sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A loucura que nos faz falta


Filipe d' Avillez


Ninguém pede que todos os militares sejam loucos, mas sabemos que alguns devem-no ser, porque precisamos de Comandos, de Rangers e de Paraquedistas para termos forças armadas fortes.


De igual forma, na Igreja nem todos somos chamados ao mesmo serviço. Alguns são missionários, outros são contemplativos, outros são pais e mães de famílias, formando e educando novos cristãos.


E depois temos os loucos. Podem ser incómodos, inconvenientes, embaraçosos por vezes, mas precisamos deles. Alivia-nos saber que existem para fazer o trabalho sujo que sabemos ser necessário, mas que não queremos para nós.


Eu não tenho dúvidas que o Pe. Nuno é louco. Nem tenho medo de o ofender, porque também não duvido que ele próprio o saiba. Não poucas vezes assisti com tristeza a gestos dele que achei incómodos e inconvenientes. Chegou a escrever artigos e cartas abertas a criticar com dureza pessoas que me são muito próximas. Louco... doido varrido.


Mas tenho outra certeza. Precisamos dele. A Igreja precisa dele e o movimento pró-vida, precisa dele, e não sei de ninguém que se disponha a fazer em prole desse movimento aquilo que ele faz e a sofrer como só Deus sabe que ele sofre.


Obrigado Pe. Nuno. Obrigado pelo Infovitae, pelo trabalho que faz atrás do computador e no campo. Obrigado por essa loucura santa que tanta falta nos faz. Obrigado por lutar incansavelmente para que os meus filhos sejam protegidos e respeitados durante toda a sua vida, e para que outros tenham a oportunidade de nascer, crescer e ser como Deus quiser que sejam. E se Ele os quiser loucos como você, louvemo-Lo na sua infinita sabedoria.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Deus Ama os que Odeiam


Nuno Serras Pereira

29. 01. 2009

Nos dias de hoje entrou uma mentalidade selectiva em numerosos membros da Igreja que só conhecem ou só citam determinadas passagens da Sagrada Escritura truncando desse modo a sua inteireza. Ao fazê-lo, independentemente das suas intenções subjectivas, distorcem-na e pervertem a sua interpretação. Esta gente admirável tem uma predilecção singular em classificar os denunciadores do mal e do pecado como descaridosos.

Uma pessoa assim, na iminência de um brutamontes rachar a cabeça da mulher à machadada, o mais que faz é segredar-lhe gentilmente ao ouvido que o seu acto é eticamente reprovável, dando depois um passo atrás por respeito às convicções do malvado e assistindo impávido ao desfecho fatal. Quando a multidão em magote acorre aos gritos ele limitar-se-ia a dizer que o assassino era um pobre coitado, sem culpa alguma, que tinha agido de acordo com a sua consciência. Sendo totalmente incapaz de acusá-lo de falta de caridade. E se fosse um sacerdote que tinha de celebrar a Missa ali ao lado e a polícia demorasse, daria com o maior dos à-vontades a Sagrada Comunhão, caso ele se abeirasse dela, a ele e ao cúmplice que ele tinha visto entregar o machado ao homicida sabendo e concordando com o que ele ia fazer. Se, porém, um outro estivesse presente e bramisse contra o homem do machado: minha besta ou paras quieto ou levas um enxerto de pancada! Seria imediatamente arguido de falta de caridade, mesmo que conseguisse impedir o homicídio e a acção pecaminosa do agressor.

Este tipo de cristãos parece não só descompreender o que seja a caridade, como é, ao que parece, incapaz de perceber que a mais grave injúria ou acusação que se pode fazer a alguém é a de ser descaridoso. Essa censura é imensamente maior do que o arremesso de quantos adjectivos depreciativos contenham todos os dicionários da nossa língua. No entanto, é usada com uma leviandade verdadeiramente temerária. Muitos dos que não ousam emitir o mais leve juízo sobres os promotores ou perpetradores dos crimes mais hediondos e abomináveis não têm o menor pejo em acusar de falta de caridade um seu irmão na fé que procura, não obstante os seus pecados e fraquezas, evangelizar ou apostolizar recorrendo a expressões e atitudes de personagens bíblicas, incluída a do próprio Jesus Cristo.

Se é verdade que o único que pode julgar da responsabilidade subjectiva da pessoa é Deus, só Ele conhece os corações, não é menos verdade que uma desculpabilização sistemática e total é sintoma de um olhar errado sobre o ser humano, pois dá-o como privado de razão e de liberdade e excluído dos auxílios daquela graça, necessária à salvação, que Deus concede a todos, mesmo quando n’ Ele não acredita.

Por outro lado aqueles cristãos acham que o amor, que Deus é, e a que nos chama, deve reverter sobre tudo e sobre todos. E nisso estão muito enganados pois o amor que é devido a todos não o é a tudo. Pelo contrário, o cristão tem uma obrigação precisa e inescapável de odiar o mal e o pecado. É a própria Sagrada Escritura que o ensina. Por exemplo, o título deste artigo é parte de uma citação do Salmo 97, 4: “O Senhor ama os que odeiam o mal …”. Se lermos os Evangelhos verificamos como a vida de Jesus foi um combate contínuo com o mal e o Maligno.

Verificamos também que Aquele que nos deu o mandamento do amor, e do amor aos inimigos, não viu contradição nenhuma entre isso que ensinou e o modo aparentemente descaridoso como, tantas vezes, o pôs em prática: “ Ele (Jesus), porém, voltando-se, disse a Pedro: «Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um estorvo …” (Mt 16, 23); “Vós (escribas e fariseus) tendes por pai o diabo, e quereis realizar os desejos do vosso pai. Ele foi assassino desde o princípio, e não esteve pela verdade, porque nele não há verdade. Quando fala mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.” (Jo 8, 44).

Felizmente, não estava presente nenhum destes cristãos de hoje que têm sempre engatilhada a palavra amor ou caridade para as metralhar. Não é preciso um grande esforço para imaginar o escândalo e o repúdio que esta gente sentiria para com o Mestre manso e humilde de coração que rejeita um chamando-lhe Satanás e aos outros apelida-os de filhos do diabo, desejosos de ser assassinos e mentirosos como ele. E no entanto é evidente que isto foram expressões e atitudes do Seu amor por eles, assim como aquando da Sua santa ira quando expulsou os vendilhões do Templo.

Quem conhece o resto do Novo Testamento e a história da Igreja, sabe que estes exemplos de Cristo foram seguidos pelos Seus discípulos - somente no livro do Apocalipse, que também é Palavra de Deus, encontramos 40 vezes a palavra Besta para designar aquela realidade a que eu me referi num texto recente.

Combatei (ou odiai) o pecado, amai o pecador, dizia Santo Agostinho. Mas como toda a Tradição da Igreja ensina e hoje está muito presente em movimentos como os alcoólicos e os narcóticos anónimos o amor não é lamechice, e por vezes tem não só de ser firme mas também duro.

O Infovitae é um deles


Clara Costa Duarte


Nos últimos 10 anos tenho recebido por e-mail o Infovitae, e guardado quase todos numa pasta. Regularmente abro e leio as “gordas” e partes dos artigos, um ou outro leio o artigo todo.

A maioria das vezes incomoda-me, assusta-me mas não me deixa anestesiar. Lembra-me muitas vezes as palavras de Jesus a caminho da cruz: “Não choreis sobre mim mas chorai sobre vós mesmos e sobre os vossos filhos... porque se eles fazem isto ao lenho verde, que acontecerá ao seco” (Lc, 23, 28-31).


Relembro alguns dos temas que iniciaram a rotura com a Vida, e que hoje já não se discutem. Já estão adquiridos como certos em nome da “bondade”. Uma dessas máximas é que “crianças com deficiência são para abortar”, já só alguns marginais contestam, quem no seu perfeito juízo pode pedir isso a uns pais?


Se me tivessem posto esta questão há 33 anos teria certamente dito que concordava, mas hoje sei que estaria totalmente errada e dou sinceramente graças a Deus por não haver ainda análises genéticas nesse tempo. A criança abortada iria directamente para junto de Deus mas eu certamente seria muito mais pobre em todos os aspectos que realizam um ser humano. Com os anos fui percebendo com evidente clareza como Deus quis ser “Bom” para mim quando me pediu para ser mãe, e como nunca me abandonou neste caminho.


E porque será que o que se passou comigo tem sido inúmeras vezes partilhado por outros pais em situações semelhantes? Porque será que a máxima que os descarta é tão contraria á nossa experiência de vida?


É sempre impressionante ver na história da Humanidade como a manipulação de alguns leva, por vezes, à negação colectiva da realidade e da verdade, avança passo a passo até se tornar tão monstruosa que se auto-destrói, mas pelo caminho deixa um rasto de destruição imenso. Agora como sempre só alguns têm coragem de ir contra a corrente e muitas vezes sem grande sucesso aparente. Esses seguindo a Cristo incomodam e assustam, são atacados e marginalizados, mas passam fazendo bem a muitos. O Infovitae é um deles.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Espero que o Infovitae acabe o mais depressa possível

P.e Duarte da Cunha


As pessoas humanas são sempre um Mistério. Não me refiro apenas ao facto de serem imprevisíveis, e capazes de surpreenderem, mas ao facto de cada pessoa participar de modo especialíssimo do Mistério de Deus porque é criada por Deus à Sua imagem e semelhança. E assim cada um tem um valor que é muito superior até às próprias capacidades. No estado de desevolução em que parece que nos encontramos, quando o homo sapiens que se espanta perante o mundo e procura saborear e melhorar a vida, que procura o sentido e faz a experiência do amor, dá lugar ao velho homo faber que só pensa em fazer coisas e consumir, é urgente alguém recordar que o homem tem um valor que nenhuma técnica pode anular. Que não é só por se poderem fazer coisas com os embriões que é lícito matar, produzir ou destruir pessoas que já o são mas ainda não conseguem defender-se.


Podem matar as crianças, os idosos, os criminosos, os vizinhos, podem destribuir drogas, divulgar pornografia, equiparar o casamento a outras uniões de duas pessoas mas nada disso passa a ser bom porque é possível ou sai no Diário da República. Hitler decretou que era possível matar os judeus, Estaline que era possível matar os opositores, os terroristas que é possível matar os inimigos, etc. nem por isso passa a ser legítimo, moralmente falando, matar. Não é porque agora em Portugal é legal matar a criança que uma mulher deixa de sentir a dor do aborto, ou um médico pode passar a achar que é indiferente fazer abortos ou partos.


Por tudo isto, é mesmo uma missão duríssima recordar continuamente o mal do aborto; não permitir que as consciencias adormeçam diante do drama do fim da vida para não se tornar também normal e legal a eutanásia; contrariar o pensamento dominante que não vê mal em equiparar uniões homosexuais a casamentos, ou que se divulguem os contraceptivos como se fossem coisas inofensivas; ou que se conviva confortavelmente com a pornografia e a prostituição sem perceber que se tratam de pessoas que estão a ser vendidas. O Infovitae, ao longo de 10 anos, tem assumido esta missão sem desanimar, mesmo quando parece sozinho. E mesmo quando o faz com expressões que tem que ver com o estilo do director.


As coisas na vida nem sempre são a preto e branco, nem sempre são claras e límpidas, porque no meio de muito mal se mistura muito bem e há sempre muito trigo mesmo onde parece haver mais joio. Infelizmente, porém, as consciências estão muito adormecidas. Custa muito nos nossos dias ficar horrorizado com um aborto. Tudo parece normal, “limpo”, sem efeitos para terceiros. Mas o Infovitae, com muitos outros que em Portugal e no mundo inteiro que não conseguem aceitar este estado de adormecimento, não pára de remar contra a maré. Penso que vai profeticamente à frente nos tempos (porque não acredito que daqui a alguns anos não se envergonhem os que hoje defendem o aborto – é tão estranho matar uma criança que de certeza que haverá um grito que vai acordar a sociedade – depois outros males virão, mas este de certeza que passará e nessa altura os abortistas ficaram envergonhados).


As pessoas são todas diferentes e uns são mais sensíveis a uma boa notícia outros ao horror das más notícias. O que não podemos é ficar a discutir se a luta contra o aborto deve ser desta ou daquela maneira. Uns e outros são necessários e não podemos perder tempo em discussões internas. Podemo-nos corrigir mutuamente, mas não podemos justificar a inactividade por causa de discordarmos com este ou aquele artigo do Infovitae, com esta ou aquela forma de se dizerem as coisas ou de se proporem acções. Isto vale, antes de mais, para mim, mas julgo que vale para muitos outros. Quando o aborto for escandaloso, poderemos dizer que os Papas nunca se calaram, que a Igreja nunca se calou, que o Infovitae tinha razão, mas de muitos cristãos se dirá que ficaram diluídos na massa e se “adaptaram” em vez de mudarem o mundo. Agradeço ao Infovitae porque é “chato” e não deixa que nos esqueçamos do que se está a passar. Mas atrevo-me a sugerir uma secção das boas práticas e das boas notícias. Porque também as há.


Espero sinceramente que o Infovitae acabe o mais depressa possível. Será sinal que já não há perigo para as crianças e para a sociedade.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

10 anos de Infovitae, Isabel Carmo Pedro


Isabel Carmo Pedro


Deveria começar este testemunho, pois é disso que se trata, com um queridíssimo Padre Nuno, obrigada por me ter entre os seus amigos. O Infovitae só existe pela sua dedicação incondicional a esta causa das causas e por isso temos todos uma enorme divida de gratidão para consigo, que jamais poderemos pagar.


Já ando neste combate pela vida há 24 anos e, por isso, já o vivi com a paixão típica da adolescência e juventude, com o seriedade de uma universitária que tem de ir ao fundo da questão e, agora, como mulher casada e mãe que por vontade de Deus também já viu alguns dos seus filhos partirem sem que a família os pudesse ter conhecido. À causa pró-vida devo muito daquilo que tenho e o que sou hoje, a começar pelo meu marido e a maioria dos meus amigos. Apesar de tudo isto, devo confessar que nem sempre é fácil manter o ânimo. São muitas as vezes em que me apetece desistir e deixar que os outros façam por mim, pois parece ser uma luta muito inglória. O Padre Nuno é quem me mantém alerta. Mesmo que não chegue a ler os artigos e que apenas passe os olhos pelos títulos, antes de os guardar, ou mesmo quando nem chego a abrir o Infovitae e o ponha directamente no arquivo, só a sua presença na minha caixa de correio electrónico é uma lembrança permanente que há muito trabalho a fazer e que há muitas vidas para salvar.


Devo também dizer que, se calhar ao contrário de muitos, me identifico com muito com aquilo que é transmitido pois o nosso não é senão um combate feroz pela defesa dos direitos humanos, no seu mais profundo sentido. Aliás, sem a defesa da vida desde a concepção até à morte natural estar profundamente arreigada nos nossos corações, mais nenhuma luta faz sentido. Como tal, não podemos deixar de falar da pena de morte imposta a tantos milhões de inocentes ou de como parar este holocausto, que à semelhança de outros que a História regista, seja o Nazi, o da escravatura, o do genocídio do Ruanda e outros tantos, é uma vergonha colossal. Infelizmente este tem muito poucos sobreviventes e, felizmente para eles, a maioria dos que sobrevivem não chega a saber que foi uma quase vítima. Por isso é preciso manter sempre e sem desvanecer a chama acesa. É isso que o Padre Nuno, através do Infovitae, tem sido para mim. O oxigénio que não deixa que a chama se apague e que me relembra constantemente que quem vê não pode deixar de gritar a quem está cego, pela ignorância (culposa ou não), pelo ódio, pela preguiça, pelo politicamente correcto, pela indiferença ou pela vontade de fazer mal, que estão a cair num precipício muito fundo.


Para si Padre Nuno, queria dizer-lhe que, tenho a certeza, que no céu tem muitos milhares de almas a interceder por si junto do coração do Pai. São todos os seus “filhos”, que têm em si a pessoa que mais os amou neste mundo. Essas crianças estão a cuidar de si continuamente, dando-lhe a força que necessita para persistir neste seu caminho, tantas vezes incompreendido e solitário.


Bem-haja, e como é costume dizer nestas alturas, que conte muitos!

A caminho de Damasco, avançava decidido um judeu


Rui Corrêa d' Oliveira
27. 01. 2009
A caminho de Damasco, avançava decidido um judeu observante,
activo perseguidor de cristãos, com mandato de prisão, para quantos encontrasse e se afirmassem discípulos de Cristo.

Chamava-se Saulo, nascera em Tarso, na Cilícia.

Era um homem culto, convicto e de palavra fácil.

Subitamente, cai por terra envolvido numa luz intensa vinda do Céu,

enquanto ouve uma voz que o interroga:

«Saulo, Saulo porque Me persegues?»

Ainda atónito, pergunta: «Quem és Tu, Senhor?»

Naquele momento, não fora apenas o judeu Saulo que caíra por terra.

Com ele caíam também as suas certezas e a convicção da sua missão.

Tudo quanto até então era para ele claro e seguro

transformara-se numa cegueira que o deixava frágil e impotente.

A misteriosa resposta do Céu era precisa e inequívoca:

perseguir cada cristão era perseguir o próprio Jesus.

O fim da sua cegueira, das suas dúvidas,

e o retomar da fé e das forças, foi o que Paulo encontrou no baptismo

que recebeu das mãos de Ananias, discípulo da Igreja de Damasco.

Assim nos foi dada uma das maiores testemunhas de Cristo e da sua mensagem,

Que se entregou por completo ao anúncio de que Jesus era o Filho de Deus.

Nunca persegui, nem prendi, nem matei cristãos, judeus ou muçulmanos.

Nasci no seio da Igreja e dela recebi o mesmo Baptismo.

Mas, que fiz eu por Cristo ao longo da minha vida?

Que tempo dou eu ao anúncio do Reino?

Falta-me é a coragem de perguntar com a mesma verdade de Saulo:

«Que hei-de fazer, Senhor?»

Porque, no fundo, no fundo… tenho medo da resposta,

não vá Deus pedir-me

que deixe o conforto de uma vida tranquila,

para arriscar tudo… pelo seu Nome e pela sua Igreja.

Diario vaticano aclara alcances y límites de levantamiento de excomunión a lefebvristas

ROMA, 26 Ene. 09 / 04:10 pm (ACI)

La nota editorial de hoy de L'Osservatore Romano (LOR) aclara los alcances y límites del levantamiento de la excomunión a los 4 obispos ordenados por Marcel Lefebvre en 1988. Entre otros puntos importantes, precisa que este "magnánimo gesto de misericordia" del Papa no constituye aún el retorno "a la plena comunión" de la Iglesia y es además un llamado a "la aceptación plena del magisterio, comprendido en él obviamente el Concilio Vaticano II".

Continuação

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Our Struggle for the Soul of our Nation


In remarks delivered yesterday at the Cardinal O’Connor Conference on Life, Robert P. George reflected on the history of the pro-life movement and offered advice for its future. Read more

10 anos de INFOVITAE: "da lei da morte libertando"

Luis Botelho Ribeiro

«E aqueles que por obras /valerosas/
se vão *da lei da morte libertando*
Cantando espalharei por toda a parte
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.»

Camões até podia estar a pensar no (em breve...) São Nuno do séc. XIV. Mas as suas palavras também valem para o nosso são Nuno deste século - verdadeira coluna da Causa pro Vida.

Luís de Camões até podia estar a falar duma Lei da Morte ou do esquecimento humano, em sentido figurado. Mas para nós, que hoje nos confrontamos com uma "Lei da Morte" bem real, plasmada preto no branco em "diário da república", bem pode servir como lema de vida aquele "da lei da morte libertando".

E é também aí que encontro a melhor síntese para estes primeiros 10 anos do Infovitae, essa Graça concedida por Deus ao povo de língua portuguesa através do seu servo e nosso animador Nuno Serras Pereira. Alguns de nós, no início, sem conhecimento pessoal desta "gente pouco recomendável", ainda terão ingenuamente admitido que o Infovitae pudesse ser uma voz oficiosa da Hierarquia. Uma trombeta enviada a tocar uma "música" mais áspera aos ouvidos endurecidos dos leigos... Mas com o tempo, foi-se tornando clara a dura realidade: o Infovitae é "Igreja-perseguida" como bem notou o Prof. César das Neves. É um pequeno punhado de "sal da terra", lançado à terra insípida de muitos cristãos distraídos ou desencorajados: leigos e padres.

Mas ei-los que, feridos por uma realidade que endurece ou finalmente atentos à nocturna voz que os chama pelo nome, despertam. Eis que, de norte a sul, recobram ânimo. Eis que, tresmalhados ontem, voltam a reunir-se à volta do Bom Pastor, do Senhor da Vida! E enquanto uns "com os olhos doces" dizem «vem por aqui» e outros aconselham «não vás por aí», o Infovitae repete-nos sem cessar a ordem apostólica - «Ide». E nós lá vamos... ao encontro das mães, aos hospitais, ao parlamento, ao povo, à internet, a Belém e ao Gólgota!

Eia, pois, pelo 10º aniversário do Infovitae! Informando-nos, chama-nos a prosseguir o combate. Dando-nos voz, também nos investe numa responsabilidade partilhada. Afastando o desânimo daquela invernosa noite de 11 de Fevereiro, aí mesmo aconchegou as sementes da acção (e oração) que hoje desponta em tantos pontos do nosso país. Tantos e tantos textos inspiradores, informativos, mobilizadores, angustiantes, comoventes, animadores, exaltantes... De entre todos, para mim permanece singularmente vivo aquele em que, logo após o desastre de Fevereiro 2007, o Padre Nuno como que transubstanciava a aparente derrota... em momento de Gólgota no caminho para o inevitável triunfo final da Vida. Queda e Reconciliação. Morte e Ressureição.

O caminho mostra-se a cada dia mais claro e vai juntando o povo. Passe ele onde passar - orando nas ruas frente aos abortadouros, colocando deputados pro-Vida no parlamento ou vertebrando uma mentalidade pro-Vida na sociedade - não terá outro horizonte senão a aurora redentora do dia em que, por Cristo, "da lei da morte" libertarmos Portugal.