sábado, 11 de setembro de 2010

A história de S. Paio


por
Padre Manoel de Bernardes

In Nova Floresta

Paio, menino português, nascido no território de Coimbra (como querem os nossos autores) e da nobre família dos Cunhas e Sampaios, vivendo, na primeira flor dos seus anos, como outro Tobias, temente a Deus, mereceu ser feito vítima de Cristo. Teve ele excelente criação, em casa do bispo de Tuy, Hermógio, seu tio. Entrou naquele tempo Abderramen, rei de Córdova, III do nome, com um poderoso exército pelas terras dos cristãos, abrasando-as como se fosse um raio. E, não podendo D. Sancho Abarca resistir-lhe, pela desigualdade de forças, chamou em seu socorro a el-rei de Leão D. Ordonho II, contra este comum inimigo. Veio logo em pessoa com grande cópia de soldados, e entre eles dois zelosos bispos para animar os cristãos, Dulcídio, de Salamanca, e Hermógio, de Tuy. Porém, como os sucessos da guerra são vários e dependem do Senhor dos exércitos, declarou-se a vitória por Abderramen, que, usando de todo o gênero de hostilidade com os vencidos, voltou para Córdova rico de despojos e cativos. Um destes foi o bispo Hermógio, que, fechado e maltratado em duríssima masmorra, ofereceu por resgate alguns mouros de seu serviço, que escusava. Aceitou el-rei o partido, e o deu por livre, contanto que deixasse reféns para segurança da dívida. E assim lhe deu a Paio, seu sobrinho, que era a melhor jóia que tinha, menino neste comenos de quase dez anos. O qual se foi logo para o cárcere, não para viver como preso, mas para o santificar, como José em tempo de Faraó, com sua angélica presença. Ali guardava pureza na alma e no corpo, grande honestidade e modéstia, vivendo sempre mui ajustado com a Lei Divina. Fazia calar aos infiéis, se tocavam matérias de religião, e envergonhando-os e confundindo-os com a verdade da católica doutrina. Mas estes, admirados da sua gentileza, julgaram que era alvitre para o seu rei (escravo dos infames vícios da carne) a oferta daquele inocentezinho. Mandou logo levá-lo à sua presença. Para este intento, o vestiram ricamente, ajudando a formosura natural com a artificial, para que deste modo fizesse mais cobiça ao torpe Abderramen. Por estes passos chegou Paio aos da morte, que pudera acreditar mil vidas, quando fossem mais largas e menos ilustre que a sua. Entrou o exemplar da castidade na câmara real; e logo, pelas carícias e promessas do bárbaro, conheceu o depravado de seus intentos, e firmou seu coração com uma determinação imortal de envidar todo o resto da sua vida, a troco de não perder a graça de Deus. Começou o rei com razões a querer persuadir-lhe que deixasse a Lei de Cristo pela sua; mas respondeu a todas mais do que prometia a sua idade, porque nas virtudes, que são a da alma, era já provecto. Chegou-se a ele o bárbaro, e começou a pôr-lhe as mãos pelo rosto, e o quis abraçar e dar-lhe ósculos. Levantou o menino a mão, e deu-lhe uma grande punhada na boca, dizendo: Aparta, perro; aparta teu rosto do meu; cuidas que sou algum dos teus afeminados rapazes, com que te desenfadas? E logo rasgou as vestiduras preciosas, ficando mais desembaraçado para a luta que esperava. Neste tempo estava Abderramen já tão cego e empenhado na afeição lasciva que as afrontas e desprezos de Paio não foram bastantes para mudar de intento. Pelo que mandou a seus criados que com afagos, branduras e promessas procurassem atraí-lo à seita de Mafoma e rendê-lo à sua vontade lasciva. Durou a porfia muito tempo, porém não serviu senão de fortalecer o ânimo do menino, com grande indignação e pena do rei, quando soube da sua constância. Pelo que, trocado o amor falso em ódio verdadeiro, o mandou atenazar vivo,confiado que tão frágil corpozinho não poderia sustentar tão cruéis tormentos, e que, uma vez deixada a Lei de Cristo, logo não faria melindre de conservar a castidade. Executou-se o ímpio mandato, com tanta crueldade que em breve aquela cândida açucena com o nácar de seu sangue ficou encarnada rosa. E, porque o martírio não o faz a pena senão a causa, publicou este em altas vozes: Cristão sou, e servo indigno de Jesus Cristo, cuja Lei confessarei eternamente, sem haver coisa na vida que dela me aparte um instante. Dada conta a el-rei do que passava, mandou-lhe cortar os membros, um por um, para que o tormento fosse mais prolongado. Os algozes arremeteram então àquele cordeirinho como lobos famintos, fazendo nele tal carniçaria que mais pareciam feras do que homens, ou mais demônios que feras. Levantando o menino as mãos para o céu, onde tinha o coração, para oferecer a Deus sacrifício de si mesmo, e impetrar fortaleza para o consumar, lhas derrubaram logo a golpe de alfange. E após isto lhe deceparam os braços e pernas, e ultimamente a cabeça, durando a batalha mais de seis horas, em que sempre invocava a Jesus Cristo, de cujo braço omnipotente lhe veio a invencível fortaleza contra tão atrozes tormentos . Suas preciosas relíquias, lançadas pelos tiranos nas correntes do Guadalquibir, as santificaram, até que a piedade e industria dos fiéis as tirou do profundo, e lhes deu honroso depósito na igreja de S. Ginês; e a cabeça se colocou na cabeça de S. Cipriano, com a solenidade possível. E foi tão célebre o triunfo deste santo menino português que logo a fama estendeu pelo mundo as suas asas, de sorte que o celebrou no coração da Alemanha a laureada poetisa Roswita, freira beneditina de ilustre sangue e engenho; e festejam o dia desta vitória (que foi a 26 de junho) muitas igrejas em Espanha, especialmente as que são consagradas a seu nome em Castela, Galiza e Portugal, onde os naturais tomam o seu nome.

A história de S. Paio

Padre Manoel de Bernardes
Nova Floresta

Indemnização para quem vive por erro


O jornal espanhol El País acaba de publicar (7 de Setembro de 2010) uma notícia na secção «Vida & Artes» que parece ironia macabra:

Indemnização para quem vive por erro
(Una paga para el que vive por error),

a dar conta e a justificar uma sentença do Supremo Tribunal espanhol, pioneira naquele país: por os médicos não terem aconselhado o aborto e se considerar provado que os pais teriam querido abortar o filho caso fossem avisados de que este poderia sofrer um síndrome de Down, a sentença concluiu que os pais ficaram prejudicados. Assim, cada um dos pais vai receber 75.000 euros de indemnização por o filho estar vivo, mais uma pensão vitalícia de 1.500 por mês enquanto a criança não morrer.

O mais curioso, e mais terrível, como notaram vários comentadores (por ex., Benigno Blanco, Presidente do Fórum Espanhol da Família, e Juan B. Martín jornalista do Intereconomia) é que em Espanha nenhuma família com um filho afectado pelo síndrome de Down recebe 1.500 euros mensais para o cuidar (a título de despesas com o logopeda, o colégio especial, o psicólogo...). O Estado não ajuda absolutamente nada!

Mas a decisão do Supremo não altera isso. Não pretende impor à sociedade nenhuma obrigação de ajudar as famílias, apenas decide que os médicos devem matar os deficientes e, caso o controlo de qualidade dos bebés não funcione, precisam de indemnizar os pais, por o filho nascer vivo.

Segundo o tribunal espanhol, a tristeza dos pais vale 150.000 euros. E a perturbação ocasionada por o filho sobreviver é de mais 1.500 euros por cada mês, enquanto a situação se mantiver.

Não haverá qualquer coisa de decadente nesta cultura da morte?

Segundo os tribunais que decidiram estas indemnizações, confirmadas agora em última instância pelo Supremo, a decisão resulta de a lei permitir o aborto. No fundo, se o aborto é um direito é algo próximo de um dever e, nalgumas circunstâncias, será mesmo um dever.

Haverá algo patológico nestes tropeções da lógica?

Também vale a pena comentar que a notícia foi publicada pelo El País na secção «Vida & Artes». A escolha desta secção terá sido uma atitude mórbida e de mau gosto?

Padres acusados de 507 violações


In Correio da Manhã
11. 09. 2010

A Igreja Católica belga divulgou ontem os testemunhos de uma centena de menores vítimas de violações e outros abusos sexuais alegadamente cometidos por padres. No total, há registo de 507 denúncias de abusos por parte de sacerdotes entre os anos 50 e 80. A maior parte dos crimes já prescreveu.


Segundo a comissão que a Igreja encarregou de investigar os abusos, alguns dos quais se prolongaram por mais de uma década, 327 das vítimas são homens. Os violadores são padres.

O relatório, com 200 páginas, contém cartas que descrevem abusos como "sexo anal, oral, vaginal e outras barbaridades", crimes que em grande parte dos casos já prescreveu. A maioria das vítimas conta que começaram a ser molestadas cerca dos 12 anos, mas o relatório refere ainda a violação de um bebé de dois anos, cinco violações de meninos de quatro anos, oito de crianças com cinco anos, sete de rapazes com seis e dez de menores com sete.

Os relatos das vítimas são chocantes. Uma conta como o seu abusador procedia: "Dizia-me: para que sejas purificado tenho de te dar um castigo. Depois levantava-me a roupa, e tocava-me nas pernas até chegar ao meu sexo e estimulava até à ejaculação. Depois, mandava-me rezar o padre nosso". Pelos menos 13 das vítimas suicidaram-se.


Pais proíbem filhos de terem educação sexual


In i
11. 09. 2010

Através de uma carta enviada à direcção das escolas, já há pais a proibir os filhos de assistirem às aulas de educação sexual. No documento fica expresso que não é autorizada "qualquer aula, acção ou aconselhamento relativo a educação sexual", sem o "acordo por escrito, atempadamente solicitado pela escola".

Artur Guimarães, da plataforma Resistência Nacional, que reúne cerca de 800 pais, confirmou a notícia ao Diário de Notícias. "Não sabemos quantos o fizeram. Mas recomendamos aos pais que se envolvam na matéria e, se não concordarem com o que está em causa, se manifestem", disse ainda ao jornal. A Plataforma disponibiliza no site uma carta-modelo.

Quando o conteúdo é dado em aulas concretas como Formação Cívica, basta uma carta para justificar as faltas dos alunos. No entanto, a matéria pode ser dada de modo transversal, em várias disciplinas, dificultando o processo de justificação de faltas. No entanto, o responsável garante que até ao momento ainda não se depararam com problemas relacionados com essa possibilidade.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

La Justicia belga declara ilegal el brutal registro contra el arzobispado de Bruselas


La Cámara de segunda instancia del Tribunal de Apelaciones de Bruselas ha declarado ilegal la investigación basada sobre los materiales secuestrados durante el controvertido registro del arzobispado de la capital, así como de la casa del cardenal Godfried Danneels, arzobispo emérito, el 24 de junio.

Un comunicado de la arquidiócesis de Malinas-Bruselas, explica este jueves que el nuevo arzobispo, monseñor André-Joseph Léonard: "espera que toda la atención pueda finalmente centrarse en las víctimas de abusos sexuales, en el marco de una relación pastoral". Leer más

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A clareza da Verdade


"En distintas ocasiones, he señalado los riesgos asociados al relativismo en el ámbito de los valores, los derechos y los deberes. Si éstos carecieran de un fundamento objetivo racional, común a todos los pueblos, y se basaran exclusivamente en culturas particulares, decisiones legislativas o sentencias judiciales, ¿cómo podrían ofrecer una base sólida y duradera para instituciones supranacionales como el Consejo de Europa, y para vuestra propia tarea en esta prestigiosa institución? ¿Cómo podría llevarse a cabo un diálogo fructífero entre culturas sin valores comunes, derechos y principios estables, universales, entendidos de la misma manera por todos los Estados Miembros del Consejo de Europa? Esos valores, derechos y deberes tienen su origen en la dignidad natural de toda persona, algo accesible al razonamiento humano. La fe cristiana no impide, sino que favorece, esta búsqueda y es una invitación a buscar una base sobrenatural para esa dignidad.

Estoy convencido de que esos principios, mantenidos fielmente, sobre todo cuando se trata de la vida humana, desde la concepción hasta la muerte natural, del matrimonio -basado en la entrega mutua exclusiva e indisoluble entre un hombre y una mujer- y la libertad de religión y educación, son condiciones necesarias si queremos responder adecuadamente a los decisivos y urgentes desafíos que la historia os presenta a cada uno de vosotros."

Bento XVI, Discurso al Bureau de la Asamblea Parlamentaria del Consejo de Europa, 08. 09. 2010


quarta-feira, 8 de setembro de 2010

EN LA REGIÓN ALEMANA DE MÜNSTER Una joven se escapa de una secta satánica y revela lo vivido: sacrificios humanos, prostitución...

Es materia de aburridas películas de Hollywood: sectas donde adoradores de Satanás beben sangre de animales y hacen sacrificios humanos durante ceremonias especiales. Sin embargo, para Laura, que nació en uno de estos mundos en la región de Münster, en Alemania occidental, es algo más real. Ella se las arregló para escapar de la secta, pero fue un proceso largo y doloroso. Leer más

terça-feira, 7 de setembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Falsificação da história - João César das Neves


João César das Neves

IN DN - 06. 09. 2010

A tentativa de cortar as raízes da civilização europeia, que tem ocupado alguma intelectualidade nos últimos 250 anos, é um fenómeno único na história humana. Desde o Iluminismo que uma ingénua arrogância luta, em nome do mundo novo, para substituir as tradições cristã, judaica, muçulmana, celta, germânica, greco-romana por uma ficção pseudo-científica que alimenta o corropio de ideologias. Em resultado, empirismo, utilitarismo, positivismo, marxismo, nazismo, existencialismo, pós-modernismo têm-se sucedido, degradando uma elevação cultural que modelou o mundo.

Peça central desse esforço é uma esmagadora falsificação histórica, indispensável na luta contra a tradição. Filósofos, propagandistas, pseudo-especialistas esforçam-se por manipular a verdade do passado, criando mitos oportunos para as suas doutrinas. Distorções dessas não são sustentáveis e foram há muito denunciadas pela historiografia séria. Mas vivemos a fase paradoxal em que, apesar disso, as tolices persistem nas vulgarizações mediáticas.

Exemplo gritante é o das Cruzadas, de que o grande sociólogo Rodney Stark acaba de publicar uma desmistificação. O caso é candente porque, além de servir há décadas para humilhar a Igreja, a ficção é hoje usada no suposto choque de civilizações entre Islão e Ocidente. O livro God's battalions; the case for the crusades (Harper One, New York, 2009), não traz dados novos. Limita-se a compilar resultados da vasta literatura científica que destroem por completo a visão popular vigente.

Os erros são múltiplos. Os inimigos dos cruzados não eram os muçulmanos, mas os turcos, recém-convertidos ao Islamismo e invasores recentes da Terra Santa. Muitos árabes, oprimidos pelos conquistadores, aplaudiram as expedições ocidentais. Assim as Cruzadas não foram um capricho irracional mas nasceram de "séculos de tentativas sangrentas de colonizar o Ocidente e súbitos novos ataques aos peregrinos cristãos e aos lugares santos" (p. 8).

Também a imagem comum de bárbaros ocidentais atacando os sofisticados e tolerantes muçulmanos é falsa. O preconceito anticristão pós-iluminista exaltou os feitos islâmicos e glorificou Saladino desprezando os soldados europeus. Pelo contrário, havendo atrocidades de parte a parte, regra na época, a superior técnica cruzada permitiu, face a enorme desvantagem numérica, manter um reino e rica cultura "que, pelo menos ao longo da costa, durou quase tanto quanto os EUA são uma nação" (p. 245).

É falso ainda que a motivação fosse o ganho, colonização ou conversão à fé cristã. "As Cruzadas não foram organizadas e dirigidas por filhos excedentários, mas pelas cabeças de grandes famílias que estavam perfeitamente conscientes que os custos de ir em cruzada excederiam largamente os muito modestos benefícios expectáveis: a maior parte partiu com imenso custo pessoal, alguns conscientemente arruinando-se para ir." (p. 8) A finalidade, incompreensível para os materialistas actuais, era espiritual: "Eles sinceramente acreditavam servir nos batalhões de Deus." (p. 248)

As manipulações são muitas mais, servindo os mais variados propósitos. Por exemplo, "as actuais memórias e fúria muçulmanas sobre as Cruzadas são uma criação do século xx." (p. 247)

Este é apenas um tema entre muitos. Apresentando como factos incontroversos os preconceitos mais boçais, historiadores de pacotilha têm-se esforçado por exaltar os seus heróis, denegrindo opositores. Isto leva o público informado a ter do passado uma caricatura grotesca.

Em particular, a Igreja tem sido alvo preferencial da falsificação histórica. Exagerando males, omitindo virtudes, generalizando aberrações, a Igreja é acusada de tudo. Cruzadas, Inquisição, heresias, Papado, Escolástica, mosteiros, relações com a ciência e democracia, como agora a dignidade dos sacerdotes, tudo tem sido infectado por esta magna falsificação. Nem se compreende como entidade tão perversa pôde sobreviver e prosperar. A ponto de muitos cristãos devotos caírem na esparrela, vivendo envergonhados da história da sua fé.


"Pedofobia" social impide protección de niños nacidos y por nacer, denuncia experto


ROMA, 05 Sep. 10 / 09:18 pm (ACI)

El neonatólogo italiano Carlo Bellieni denunció la creciente "pedofobia" (miedo a los
niños) que afecta a las distintas sociedades, como uno de los principales obstáculos para la protección de los menores desde su concepción.

En un artículo publicado por diario L’Osservatore Romano, el especialista recordó el 20mo. aniversario de la convención de la ONU sobre los Derechos del Niño, y abogó por una mayor aceptación social de los niños nacidos y por nacer.

Bellieni es un frecuente colaborador del diario en temas de salud y bioética. En el texto se refirió a un informe publicado en la revista médica británica The Lancet, según el cual los niños siguen siendo "invisibles" para la sociedad a dos décadas de la convención de la ONU sobre protección y cuidado de los niños del mundo.

Según el especialista, esto se debe a la falta de políticas comunes entre las naciones que garanticen la protección de los niños y sobre todo a "que respiramos propaganda anti natal en todas partes y hemos transformado al niño en un ‘derecho’".

Bellieni denunció que hoy el niño sólo tiene derechos si cumple con ciertas normas establecidas, una "premisa terrible para los derechos universales."

La incapacidad de aceptar al niño, dijo el médico, parte del hecho de que los adultos tienen dificultades para reconocer la dependencia humana. Un niño, "nos obliga a reconocer nuestra fragilidad y la dependencia personal - algo que en el fondo nos asusta", indicó.

Tras destacar que la "sociedad asustada y fóbica rechaza al niño", explicó que en esta "sociedad pedofóbica" sólo se permite que un bebé nazca después de aprobar una serie de pruebas, se ve al hijo como un "derecho de los padres" y se permite que los padres "congelen los embriones para (después) sofocarlos con juguetes que cubren su propia incapacidad de estar presentes".

Afirmó que esta "cultura pedofóbica" también llega a las escuelas donde los niños son bombardeados con información como si fueran adultos.

Para Bellieni esta mentalidad de miedo a los niños también responde a los medios de comunicación que promueven la idea de que "empezar una familia está prohibido" y que sólo los niños genética y culturalmente homogéneos son aceptables.

Teniendo en cuenta estas ideas, el médico neonatal italiano dijo que no debería sorprender que los padres sean "incapaces de aceptar" a sus hijos.

Bellieni pidió a los políticos tener cuidado de incorporar tendencias o ideas "pedofóbicas". El niño "tiene plenos derechos humanos y el primer derecho es (que los adultos) sepan escucharlo, y entender sus reales demandas, incluso cuando no pueda hablar", concluyó.