sábado, 18 de fevereiro de 2012

O Monstro de… e a RR

Eu conheci uma mulher que abortou propositadamente uma das suas filhas e, uns anos mais tarde, coagiu outra das filhas a provocar a morte da sua neta, de que esta última estava grávida. Esta mãe e avó matadora enviuvou 14 meses depois, como, estranhamente, não houve autópsia desconhece-se o motivo do falecimento do marido. Uns familiares muito próximos, porém, que sabiam de grandes desavenças no casal, cuja origem atribuíam aos abortamentos a que o pai e avô se tinha oposto com veemência, tinham fortes suspeitas (como agora os parentes da primeira mulher de Paco Bandeira – segundo os jornais) de que ele tinha sido homicidiado pela esposa. Se eu escrevesse que esta mulher era um monstro receberia na volta do correio electrónico uma sarabanda, seria acoimado de não ter caridade, acusado de violência, censurado por julgador e apontado como o exemplo daquilo que não dever ser um Cristão e muito menos um Sacerdote, com a agravante de ser franciscano.

Eu conheço, de vista, três homens que todos os dias, ali para os lados da praça da alegria, talvez com grande prazer e, por agora, sem nenhum arrependimento, em média, esquartejam 24 crianças nascentes, por dia útil. Se eu me atrevesse a dizer que eles eram uns monstros só confirmaria a convicção dos meus acusantes.


Se eu tivesse a temeridade de apelidar a outrora grande vedeta, hoje ressuscitada pela rádio renascença (“emissora católica portuguesa), cujas responsabilidades maiores na liberalização do aborto, isto é, no massacre de oitenta mil crianças nascentes, são evidentes, se eu a denominasse, dizia, como o monstro de Setúbal, provavelmente cairia o Carmo e a Trindade. E é verdadeiramente espantoso que esta “ressurreição” tenha acontecido num programa sobre justiça e direito. Como será possível que pessoas que inverteram e atropelaram a mais elementar Justiça, e perverteram radicalmente o Direito sejam comentadores residentes, como Eurico Reis, ou comentaristas convidados como Odete Santos? Dificilmente se topará com um sinal mais claro não só da degeneração da identidade Católica mas também da depravação da Lei Moral Natural, com o consequente aviltamento da Justiça e do Direito. A única explicação inexplicável para isto acontecer numa estação de rádio que é propriedade do Episcopado português parece ser o mistério da presença actuante do obscuro e sinistro Maligno.

Parece exagero o que afirmo? Apliquemos então a mesma lógica em relação ao “monstro de Beja” (advertência: coloco entre aspas para que fique claro que não fui eu mas sim, quem diria?, alguns daqueles que me recriminam que ouvi nomear deste modo o triplo homicida de Beja):


‘Querem mandar os homens para a prisão!!! Nenhum homem comete um homicídio de ânimo leve!!! Tem que se acabar com o flagelo do assassinato clandestino!!! O homicídio tem que ser legal e seguro!!! Os homens sofrem a humilhação de irem a tribunal!!! A matança clandestina ameaça a saúde, a integridade física e psíquica, dos sega-vidas!!! Querem que os homens portugueses se sintam culpabilizados e suicidem na prisão!!! Os homizieiros são umas vítimas! Os matantes são obscenamente expostos no pelourinho da comunicação social!!! O estado tem que garantir através dos serviços de saúde, pago com o dinheiro dos impostos, a interrupção voluntária da vida (IVV) por opção do homem!!!’

Dir-me-ão que a matança de Beja foi cobarde, durante o sono das vítimas, e teve requintos de malvadez, pois não só ignorou os laços familiares como as degolou macabramente. Claro que sim! Foi uma coisa hedionda. Mas isso é também o que sucede no abortamento. A criança, que é filha, está totalmente indefesa e é impiedosamente torturada até à morte (recordo-me que, aquando da realização do primeiro referendo sobre o aborto, numa longa conversa com o Professor Ernâni Lopes ele me dizia indignado que um dos aspectos que mais o revoltava era a cobardia dos grandes e poderosos que só se atreviam à destruição violenta da pessoa concebida, ainda não nascida, pela enorme desproporção de forças. Fossem os concebidos, por nascer, uns matulões capazes de lhes fazer frente que logo os facínoras, amedrontados, desabalariam com sobressalto e terror). Isto que aqui fica escrito não diminui em nada a gravidade e o horror do triplo homicídio de Beja, mas afirma sim a semelhante enormidade do aborto a que nos habituámos e de que somos, de algum modo, por múltiplas maneiras responsáveis.

O Beato João Paulo II que viveu e conheceu bem de perto as pavorosas atrocidades e o monstruoso terror quer do nazismo quer do comunismo não hesitou, ao escrever a Encíclica Evangelium vitae, em ensinar com toda a firmeza: “De entre todos os crimes que o homem pode realizar contra a vida, o aborto provocado apresenta características que o tornam particularmente perverso e abominável.” (O Evangelho da Vida, nº 58-a).

Nuno Serras Pereira
18. 02. 2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

The Paradise of Sexual Revolution - by Anthony Esolen


The sexual revolution puts forth a vision of paradise in which we rig up some nifty devices to guarantee infertility, consider neither holiness nor virtue, and believe in the blessings of no one and nowhere and nothing.

The recent controversy over whether a church, or indeed a single individual, may be compelled to purchase health insurance that provides free coverage for contraception, abortifacient drugs, and sterilization suggests that Americans may yet reconsider the wisdom of what has made the controversy possible in the first place. That is the sexual revolution.

I find it instructive here to glance backward before that revolution, to a poem that celebrates its arrival, and that in fact presents to us several of the crucial elements or motifs of the current controversy: contraception, the Church, a certain vision of freedom, and a supposed maturation beyond the need for the strictures of the past. The poem is “High Windows,” by Philip Larkin. It is, technically and rhetorically, a brilliant work. It is also fundamentally dishonest and self-contradictory, from beginning to end. Here it is in full:

When I see a couple of kids
And guess he’s fucking her and she’s
Taking pills or wearing a diaphragm,
I know this is paradise

Everyone old has dreamed of all their lives—
Bonds and gestures pushed to one side
Like an outdated combine harvester,
And everyone young going down the long slide

To happiness, endlessly. I wonder if
Anyone looked at me, forty years back,
And thought, That’ll be the life;
No God any more, or sweating in the dark

About hell and that, or having to hide
What you think of the priest. He
And his lot will all go down the long slide
Like free bloody birds.
And immediately

Rather than words comes the thought of high windows:
The sun-comprehending glass,
And beyond it, the deep blue air, that shows
Nothing, and is nowhere, and is endless.

Paradise—a perfect garden of delights, with young people rutting and hallooing down the slide to happiness without end. And yet this vision of carefree nature rests upon a strange submission to technology, and a depersonalization of human love.

Consider that opening sentence. The “couple of kids” are evidently not free, no matter what Larkin may say, and no matter the casual obscenity that surprises us out of careful thought. For the girl in question must ingest the artificial estrogen, or must insert a blocking device into her body. Why must she do so? Precisely because neither she nor he intends the natural result of their engaging in a reproductive act. But in what way is this an expression of being free of care? They must take great care beforehand, so that they may pretend that they need not care while engaging in intercourse. They are not ready for a child, but they do what makes for children, and hope that none will come.

Thus they are not naked to one another, as an innocent Adam and Eve in Eden. They disrobe, but they hide. They push to the side all “bonds” and “gestures,” conveniently vague. That is, they refuse to be free with themselves, each one giving wholly to the other. The bond of marriage that sets a couple truly free, that gives a man and a woman the confidence to devote themselves forever to their mutual good and that of their children, is simply dispensed with. It is relegated to irrelevance, like “an outdated combine harvester.” But that analogy, startling and effective though it may be, is downright strange. Larkin uses it to suggest something ungainly and absurd, but his ironical contempt seems to have prevented him from noticing a contradiction. For there is nothing inherently silly about a combine harvester. It is a tool for reaping the goods of the earth. It does its work quite well, and only becomes “outdated” when a new combine harvester is invented that will do that same work better. The work of a harvester depends upon fertility. The work performed by the “bonds and gestures” of marriage is also oriented toward fertility, like the free and glorious fertility of a beautiful garden—a paradise. But in this poem the whole idea of reaping a good harvest is replaced by reliance upon pills and a diaphragm. It is therefore an artificial and sterile paradise, dependent upon tools that bring to pass a willed infertility. What’s the use of a harvester, when there is no life?

But that state of affairs will be “the life,” as Larkin imagines a wishful hedonist saying to himself forty years back. That life is defined largely in negative terms. There will be no God; meaning that there will be no felt presence of God, no pangs of conscience as regards sex, no virtue to aspire to, no duties to fulfill, and no sins to confess and to expiate. One might also add that there will be no sense of holiness; no sacred promise to devote one’s life to one’s spouse; no victory over the importunacy of the flesh; no shielding the sexes from abusing one another. This will be like going “down the long slide.” There will, apparently, be no broken hearts, no one cajoled into saying with the body what is not held in the mind, no children living without a father, no visits to the abortuary, nothing but living “like free bloody birds.”

Which brings us to another contradiction. When we think of birds leaving the earth behind and soaring where they will, we naturally think of freedom. But birds in flight are doing what they do by nature. So too, when mating season comes they join to beget and raise offspring. Even if Larkin meant the word “birds” only as a colloquialism for “lucky stiffs,” or something of the sort, his hidden contempt for nature has gotten the better of him. The couple of kids he sees are not at all free in the sense of being unrestrained (for they must engage in complicated evasions), or in the sense of being generous (for they withhold their fertility from one another). Nor are they at all like the birds. Instead they desire exactly the opposite of what the birds in mating season desire. They do not want chicks. They want nothing.

So we arrive at the end of the poem, when Larkin presents us with the “religious” experience of someone whose pocket of prophylactics protects him from needing the priest. He has removed human love from the chapel of marriage. But now he wishes to place it back in a chapel of his own. He wants to bless it with the clarity and the “sun-comprehending” of “high windows,” like those of a great church. What is here? There are no stories to behold in the windows; they are colorless. There is nothing beyond the windows either, nothing but “the deep blue air,” the endless nowhere of the sky.

We will all enter paradise, then, when we scoff at nature, rig up some nifty devices to guarantee infertility, consider neither holiness nor virtue, and believe in the blessings of no one and nowhere and nothing. To quote Milton’s Belial, that must end us, that must be our cure.

Where is that promised paradise of no one and nowhere and nothing, Mr. Larkin? Visit a prison, and ask the men in the cell blocks to recount their sexual histories, and those of their mothers and fathers. Visit a hospital, and see the faces of women who have determined to violate their inmost natures as the givers of life. Visit a neighborhood—if you can find one; for your paradise has placed transience and infidelity at the heart of the most intimate of human relations. You with your quaint erudite use of obscenity! The streets of your nation and the sullen youth who roam them make you look like a monocled Edwardian with a taste for French novels.

And this is the world we must protect, even at the cost of our Constitution and our civil liberties?

Anthony Esolen is Professor of English at Providence College in Providence, Rhode Island, and the author of Ten Ways to Destroy the Imagination of Your Child and Ironies of Faith. He has translated Tasso’s Gerusalemme liberata and Dante’s The Divine Comedy.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Preti omosessuali. Oggi più di ieri? - di Massimo Introvigne

In La Bussola Quotidiana

Il convegno organizzato dalla Pontificia Università Gregoriana sulla pedofilia ha tra l’altro - con la discrezione che s’imponeva - aperto una finestra su un tema di cui si parla poco spesso, e con reticenza. Se la tragica piaga della pedofilia dev’essere denunciata - alla scuola di Benedetto XVI - con la massima durezza, e senza atteggiamenti impropriamente difensivi - da non confondersi con la giusta reazione a dati errati talora diffusi dai media -, le statistiche fanno pure notare che ben più numerosi dei pedofili sono i sacerdoti che hanno relazioni non con bambini ma con ragazzi che hanno superato la pubertà, nella maggioranza dei casi di sesso maschile. Non si tratta dunque di pedofilia ma di "efebofobia", cioè di omosessualità con una predilezione per i minorenni.

Molti media sono così tornati sulla questione più ampia della diffusione dell’omosessualità nel clero cattolico, compresa quella che si rivolge ai maggiorenni, spesso attaccando il celibato sacerdotale e la Chiesa in genere. Ma è vero che oggi i sacerdoti omosessuali sono più numerosi che in passato? Le percentuali molto alte che si leggono qua e là hanno qualche fondamento? La sociologia ha qualche cosa da dire su questo tema?

Chi va alla ricerca di cifre cita quasi sempre il vecchio volume del 1989 di James G. Wolf Gay Priests (Harper Collins, New York 1989), secondo cui nel 1986 negli Stati Uniti il 48,5% dei sacerdoti e il 55,1% dei seminaristi aveva un orientamento omosessuale. A differenza di altri autori che propongono cifre simili, Wolf è un sociologo con solide credenziali accademiche. Egli tentò per la sua tesi di dottorato all’Università di Chicago, da cui è nato il volume, di costruire un campione casuale nazionale dei sacerdoti americani. La riluttanza dei preti intervistati a rispondere a domande sull’omosessualità lo indusse poi a rivolgersi a cinque sacerdoti, tutti omosessuali, i quali trovarono 101 presbiteri disposti a rispondere a un questionario: un campione, come si vede, troppo piccolo per essere attendibile e per di più auto-selezionato e piuttosto sospetto. È prudente concludere che nessuno studio sociologico risponde veramente alla domanda «quale percentuale dei sacerdoti cattolici è omosessuale?». Le difficoltà di rilevazione sono evidenti, i campioni rischiano di essere poco rappresentativi, e gli studi sulle percentuali di omosessuali nella popolazione in genere sono già di per sé molto controversi.

Il sociologo, con l’ausilio anche di altre scienze come la storia e la psicologia, può tuttavia dire qualcosa su tre questioni diverse, da non confondere tra loro. Le questioni riguardano rispettivamente (a) la presenza di un rischio omosessualità nel clero cattolico almeno dal XVII secolo; (b) la diffusione di questo rischio in forme accresciute ed epidemiche a partire dagli anni 1960; e (c) la spettacolarizzazione mediatica dell’omosessualità di sacerdoti, che risale ad anni più recenti. Si tratta di tre stadi che non si succedono ma si sovrappongono, e che oggi appaiono come contemporaneamente presenti.

Cominciamo dal primo stadio, il rischio. Com’è evidente il comportamento omosessuale, in quanto «disordine oggettivo» (Catechismo della Chiesa Cattolica, 2357), è antico quanto il peccato. «Si manifesta in forme molto varie lungo i secoli e nelle differenti culture. La sua genesi psichica rimane in gran parte inspiegabile» (ibid.). Con l’opera del 1980 «Christianity, Social Tolerance, and Homosexuality» (University of Chicago Press, Chicago 1980), lo storico dell’Università di Yale John Boswell (1947-1994) ha reso popolare un’interpretazione «revisionista» secondo cui una tolleranza dell’omosessualità sia in generale sia tra i sacerdoti cattolici sarebbe esistita nell’Alto Medioevo, e la repressione sistematica del comportamento omosessuale sarebbe iniziata solo nel XII secolo. Nonostante il suo notevole impatto, a distanza di trent’anni l’opera di Boswell non ha resistito alle critiche. Secondo il riassunto del dibattito accademico proposto da un sociologo britannico particolarmente interessato alla questione, e tutt’altro che ostile agli omosessuali, Stephen Hunt, «nonostante un’ermeneutica e un’apologetica sofisticate, e senza tener conto del fatto che i cristiani progressisti in alcuni Paesi beneficiano oggi di leggi che proteggono la loro visione dell’omosessualità, la verità è che non hanno il peso della storia della Chiesa dalla loro parte. La Chiesa primitiva, la Chiesa Cattolica, le Chiese Ortodosse e più tardi le Chiese protestanti hanno sempre condannato le relazioni sessuali tra persone dello stesso sesso».

L’omosessualità come fenomeno organizzato e tollerato fa parte di quei legati del mondo pagano antico che la vittoria del cristianesimo aveva, per così dire, incatenato. Le catene si sciolgono con la crisi della cristianità medioevale e il Rinascimento il quale, rivalutando anche gli aspetti più discussi della cultura classica, riscopre pure le giustificazioni dell’omosessualità. Anche nel clero cattolico, almeno secondo alcuni storici e non senza paralleli nel mondo protestante, si formerebbero, in particolare a Firenze e in ambienti interessati pure alla magia, circoli di sacerdoti omosessuali ignoti ai secoli precedenti.

All’interno del protestantesimo la dura reazione puritana si traduce in una politica repressiva nei confronti non solo dell’omosessualità ma della sessualità in genere. L’atteggiamento nei confronti dei rapporti sessuali e delle donne come occasioni prossime di peccato assume profili di una durezza senza precedenti, che penetrano anche all’interno del mondo cattolico attraverso il rapporto tra puritanesimo e giansenismo, che è storicamente complesso ma tutt’altro che irrilevante. Paradossalmente - ma non troppo - l’atteggiamento che mira a preservare i ministri di culto, i sacerdoti e i seminaristi da ogni contatto non strettamente necessario con le donne e la visione negativa della sessualità hanno come conseguenza la formazione di nuovi circoli di pastori e preti omosessuali, rilevati e denunciati un po’ dovunque, dal New England puritano negli Stati Uniti alla Francia giansenista.

L’eco del rigorismo giansenista - nonostante il successo internazionale della teologia morale di sant’Alfonso Maria de’ Liguori (1696-1787), che riporta il rapporto con la sessualità nell’alveo di un sano equilibrio - continua a farsi sentire nei seminari e tra i sacerdoti per tutto il secolo XIX e fino al XX, insieme con le sue non volute ma da un certo punto di vista fatali conseguenze in ordine al formarsi di subculture omosessuali. Queste subculture non hanno un rapporto necessario con il celibato - tanto che esistono anche tra i pastori protestanti e anglicani sposati - ma derivano da una visione distorta della sessualità, che non è a sua volta "tradizionale" o "medievale", ma è un frutto tipico del mondo moderno.

Veniamo al secondo stadio: l’aggravamento della situazione a partire dagli anni 1960. Sulla situazione pregressa che ho cercato di descrivere, la quale spiega perché subculture omosessuali esistano anche in ambienti sacerdotali non «progressisti» e non partecipi della contestazione teologica postconciliare, fa irruzione la rivoluzione degli anni 1960. Quelli che gli inglesi e gli americani chiamano "the Sixties" (gli anni Sessanta) e gli italiani, concentrandosi sull’anno emblematico, "il Sessantotto" appaiono sempre di più come gli anni di un profondo sconvolgimento dei costumi, con effetti cruciali e duraturi sulla sessualità e sulla religione. C’è stato del resto un Sessantotto nella società e anche un Sessantotto nella Chiesa. Proprio il 1968 è l’anno in cui quella che Benedetto XVI chiama l’«esegesi della discontinuità e della rottura» applicata al Concilio Ecumenico Vaticano II matura in dissenso pubblico contro l’enciclica «Humanae Vitae» di Paolo VI (1897-1978), una contestazione che secondo un pregevole e influente studio del filosofo americano Ralph McInerny (1929-2010) - Vaticano II. Che cosa è andato storto? (trad. it. Fede & Cultura, Verona 2009) - rappresenta un punto di non ritorno nella crisi del principio di autorità nella Chiesa Cattolica.

Sulle origini di questa rivoluzione due tesi si sono contrapposte: quella di Alan Gilbert secondo cui determinante è stato il boom economico, che ha diffuso il consumismo, e quella di Callum Brown secondo cui il fattore decisivo è stata invece l’emancipazione delle donne dopo la diffusione dell’ideologia femminista, del divorzio, della pillola anticoncezionale e dell’aborto legale. In un’opera molto influente sul tema, The Religious Crisis of the 1960s, lo storico sociale britannico Hugh McLeod conclude che un solo fattore non può spiegare una rivoluzione di questa portata. C’entrano il boom economico e il femminismo, ma anche aspetti più strettamente culturali sia all’esterno delle Chiese e comunità cristiane (l’incontro fra psicanalisi e marxismo) sia all’interno (alcune "nuove teologie").

In ogni caso, ci fu negli anni 1960 un’autentica rivoluzione, non meno importante della Riforma protestante o della Rivoluzione francese, che - per riprendere termini della Lettera ai cattolici d’Irlanda, del 19 marzo 2010, del regnante Pontefice - fu «rapidissima» e assestò un colpo durissimo alla «tradizionale adesione del popolo all’insegnamento e ai valori cattolici». Questa rivoluzione contagiò - aggiunge Benedetto XVI - «anche sacerdoti e religiosi», determinò fraintendimenti nell’interpretazione del Concilio, causò «insufficiente formazione, umana, morale e spirituale nei seminari e nei noviziati», con conseguenze morali devastanti - anche, possiamo aggiungere, se non soprattutto, in tema di diffusione, pratica aperta e giustificazione dell’omosessualità.

Un’ampia letteratura psicologica mette in relazione l’omosessualità maschile con problemi irrisolti rispetto alla relazione con il proprio padre. Questa letteratura comprende studi specifici relativi a seminaristi omosessuali. Anche un’altra relazione di paternità dovrebbe però essere studiata: quella con il vescovo, vero padre dei seminaristi e dei sacerdoti, la cui autorità è messa in discussione ed entra in crisi con la rivoluzione degli anni 1960.

In questo secondo stadio della crisi le subculture omosessuali, che come si è visto già esistevano da secoli, acquistano dimensioni maggiori - in alcuni Paesi e ambienti, davvero epidemiche - e soprattutto trovano apologie e giustificazioni nell’ambito di una contestazione globale sia del principio di autorità e del Magistero nella Chiesa sia della morale tradizionale. Quelle che sono nuove nel secondo stadio non sono le subculture omosessuali ma la loro giustificazione teorica («i gruppi di gay cristiani cominciano ad apparire e a comportarsi come lobby negli anni 1970», scrive Hunt), che però è a sua volta un moltiplicatore di queste subculture.

Se per molti anni il marxismo - che ispira alcune forme di "teologia della liberazione" - costituisce il punto di riferimento del dissenso cattolico, la crisi del marxismo spinge semmai alla trasformazione delle prime teologie della liberazione in una teologia omosessuale militante o "queer theology" dove i rapporti di genere sostituiscono i rapporti di classe e gli omosessuali rimpiazzano il proletariato come gruppo che, liberandosi, dovrebbe liberare la società e la Chiesa nel loro insieme. «La queer theology - scrive ancora Hunt - è da molti punti di vista una branca della teologia della liberazione: condivide in gran parte la stessa metodologia e considera la teologia uno strumento per affrontare l’oppressione che, secondo questi teologi, la società in generale e la Chiesa istituzionale in particolare infliggono al popolo gay».

Infine, il terzo stadio: la mediatizzazione del fenomeno Le subculture di sacerdoti omosessuali esistevano già nel XVIII secolo e avevano già assunto dimensioni preoccupanti, dotandosi pure di giustificazioni dottrinali, negli anni 1970. Ma nel 1975 sarebbe stato impensabile che preti omosessuali fossero filmati con microcamere da giornalisti di un popolare settimanale come Panorama, com’è avvenuto nel 2010, e le loro attività immortalate su video destinati a essere visti da milioni di persone.

Non occorre spendere troppe parole per notare che siamo di fronte qui a un terzo sviluppo, a sua volta nuovo. Partendo dalla crisi purtroppo assolutamente reale dei preti pedofili - ma al tempo stesso distorcendone i numeri attraverso statistiche false e manipolandola nella sua presentazione - una lobby internazionale, che è infastidita dalle posizioni della Chiesa in tema di vita e di famiglia, utilizza - servendosi anche delle possibilità offerte dalle nuove tecnologie - le debolezze di alcuni sacerdoti per gettare un sospetto ingiusto e generalizzato sul celibato, sul sacerdozio, sulla Chiesa e sullo stesso Pontificato Romano, il cui insegnamento si cerca così di squalificare e di neutralizzare.

Questo non significa, naturalmente, che il problema dei sacerdoti "efebofobi" e omosessuali sia una pura invenzione dei media. Esiste, anche se è difficile da quantificare ed è spesso quantificato in modo esagerato e infondato. Come affrontarlo? Come la sociologia non dispone di dati precisi, così neppure può avere la presunzione d’indicare rimedi miracolosi. Il modello a tre stadi che ho proposto potrebbe però forse permettere d’indicare alcune piste per una politica di contrasto.

Con riferimento al primo stadio, gli squilibri che si sono introdotti nell’accostamento alla sessualità anche nella formazione del clero e dei religiosi e nei seminari derivano almeno dal giansenismo, e hanno avvelenato per secoli il pozzo cui si dovrebbe attingere l’acqua viva di una formazione equilibrata. Rimontare rispetto a questa situazione è certamente un’opera lunga e faticosa, che però può ora giovarsi di un Magistero recente particolarmente ampio, convincente ed esaustivo, che va dalla lunga serie di catechesi del mercoledì del beato Giovanni Paolo II (1920-2005) – senza dimenticare le opere dedicate al tema da Karol Wojtyla prima dell’elezione al soglio di Pietro, tra cui «Amore e responsabilità» (1960) - fino agli spunti dell’enciclica di Benedetto XVI Deus caritas est (2005). Questo straordinario Magistero rimane ancora troppo poco conosciuto. Si può dire che contenga gran parte delle risposte alla crisi attuale. Benedetto XVI ha raccomandato di farlo studiare sistematicamente anche nei noviziati e nei seminari, senza temere che l’analisi dell’amore tra gli sposi turbi i candidati agli ordini sacri, che nella società contemporanea sono comunque aggrediti da ogni parte - si pensi ai danni inflitti anche ai sacerdoti e ai seminaristi dalla pornografia via Internet - da tante voci distorte in tema di sessualità.

Il secondo stadio pone delicati problemi relativi a come stroncare le subculture omosessuali che, nonostante le chiarissime indicazioni del Magistero, non sono scomparse nel clero e nei seminari. Il problema si pone sia a livello teorico sia pratico. Dal punto di vista della dottrina, il lavoro di decostruzione della teologia della liberazione d’impronta marxista avviato con l’istruzione della Congregazione per la dottrina della fede Libertatis nuntius del 1984 ha dato frutti decisivi e copiosi. Ricordando il venticinquesimo anniversario di questo documento Benedetto XVI ha affermato in un discorso del 5 dicembre 2009, a proposito di quella teologia della liberazione, che «le sue conseguenze più o meno visibili fatte di ribellione, divisione, dissenso, offesa, anarchia si fanno sentire ancora oggi creando […] grande sofferenza». Fra le conseguenze tarde della teologia della liberazione c’è anche la "queer theology", la teologia omosessuale militante, che si avrebbe certo interesse a criticare, insieme a ogni giustificazione dei comportamenti omosessuali, nelle sue premesse antropologiche e nelle sue conseguenze sociali, con un’opera di chiarificazione dottrinale negativa parallela a quella positiva di diffusione del Magistero del beato Giovanni Paolo II e Benedetto XVI in tema di amore e sessualità.

Mentre forze potenti cercano di convincerci del contrario, sembra più che mai utile ribadire e spiegare che «"gli atti di omosessualità sono intrinsecamente disordinati". Sono contrari alla legge naturale. Precludono all'atto sessuale il dono della vita. Non sono il frutto di una vera complementarità affettiva e sessuale. In nessun caso possono essere approvati», come insegna al n. 2357 il Catechismo della Chiesa Cattolica, la cui diffusione e studio rimangono fondamentali, secondo il richiamo che il Papa ha messo al centro dell’Anno della Fede che si apre nel 2012.

Sul piano pratico, per quanto riguarda i seminari, la Chiesa si è già espressa con grande chiarezza nell’Istruzione della Congregazione per l'Educazione Cattolica circa i criteri di discernimento vocazionale riguardo alle persone con tendenze omosessuali in vista della loro ammissione al Seminario e agli Ordini sacri, del 4 novembre 2005, integrata con gli Orientamenti per l’utilizzo delle competenze psicologiche nell’ammissione e nella formazione dei candidati al sacerdozio, del 29 giugno 2008. Ci si può chiedere però se l’indicazione ribadita nel documento del 2008 secondo cui nel caso di «identità sessuale incerta [o] tendenze omosessuali fortemente radicate» «il cammino formativo dovrà essere interrotto» sia sempre e ovunque rigorosamente rispettata. Di fronte allo scandalo che taluni comportamenti danno al popolo cattolico oltre all’intervento preventivo non sembra che si possa prescindere da un momento repressivo, per quanto sofferto e doloroso. Potranno essere necessari – insieme alla puntuale riaffermazione della paternità e dell’autorità del vescovo - interventi drastici nei confronti d’interi seminari, noviziati o case religiose. Le subculture devianti tendono infatti a espandersi come metastasi se non sono fermate per tempo.

Infine, per quanto riguarda il terzo stadio, a proposito di un altro tema Benedetto XVI nella Lettera ai Vescovi della Chiesa Cattolica riguardo alla remissione della scomunica dei 4 vescovi consacrati dall’arcivescovo Lefebvre, del 10 marzo 2009, ha rilevato che «seguire con attenzione le notizie raggiungibili mediante l’internet avrebbe dato la possibilità di venir tempestivamente a conoscenza del problema. Ne traggo la lezione che in futuro nella Santa Sede dovremo prestar più attenzione a quella fonte di notizie». L’uso dei blog, di Facebook, di Twitter e delle versioni dei giornali diffuse tramite iPad ha un ruolo cruciale nella creazione di scandali relativi a veri o presunti episodi di omosessualità del clero, e nel dare voce alle lobby cattolico-progressiste di attivisti omosessuali. Anche sulla Rete il Magistero richiama da anni i cattolici a maggiori sforzi per una comunicazione ponderata e meditata, che tenga conto dell’apporto di competenze diverse e anche della presenza di «figli delle tenebre» - come li chiama il Vangelo - sempre più scaltri e agguerriti. È quanto cerca modestamente di fare La Bussola Quotidiana.

Neppure tuttavia sarà obbligatorio inseguire a tutti i costi le nuove tecnologie con una sorta di determinismo tecnologico, o porre la propria speranza soltanto in un giornalismo più avveduto. Oggi come ieri e come sempre, la Chiesa confida anzitutto in promesse che non sono semplicemente umane, e sa che la fiducia in Dio, la preghiera e il ricorso alla materna intercessione della Vergine Maria, Madre della Chiesa, garantiscono soccorsi e rimedi che nessuna strategia umana potrebbe offrire.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

The Libertine Police State - by George Weigel

In National Review Online

Shortly after Prep-Comm III, the Third Preparatory Commission meeting in anticipation of the 1994 Cairo World Conference on Population and Development, one of those “Senior Vatican Officials” who like to remain nameless told me an enlightening story.

For his sins, the SVO had been condemned to attend Prep-Comm III and try to prevent it from calling for a universal human right to abortion on demand, which would then be formally declared at the impending Cairo conference.

His tale of what unfolded during his week of Purgatory remains quite relevant, despite its age. In fact, one moment from Prep-Comm III sheds important light on recent events, including the Susan G. Komen/Planned Parenthood wars and the Obama administration’s determination to compel employers to provide contraceptives, abortifacients, and sterilization “services” those employers find morally abhorrent.

Like other U.N. circuses, the diplomatic circus of Prep-Comm III, held in New York, was accompanied by a parallel circus of international non-governmental organizations; and to that sideshow activists from around the globe flocked in their thousands, united in their commitment to lifestyle libertinism. The formal diplomatic proceedings in Prep-Comm III were harsh enough, with the Vatican coming under verbal assault from U.N. bureaucrats and European politicians for its principled opposition to “reproductive rights” that included abortion on demand. (The ineffable Gro Harlem Brundtland, then prime minister of Norway, dismissed the Holy See as “a small state with no natural inhabitants.” And that was on the mild side of the assault.) But it was in the INGO meeting that things really got down and dirty — and clarifying. There, as the Senior Vatican Official told the story, a somewhat scruffy Dutch activist got up and announced to all and sundry, “Let’s stop fooling around here. What we’re talking about is our right to f*** whoever we want, however we want, whenever we want.”

The Dutchman’s formulation may have lacked elegance, but it certainly didn’t lack precision. For that was precisely what was at issue 18 years ago, and it is precisely what is at issue today: Will the sexual revolution, which reduced sex to a recreational activity of no moral consequence, be protected, advanced, and indeed mandated by the coercive powers of the modern state?

There is irony in the fire here, of course. What began as a movement to liberate sexuality from the constraints of moral reason, custom, and law has become a movement determined to use the instruments of law to impose its deconstruction of human sexuality and its moral relativism on all of society. That is what drives those who urged the Obama administration to issue its “contraceptive” mandate, which is of course an abortifacient and sterilization mandate. That is what drives those who loosed the furies (including such viragos as Senator Barbara Boxer) on the Susan G. Komen for the Cure foundation, which had had the temerity to suggest that Planned Parenthood actually provide the mammograms Komen’s grants were paying for. It’s all about Leviathan as enforcer of the sexual revolution.

Anyone who doesn’t understand that — from Catholic bishops to upper-class foundation executives with previously immaculate reputations — is going to get rolled over by Leviathan. For Leviathan cannot be met at some mythical 50-yard line of “accommodation.” Leviathan can only be beaten.

This fierce determination to use Leviathan to make sure that that Dutch INGO delegate’s libidinous desires are requited might be tolerable if its effects were confined to those who want to, well, you know: whoever, whenever, however. But they are not. The sexual revolution distorts everything that gets in its way; and in due course, it will persecute anything that gets in its way.

To take one current example: The threat to religious freedom posed by the administration’s “contraceptive” mandate is not the kind of inadvertent political faux pas that Joe Biden and Bill Daley would have us believe it was. Rather, the order to religious institutions and employers to re-arrange their convictions to suit Leviathan’s pleasure is of a piece with the administration’s dumbing-down of religious freedom in its international human-rights policy. On numerous occasions, the secretary of state has declined to speak of “religious freedom,” but has referred to “freedom of worship.” Thus religious freedom is rendered a kind of privacy right that can be upheld so long as what happens religiously takes place out of the public square. This is manifestly absurd on its face: For if religious freedom is simply freedom of worship, then there is religious freedom in Saudi Arabia, so long as Christian or Jewish prayer takes place behind closed doors (and no one snitches to the Islamist purity police).

But to make matters worse, Secretary Clinton and the administration have linked this dumbing-down of religious freedom to their ramping-up of what they frankly call the “LGBT agenda” as a priority concern of U.S. international human-rights policy. On the one hand, religious freedom is hollowed out, abroad and at home. On the other hand, the LGBT agenda — the logical endgame of the sexual revolution’s gnosticism and antinomianism — is given priority in the human-rights agenda of the U.S. government around the world, while other planks in the libertine platform are imposed by coercive state power at home. Leviathan is nothing if not consistent.

Then there are the sexual revolution’s cultural impacts. At the risk of salaciousness, go back to that scruffy Dutchman’s claim in 1994, ponder it a moment — and then see if it doesn’t become piercingly obvious that there is a direct line of connection between that vulgarity and the implicit claim in much of the Komen/Planned Parenthood and HHS-mandate brawls: namely, that the transmission of human life is a disease to be “prevented.” Which, of course, means that children are not the fruit of love and a precious gift to be received with gratitude, but another lifestyle choice to be indulged at the whim of the imperial autonomous Self.

Where this is all leading is not pleasant to contemplate. But if Leviathan is to be confronted, and defeated, in his attempt to impose the sexual revolution by brute state power, a critical mass of morally serious minds have got to get clear on one crucial point: The invention of the oral contraceptive was, with the splitting of the atom and the unraveling of the DNA double helix, one of the three world-historical scientific developments of the last century — scientific accomplishments that have within themselves the capacity to change culture and history in fundamental ways. By effectively sundering sexual expression from procreation, modern contraceptives have done something their less-effective predecessors were unable to do for millennia: They have created a contraceptive culture that identifies fertility with disease and willful infertility with “health.” Those who celebrate that culture are not interested in compromise: They are interested in having everyone pay for what they want, and in levying serious penalties on those who won’t truckle to their will.

The issue, it might be added, is not family planning. The Catholic Church, for example, teaches that all couples have a moral responsibility to plan their families. The question at issue is one of means: What methods of regulating fertility are congruent with the dignity of human beings and especially the dignity of women? That, in fact, is the question that ought to have been posed to that vulgar Dutch activist 18 years ago. It remains to be pressed home today.

One final point. At the beginning, the 2012 election was about jobs, jobs, and jobs. The culture wars have now reshaped the race, and the stakes, as Iran may eventually do in another sphere of policy. But what the Komen/Planned Parenthood and HHS-mandate battles ought to have made clear is that 2012 is, domestically, an election about the survival of civil society. Will Leviathan continue to trample the institutions of civil society at the behest of the champions of lifestyle libertinism? Will such institutions as marriage, the family, and the Church be permitted to exist only insofar as they become wards of the state, or simulacra of the state?

That, and nothing less than that, is the question the past several weeks have put before the American people.

— George Weigel is distinguished senior fellow at Washingtons Ethics and Public Policy Center, where he holds the William E. Simon Chair in Catholic Studies.


No es igual. Informe sobre el desarrollo infantil en parejas del mismo sexo

Este informe demuestra cómo, desde el punto de vista metodológico, muchos de los estudios que se citan para apoyar la adopción por uniones homosexuales carecen del mínimo rigor exigible para ser calificados de científicos.

Al mismo tiempo, aporta información y documentación muy relevante sobre los riesgos para los niños que plantea la adopción por uniones de homosexuales, identificados en numerosos estudios y artículos científicos a los que se hace referencia. Informe realizado por el Equipo de Análisis y Documentación de HazteOir.org, en colaboración con el Instituto de Política Familiar y el Foro Español de la Familia.

Informe

Time To Admit It: The Church Has Always Been Right On Birth Control Read - by Michael Brendan Dougherty and Pascal-Emmanuel Gobry

In Business Insider

Painting the Catholic Church as "out of touch" is like shooting fish in a barrel, what with the funny hats and gilded churches. And nothing makes it easier than the Church's stance against contraception.

Many people, (including our editor) are wondering why the Catholic Church doesn't just ditch this requirement. They note that most Catholics ignore it, and that most everyone else finds it divisive, or "out-dated." C'mon! It's the 21st century, they say! Don't they SEE that it's STUPID, they scream.

Here's the thing, though: the Catholic Church is the world's biggest and oldest organization. It has buried all of the greatest empires known to man, from the Romans to the Soviets. It has establishments literally all over the world, touching every area of human endeavor. It's given us some of the world's greatest thinkers, from Saint Augustine on down to René Girard. When it does things, it usually has a good reason. Everyone has a right to disagree, but it's not that they're a bunch of crazy old white dudes who are stuck in the Middle Ages.

So, what's going on?

The Church teaches that love, marriage, sex, and procreation are all things that belong together. That's it. But it's pretty important. And though the Church has been teaching this for 2,000 years, it's probably never been as salient as today.

Today's injunctions against birth control were re-affirmed in a 1968 document by Pope Paul VI called Humanae Vitae. He warned of four results if the widespread use of contraceptives was accepted:

  1. General lowering of moral standards
  2. A rise in infidelity, and illegitimacy
  3. The reduction of women to objects used to satisfy men.
  4. Government coercion in reproductive matters.

Does that sound familiar?

Because it sure sounds like what's been happening for the past 40 years.

As George Akerloff wrote in Slate over a decade ago,

By making the birth of the child the physical choice of the mother, the sexual revolution has made marriage and child support a social choice of the father.

Instead of two parents being responsible for the children they conceive, an expectation that was held up by social norms and by the law, we now take it for granted that neither parent is necessarily responsible for their children. Men are now considered to be fulfilling their duties merely by paying court-ordered child-support. That's a pretty dramatic lowering of standards for "fatherhood."

How else are we doing since this great sexual revolution? Kim Kardashian's marriage lasted 72 days. Illegitimacy: way up. In 1960, 5.3% of all births in America were to unmarried women. By 2010, it was 40.8% [PDF]. In 1960 married families made up almost three-quarters of all households; but by the census of 2010 they accounted for just 48 percent of them. Cohabitation has increased tenfold since 1960.

And if you don't think women are being reduced to objects to satisfy men, welcome to the internet, how long have you been here? Government coercion: just look to China (or America, where a government rule on contraception coverage is the reason why we're talking about this right now).

Is this all due to the Pill? Of course not. But the idea that widely-available contraception hasn't led to dramatic societal change, or that this change has been exclusively to the good, is a much sillier notion than anything the Catholic Church teaches.

So is the notion that it's just OBVIOUSLY SILLY to get your moral cues from a venerable faith (as opposed to what? Britney Spears?).

But let's turn to another aspect of this. The reason our editor thinks Catholics shouldn't be fruitful and multiply doesn't hold up, either. The world's population, he writes, is on an "unsustainable" growth path.

The Population Bureau of the Department of Economic and Social Affairs of the United Nations sees (PDF, h/t Pax Dickinson) the rate of population growth slowing over the next decades and stabilizing around 9 billion in 2050…and holding there until 2300. (And note that the UN, which promotes birth control and abortions around the world, isn't exactly in the be-fruitful-and-multiply camp.)

More broadly, the Malthusian view of population growth has been resilient despite having been proven wrong time and time again and causing lots of unnecessary human suffering. For example, China is headed for a demographic crunch and social dislocation due to its misguided one-child policy.

Human progress is people. Everything that makes life better, from democracy to the economy to the internet to penicillin was either discovered and built by people. More people means more progress. The inventor of the cure for cancer might be someone's fourth child that they decided not to have.

So, just to sum up:

  • It's a good idea for people to be fruitful and multiply; and
  • Regardless of how you feel about the Church's stance on birth control, it's proven pretty prophetic.