egypt’s 85 million people—live in fear that Egypt is on the path to an Islamic regime governed by Sharia or Islamic law.

The fallout from the Arab spring is still taking shape, but prospects for increased violence against Christian communities elsewhere in the region such as in Libya, Tunisia, and Syria are growing.  Some observers judge that the uprising in Syria has become dominated by Islamists, who—should they gain power—would set out to persecute Syria’s Christian community.  About 300,000 Christian Syrians have already fled Syria and are now refugees. Meanwhile, chaos has reined in Libya since the uprising against and murder of dictator Muammar Qaddafi.  Libya’s small Christian community—primarily Copts from neighboring Egypt—was horrified by the late December 2012 bombing of a church in Misrata.  The bombing killed two Egyptian Copts and raised alarm bells that the Islamists were growing in power and influence in Libya and preparing a wider campaign against Christians.

On the sidelines of the Arab spring, Christian communities also are under siege.  Some in Lebanon’s Christian community have put expediency over religious beliefs and politically cooperate with the Shia Islamist group Hezbollah, the most disciplined and well-armed militia in the country and even more powerful than Lebanon’s national army.  While other Lebanese Christians are fleeing because they foresee the time coming when Hezbollah fully controls the government in Beirut and makes its dream of turning Lebanon into an Islamic state a reality.  Christians are now less than forty percent of Lebanon’s population and Christians fear that their declining community will encourage Muslim demands for increased political representation in Lebanon’s government.

Christian Palestinians in the West Bank and Gaza continue to be squeezed out of Palestinian society, economy, and land.  The Christian Palestinian community has been reduced to almost insignificance and lost in the fray between the Israelis and the secular Palestinian Authority and the Islamist Hamas Palestinians.  The Catholic Patriarch of Jerusalem worries that the Holy Land is fast becoming a “spiritual Disneyland” with holy sites as theme park attractions but empty of local Christians to worship.

Over in the Gulf, Christians face a mixed bag of challenges.  Christian communities, especially among immigrate workers mostly coming from Asia, are quietly able to practice their faith in the small, rich Arab Gulf states.  Qatar, for example, has allowed the construction of a Catholic church—Our Lady of the Rosary—in the country’s capital Doha that serves the 150,000 Catholics, mainly expatriates from Asia working in Qatar.  And in Kuwait, Bahrain, and the United Arab Emirates, churches are quietly seen as a way to encourage more expatriate labor to the countries.  The small Arab Gulf states, especially in Bahrain, have brutally suppressed domestic unrest sparked by the Arab spring revolts in Tunisia and Egypt for now.  But should they succumb to street protests, the successor so-called democratic regimes assuredly would not be as protective of Christian communities in their midst.

On the other hand, Saudi Arabia still does not allow the construction of a church in the kingdom to support its large foreign expatriate communities.  The Saudi regime bans open worship of faiths other than Islam even though the number of Catholics in the country hoovers around 800,000 people, most immigrant workers from the likes of the Philippines and India.  Saudi talks with the Vatican for the establishment of a church are nothing more than a grand diplomatic stall dressed-up to look like serious negotiations.   The Saudi royal family is unlikely to confront the country’s Wahhabi religious establishment on which it depends for political and religious legitimacy.  The militant Wahhabis would create a political-religious firestorm should the royal family allow the construction of a church in the kingdom, which they believe would desecrate the lands that spawned Islam.

The tightening siege of Christian communities in the Arab Middle East comes on top of longstanding, and more recently intensifying, pressure against Christian communities elsewhere in the greater Middle East.  These countries include Iran, Turkey, and Pakistan.  Iran since its 1979 Islamic revolution, for example, has steadily besieged its Christian community.   The Assyrian Christian population in Iran has decreased from about 100,000 in the mid-1970s to about 15,000 today.   More than 300 Christians have been arrested by Iran’s Islamic regime since mid-2010, churches operate in fear, and Christian converts face persecution.  Iran violently put down popular uprisings in the so-called “Green Revolution” in 2009, but should the movement reawaken and someday oust the Islamic republic, it remains to be seen how tolerant Iranian society would be of Christian or other minorities in the country.

Turkey, to take another example, often is hailed in the West as a democratic success story in the Muslim world, and the government in Ankara is routinely described in the western media as “moderately Islamic.”  But look more closely and one sees a steady erosion of democratic rights of free speech in Turkey as evidenced by the increasing imprisonment of journalists.  Turkey’s regime too has seen violent attacks against Christians.  A Catholic bishop was stabbed to death in southern Turkey in 2010, and several years earlier a Catholic priest was murdered in a Turkish town along the Black Sea.  Attacks like these raise concerns about the security of roughly 100,000 Christians living in a country of seventy-one million Muslim Turks.

Farther to the east in the greater Middle East, Pakistan competes neck-and-neck with Saudi Arabia as one of the least tolerant countries in the world for religious freedom.  Pakistan’s blasphemy laws increasingly are wielded more broadly and deeply against Christians.  Pakistani officials who have spoken against the imprisonment of Christians under blasphemy laws have themselves been assassinated.  Christians only make up some two percent of Pakistan’s 180 million people and that Christian minority is under growing fear of persecution and economic discrimination.

President Obama is fond of saying that Islam is a tolerant religion.  As he said in his famous Cairo speech in 2009 that “…throughout history, Islam has demonstrated through words and deeds the possibilities of religious tolerance and racial equality.”  Obama has often repeated this assertion, and other American politicians and world leaders have followed suit and made similar claims.  The repetition and echoing of a claim, however, does not make it a fact.  As we often teach our children, listen to what people say, but even more importantly, watch what they do.  A steely-eyed look at the greater Middle East where countries have predominately Muslim populations—whether they be Sunni or Shia Islam, be in north Africa, the Levant, the Gulf, or South Asia—shows that Christian communities are under unofficial societal, if not official government, sieges.  President Obama ought to look over his teleprompter to see that the realities on the ground in the greater Middle East today bear little resemblance to the words in his well-rehearsed speeches.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Bravissime parole del Cardinale Bagnasco sulla política

In CCI

... È certamente riconosciuto dalla coscienza in generale l’esigenza di esprimere il proprio voto liberamente, cioè svincolato da suggestioni e da pressioni spesso veicolate da minoranze che hanno l’abilità di non apparire tali. La biopolitica è oramai una frontiera immancabile di qualsiasi programma. Francia, Spagna, Inghilterra, Stati Uniti…, per limitarci a questi soli Paesi, ci dicono che non si può far finta di accantonare i problemi quando sono semplicemente nodali nelle società post-moderne. Parlare di vita, salute, malattia, stati cosiddetti vegetativi, dolore, previsione infausta, medicina palliativa, invasività delle diagnosi, disabilità, rapporto medico-ammalato, ma anche di medicina e bilancio dello Stato, obiezione di coscienza, politica dei trapianti… significa affrontare temi cruciali che tali saranno sempre di più. Insieme a quello scandaloso – per le evidenze che vorrebbe ignorare – dell’aborto, della maternità surrogata, dell’eutanasia attiva o passiva. Andando sul concreto, quanti aborti e quanti tentazioni eutanasiche si verificano a motivo del primato economicista? Non ha senso nascondere gli argomenti, riconoscendo invece cittadinanza elettorale solo all’economia, in quanto fenomeno che obiettivamente brucia. Si parla ovunque di biopolitica e di biodiritto; perché non concepire anche l’economia come bioeconomia? Linee di compromesso, o peggio di baratto tra economia ed etica della vita, a scapito della seconda, sarebbero gravi. Senza il primato antropologico non solo la finanza e l’economia sarebbero oppressive perché ridurrebbero la persona in termini di costi e ricavi, ma anche lo stato sociale nascerebbe su basi anguste e riduttive.

Né ci si può illudere di neutralizzare in partenza il dibattito, acquisendo all’interno delle varie formazioni orientamenti così diversi da annullare potenzialmente le posizioni, o prevedere al massimo il ricorso pur apprezzabile all’obiezione di coscienza. Viene qui spontanea una analogia con la famiglia: come questa ha un volto, un’identità fatta dal suo modo di ragionare, di amare e di agire, così è della società e dello Stato se vogliono essere una comunità, e non solo un agglomerato di interessi o istanze particolari. In questa seconda ipotesi, lo Stato potrà solo cercare di “tenere a bada” gli appetiti contrastanti dei singoli soggetti o parti, allergici ad un progetto di bene comune. Il suo massimo merito sarebbe in questo caso di bilanciare non di costruire. Ma la famiglia – riferimento principale dell’analogia – non è questo! La famiglia è una scelta d’amore che – in un progetto comune – diventa patto tra un uomo e una donna nel matrimonio.

Similmente, anche la società deve avere alla base un progetto di bene comune, altrimenti cadrà fatalmente in balia di pressioni o interessi contrastanti, dove sarà ascoltato ed esaudito chi fa la voce più forte e insistente. Ora, alla radice del bene comune troviamo le realtà primarie della vita, della famiglia e della libertà, che si intrecciano e si richiamano universalmente perché sono valori fondativi e quindi irrinunciabili dell’umano. Si potrebbe dire che l’inviolabilità della vita è il principio, la famiglia ne è il grembo sorgivo, la libertà la condizione prima di sviluppo. Tutto il resto viene di conseguenza. Quando la Chiesa si interessa dell’inizio e della fine della vita, lo fa anche per salvaguardare il “durante”, perché ciò che le sta a cuore è tutto l’uomo, la cui dignità non è a corrente alternata. Sviluppando la precedente metafora, nella famiglia nasce la vita, viene accudita con amore e dedizione, fedeltà e gioia, tanto più quanto essa si presenta fragile e indifesa. La piccola vita – come la vita malata o anziana – è sentita parte viva e cara del corpo familiare poiché ognuno è importante, e sta a cuore agli altri per quello che è, non per ciò che fa o produce. Così deve essere nel corpo sociale e nello Stato. Lasciar andare alla deriva la vita fragile, che non ha neppure la voce o il volto da opporre per affermare se stessa, rivela un’autocomprensione efficientista e arrogante dello Stato, una sua inquietante carta d’identità, pur se il tutto è spesso motivato con ragioni alte. È qui in questione non la sofferenza e il dramma di persone concrete, ma il porsi – e prima ancora il concepirsi – di uno Stato verso i suoi membri. La fotografia realista di una società è determinata anzitutto dal suo rapportarsi virtuoso non verso i soggetti efficienti, produttivi e gagliardi, ma verso i più bisognosi e indifesi. Sta qui la sua prima e incancellabile verità. E non in termini di assistenza, ma di giustizia poiché questo è lo scopo della buona politica. La vita fragile interpella non solo la famiglia, che già se ne fa carico, ma la società intera. Chiede alla comunità e ai suoi apparati istituzionali di non essere abbandonata ma di essere presa “a cuore”. È evidente che ciò rappresenta un impegno per la collettività in termini di risorse economiche e assistenziali; come è evidente che tali vite spesso non avranno da ricambiare con compensi o consenso. Ma la vera risposta sta nel fatto che la società avrà fatto il proprio dovere, paga di essere umana. Ecco perché quando si giunge di fronte alla grande porta dei fondamentali dell’umano, non è possibile il silenzio da parte di alcuno, persone e istituzioni: si è arrivati al “dunque”. Reticenze o scorciatoie non sono possibili: bisogna dire il volto che si vuole dare allo Stato, se è una famiglia di persone o un groviglio di interessi; se un agglomerato di individui o una rete di relazioni su cui ciascuno sa di poter contare, specialmente nelle fasi di maggiore fragilità.



1.               Certo la difesa dei diritti ha fatto grandi progressi, e dunque in qualche modo può ritenersi un dato basilare unificante le diverse formazioni e diversi gruppi. Ma come non riconoscere una singolare tendenza arbitrariamente selettiva di quanto viene proposto come irrinunciabile e innegoziabile? Ecco perché la già evocata «questione sociale è diventata radicalmente questione antropologica» (Benedetto XVI, Caritas in veritate, n. 75). Dobbiamo stare attenti che una certa cultura nebulosa non ci annebbi la vista, inducendoci a non riconoscere più, tra i principi che mandano avanti la società, i fondamenti che non sono confessionali, come si insiste a dire, ma semplicemente di ordine razionale. Anzi, è necessario che in un momento elettorale si certifichi dove essi trovano dimora. Si tratta della vita, come ho detto, dal suo concepimento alla morte naturale, dunque la rinuncia all’eutanasia comunque si presenti, la libertà di coscienza e di educazione, la famiglia basata sul vincolo del matrimonio tra l’uomo e la donna, la giustizia uguale per tutti, la pace. Sono le determinazioni storico-pratiche o principi basilari, dunque non negoziabili, per i quali c’è un fondamento, oltre che nella ragione, nella nostra stessa Costituzione, e ai quali tutti gli uomini di buona volontà debbono attenersi. Chiunque si rifà al bene comune immediato non può non considerarli per ciò che sono, ossia valori non derogabili sul piano della civiltà politica, pena un arretramento antropologico e sociale. Perché la Chiesa insiste tanto? Perché ha a cuore l’uomo! Perché è chiamata a rappresentare «la memoria dell’essere uomini di fronte a una civiltà dell’oblio, che ormai conosce soltanto se stessa e il proprio criterio di misura. […] La Chiesa certamente non ha soluzioni pronte per le singole questioni. Insieme alle altre forze sociali, essa lotterà per le risposte che maggiormente corrispondano alla giusta misura dell’essere umano. Ciò che essa ha individuato come valori fondamentali, costitutivi e non negoziabili dell’esistenza umana, lo deve difendere con la massima chiarezza. Deve fare tutto il possibile per creare una convinzione che poi possa tradursi in azione politica» (Benedetto XVI, Discorso alla Curia Romana, 21 dicembre 2012). Su questi principi i cattolici sanno che non esiste compromesso o mediazione comunque si voglia chiamare, poiché ne va dell’umano nella sua radice. Per questo la Chiesa è “avanguardia”. Si sente ripetere che questi sono valori “divisivi” mentre quelli sociali sarebbero “unitivi”: in realtà, i valori sociali dei quali abbiamo parlato sopra e che la Chiesa conosce e pratica fin dal suo nascere (cfr At 2) stanno in piedi se a monte c’è il rispetto della dignità inviolabile della persona. Fa specie che taluno consideri tali principi come retaggio clericale quando sono le garanzie ultime per gli indifesi e i senza diritto di parola. In questa cornice, ci pare senza dubbio importante la campagna «Uno di noi» che partirà prossimamente e vuole portare nelle sedi comunitarie l’istanza della vita, senza più selezioni. Così come stupisce che si programmi fin d’ora di discostarsi da essi, quale passaggio necessario per “entrare” a pieno titolo nell’Europa evoluta. Ma l’evoluzione e il progresso consistono nel negare i valori umani? E perché dovremmo noi inseguire e copiare qualcuno che, abdicando ad essi, si è allontanato dal circuito valoriale ed è entrato in un assolutismo del relativo, del precario, del soggettivo, rischiando di congedarsi dalla storia? Gli esiti sociali riscontrabili di quella impostazione ci legittimano a tanto? Perché si dovrebbe «contenere» l’Europa – per altro necessaria – quando avanza pretese esigenti sul fronte – ad esempio – delle regole sul lavoro, ed assecondarla invece quando vorrebbe decidere dell’equilibrio esistenziale della nostra umana esperienza? Fa pensare la Caritas in veritate quando avverte: «Come ci si potrà stupire dell’indifferenza per le situazioni umane di degrado, se l’indifferenza caratterizza persino il nostro atteggiamento verso ciò che è umano e ciò che non lo è?» (ib). Come Vescovi, sentiamo di dover far nostro l’invito proveniente oggi anche da soggetti insospettabile, di non lasciarci dividere dal secolarismo piegato in versione nichilista. La crisi in atto – che in ultima istanza può essere vinta solo con la cultura della vita (cfr Messaggio CEI per la Giornata della vita 2013), ci ricorda che senza un’apertura al trascendente l’uomo diventa incapace alla lunga di agire per la giustizia (cfr. Benedetto XVI, Discorso a Justitia et Pax cit.). Dunque, il bene comune immanente che tenacemente va perseguito, deve mantenere i cieli aperti perché questo procura perentorietà e dedizione all’iniziativa dei singoli.



2.               La madre di tutte le crisi è l’individualismo. E questo è figlio della cultura nichilista per cui tutto è moralmente equivalente, nulla vi sarebbe di oggettivo e di universale valido e obbligante. È questo il tarlo più o meno mascherato che sta modificando dal di dentro gli assetti dell’orientamento comune e delle prassi sociali. Nel suo congenito utilitarismo, l’ideologia individualistica concepisce «la persona come un essere fluido, senza consistenza permanente», per la quale non c’è una natura precostituita, è il soggetto a crearsela (cfr. Benedetto XVI, Discorso alla Curia Romana cit.). In realtà, è la cultura del limite quella che viene rimossa, in quanto ritenuta negazione della libertà individuale e dello slancio vitale. Dunque,  non conveniente e ingiusta. Si tratta – a ben vedere – di una sorta di moderno delirio di onnipotenza che nella storia umana è già stato più volte sperimentato. Una distorsione radicale del desiderio di libertà e di autorealizzazione, una sorta di fuga dal realismo fattuale e dalla ragione stessa. Di qui l’incapacità di legami veri, in cui l’altro sia non solo la proiezione o lo specchio di sé, ma il terminale di una relazione a misura intera dell’essere. Si annida qui un’idea bugiarda e infondata di un’autonomia personale che accetta di entrare in comunicazione con l’altro solo potendola – la comunicazione – interrompere in ogni momento (cfr ib). Ovvio che tutto questo abbia una ricaduta pesante sull’esperienza familiare e le sue possibilità di tenuta, ma prima ancora sulla prospettiva di potervi tener fede. Ed è uno dei motivi del calo dei matrimoni, di cui pure si è parlato negli ultimi mesi, ma anche della grave situazione demografica. Peccato che, nei giorni successivi, l’argomento sia rapidamente scomparso dal dibattito pubblico, quasi fosse un tema tra mille altri, e non ci si sia interrogati adeguatamente sulle proiezioni in termini di futuro di questa sottovalutazione. Ed ecco anche uno dei motivi per cui si continua a riproporre il tema dei matrimoni omosessuali, quasi si trattasse di un approdo inevitabile. La famiglia precede lo Stato, in quanto è un istituto dotato di una sua naturalità per nulla convenzionale, perché iscritta nel codice addirittura fisico della persona: le differenze sessuali, infatti, si richiamano vicendevolmente in vista di un mutuo completamento nel segno dell’amore che è accoglienza e dono, grembo di nuove vite da generare e educare. Il diritto del bambino – non al bambino – viene prima di ogni desiderio individuale.

La famiglia si è mostrata ancora una volta come l’elemento fondamentale per la coesione sociale delle diverse generazioni, la cellula primordiale e il patrimonio incomparabile su cui poggia la società. Per queste ragioni nulla può esserle equiparata, né tanto né poco. Né può essere indebolita da ideologie antifamiliari o simil-familiari, che vorrebbero ridefinire la famiglia e il matrimonio mutando l’alfabeto naturale e istituendo modelli alternativi che la umilierebbero alimentando il disorientamento educativo. Si sente dire che “dove c’è amore c’è famiglia”. Mi sembra un’affermazione suggestiva ma qualunquista, perché la coppia – per fare famiglia – oltre l’amore richiede anche altri elementi costitutivi: capacità, doveri e diritti, su cui la società conta e per i quali s'impegna. Tutto ciò appartiene a quel senso comune in grado di sfidare qualunque sollecitazione: semmai ha solo bisogno di essere confortato e consolidato. Dispiace, a dire il vero, che tutto questo non si voglia comprendere, come se la Chiesa nutrisse degli ostinati pregiudizi.  Ma se esistono lucidità intellettuale e onestà morale, perché non è dichiarato apertamente ciò che ad arte viene taciuto, seppur faccia qua e là capolino? E cioè, se la natura dell’uomo non esiste, allora si può fare tutto, non solo ipotizzare il matrimonio tra persone dello stesso sesso. La recente sentenza della Cassazione sull’adottabilità da parte delle coppie omosessuali, oltre ad essere stata immotivatamente ampliata nella propria valenza, non può certo mutare la domanda innata di ogni bambino: quella di crescere con un papà e una mamma nella ricca armonia delle differenze. C’è in giro una notevole confusione, perché si pensa che la realtà sia superata, che nessuna verità esista, ma se ciò è vero – avverte Spaemann – allora tutto diventa questione di potere. Ed è ciò che sta sotto i nostri occhi, ma è anche ciò che la Chiesa, «esperta in umanità» (Paolo VI, Discorso all’Assemblea dell’Onu, 4 ottobre 1965), non potrà mai accettare: «La verità per noi è più importante della derisione del mondo» (Benedetto XVI, Omelia all’Epifania cit.). E questo non per opporsi al mondo moderno con le sue luci e conquiste, i suoi aneliti giusti e nobili, ma per lo stesso amore che ha spinto il Samaritano del Vangelo a farsi umilmente prossimo. Così come il venerabile Paolo VI disse al termine del Concilio Vaticano II: «L’antica storia del Samaritano è stato il paradigma della spiritualità del Concilio. Una simpatia immensa lo ha tutto pervaso […]. Questo Concilio tutto si risolve nel suo conclusivo significato religioso, altro non essendo che un potente e amichevole invito all’umanità d’oggi a ritrovare […] quel Dio “dal Quale allontanarsi è cadere, al Quale rivolgersi è risorgere, nel Quale rimanere è stare saldi, al Quale ritornare è rinascere, nel Quale abitare è vivere” (Sant’Agostino, Soliloqui, I,1 3)» (7 dicembre1965). ...