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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Os políticos e os extraterrestres - por Nuno Serras Pereira

17. 07. 2013


Devido a uma leitura precipitada e consequentemente errada do magnífico Concilio Vaticano II, um dos muitos esplendorosos da Igreja, uma parte da hierarquia da Igreja em terras de Portugal e muitos dos fiéis leigos consideraram que a condição de católico era compatível com toda e qualquer organização sindical e partidária. Se essa interpretação do Concílio fosse correcta desmentiria o Episcopado Alemão que, anos antes, excomungava os fiéis que se inscrevessem no partido nazi.


A pluralidade legítima na resolução de problemas concretos que dependem do juízo prudencial de cada um, de que o Concílio fala, nada tem a ver com os absolutos morais enquanto princípios inegociáveis que vinculam a consciência de todos os fiéis e, portanto, também a dos Católicos que se empenham na política. Por exemplo, o direito à saúde e ao trabalho, uma vez que assentam na transcendente e eminente dignidade da pessoa humana (também há pessoas angélicas e Divinas), são sem dúvida alguma um absoluto moral e por isso exigem o empenho resoluto e determinado de qualquer fiel. No entanto, a melhor maneira, ou os meios, de os alcançar e garantir não constituem qualquer absoluto moral, pois que existe um pluralismo de caminhos cuja análise e conclusões podem legitimamente variar dando assim origem a propostas diversas na aplicação das políticas, as quais podem e devem licitamente admitir negociações e compromissos. Mas estes meios, nada têm a ver com os princípios inegociáveis, propriamente ditos, os quais garantem não só a bondade ou maldade dos fins mas também a dos meios para os alcançar ou evitar. Explico-me melhor, não somente é sempre, e em qualquer circunstância, injusto provocar o aborto como o é também admitir na lei, fazer campanha a seu favor ou dar-lhe aprovação com o seu voto. O mesmo se deve dizer em relação à eutanásia e suicídio assistido; à fecundação artificial medicamente substituída, ao congelamento de embriões humanos, à experimentação, eliminação ou clonagem dos mesmos; ao impropriamente chamado “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, à co-adopção ou adopção por parte de homossexuais; à subtracção das crianças ao direito dos pais as educarem segundo as suas consciências e crença religiosa ou Fé, desde que nestas nada haja contrário à Lei Moral Natural.


Graças a Deus que na história desde o 25 de Abril houve Católicos corajosos e fiéis a Jesus Cristo e à Sua Igreja que combateram desassombradamente e com denodo em defesa dos princípios inegociáveis não pactuando com qualquer compromisso que os aguasse ou distorcesse. Enquanto “católicos” confusos ou manipulados ou pervertidos votavam e promulgavam crimes inomináveis, por exemplo, a “lei” 6/84 que “legalizou” a chacina de crianças nascituras, outros, em frente unida (PSD e CDS) a elas se opunham com grande clareza e destimidez.


Infelizmente, ou melhor, desgraçadamente, essas duas forças partidárias foram paulatinamente parasitadas por marxistas/liberais (sei que parece estranha a associação, mas é uma fusão verdadeira) e maçons que têm tido o condão de fazer a essas agremiações e seus membros católicos o mesmo que os extraterrestres fazem, nos filmes de ficção, aos humanos: matam-nos, esvaziam-nos, tomam de assalto as suas interioridades, mantendo tão só as suas aparências, e desse modo vão expandindo-se, eliminando as populações e conquistando a Terra. Somente que enquanto nessas fitas as mortes são físicas aqui, na realidade, são espirituais e provavelmente eternas.


De há uns anos a esta parte alguns Católicos generosos, de sangue na guelra, fogosos como cavalos de combate adentraram-se em alguns partidos com o propósito de mudá-los por dentro e restituir-lhes o empenho e dedicação ao Bem Comum, isto é, ao bem de todos e cada um, desde a sua fase unicelular até à morte natural, ou seja, à vida cuidada, servida e amada até ao fim. Infelizmente tem-se verificado que, não obstante, alguns ganhos, as perdas são muito maiores, uma vez que essas associações parlamentares têm vindo de mal a pior e de pior ao péssimo. De facto, não se pode negar que apesar dos esforços desgastantes desta gente boa a decadência tem-se acelerado tão vertiginosamente que actualmente não existe em Portugal nenhum grupo parlamentar que aceite e muito menos se bata pelos absolutos morais e princípios inegociáveis. Daí que podemos concluir que esta gente, apesar do seu sacrifício, tem contribuído para promover as facções partidárias a que pertencem e fidelizar o voto católico contribuindo assim para a degeneração e corrupção dos cristãos e da Igreja. Parece que estão a repetir os erros daqueles “católicos”, que há não muito tempo tentaram algo de semelhante num outro partido, mas que afinal mais não eram que “compagnons de route”, o que em português se poderá traduzir como “idiotas úteis”, descartáveis logo que se alcance o objectivo para que serviram.


Nas circunstâncias actuais só vislumbro duas hipóteses, a saber, ou há uma invasão maciça e organizada de Católicos, de consciência bem formada, fiéis ao Magistério da Igreja, ou de Homens de boa vontade, isto é que seguem a Lei Natural, que tomem o poder ou estes mesmos têm o dever moral grave de se desembaraçarem rapidamente desses bandos de malfeitores e formarem um novo partido político. Não um partido confessional, nem um partido mais ou menos mono-temático como os diversos que têm surgido em alguns países não conseguindo nunca mais do que 1% ou lá perto.


Confesso que actualmente me parece cada vez mais difícil a primeira hipótese ( a da entrada maciça de Católicos) pelo que me parece de melhor aviso a segunda. Não se cuide porém que isto seja um pensamento original ou mesmo uma patacoada excêntrica. 


O Arcebispo Giampaolo Crepaldi (Presidente do Observatório Internacional Cardeal Van Thuân - cujo processo de Beatificação está decorrendo -, é uma das inteligências mais preclaras do Episcopado italiano, o que possui um entendimento mais profundo da Doutrina Social da Igreja, a par da mais nítida clareza e desassombro no anuncio da Verdade) afirma limpidamente isso mesmo, pelo menos, num dos seus livros: quando não há partidos políticos que respeitem os princípios inegociáveis os Católicos têm o dever de criar um novo partido que o faça. 


À honra de Cristo. Ámen.

domingo, 7 de julho de 2013

A tomar nota para não esquecer - por Nuno Serras Pereira



07. 07. 2013

Como Sacerdote não me compete analisar ou comentar a actual crise político-partidária-governativa naquilo que ela tem de opinativo, enquanto sujeito a juízos prudenciais sobre a pluralidade de soluções legítimas, uma vez que dizem respeito a assuntos negociáveis e não a absolutos morais, isto é, princípios inegociáveis. Mas a verdade é que este tumulto ou motim no governo revela, por omissão, com uma nitidez de giga-pixéis, a natureza corrompida do actual cds/pp (Paulo Portas), escravizado ao seu derrancado presidente.

Convirá, em primeiro lugar, recordar que a aceitação ou melhor a adesão incondicional desse partido à “lei” profundamente iníqua da legalização do aborto 6/84, à qual sempre se tinha oposto, foi realizada, ditada, propagandeada e promovida precisamente por PP (Paulo Portas). Este mesmo partido que tanto tinha publicitado o seu grande empenho contra a liberalização do aborto provocado, aquando do referendo de 2007, uma vez conseguidos os votos que lhe proporcionaram uma subida ao poder, em coligação com o abortófilo psd, logo esqueceu a defesa da vida de cada ser humano; e, no entanto, tinha muitos modos e alguns bastante fáceis de o fazer. Mas a verdade crua e assustadora é que não deu um único passo nessa direcção. Nem a demissão “irrevogável”, logo revogada, do presidente/PP/ministro-dos-negócios-estrangeiros se deveu a qualquer princípio inegociável como o aborto, a reprodução artificial, a experimentação em pessoas na sua etapa embrionária, a clonagem, o infamemente apelidado “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, a “co-adopção” por parte desses pseudocasais. Nada disto provocou qualquer incómodo, desconforto ou sequer um suspiro no PP/cds. 

Caso se confirme o que a comunicação social noticia, a saber, que PP reforça o seu poder e o do seu partido-marionete no governo será provável que seja reeleito com apoio unânime, ou perto de isso, no congresso que se realizará no daqui por duas semanas. Se assim for sentir-se-á confirmado na sua cegueira, nos seus erros, na sua política maquiavélica. 

Satanás é bem capaz de conceder tanto quanto possa àqueles que lhe vendem a alma, pessoas ou partidos, mas tarde ou cedo apresentará a factura. E depois a condenação é eterna, caso não haja verdadeiro e sincero arrependimento, o qual é muito dificultoso para quem se obstinou em pecados da maior gravidade.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Um povo impiedosamente desumano - por Nuno Serras Pereira



30. 04. 2013

São tão abundantes as provas da crueldade do povo português que é caso para infinito pasmo como haja ainda quem encomie o seu carácter manso e pacífico. Esta realidade continua a evidenciar-se na indiferença descaroável para com as crianças que dentro em pouco serão ignobilmente vitimadas pela adopção por parte de pseudocasais homossexuais

É verdadeiramente extraordinário que a autoproclamada, sem pingo de vergonha, rádio católica portuguesa (rr), propriedade do Episcopado português chame sistematicamente casais aqueles que não o são nem o podem, de facto, ser, contribuindo assim, com inusitado fervor, para a propaganda lgbt

Mais inacreditável ainda é a passividade dos prelados portugueses os quais porventura cuidarão que a publicação de uma Nota pastoral sobre a família, aliás bem-feita e com linguagem acessível, é suficiente para se desobrigarem de qualquer outra acção no combate contra este violento vampirismo espiritual e moral. Mas a verdade é que se puserem de lado as racionalizações autojustificativas e olharem de frente, diante de Deus, as suas consciências saberão muito bem que isso não passa de uma mentira infame. Nem será necessário meditarem atentamente na importantíssima entrevista recente, a propósito de um outro assunto, embora com este relacionado, mas igualmente aplicável neste caso, que o Cardeal Burke concedeu a uma prestigiada agência noticiosa

Evidentemente que quando falta o ensinamento insistente, repetido para ser assimilado, o exemplo, o encorajamento e a liderança andam as ovelhas tresmalhadas, anuindo a tudo o que os lobos vorazes propõem, como meio mais pronto e eficaz para dizimarem facinorosamente o rebanho. Verdadeiramente há Pastores que se não são lobos, imitam muito bem.

Diz um dos periódicos de hoje, em primeira página, que o Senhor Bispo do Porto, é o preferido para Patriarca de Lisboa. Eu, confesso, que tenho a maior estima e admiração pelo Senhor D. Manuel Clemente, a quem aliás devo imenso, mas rezo a Deus, apesar de já ter pensado o contrário, que não seja ele. 

O que precisamos é de alguém que saiba governar, tenha mão firme e ortodoxa, seja desassombrado em relação aos princípios inegociáveis, não se deixe lisonjear com adulações, não seja político mas sim Pastor, tenha a coragem de vir para a rua, e o arrojo da verdadeira e completa Misericórdia, com a inteireza de quem sabe, pois é impossível ignorá-lo, que a defesa e promoção da vida e da família são o factor decisivo na Nova Evangelização, isto é, no evangelizar de novo. 

Não saberei dizer se há algum Bispo em Portugal capaz do que digo, mas se não há, Ordene-se. E será seguramente tempo de ser mais rigoroso e responsável nas consultas que a Santa Sé faz em relação aos “episcopáveis”. Conheço bem verdadeiros hereges, no rigoroso sentido do termo, que são sistematicamente consultados e santos presbíteros, já anciãos, que nunca o foram… Basta de diabólicos respeitos humanos, de silêncios cobardes e cúmplices. Os tempos são demasiado graves para que nos deixemos afundar nestas areias movediças.

À Honra e Glória de Cristo. Ámen.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Bravissime parole del Cardinale Bagnasco sulla política

In CCI

... È certamente riconosciuto dalla coscienza in generale l’esigenza di esprimere il proprio voto liberamente, cioè svincolato da suggestioni e da pressioni spesso veicolate da minoranze che hanno l’abilità di non apparire tali. La biopolitica è oramai una frontiera immancabile di qualsiasi programma. Francia, Spagna, Inghilterra, Stati Uniti…, per limitarci a questi soli Paesi, ci dicono che non si può far finta di accantonare i problemi quando sono semplicemente nodali nelle società post-moderne. Parlare di vita, salute, malattia, stati cosiddetti vegetativi, dolore, previsione infausta, medicina palliativa, invasività delle diagnosi, disabilità, rapporto medico-ammalato, ma anche di medicina e bilancio dello Stato, obiezione di coscienza, politica dei trapianti… significa affrontare temi cruciali che tali saranno sempre di più. Insieme a quello scandaloso – per le evidenze che vorrebbe ignorare – dell’aborto, della maternità surrogata, dell’eutanasia attiva o passiva. Andando sul concreto, quanti aborti e quanti tentazioni eutanasiche si verificano a motivo del primato economicista? Non ha senso nascondere gli argomenti, riconoscendo invece cittadinanza elettorale solo all’economia, in quanto fenomeno che obiettivamente brucia. Si parla ovunque di biopolitica e di biodiritto; perché non concepire anche l’economia come bioeconomia? Linee di compromesso, o peggio di baratto tra economia ed etica della vita, a scapito della seconda, sarebbero gravi. Senza il primato antropologico non solo la finanza e l’economia sarebbero oppressive perché ridurrebbero la persona in termini di costi e ricavi, ma anche lo stato sociale nascerebbe su basi anguste e riduttive.

Né ci si può illudere di neutralizzare in partenza il dibattito, acquisendo all’interno delle varie formazioni orientamenti così diversi da annullare potenzialmente le posizioni, o prevedere al massimo il ricorso pur apprezzabile all’obiezione di coscienza. Viene qui spontanea una analogia con la famiglia: come questa ha un volto, un’identità fatta dal suo modo di ragionare, di amare e di agire, così è della società e dello Stato se vogliono essere una comunità, e non solo un agglomerato di interessi o istanze particolari. In questa seconda ipotesi, lo Stato potrà solo cercare di “tenere a bada” gli appetiti contrastanti dei singoli soggetti o parti, allergici ad un progetto di bene comune. Il suo massimo merito sarebbe in questo caso di bilanciare non di costruire. Ma la famiglia – riferimento principale dell’analogia – non è questo! La famiglia è una scelta d’amore che – in un progetto comune – diventa patto tra un uomo e una donna nel matrimonio.

Similmente, anche la società deve avere alla base un progetto di bene comune, altrimenti cadrà fatalmente in balia di pressioni o interessi contrastanti, dove sarà ascoltato ed esaudito chi fa la voce più forte e insistente. Ora, alla radice del bene comune troviamo le realtà primarie della vita, della famiglia e della libertà, che si intrecciano e si richiamano universalmente perché sono valori fondativi e quindi irrinunciabili dell’umano. Si potrebbe dire che l’inviolabilità della vita è il principio, la famiglia ne è il grembo sorgivo, la libertà la condizione prima di sviluppo. Tutto il resto viene di conseguenza. Quando la Chiesa si interessa dell’inizio e della fine della vita, lo fa anche per salvaguardare il “durante”, perché ciò che le sta a cuore è tutto l’uomo, la cui dignità non è a corrente alternata. Sviluppando la precedente metafora, nella famiglia nasce la vita, viene accudita con amore e dedizione, fedeltà e gioia, tanto più quanto essa si presenta fragile e indifesa. La piccola vita – come la vita malata o anziana – è sentita parte viva e cara del corpo familiare poiché ognuno è importante, e sta a cuore agli altri per quello che è, non per ciò che fa o produce. Così deve essere nel corpo sociale e nello Stato. Lasciar andare alla deriva la vita fragile, che non ha neppure la voce o il volto da opporre per affermare se stessa, rivela un’autocomprensione efficientista e arrogante dello Stato, una sua inquietante carta d’identità, pur se il tutto è spesso motivato con ragioni alte. È qui in questione non la sofferenza e il dramma di persone concrete, ma il porsi – e prima ancora il concepirsi – di uno Stato verso i suoi membri. La fotografia realista di una società è determinata anzitutto dal suo rapportarsi virtuoso non verso i soggetti efficienti, produttivi e gagliardi, ma verso i più bisognosi e indifesi. Sta qui la sua prima e incancellabile verità. E non in termini di assistenza, ma di giustizia poiché questo è lo scopo della buona politica. La vita fragile interpella non solo la famiglia, che già se ne fa carico, ma la società intera. Chiede alla comunità e ai suoi apparati istituzionali di non essere abbandonata ma di essere presa “a cuore”. È evidente che ciò rappresenta un impegno per la collettività in termini di risorse economiche e assistenziali; come è evidente che tali vite spesso non avranno da ricambiare con compensi o consenso. Ma la vera risposta sta nel fatto che la società avrà fatto il proprio dovere, paga di essere umana. Ecco perché quando si giunge di fronte alla grande porta dei fondamentali dell’umano, non è possibile il silenzio da parte di alcuno, persone e istituzioni: si è arrivati al “dunque”. Reticenze o scorciatoie non sono possibili: bisogna dire il volto che si vuole dare allo Stato, se è una famiglia di persone o un groviglio di interessi; se un agglomerato di individui o una rete di relazioni su cui ciascuno sa di poter contare, specialmente nelle fasi di maggiore fragilità.



1.               Certo la difesa dei diritti ha fatto grandi progressi, e dunque in qualche modo può ritenersi un dato basilare unificante le diverse formazioni e diversi gruppi. Ma come non riconoscere una singolare tendenza arbitrariamente selettiva di quanto viene proposto come irrinunciabile e innegoziabile? Ecco perché la già evocata «questione sociale è diventata radicalmente questione antropologica» (Benedetto XVI, Caritas in veritate, n. 75). Dobbiamo stare attenti che una certa cultura nebulosa non ci annebbi la vista, inducendoci a non riconoscere più, tra i principi che mandano avanti la società, i fondamenti che non sono confessionali, come si insiste a dire, ma semplicemente di ordine razionale. Anzi, è necessario che in un momento elettorale si certifichi dove essi trovano dimora. Si tratta della vita, come ho detto, dal suo concepimento alla morte naturale, dunque la rinuncia all’eutanasia comunque si presenti, la libertà di coscienza e di educazione, la famiglia basata sul vincolo del matrimonio tra l’uomo e la donna, la giustizia uguale per tutti, la pace. Sono le determinazioni storico-pratiche o principi basilari, dunque non negoziabili, per i quali c’è un fondamento, oltre che nella ragione, nella nostra stessa Costituzione, e ai quali tutti gli uomini di buona volontà debbono attenersi. Chiunque si rifà al bene comune immediato non può non considerarli per ciò che sono, ossia valori non derogabili sul piano della civiltà politica, pena un arretramento antropologico e sociale. Perché la Chiesa insiste tanto? Perché ha a cuore l’uomo! Perché è chiamata a rappresentare «la memoria dell’essere uomini di fronte a una civiltà dell’oblio, che ormai conosce soltanto se stessa e il proprio criterio di misura. […] La Chiesa certamente non ha soluzioni pronte per le singole questioni. Insieme alle altre forze sociali, essa lotterà per le risposte che maggiormente corrispondano alla giusta misura dell’essere umano. Ciò che essa ha individuato come valori fondamentali, costitutivi e non negoziabili dell’esistenza umana, lo deve difendere con la massima chiarezza. Deve fare tutto il possibile per creare una convinzione che poi possa tradursi in azione politica» (Benedetto XVI, Discorso alla Curia Romana, 21 dicembre 2012). Su questi principi i cattolici sanno che non esiste compromesso o mediazione comunque si voglia chiamare, poiché ne va dell’umano nella sua radice. Per questo la Chiesa è “avanguardia”. Si sente ripetere che questi sono valori “divisivi” mentre quelli sociali sarebbero “unitivi”: in realtà, i valori sociali dei quali abbiamo parlato sopra e che la Chiesa conosce e pratica fin dal suo nascere (cfr At 2) stanno in piedi se a monte c’è il rispetto della dignità inviolabile della persona. Fa specie che taluno consideri tali principi come retaggio clericale quando sono le garanzie ultime per gli indifesi e i senza diritto di parola. In questa cornice, ci pare senza dubbio importante la campagna «Uno di noi» che partirà prossimamente e vuole portare nelle sedi comunitarie l’istanza della vita, senza più selezioni. Così come stupisce che si programmi fin d’ora di discostarsi da essi, quale passaggio necessario per “entrare” a pieno titolo nell’Europa evoluta. Ma l’evoluzione e il progresso consistono nel negare i valori umani? E perché dovremmo noi inseguire e copiare qualcuno che, abdicando ad essi, si è allontanato dal circuito valoriale ed è entrato in un assolutismo del relativo, del precario, del soggettivo, rischiando di congedarsi dalla storia? Gli esiti sociali riscontrabili di quella impostazione ci legittimano a tanto? Perché si dovrebbe «contenere» l’Europa – per altro necessaria – quando avanza pretese esigenti sul fronte – ad esempio – delle regole sul lavoro, ed assecondarla invece quando vorrebbe decidere dell’equilibrio esistenziale della nostra umana esperienza? Fa pensare la Caritas in veritate quando avverte: «Come ci si potrà stupire dell’indifferenza per le situazioni umane di degrado, se l’indifferenza caratterizza persino il nostro atteggiamento verso ciò che è umano e ciò che non lo è?» (ib). Come Vescovi, sentiamo di dover far nostro l’invito proveniente oggi anche da soggetti insospettabile, di non lasciarci dividere dal secolarismo piegato in versione nichilista. La crisi in atto – che in ultima istanza può essere vinta solo con la cultura della vita (cfr Messaggio CEI per la Giornata della vita 2013), ci ricorda che senza un’apertura al trascendente l’uomo diventa incapace alla lunga di agire per la giustizia (cfr. Benedetto XVI, Discorso a Justitia et Pax cit.). Dunque, il bene comune immanente che tenacemente va perseguito, deve mantenere i cieli aperti perché questo procura perentorietà e dedizione all’iniziativa dei singoli.



2.               La madre di tutte le crisi è l’individualismo. E questo è figlio della cultura nichilista per cui tutto è moralmente equivalente, nulla vi sarebbe di oggettivo e di universale valido e obbligante. È questo il tarlo più o meno mascherato che sta modificando dal di dentro gli assetti dell’orientamento comune e delle prassi sociali. Nel suo congenito utilitarismo, l’ideologia individualistica concepisce «la persona come un essere fluido, senza consistenza permanente», per la quale non c’è una natura precostituita, è il soggetto a crearsela (cfr. Benedetto XVI, Discorso alla Curia Romana cit.). In realtà, è la cultura del limite quella che viene rimossa, in quanto ritenuta negazione della libertà individuale e dello slancio vitale. Dunque,  non conveniente e ingiusta. Si tratta – a ben vedere – di una sorta di moderno delirio di onnipotenza che nella storia umana è già stato più volte sperimentato. Una distorsione radicale del desiderio di libertà e di autorealizzazione, una sorta di fuga dal realismo fattuale e dalla ragione stessa. Di qui l’incapacità di legami veri, in cui l’altro sia non solo la proiezione o lo specchio di sé, ma il terminale di una relazione a misura intera dell’essere. Si annida qui un’idea bugiarda e infondata di un’autonomia personale che accetta di entrare in comunicazione con l’altro solo potendola – la comunicazione – interrompere in ogni momento (cfr ib). Ovvio che tutto questo abbia una ricaduta pesante sull’esperienza familiare e le sue possibilità di tenuta, ma prima ancora sulla prospettiva di potervi tener fede. Ed è uno dei motivi del calo dei matrimoni, di cui pure si è parlato negli ultimi mesi, ma anche della grave situazione demografica. Peccato che, nei giorni successivi, l’argomento sia rapidamente scomparso dal dibattito pubblico, quasi fosse un tema tra mille altri, e non ci si sia interrogati adeguatamente sulle proiezioni in termini di futuro di questa sottovalutazione. Ed ecco anche uno dei motivi per cui si continua a riproporre il tema dei matrimoni omosessuali, quasi si trattasse di un approdo inevitabile. La famiglia precede lo Stato, in quanto è un istituto dotato di una sua naturalità per nulla convenzionale, perché iscritta nel codice addirittura fisico della persona: le differenze sessuali, infatti, si richiamano vicendevolmente in vista di un mutuo completamento nel segno dell’amore che è accoglienza e dono, grembo di nuove vite da generare e educare. Il diritto del bambino – non al bambino – viene prima di ogni desiderio individuale.

La famiglia si è mostrata ancora una volta come l’elemento fondamentale per la coesione sociale delle diverse generazioni, la cellula primordiale e il patrimonio incomparabile su cui poggia la società. Per queste ragioni nulla può esserle equiparata, né tanto né poco. Né può essere indebolita da ideologie antifamiliari o simil-familiari, che vorrebbero ridefinire la famiglia e il matrimonio mutando l’alfabeto naturale e istituendo modelli alternativi che la umilierebbero alimentando il disorientamento educativo. Si sente dire che “dove c’è amore c’è famiglia”. Mi sembra un’affermazione suggestiva ma qualunquista, perché la coppia – per fare famiglia – oltre l’amore richiede anche altri elementi costitutivi: capacità, doveri e diritti, su cui la società conta e per i quali s'impegna. Tutto ciò appartiene a quel senso comune in grado di sfidare qualunque sollecitazione: semmai ha solo bisogno di essere confortato e consolidato. Dispiace, a dire il vero, che tutto questo non si voglia comprendere, come se la Chiesa nutrisse degli ostinati pregiudizi.  Ma se esistono lucidità intellettuale e onestà morale, perché non è dichiarato apertamente ciò che ad arte viene taciuto, seppur faccia qua e là capolino? E cioè, se la natura dell’uomo non esiste, allora si può fare tutto, non solo ipotizzare il matrimonio tra persone dello stesso sesso. La recente sentenza della Cassazione sull’adottabilità da parte delle coppie omosessuali, oltre ad essere stata immotivatamente ampliata nella propria valenza, non può certo mutare la domanda innata di ogni bambino: quella di crescere con un papà e una mamma nella ricca armonia delle differenze. C’è in giro una notevole confusione, perché si pensa che la realtà sia superata, che nessuna verità esista, ma se ciò è vero – avverte Spaemann – allora tutto diventa questione di potere. Ed è ciò che sta sotto i nostri occhi, ma è anche ciò che la Chiesa, «esperta in umanità» (Paolo VI, Discorso all’Assemblea dell’Onu, 4 ottobre 1965), non potrà mai accettare: «La verità per noi è più importante della derisione del mondo» (Benedetto XVI, Omelia all’Epifania cit.). E questo non per opporsi al mondo moderno con le sue luci e conquiste, i suoi aneliti giusti e nobili, ma per lo stesso amore che ha spinto il Samaritano del Vangelo a farsi umilmente prossimo. Così come il venerabile Paolo VI disse al termine del Concilio Vaticano II: «L’antica storia del Samaritano è stato il paradigma della spiritualità del Concilio. Una simpatia immensa lo ha tutto pervaso […]. Questo Concilio tutto si risolve nel suo conclusivo significato religioso, altro non essendo che un potente e amichevole invito all’umanità d’oggi a ritrovare […] quel Dio “dal Quale allontanarsi è cadere, al Quale rivolgersi è risorgere, nel Quale rimanere è stare saldi, al Quale ritornare è rinascere, nel Quale abitare è vivere” (Sant’Agostino, Soliloqui, I,1 3)» (7 dicembre1965). ...

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Archbishop William E. Lori : Catholic Voters Can’t Vote for a Candidate Who Stands for an Intrinsic Evil

In NRO

“This is a big moment for Catholic voters to step back from their party affiliation,” Baltimore archbishop William E. Lori tells me from the Knights of Columbus annual convention in Anaheim, Calif.
For Catholic voters in November, Lori advises, “The question to ask is this: Are any of the candidates of either party, or independents, standing for something that is intrinsically evil, evil no matter what the circumstances? If that’s the case, a Catholic, regardless of his party affiliation, shouldn’t be voting for such a person.”

At the convention this week, the message wasn’t just coming from Lori, the chairman of the U.S. Conference of Catholic Bishops’ new committee on religious liberty, but also from a letter conveying greetings from Pope Benedict XVI, commending the Knights and their work, specifically in defense of religious liberty. The Knights have been known to get papal encouragement, but this implicit comment on a contentious political issue is not part of the routine, reflecting what the letter calls the “unprecedented gravity” of the current situation.

“At a time when concerted efforts are being made to redefine and restrict the exercise of the right to religious freedom, the Knights of Columbus have worked tirelessly to help the Catholic community recognize and respond to the unprecedented gravity of these new threats to the Church’s liberty and public moral witness,” Vatican secretary of state Cardinal Tarcisio Bertone wrote in the letter to the Knights, the largest lay Catholic organization in the United States, no doubt referring to the fight over the HHS contraception, sterilization, and abortion-inducing-drug mandate that has Catholic diocese, universities, and even businessmen suing the federal government to protect their religious-liberty rights. Cardinal Bertone continued: “By defending the right of all religious believers, as individual citizens and in their institutions, to work responsibly in shaping a democratic society inspired by their deepest beliefs, values and aspirations, your Order has proudly lived up to the high religious and patriotic principles which inspired its founding.”

“The challenges of the present moment are in fact yet another reminder of the decisive importance of the Catholic laity for the advancement of the Church’s mission in today’s rapidly changing social context,” the letter continues.

Citing papal comments to the bishops from the United States in Rome in January, the letter went on: “As he stated to the Bishops of the United States earlier this year, the demands of the new evangelization and the defense of the Church’s freedom in our day call for ‘an engaged, articulate and well-formed Catholic laity endowed with a strong critical sense vis-a-vis the dominant culture and with the courage to counter a reductive secularism which would delegitimize the Church’s participation in public debate about the issues which are determining the future of American society’ (Ad Limina Address, 19 January 2012).”

“Of particular concern are certain attempts being made to limit that most cherished of American freedoms, the freedom of religion,” the pope also said in that January address. “Many of you have pointed out that concerted efforts have been made to deny the right of conscientious objection on the part of Catholic individuals and institutions with regard to cooperation in intrinsically evil practices. Others have spoken to me of a worrying tendency to reduce religious freedom to mere freedom of worship without guarantees of respect for freedom of conscience.”

“Is it consistent to profess our beliefs in church on Sunday, and then during the week to promote business practices or medical procedures contrary to those beliefs?” the pope, perhaps prophetically, asked during his 2008 visit to Washington, D.C.

That this papal message would be sent this month to a lay organization, in particular, is “very significant,” Archbishop Lori emphasizes. “If we are going to transform the culture from within, which we are called to do, and defend our basic freedoms,” it will be primarily the role of the laity, Lori tells me.

“The bishops are teachers,” he said, but political leadership “really needs to come from the laity as citizens and mothers and fathers and voters.”

When it comes to election advice for Catholics: “The reality is we are defending something that transcends party. The defense of religious liberty,” he said, “should not be a Democratic or Republican issue.” For a Catholic voter, this should be “fundamental, as people of faith.”

And not just for Catholics: “Many in the media have portrayed the HHS-mandate fight as a fight about contraception — as well as sterilization and abortion-inducing drugs . . . but this really is a fight about religious liberty,” Archbishop Lori says. “And you can see that as Evangelicals, Mormons, and Orthodox Jews have joined us in defense. They realize if the government can do this to the Catholic Church, they could be forced to violate their consciences too. The Evangelicals include those at Wheaton College, which recently joined a lawsuit that the Catholic University of America had filed in opposition to the mandate, over [its] abortion-inducing drug aspect.”

In an interview last month, Philip Ryken, the president of Wheaton College, told me that “even if the HHS mandate had no effect on Evangelical institutions, it would still be important to me to be supportive of Roman Catholic institutions if there were invitations and opportunities to be supportive.” He echoed the immediate reaction of New York’s archbishop and president of the U.S. bishops’ conference, Timothy Cardinal Dolan, to the so-called accommodation that the president misleadingly touted this Wednesday afternoon in Denver, after being introduced by feminist superstar Sandra Fluke. “The most disturbing thing to me,” explains Ryken, who was a Presbyterian pastor in Philadelphia before becoming president of Wheaton, “was the government’s provision of a ‘safe harbor’ that would defer for one year the implementation of the mandate — and presenting that as somehow being a reasonable accommodation of religious liberty. I found that offensive — the hope that we would change our religious convictions over the course of the intervening year, or that religious convictions had somehow been honored if you violated them later rather than sooner.” “It was clear to me,” Ryken adds, “that there was no understanding of the true nature of religious liberty in the administration.”

“Never before has the federal government forced individuals and organizations to go out into the marketplace and buy a product that violates their conscience. This shouldn’t happen in a land where free exercise of religion ranks first in the Bill of Rights,” now Cardinal Dolan said.

Cardinal Dolan joined the papal greeting in Anaheim, encouraging the continued witness of laity in the defense of religious liberty. Alongside him was the president of the Canadian Conference of Catholic Bishops, Archbishop Richard Smith of Edmonton, who said: “Our call at this moment is to affirm the right of religion to be active in the public square . . . to defend the freedom of people of faith and of religious institutions to act in accordance with their beliefs and nature; to maintain healthy church state relations; to understand conscience correctly and to form it according to objective truth; and to protect the right to conscientious objection. Believers are summoned now to stand up for their faith, even if they must suffer for doing so.”

Asked about the controversy brewing over an invitation extended by Cardinal Dolan to President Obama to speak, alongside Governor Mitt Romney, at the annual Alfred E. Smith Foundation dinner, a fundraiser for charities in New York, Archbishop Lori urged Catholics and other concerned citizens to “keep our eyes on the ball.” The invitation, and his presence, “do not constitute an endorsement,” Archbishop Lori tells me. But he was ready to make an endorsement himself: “I don’t think there is a clearer voice in the United States about the sanctity of life and religious liberty than Cardinal Dolan . . . [he's] a very clear, clarion voice. . . . Don’t get distracted.”