por Padre Manoel de Bernardes
In Nova Floresta
Segundo a comissão que a Igreja encarregou de investigar os abusos, alguns dos quais se prolongaram por mais de uma década, 327 das vítimas são homens. Os violadores são padres.
O relatório, com 200 páginas, contém cartas que descrevem abusos como "sexo anal, oral, vaginal e outras barbaridades", crimes que em grande parte dos casos já prescreveu. A maioria das vítimas conta que começaram a ser molestadas cerca dos 12 anos, mas o relatório refere ainda a violação de um bebé de dois anos, cinco violações de meninos de quatro anos, oito de crianças com cinco anos, sete de rapazes com seis e dez de menores com sete.
Os relatos das vítimas são chocantes. Uma conta como o seu abusador procedia: "Dizia-me: para que sejas purificado tenho de te dar um castigo. Depois levantava-me a roupa, e tocava-me nas pernas até chegar ao meu sexo e estimulava até à ejaculação. Depois, mandava-me rezar o padre nosso". Pelos menos 13 das vítimas suicidaram-se.
"En distintas ocasiones, he señalado los riesgos asociados al relativismo en el ámbito de los valores, los derechos y los deberes. Si éstos carecieran de un fundamento objetivo racional, común a todos los pueblos, y se basaran exclusivamente en culturas particulares, decisiones legislativas o sentencias judiciales, ¿cómo podrían ofrecer una base sólida y duradera para instituciones supranacionales como el Consejo de Europa, y para vuestra propia tarea en esta prestigiosa institución? ¿Cómo podría llevarse a cabo un diálogo fructífero entre culturas sin valores comunes, derechos y principios estables, universales, entendidos de la misma manera por todos los Estados Miembros del Consejo de Europa? Esos valores, derechos y deberes tienen su origen en la dignidad natural de toda persona, algo accesible al razonamiento humano. La fe cristiana no impide, sino que favorece, esta búsqueda y es una invitación a buscar una base sobrenatural para esa dignidad.
Estoy convencido de que esos principios, mantenidos fielmente, sobre todo cuando se trata de la vida humana, desde la concepción hasta la muerte natural, del matrimonio -basado en la entrega mutua exclusiva e indisoluble entre un hombre y una mujer- y la libertad de religión y educación, son condiciones necesarias si queremos responder adecuadamente a los decisivos y urgentes desafíos que la historia os presenta a cada uno de vosotros."
Bento XVI, Discurso al Bureau de la Asamblea Parlamentaria del Consejo de Europa, 08. 09. 2010
IN DN - 06. 09. 2010
A tentativa de cortar as raízes da civilização europeia, que tem ocupado alguma intelectualidade nos últimos 250 anos, é um fenómeno único na história humana. Desde o Iluminismo que uma ingénua arrogância luta, em nome do mundo novo, para substituir as tradições cristã, judaica, muçulmana, celta, germânica, greco-romana por uma ficção pseudo-científica que alimenta o corropio de ideologias. Em resultado, empirismo, utilitarismo, positivismo, marxismo, nazismo, existencialismo, pós-modernismo têm-se sucedido, degradando uma elevação cultural que modelou o mundo.
Peça central desse esforço é uma esmagadora falsificação histórica, indispensável na luta contra a tradição. Filósofos, propagandistas, pseudo-especialistas esforçam-se por manipular a verdade do passado, criando mitos oportunos para as suas doutrinas. Distorções dessas não são sustentáveis e foram há muito denunciadas pela historiografia séria. Mas vivemos a fase paradoxal em que, apesar disso, as tolices persistem nas vulgarizações mediáticas.
Exemplo gritante é o das Cruzadas, de que o grande sociólogo Rodney Stark acaba de publicar uma desmistificação. O caso é candente porque, além de servir há décadas para humilhar a Igreja, a ficção é hoje usada no suposto choque de civilizações entre Islão e Ocidente. O livro God's battalions; the case for the crusades (Harper One, New York, 2009), não traz dados novos. Limita-se a compilar resultados da vasta literatura científica que destroem por completo a visão popular vigente.
Os erros são múltiplos. Os inimigos dos cruzados não eram os muçulmanos, mas os turcos, recém-convertidos ao Islamismo e invasores recentes da Terra Santa. Muitos árabes, oprimidos pelos conquistadores, aplaudiram as expedições ocidentais. Assim as Cruzadas não foram um capricho irracional mas nasceram de "séculos de tentativas sangrentas de colonizar o Ocidente e súbitos novos ataques aos peregrinos cristãos e aos lugares santos" (p. 8).
Também a imagem comum de bárbaros ocidentais atacando os sofisticados e tolerantes muçulmanos é falsa. O preconceito anticristão pós-iluminista exaltou os feitos islâmicos e glorificou Saladino desprezando os soldados europeus. Pelo contrário, havendo atrocidades de parte a parte, regra na época, a superior técnica cruzada permitiu, face a enorme desvantagem numérica, manter um reino e rica cultura "que, pelo menos ao longo da costa, durou quase tanto quanto os EUA são uma nação" (p. 245).
É falso ainda que a motivação fosse o ganho, colonização ou conversão à fé cristã. "As Cruzadas não foram organizadas e dirigidas por filhos excedentários, mas pelas cabeças de grandes famílias que estavam perfeitamente conscientes que os custos de ir em cruzada excederiam largamente os muito modestos benefícios expectáveis: a maior parte partiu com imenso custo pessoal, alguns conscientemente arruinando-se para ir." (p. 8) A finalidade, incompreensível para os materialistas actuais, era espiritual: "Eles sinceramente acreditavam servir nos batalhões de Deus." (p. 248)
As manipulações são muitas mais, servindo os mais variados propósitos. Por exemplo, "as actuais memórias e fúria muçulmanas sobre as Cruzadas são uma criação do século xx." (p. 247)
Este é apenas um tema entre muitos. Apresentando como factos incontroversos os preconceitos mais boçais, historiadores de pacotilha têm-se esforçado por exaltar os seus heróis, denegrindo opositores. Isto leva o público informado a ter do passado uma caricatura grotesca.
Em particular, a Igreja tem sido alvo preferencial da falsificação histórica. Exagerando males, omitindo virtudes, generalizando aberrações, a Igreja é acusada de tudo. Cruzadas, Inquisição, heresias, Papado, Escolástica, mosteiros, relações com a ciência e democracia, como agora a dignidade dos sacerdotes, tudo tem sido infectado por esta magna falsificação. Nem se compreende como entidade tão perversa pôde sobreviver e prosperar. A ponto de muitos cristãos devotos caírem na esparrela, vivendo envergonhados da história da sua fé.
ROMA, 05 Sep. 10 / 09:18 pm (ACI)
El neonatólogo italiano Carlo Bellieni denunció la creciente "pedofobia" (miedo a los niños) que afecta a las distintas sociedades, como uno de los principales obstáculos para la protección de los menores desde su concepción.
En un artículo publicado por diario L’Osservatore Romano, el especialista recordó el 20mo. aniversario de la convención de la ONU sobre los Derechos del Niño, y abogó por una mayor aceptación social de los niños nacidos y por nacer.
Bellieni es un frecuente colaborador del diario en temas de salud y bioética. En el texto se refirió a un informe publicado en la revista médica británica The Lancet, según el cual los niños siguen siendo "invisibles" para la sociedad a dos décadas de la convención de la ONU sobre protección y cuidado de los niños del mundo.
Según el especialista, esto se debe a la falta de políticas comunes entre las naciones que garanticen la protección de los niños y sobre todo a "que respiramos propaganda anti natal en todas partes y hemos transformado al niño en un ‘derecho’".
Bellieni denunció que hoy el niño sólo tiene derechos si cumple con ciertas normas establecidas, una "premisa terrible para los derechos universales."
La incapacidad de aceptar al niño, dijo el médico, parte del hecho de que los adultos tienen dificultades para reconocer la dependencia humana. Un niño, "nos obliga a reconocer nuestra fragilidad y la dependencia personal - algo que en el fondo nos asusta", indicó.
Tras destacar que la "sociedad asustada y fóbica rechaza al niño", explicó que en esta "sociedad pedofóbica" sólo se permite que un bebé nazca después de aprobar una serie de pruebas, se ve al hijo como un "derecho de los padres" y se permite que los padres "congelen los embriones para (después) sofocarlos con juguetes que cubren su propia incapacidad de estar presentes".
Afirmó que esta "cultura pedofóbica" también llega a las escuelas donde los niños son bombardeados con información como si fueran adultos.
Para Bellieni esta mentalidad de miedo a los niños también responde a los medios de comunicación que promueven la idea de que "empezar una familia está prohibido" y que sólo los niños genética y culturalmente homogéneos son aceptables.
Teniendo en cuenta estas ideas, el médico neonatal italiano dijo que no debería sorprender que los padres sean "incapaces de aceptar" a sus hijos.
Bellieni pidió a los políticos tener cuidado de incorporar tendencias o ideas "pedofóbicas". El niño "tiene plenos derechos humanos y el primer derecho es (que los adultos) sepan escucharlo, y entender sus reales demandas, incluso cuando no pueda hablar", concluyó.