Mostrar mensagens com a etiqueta Espírito Santo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Espírito Santo. Mostrar todas as mensagens
quinta-feira, 16 de maio de 2013
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Uma vez isto, para sempre isso? - por Nuno Serras Pereira
O P. António Vieira em um dos
seus Sermões, a propósito de uma refeição de Jesus em casa de Simão, o leproso,
nota, com grande perspicácia, que Simão é assim conhecido não por padecer de
lepra, mas sim por a ter sofrido no passado, daí concluindo da obtusidade malvada
e obstinada dos homens - que contrariamente a Deus, o qual perdoa, transfigura
e, por isso, não lembra mais -, se engancham ao que foi, marcando perpetuamente
os outros com os males que sofrem ou que fizeram. Recorde-se que a lepra para a
mentalidade bíblica não é só uma doença, como um símbolo privilegiado do pecado.
Assim como aquela corrompe e desfigura o corpo, de modo semelhante, este
derranca e deforma a alma. Foste uma vez leproso ou pecador, pois para sempre o
serás! Foste uma vez isto, então isso ficarás permanentemente, senão mesmo
eternamente!
Nós, como ensinava S. Gregório,
somos filhos dos nossos actos, das nossas acções. Estas não são unicamente
transitivas mas também intransitivas, por outras palavras, elas não exercem
somente uma modificação exterior, no mundo, mas repercutem no interior,
configurando-o, formatando-o, para usar um vocábulo muito em voga. Se roubo,
torno-me ladrão. Se mato, directa e deliberadamente um inocente, faço-me
assassino. Se minto, sou mentiroso. Se compartilho os meus bens e o meu tempo,
sou generoso. Se me abstenho de consentir em pensamentos, palavras e actos
impuros, sou casto, etc., etc. É, por isso, que uma pessoa é aquilo que
consente e não aquilo que sente. Seria absurdo acoimar de incendiário qualquer
sujeito que sentindo embora sôfregas ganas de lançar fogo a pinhais e depósitos
de explosivos nunca o tivesse feito; ou considerar bêbado, um outro que tendo
desejos importunos, embora insistentes, de ingerir álcool em demasia nunca neles
consinta nem lhes dê cumprimento; ou condenar como adúltero um homem casado,
que sentindo-se atraído por outras mulheres que não a sua esposa não lhe seja
infiel. Pois, tudo isto, que naturalmente é óbvio e a tudo se aplica, se desarma
e rende perante aquela “coisa” que hoje se denomina, com uma expressão absurda
e abstrusa, homossexualidade. Tiveste
actos sexuais com alguém do mesmo sexo, ou mesmo simplesmente padeceste ou
ainda sofres de atracção desordenada por pessoas do mesmo sexo, embora não a
consintas? Pois, tens então uma orientação
homossexual; és irremediavelmente e para sempre um homossexual! E o não
reconhecimento disso constitui uma violenta agressão, uma fobia demente, uma
discriminação persecutória!
O monumental dislate advogado
totalitariamente pelos “homonazis” não tem, como é evidente, nenhum fundamento na
realidade. Não só pelo que já dissemos anteriormente mas também porque existe inatamente,
inscrita no próprio ser da pessoa humana, uma única orientação sexual, a recíproca
entre varão e varoa, entre macho e fêmea, entre homem e mulher (felizmente,
isto que para mim é evidente há muitos anos, é nos dias de hoje reconhecido por
distintos psicólogos e psiquiatras, por exemplo, Joseph Nicolosi). Que ela
depois possa ser distorcida, como uma das muitas consequências do pecado
original, que se traduz numa alienação e rejeição da própria identidade corpóreo
espiritual, a mais das vezes inconsciente, sem acto de culpa própria portanto, é
indubitável. A verdade, porém, é que a resolução dos problemas que subjazem a
esses desejos desordenados faz com que eles desapareçam. A psicoterapia actual
ainda não consegue restaurar em todos os que a ela recorrem a sua condição
natural e inata (aquilo que hoje se diz heterossexualidade; estes termos são
absurdos porque a palavra sexo ou sexualidade já diz a diferença), mas o facto
indesmentível, apesar da propaganda contrária, de o alcançar em percentagens muito
significativas (do ponto de vista médico) é altamente encorajador, pelo que faz
todo o sentido, continuar a intensificar e aprofundar essas terapias, que os “homonazis”
querem proibir.
A quantidade ingente (em termos
percentuais) de ex-homossexuais, para usar a terminologia corrente, que reencontraram
a sua natural sexualidade e que hoje vivem casamentos fecundos e felizes aí está
como um testemunho irrefutável desmentindo a ideologia “homototalitária”. Uma
quantidade enorme destas curas foi alcançada simplesmente por uma vivência séria
do Cristianismo, ou por uma aliança deste com a psicoterapia. Pelo que é inegável
a existência de um profundo problema religioso subjacente a esta patologia ou
enfermidade espiritual. Acresce que uma soma igualmente significativa de
pessoas que tinha actos sexuais com outras do mesmo sexo, deixou essa vida
promiscua e doentia, não obstante a permanência de desejos desordenados não
consentidos, e vive agora uma vida continente e casta.
Graças a Deus que pessoas
altamente qualificadas que se têm dedicado a estes nossos irmãos forjaram uma
terminologia adequada, que não veicula a ideologia “homonazi” como a que está
em voga nos dias de hoje. Assim, os termos homossexualidade, ou “gay”, ou
lesbianismo, ou “orientação sexual” que transmitem uma falsa ideia de uma identidade
distinta das outras pessoas, devem ser abandonados e substituídos pelos
seguintes: homens que fazem sexo com outros homens (hsh), mulheres que fazem
sexo com outras mulheres (msm), pessoas que têm uma atracção desordenada por outras
do mesmo sexo (adms ou ams).
Parece-me de todo desejável que
os textos do Magistério da Igreja abandonem o termo homossexualidade e adoptem
estes ou outros semelhantes que são, enquanto a mim, precisos e verdadeiros. De
facto o vocábulo homossexual, de recente uso, não tem nenhum de per si nenhum
conteúdo doutrinal, nem é essencial a qualquer ponto da Doutrina, pelo contrário
é meramente acidental e substituível pelo termo tradicional ou por estes que
indiquei. Acresce que, na minha opinião, é estrambólico que no Catecismo da
Igreja Católica, se fale de “pessoas homossexuais” sem estender esse tipo de
terminologia no mesmo campo da sexualidade dizendo, por exemplo, “pessoas
prostitutas”, “pessoas masturbadoras”, “pessoas fornicadoras”, “pessoas pedófilas”;
ou, fora desse campo, “pessoas cleptomaníacas”, “pessoas piromaníacas”, etc.,
etc.
Uma interrogação que surge em
muitas mentes será a de se uma pessoa com atracções desordenados por outras do
mesmo sexo (adms) poderá ser Santa. A resposta é claramente afirmativa. De
facto, se isso constituiu para ela uma provação, e contra a qual (adms) combateu
incansavelmente toda a sua vida, saindo vencedor, amando a Deus sobretudo e sobre
todos, e ao próximo ordenadamente, com o Amor que lhe veio de Jesus Cristo,
claro que está na Glória de Deus, e poderá ser canonizado pela Igreja, se é que
já o não foi. Isto não significa que um “homossexual” possa ser Santo, mas
exactamente o contrário. O mesmo se diga de toda e qualquer outra tendência
predominante ou exclusiva objectivamente desordenada.
Isto, porém, não significa que a
propensão desordenada por pessoas do mesmo sexo seja equivalente à natural tendência
da de um homem por uma mulher. Isso seria o que alguns designam por “homoheresia”.
Essa falsa equivalência levou muitos, ainda que não poucos de grande boa-fé, a
concederem que pessoas com adms profundamente
radicada fossem consideradas aptas para receberem as Ordens Sacras, isto é,
para o Sacerdócio ministerial. Não obstante ser válido o Sacramento da Ordem recebido
deve afirmar-se com toda a clareza que não é lícito e que por isso devem dele se
excluir os candidatos que padeçam desse distúrbio - até para seu próprio bem. De
resto, existe uma gama variada de outras circunstâncias ou características que expungem
um número considerável de candidatos, pelo que não se trata de uma discriminação
injusta, mas sim de um discernimento salutar.
Uma vez, porém, que existem Sacerdotes assim, como é do conhecimento público (que, de boa-fé ou dissimuladamente, com a cumplicidade ou por ignorância da parte dos respectivos prelados foram, admitidos ao Sacramento da Ordem), é seu grave dever acolher e cooperar com a Omnipotência da Graça de Deus, vivendo continentes e castos, na inteireza do seu ser, de modo a que abracem, de todo o coração, o Dom, o Espírito Santo, que os faça viver existencialmente a conformação com Jesus Cristo, Esposo da Igreja. Esta Nupcialidade exige o enjeitamento do narcisismo e o acolhimento da alteridade e da reciprocidade assimétrica, na entrega verdadeira e sincera de si mesmo a Deus e aos outros, por Seu amor. Transfigurados, pela configuração com Jesus Cristo, sanados pelo Seu Amor Infinito, poderão também eles vir a ser Santos.
04. 01. 2013
Etiquetas:
adms,
Espírito Santo,
Homossexualidade,
hsh,
Igreja,
jesus cristo,
Moral,
msm,
perdão,
Sacerdócio,
Santidade
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Algumas dicas sobre a Fé - por Nuno Serras Pereira
A Fé que acontece na Igreja e
através da Igreja é sempre um encontro vital entre Jesus Cristo, Deus Filho
feito homem, e cada pessoa concreta. Este dom ou Graça de Deus antecipa-se à
nossa liberdade, suscita-a, acompanha-a, purifica-a e eleva-a tornando-a capaz
de um assentimento e de uma adesão incondicionais e absolutos à Palavra de
Deus, o Verbo feito carne, em virtude da Sua autoridade Divina, a qual por sê-La,
não Se pode enganar nem nos pode enganar. Evidentemente que a Fé no Logos, no
Verbo, na Palavra, na Razão eterna, incriada e Criadora, é dirigida somente a
seres que Dela participam – pessoas humanas racionais criadas à Sua imagem e semelhança
que verificam uma compatibilidade entre os dados da razão e a Fé que a vem
purificar, aperfeiçoar e completar.
Viver a Fé será então consentir
que o eu de cada um, por virtude do Espírito Santo, seja enxertado no Eu de
Jesus Cristo entrando em Comunhão, com a Santíssima Trindade e com todos os eus
que o Senhor chamou e acolheu em Si, de tal modo que possamos, com S. Paulo,
dizer “já não sou eu que vivo mas é Cristo que vive em mim”. Este Eu de Jesus
Cristo alargado a todos aqueles que em Si incorporou plenamente chama-se Corpo
Místico de Cristo, isto é a Igreja.
Esta amizade com o único Deus
Pai, Filho e Espírito Santo uma vez que é um dom tem de ser incessantemente
implorada e alimentada. Esta nutrição e trato de amor incremental vêm até nós
através dos Sacramentos - que são acções, por sinais, de Cristo Ressuscitado na
Sua Igreja e através dela que contêm e efectuam aquilo que significam -, em
especial o da penitência (confissão ou reconciliação) e o da Eucaristia; e também
pela oração que sendo um colóquio ou conversa com Deus nos ensina a estar na
Sua presença, a escutá-Lo e a pedir-lhe tudo aquilo que é para nosso bem, em
particular o mesmo Bem que é o próprio Deus, que nos é dado no Espírito Santo. Mendicantes
de Deus suplicamos-Lhe como o pai do Evangelho que queria a cura de seu filho “Senhor,
eu tenho Fé mas aumenta a minha Fé”.
Como nos ensina S. Tiago, em
plena concordância com S. Paulo, a “Fé sem obras é morta”, de facto, como ele
adianta, fé sem obras também os demónios a têm e de nada lhes adianta. Como nós,
embora furiosos, sabem de cor e salteado o Credo. Por isso S. Paulo advertia
que a Fé opera (isto é, obra) pela Caridade, pelo Amor. Daqui que para
fortalecer, solidificar e revigorar a Fé importe muito a dedicação, a entrega
de si mesmo, a doação, daquilo que temos e daquilo que somos, aos outros. Esta
dádiva, cujo nome é amor, deve, nas palavras da Bem-aventurada Teresa de Calcutá,
outorgar-se até doer e assim continuar até deixar de magoar – é no abraço à
Cruz de Cristo, ou se quisermos, a Cristo Crucificado que encontramos nos mais
vulneráveis, pobres e desfavorecidos, que encontramos a Ressurreição. O
voluntariado da Caridade não consiste, no entanto, num mero bem-fazer filantrópico
mas sim num tornar “capilarmente” o próprio Cristo manso e humilde de Coração,
o Coração Sagrado do Amor que Se deixou trespassar pela cruel lançada para
jorrar sobre nós a Sua Misericórdia infinita.
Creio que nos dias de hoje importará
recordar que, não obstante, a enorme importância das obras de misericórdia
corporais há uma justa hierarquia que dá precedência ontológica às Espirituais
(com E maiúsculo), enquanto sobrenaturais, as quais aliás, bem vistas as coisas
são a fonte das primeiras. Não há duvidar que o menor dos dons sobrenaturais
supera imensamente o maior dos dons temporais ou naturais, como lembra S. Tomás.
Embora, como ensina S.
Boaventura, Jesus Cristo seja o Livro pelo qual devemos estudar, no qual tudo se
aprende, pois Ele é a própria Sabedoria, isso não exclui, antes, pede uma boa
formação intelectual ou, se quisermos, catecumenato doutrinal. Não é possível
que uma catequese indicada para crianças ou adolescentes seja suficiente para
dar resposta às questões e interrogações de gente madura, com novas
responsabilidades familiares e profissionais, com formação superior, dotadas de
uma alta cultura. Por isso, é necessário recorrer a bons livros, a retiros, a
sessões de formação, a um experimentado assistente espiritual para que possamos
conhecer “as razões da nossa Esperança”.
Que a Imaculada Virgem Maria Mãe
de Deus feito homem no seu seio, Sede e Mãe da Sabedoria, Ela, a Esposa do Espírito
Santo o qual é a Imaculada Conceição Incriada, que Se quis espelhar na Imaculada
Conceição Criada, feita, por Deus Medianeira de todas as Graças, nos alcance
uma Fé viva e firme, uma Esperança certa, uma Caridade perfeita e a Graça da
perseverança final.
14. 08. 2012
sábado, 9 de junho de 2012
The Truth About God - by James Schall
In HPR
1 Cf. for an earlier comment on this document, James V. Schall, “On Being Faithful to Revelation,” Homiletic and Pastoral Review, CI (March 2002), 22-31. ↩
The
truth about God is not abolished or reduced because it is spoken in
human language; rather, it is unique, full, and complete, because he who
speaks and acts is the Incarnate Son of God. Thus, faith requires us to
profess that the Word made flesh, in his entire mystery, who moves from
incarnation to glorification, is the source, participated but real, as
well as the fulfillment of every salvific revelation of God to humanity,
and that the Holy Spirit, who is Christ’s Spirit, will teach this
“entire truth” to the Apostles and, through them,
to the whole Church —Dominus Jesus (§6)
Dominus Jesus was issued on the Feast of the Transfiguration
in 2000. Cardinal Joseph Ratzinger was then Prefect of the Congregation
for the Doctrine of the Faith. Though not “inspired,” perhaps, in any
technical sense, still the document was “prophetic.” It represents the
teaching of the ordinary Magisterium of the Church. In many ways, it is
one of the most instructive and incisive of all recent papal documents.
As I look back on it now, it was a document meant to recall the
central teaching of what Christianity is about. But even more, perhaps,
it was to inspire Christians with the courage of their mission, which
remains to go forth and teach all nations what Christ has asked and
commanded. 1
It does indicate that we should be prudent, and theologically accurate,
in whatever we do. But it does not say: “Go forth and teach all
nations, except Jews, Protestants, Muslims, Buddhists, Chinese
communists, sincere secularists, or Hindus.” This would, in practice,
only leave a few African pagans who are not yet Muslim or Christian.
The fact is that, even with all the technological means available to
us today, politically and culturally, it is less and less possible to
teach and present Catholicism outside its own confines, and it is often
under attack there. Freedom of religion is today much narrower than at
almost any time in modern history. “Hate language” legislation has
become largely a democratic, totalitarian tool to silence any real
freedom of religion.
The document begins by stating what the Church itself is obliged to
do and teach. It defines positions which deviate from that central
purpose that is put into the world by Christ. It is thus of great
significance to know just who and what Christ was and is—God? a prophet?
a zealous man? a madman? “The Church’s universal mission is born from
the command of Jesus Christ, and is fulfilled in the course of the
centuries in the proclamation of the mystery of God, Father, Son, and
Holy Spirit, and the mystery of the Incarnation of the Son, as saving
event for all humanity” (§1). Obviously, at the end of the second
millennium, “this mission is still far from complete” (§2).
At this point, many begin to wonder: “Why is it not complete?” Surely
two thousand years is enough time to give to a divine project. The
implication is either that it really is not divine, or that the folks in
charge, the pope and the hierarchy, have constantly botched the job,
misunderstanding the mission. Many, therefore, want to find another way
to salvation, one that would utilize other religions and rites.
Christianity is only one among many ways, not the way. Dominus Jesus
reaffirms the centrality of the Church and the place of Christ, true
man and true God. It also relates the truths, found in other religions
and philosophies, to the purposes of revelation.
Citing Paul’s statement in 1 Corinthians 9 about the “necessity” to preach the Gospel, Dominus Jesus
“explains the Magisterium’s particular attention to giving reasons for,
and supporting the evangelizing mission of the Church, above all, in
connection with the religious traditions of the world.” Inter-religious
dialogue does not replace the need to evangelize. There is only one way
of salvation. Inter-religious dialogue is designed that Catholicism be
understood by other faiths, and that the Church itself knows exactly
what other faiths hold. This mutual understanding is not conceived as an
assault on other religions, but as a respectful understanding of how
they think of themselves. Likewise, the Church has been misunderstood
and misrepresented too often over the centuries to look kindly on the
deliberate or inaccurate understanding of what it actually teaches and
practices. It does not hide what it holds and teaches.
Dominus Jesus takes up “what has been taught in previous
Magisterial documents, in order to reiterate certain truths that are
part of the Christian faith” (§3). “The Church’s constant missionary
proclamation is endangered today by relativistic theories which seek to
justify religious pluralism, not only de facto, but also de jure”
(§4). Relativism holds that there is no single religious truth. All
religions have something that is admirable. Therefore, religions should
be joined together in a kind of world parliament of religion, under some
larger cultural or political authority, which would define the limits
of belief and religious practice. The claim to preserve a genuine
revelation, and to make it known, is considered a threat to all
religions. In this theory, Catholicism becomes the real enemy of
religions in the world.
The following basic doctrines of revelation, in this new order view, have now been “superseded”:
The definitive and complete character of the revelation of Jesus Christ,
the nature of Christian faith as compared with that of belief in other
religions, the inspired nature of the books of Scared Scripture, the
personal unity between the Eternal Word and Jesus of Nazareth, the unity
of the economy of the Incarnate Word and the Holy Spirit; the unicity
and salvic universality of the mystery of Jesus Christ, the universal
salvific mediation of the Church, the inseparability—while recognizing
the distinction—of the kingdom of God, the kingdom of Christ, and the
Church, and the subsistence of the one Church of Christ in the Catholic
Church (§4).
These positions are controverted on all sides. The Church has the
duty to remain itself, in all ages, to teach what was handed down to it.
This is the good that Christ was sent into the world to make clear. His
teaching was about the ultimate human purpose, and how it was to be
achieved.
The document immediately states the philosophical and theological
background to the objections against the truth of this revelation. Every
objection to the truth of revelation will have its roots in an
alternate intellectual system. What are these presuppositions?
- The conviction of the elusiveness and inexpressibility of divine truth, even by Christian revelation;
- Relativistic attitudes toward truth itself, according to which, what is true for some, would not be true for others;
- The radical opposition posited between the logical mentality of the West, and the symbolic mentality of the East;
- The subjectivism which, by regarding reason as the only source of knowledge, becomes incapable of raising its “gaze to the heights, not daring to raise to the truth of being;”
- The difficulty in understanding and accepting the presence of definitive and eschatological events in history;
- The metaphysical emptying of the historical incarnation of the Eternal Logos, reduced to a mere appearing of God in history;
- The eclecticism of theologians, who uncritically absorb ideas from a variety of philosophical and theological contexts, without regard for consistency, systematic connection, or compatibility with Christian truth;
- The tendency to read, and to interpret, Sacred Scripture outside the Tradition and Magisterium of the Church (§4).
Needless to say, these statements themselves are a good review of the
theology and philosophy behind the rejection of the specifically
Catholic understanding of revelation. The document locates the
background of arguments that, sooner or later, end up by denying
essential positions of revelation. The courage to protect revelation
includes the courage to state clearly what is revealed, and the reasons
why it is credible.
The Koran, for example, denies both the Trinity and the Incarnation
of the Man God. Indeed, it not only denies them, but forbids their
expression. In the name of ecumenism, we often underestimate the
virulence with which the Cross, and divinity of Christ, are denied in
most segments of Islam. Calling Jesus a “prophet” here—as also occurs in
liberal Christianity—is designed precisely to deny what is being taught
in this document, that Jesus was not just a prophet, but the Son of
God.
In the light of this view that Christ was only a prophet—a view
obviously itself developed centuries after the events of Christ’s
life—it is necessary to affirm that Christ was not a simply a prophet
(as in the Koran), nor was he a revolutionary, nor a nice guy, nor a
deluded madman. The separation of the Jesus of faith and the Jesus of
history, so dear to much modern theology, is, as the document says,
simply untenable on the basis of the text itself. The Christian
dispensation “will never pass away” (§5). The Koran’s version of another
dispensation, replacing the Old and New Testaments, is simply untenable
on its own, and on the grounds of the New Testament.
Nor are all religions, including Christianity, just so many partial
revelations of something which none of them, by themselves, can
completely grasp. There may be, and often is, some truth in most
religions—from any era or in any part of the world. The Church does not
deny this, but rather affirms it. But the only salvific message about
salvation, in its fullness, is given in Christ (§6). Moreover, we should
try to express exactly what it means when we say that “Christ is true
God, and true man.” We often need philosophy—usually Greek philosophy—to
assist us. In using such terms, we do not betray, but fulfill, the
intent of Scripture.
“The truth about God is not abolished or reduced because it is spoken
in human language; rather, it is unique, full, and complete, because he
who speaks and acts is the Incarnate Son of God” (§6). Those religions
and systems that would say that God is so ineffable that he cannot be
spoken of—so that we must lapse into silence concerning God—do not
reckon with the significance of the Incarnation. The fact is that the
Son of Man did use human speech, and used it accurately. This still
grants that there is much more to be said, even when we have spoken
rightly.
Theological faith, our personal adherence to God, and the “beliefs”
of other religions are not equivalent. “The distinction between
theological faith, and belief in the other religions, must be firmly
held” (§7). This position does not say that, therefore, nothing in other
religions is valid, but rather that the central and coherent fullness
of God’s revelation is in Christ, and nowhere else. Non-revealed
religions are still groping for what God is. They belong to the virtue
of pietas: what man naturally owes to God. Christian revelation
in this sense is not a religion. It is initially God seeking man, not
man seeking God, though both have their proper places (§7).
Some writers want to maintain that the books of other religions are
also “inspired.” Often, the reason they want to maintain this view is
because they despair of the Christian mission in the world. If all are
to be saved, they argue, the only way this can happen is if the books
and rites of other faiths are equally salvific with the Christian books.
The Church, however, reserves the term “inspiration” to the Old and New
Testaments alone (§8). It does not deny that good things can be found
in these other books, but not the proper explanation of what God has
revealed. Nor does this mean that all men are not called to the same
end. Citing the famous passage from Gaudium et Spes §22, the
document states that God will “not fail” to make ways known to them. But
the source of these ways is not independent of Christ, and his relation
to the human race. “The sacred books of other religions, which, in
actual fact, direct and nourish the existence of their followers,
receive from the mystery of Christ the elements of goodness and grace
which they contain” (§8).
Other theories want to “elevate” the Holy Spirit to a position
independent of Christ and His Church. The document has no trouble in
admitting that the range of the Spirit, and grace, is outside the
limited boundaries of the visible Church. Jesus is not just another
pious or holy figure, along with others (§9). “These theses (that say he
is) are in profound conflict with the Christian faith. The doctrine of
faith must be firmly believed which proclaims that Jesus of Nazareth,
son of Mary, and he alone, is the son and the Word of the Father” (§10).
Nor is it possible to maintain that the Word of God, the Logos, is one thing, and Jesus, the man, is another. They are one and the same.
There is but one salvific program that is revealed: that is in
Christ, who is true man. He is the sole, universal redeemer. Any theory
of redemption must pass through him (§11). This is why some theories of
the Holy Spirit, providing an alternate way of redemption, are
untenable. The Holy Spirit is the Spirit of God. There is one redemption
effected by the Trinity, for one purpose: that all men might be saved.
“There are also those who propose the hypothesis of an economy of the
Holy Spirit, with a more universal breadth than that of the Incarnate
Word, crucified and risen. This position also is contrary to the
Catholic faith, which, on the contrary, considers the salvific
incarnation of the Word a Trinitarian event” (§12). Even from the
beginning of the world, as well as in areas not yet evangelized, the
presence of the Holy Spirit is always directed to the incarnational
event. The Church has no trouble in admitting that the work of the
Spirit, even now, ranges freely over the earth; but its purpose is the
same redemption in Christ. There is but one “divine economy.”
The salvific mission of Christ is universal, being one within itself.
With rather dry words, the document reads: “The thesis which denies the
unicity and salvific universality of the mystery of Jesus Christ is
also put forward. Such a position has no biblical foundation” (§13). The
constant teaching is that salvation will finally come through the
sacrifice of the Cross. There are not “many” ways to salvation. All
salvation will be through the grace of Christ, through the plan of the
Father in sending him, and his Spirit, into the world.
“Those solutions that propose a salvific action of God, beyond the
unique mediation of Christ, would be contrary to Christian and Catholic
faith” (§14). This reaffirmation is not stated with any arrogance or
defensiveness. It is just a report of what the texts say, and of what
the Church has always taught. It is one thing to say that “I do not
agree with this, or I do not think it applies to me.” What is of concern
here is whether this unconcern is what the Church teaches, on the basis
of its mandate in Scripture and tradition.
Some propose that “theology should avoid the use of terms like
‘unity’, ‘universality’, and ‘absoluteness’, which give the impression
of excessive emphasis on the significance and value of the salvific
event of Jesus Christ in relation to other religions. In reality,
however, such language is simply being faithful to revelation” (§15).
The final two sections of Dominus Jesus have to do with the
Church, and its role in our salvation. The Church was established: she
is an organized society under the successor of Peter and the bishops
(§16). “Therefore, there exists a single Church ofChrist” (§17). The
mission of this Church remains to make known this single revelation to
all men (§18). We may not like this establishment, or think we have a
better plan. Rather, what is at issue here is: “What did Christ do?” The
document states the difference between the Church, and churches and
ecclesiastical bodies (§17). And there is no doubt that all Christians
should worship in one Church.
The document is careful to distinguish between the Church,
theKingdomofGod, and theKingdomofChrist(§18). These are biblical terms,
and technical ones. Christ, as the man-God, is the center. The Church is
not identified with theKingdomofGod, but is not apart from it. It is
within it, as a body set up by Christ, to carry out his mission in this
world. The document notes a modern “kingdom-oriented” thesis that wants
to downplay both Christ and the Church, in order to get everyone into
the Kingdom of God. Again, “these theses are contrary to Catholic faith
because they deny the unicity of the relationship which Christ and the
Church have with the kingdom of God” (§19). In wanting to gather
everyone into the kingdom, they bypass the means and institutions that
Christ set up in the world to accomplish what he offered to mankind.
Finally, the Church is not just one way, among other ways, to
salvation. If there is going to be an eternal destiny for all mankind,
as there is, it cannot avoid a relationship with Christ. Dominus Jesus
states that the Church is necessary for salvation, but this doctrine
should not “be set against the universal salvific will of God” (§20).
The true Church, established by Christ, “subsists in” the Catholic
Church. This does not mean that grace and the Spirit are not operative
beyond the visible Church’s structure, but it does mean that grace and
the Spirit are not setting up some alternative way to salvation that
somehow bypasses what the Church is. “It would be contrary to the faith
to consider the Church as one way of salvation alongside those
constituted by the other religions, seen as complementary to the Church,
or substantially equivalent to her, even if these are said to be
converging with the Church toward the eschatological kingdom of God”
(§21).
How all of this is to be coherently explained is something for theologians to ponder. Dominus Jesus is
concerned with these issues, but within the parameters of what is given
in revelation itself. We may not see how God’s salvific will—that all
be saved—is explained within the context of what Christ said about
baptism, and the Church. But any explanations should begin with these
givens. Otherwise, we have, in effect, some other position that was
established by Christ.
“With the coming of the Savior Jesus Christ, God has willed that the
Church, founded by him, be the instrument for the salvation of all
humanity. This truth of faith does not lessen the sincere respect which
the Church has for the religions of the world, but at the same time, it
rules out, in a radical way, the mentality of indifferentism,
characterized by a religious relativism, which leads to the belief that
‘one religion is as good as another’” (§22). The universal plan of God
for salvation means that the Church must always, even today, be
“missionary” to all peoples in ways that respect the freedom,
intelligence, and customs of others, but which also include the core of
revelation.
Thus, if it is asked about its truth, the Church must speak it. This
truth is what it owes to the people of the world, who look for a
salvation from their sins. The document concludes by citing the Declaration on Religious Liberty
(§1) from Vatican II: “We believe that this one true religion continues
to exist in the Catholic and Apostolic Church, to which the Lord Jesus
entrusted the task of spreading it among all peoples’” (§23).
Looking back over a decade since the publication of Dominus Jesus,
we can note that in the meantime, we witness the rise of a militant
Islam, the increased and aggressive secularism that no longer
“tolerates,” but replaces religion, and the continued decline in births
in formerly Christian areas. We also see the growing doubt, in many
quarters, that the Church is the mediator of salvation. As Benedict
wrote in Spe Salvi, we see a secular eschatology, not the one given through the Lord Jesus, but invented by man himself.
We notice that the alternatives to Christianity are pale imitations
of what men really want, which is eternal life. It is refreshing that
the Church still has the vigor, in her heart and in her head, to
reaffirm that the salvation, offered to mankind through Christ, remains
the only one which answers the longing in men’s restless souls. Surely,
the Church is right to reaffirm what it is to the nations, whether they
listen or not. To repeat: “The truth about God is not abolished or
reduced because it is spoken in human language; rather, it is unique,
full, and complete, because he, who speaks and acts, is the Incarnate
Son of God” (§6).
1 Cf. for an earlier comment on this document, James V. Schall, “On Being Faithful to Revelation,” Homiletic and Pastoral Review, CI (March 2002), 22-31. ↩
Etiquetas:
Deus,
Espírito Santo,
Evangelização,
Igreja,
James Schall,
jesus cristo,
Religiões,
Salvação,
Verdade
domingo, 27 de maio de 2012
«Estamos reviviendo la misma experiencia de Babel» - Homilía de Benedicto XVI en Pentecostés
Queridos hermanos y hermanas:
Estoy feliz por celebrar con ustedes esta Santa Misa, animada hoy, también por el Coro de la Academia de Santa Cecilia y por la Orquesta Juvenil –a la que agradezco-, en la Solemnidad de Pentecostés. Este misterio constituye el bautismo de la Iglesia, es un evento que le ha dado, por así decir, la forma inicial y el impulso para su misión. Y esta «forma» y este «impulso» son siempre válidos, siempre actuales, y se renuevan de modo particular mediante las acciones litúrgicas. Esta mañana quisiera detenerme en un aspecto esencial del misterio de Pentecostés, que en nuestros días conserva toda su importancia.
Pentecostés es la fiesta de la unión, de la comprensión y de la comunión humana. Todos podemos constatar cómo en nuestro mundo, aun si estamos cada vez más cercanos unos de otros con el desarrollo de los medios de comunicación, y las distancias geográficas parecen desaparecer, la comprensión y la comunión entre las personas muchas veces es superficial y difícil.
Permanecen desequilibrios que no rara vez conducen a conflictos; el diálogo entre las generaciones se hace fatigoso y en ocasiones prevalece la contraposición; asistimos a eventos cotidianos en los cuales nos parece que los hombres se están haciendo más agresivos y malhumorados; comprenderse parece demasiado difícil y se prefiere permanecer en el propio yo, en los propios intereses. En esta situación ¿podemos verdaderamente encontrar y vivir aquella unidad de la que tenemos tanta necesidad?
La narración de Pentecostés en los Hechos de los Apóstoles, que hemos escuchado en la primera lectura (cfr At 2,1-11), contiene en fondo uno de los últimos grandes frescos que encontramos al inicio del Antiguo Testamento: la antigua historia de la construcción de la Torre de Babel (cfr Gen 11,1-9). Pero ¿qué cosa es Babel? Es la descripción de un reino en el que los hombres han concentrado tanto poder de llegar a pensar en no tener que hacer más referencia a un Dios lejano y de ser talmente fuertes, de poder construir por sí solos un camino que conduzca al cielo para abrir sus puertas y colocarse en el lugar de Dios.
Pero justo en esta situación se verifica algo extraño y singular. Mientras los hombres estaban trabajando juntos para construir la torre, de repente se dieron cuenta que estaban construyendo el uno contra el otro. Mientras trataban de ser como Dios, corrían el peligro de ya no ser ni siquiera hombres, porque habían perdido un elemento fundamental del ser personas humanas: la capacidad de ponerse de acuerdo, de entenderse y de actuar juntos.
Este pasaje bíblico contiene una perenne verdad; lo podemos ver a lo largo de la historia, pero también en nuestro mundo. Con el progreso de la ciencia y de la técnica hemos alcanzado el poder de dominar las fuerzas de la naturaleza, de manipular los elementos, de fabricar seres vivientes, llegando casi hasta el mismo ser humano. En esta situación, orar a Dios parece algo superado, inútil, porque nosotros mismos podemos construir y realizar todo aquello que queremos.
Pero no nos percatamos de que estamos reviviendo la misma experiencia de Babel. Es verdad, hemos multiplicado las posibilidades de comunicar, de obtener informaciones, de transmitir noticias, pero ¿podemos decir que haya crecido la capacidad de comprendernos, o tal vez, paradójicamente, nos comprendemos menos? Entre los hombres ¿no parece tal vez serpentear un sentido de desconfianza, de sospecha, de temor recíproco, hasta convertirnos inclusive peligrosos los unos para los otros? Regresamos entonces a la pregunta inicial:
¿Puede haber verdaderamente unidad, concordia? Y ¿cómo? La respuesta la encontramos en la Sagrada Escritura: la unidad puede existir solamente con el don del Espíritu de Dios, el cual nos dará un corazón nuevo y una lengua nueva, una capacidad nueva de comunicar. Ésto es aquello que se verificó en Pentecostés. Aquella mañana, cincuenta días después de la Pascua, un viento impetuoso sopló sobre Jerusalén y la llama del Espíritu Santo descendió sobre los discípulos congregados, se posó sobre cada uno y encendió en ellos el fuego divino, un fuego de amor, capaz de transformar.
El temor desapareció, el corazón sintió una nueva fuerza, las lenguas se liberaron e iniciaron a hablar con franqueza, en modo que todos pudieran comprender el anuncio de Jesucristo muerto y resucitado. En Pentecostés, donde había división y enajenamiento, nacieron la unidad y la comprensión.
Pero miremos el Evangelio de hoy, en el que Jesús afirma «Cuando venga el Espíritu de la Verdad, él los introducirá en toda la verdad» (Jn 16,13). Aquí Jesús, hablando del Espíritu Santo, nos explica qué cosa es la Iglesia y cómo ella debe vivir para ser sí misma, para ser el lugar de la unidad y de la comunión en la Verdad; nos dice que actuar como cristianos significa no permanecer cerrados en el propio «yo», sino orientarse hacia el todo; significa acoger en sí mismos a la Iglesia toda entera o, aún mejor, dejar interiormente que ella nos acoja.
Entonces, cuando hablo, pienso, actúo como cristiano, no lo hago encerrándome en mi yo, sino que lo hago siempre en el todo y a partir de todo: así el Espíritu Santo, Espíritu de unidad y de verdad, puede continuar resonando en los corazones y en las mentes de los hombres e impulsándolos a encontrarse y acogerse recíprocamente.
El Espíritu, justamente por el hecho de que actúa así, nos introduce en toda la verdad, que es Jesús, nos guía en el profundizarla, en comprenderla: nosotros no crecemos en el conocimiento cerrándonos en nuestro yo, sino solamente siendo capaces de escuchar y de compartir, solamente en el «nosotros» de la Iglesia, con una actitud de profunda humildad interior. Y así se hace cada vez más claro por qué Babel es Babel y Pentecostés es Pentecostés. Donde los hombres quieren hacerse Dios, pueden solo ponerse el uno contra el otro. Donde en cambio se colocan en la verdad del Señor, se abren a la acción de su Espíritu que los sostiene y une.
La contraposición entre Babel y Pentecostés resuena también en la segunda lectura, donde el Apóstol dice: “Los exhorto a que se dejen conducir por el Espíritu de Dios, y así no serán arrastrados por los deseos de la carne” (Gal 5,16). San Pablo nos explica que nuestra vida personal está marcada por un conflicto interior, por una división entre los impulsos que provienen de la carne y aquellos que provienen del Espíritu; y nosotros no podemos seguirlos todos. No podemos, en efecto, ser contemporáneamente egoístas y generosos, seguir la tendencia de dominar sobre los demás y sentir la alegría del servicio desinteresado. Debemos siempre elegir cuál impulso seguir y lo podemos hacer en modo auténtico solamente con la ayuda del Espíritu de Cristo.
San Pablo menciona las obras de la carne, son los pecados de egoísmo y de violencia, como enemistad, discordia, rivalidad, desacuerdos; son pensamientos y acciones que no nos hacen vivir en modo verdaderamente humano y cristiano, en el amor. Es una dirección que conduce a perder la propia vida. En cambio el Espíritu Santo nos guía hacia las alturas de Dios, para que podamos vivir ya en esta tierra el germen de la vida divina que está en nosotros. Afirma, en efecto, san Pablo: «El fruto del Espíritu es: amor, alegría y paz» (Gal 5,22). Notamos que el Apóstol usa el plural para describir las obras de la carne, que provocan la dispersión del ser humano, mientras usa el singular para definir la acción del Espíritu, habla de «fruto», igual que como a la dispersión de Babel se contrapone la unidad de Pentecostés.
Queridos amigos, debemos vivir según el Espíritu de unidad y de verdad, y por esto debemos orar para que el Espíritu nos ilumine y nos guíe para vencer la fascinación de seguir nuestras verdades, y para acoger la verdad de Cristo transmitida en la Iglesia. La narración de Lucas sobre Pentecostés nos dice que Jesús antes de subir al cielo les pidió a los Apóstoles que permanecieran juntos para prepararse para recibir el don del Espíritu Santo. Y ellos se reunieron en oración con María en el Cenáculo a la espera del evento prometido (cfr At 1,14). En recogimiento con María, como en su nacimiento, la Iglesia también hoy ora: «Veni Sancte Spiritus! – Ven Espíritu Santo, colma los corazones de tus fieles y enciende en ellos el fuego de tu amor». Amén.
Estoy feliz por celebrar con ustedes esta Santa Misa, animada hoy, también por el Coro de la Academia de Santa Cecilia y por la Orquesta Juvenil –a la que agradezco-, en la Solemnidad de Pentecostés. Este misterio constituye el bautismo de la Iglesia, es un evento que le ha dado, por así decir, la forma inicial y el impulso para su misión. Y esta «forma» y este «impulso» son siempre válidos, siempre actuales, y se renuevan de modo particular mediante las acciones litúrgicas. Esta mañana quisiera detenerme en un aspecto esencial del misterio de Pentecostés, que en nuestros días conserva toda su importancia.
Pentecostés es la fiesta de la unión, de la comprensión y de la comunión humana. Todos podemos constatar cómo en nuestro mundo, aun si estamos cada vez más cercanos unos de otros con el desarrollo de los medios de comunicación, y las distancias geográficas parecen desaparecer, la comprensión y la comunión entre las personas muchas veces es superficial y difícil.
Permanecen desequilibrios que no rara vez conducen a conflictos; el diálogo entre las generaciones se hace fatigoso y en ocasiones prevalece la contraposición; asistimos a eventos cotidianos en los cuales nos parece que los hombres se están haciendo más agresivos y malhumorados; comprenderse parece demasiado difícil y se prefiere permanecer en el propio yo, en los propios intereses. En esta situación ¿podemos verdaderamente encontrar y vivir aquella unidad de la que tenemos tanta necesidad?
La narración de Pentecostés en los Hechos de los Apóstoles, que hemos escuchado en la primera lectura (cfr At 2,1-11), contiene en fondo uno de los últimos grandes frescos que encontramos al inicio del Antiguo Testamento: la antigua historia de la construcción de la Torre de Babel (cfr Gen 11,1-9). Pero ¿qué cosa es Babel? Es la descripción de un reino en el que los hombres han concentrado tanto poder de llegar a pensar en no tener que hacer más referencia a un Dios lejano y de ser talmente fuertes, de poder construir por sí solos un camino que conduzca al cielo para abrir sus puertas y colocarse en el lugar de Dios.
Pero justo en esta situación se verifica algo extraño y singular. Mientras los hombres estaban trabajando juntos para construir la torre, de repente se dieron cuenta que estaban construyendo el uno contra el otro. Mientras trataban de ser como Dios, corrían el peligro de ya no ser ni siquiera hombres, porque habían perdido un elemento fundamental del ser personas humanas: la capacidad de ponerse de acuerdo, de entenderse y de actuar juntos.
Este pasaje bíblico contiene una perenne verdad; lo podemos ver a lo largo de la historia, pero también en nuestro mundo. Con el progreso de la ciencia y de la técnica hemos alcanzado el poder de dominar las fuerzas de la naturaleza, de manipular los elementos, de fabricar seres vivientes, llegando casi hasta el mismo ser humano. En esta situación, orar a Dios parece algo superado, inútil, porque nosotros mismos podemos construir y realizar todo aquello que queremos.
Pero no nos percatamos de que estamos reviviendo la misma experiencia de Babel. Es verdad, hemos multiplicado las posibilidades de comunicar, de obtener informaciones, de transmitir noticias, pero ¿podemos decir que haya crecido la capacidad de comprendernos, o tal vez, paradójicamente, nos comprendemos menos? Entre los hombres ¿no parece tal vez serpentear un sentido de desconfianza, de sospecha, de temor recíproco, hasta convertirnos inclusive peligrosos los unos para los otros? Regresamos entonces a la pregunta inicial:
¿Puede haber verdaderamente unidad, concordia? Y ¿cómo? La respuesta la encontramos en la Sagrada Escritura: la unidad puede existir solamente con el don del Espíritu de Dios, el cual nos dará un corazón nuevo y una lengua nueva, una capacidad nueva de comunicar. Ésto es aquello que se verificó en Pentecostés. Aquella mañana, cincuenta días después de la Pascua, un viento impetuoso sopló sobre Jerusalén y la llama del Espíritu Santo descendió sobre los discípulos congregados, se posó sobre cada uno y encendió en ellos el fuego divino, un fuego de amor, capaz de transformar.
El temor desapareció, el corazón sintió una nueva fuerza, las lenguas se liberaron e iniciaron a hablar con franqueza, en modo que todos pudieran comprender el anuncio de Jesucristo muerto y resucitado. En Pentecostés, donde había división y enajenamiento, nacieron la unidad y la comprensión.
Pero miremos el Evangelio de hoy, en el que Jesús afirma «Cuando venga el Espíritu de la Verdad, él los introducirá en toda la verdad» (Jn 16,13). Aquí Jesús, hablando del Espíritu Santo, nos explica qué cosa es la Iglesia y cómo ella debe vivir para ser sí misma, para ser el lugar de la unidad y de la comunión en la Verdad; nos dice que actuar como cristianos significa no permanecer cerrados en el propio «yo», sino orientarse hacia el todo; significa acoger en sí mismos a la Iglesia toda entera o, aún mejor, dejar interiormente que ella nos acoja.
Entonces, cuando hablo, pienso, actúo como cristiano, no lo hago encerrándome en mi yo, sino que lo hago siempre en el todo y a partir de todo: así el Espíritu Santo, Espíritu de unidad y de verdad, puede continuar resonando en los corazones y en las mentes de los hombres e impulsándolos a encontrarse y acogerse recíprocamente.
El Espíritu, justamente por el hecho de que actúa así, nos introduce en toda la verdad, que es Jesús, nos guía en el profundizarla, en comprenderla: nosotros no crecemos en el conocimiento cerrándonos en nuestro yo, sino solamente siendo capaces de escuchar y de compartir, solamente en el «nosotros» de la Iglesia, con una actitud de profunda humildad interior. Y así se hace cada vez más claro por qué Babel es Babel y Pentecostés es Pentecostés. Donde los hombres quieren hacerse Dios, pueden solo ponerse el uno contra el otro. Donde en cambio se colocan en la verdad del Señor, se abren a la acción de su Espíritu que los sostiene y une.
La contraposición entre Babel y Pentecostés resuena también en la segunda lectura, donde el Apóstol dice: “Los exhorto a que se dejen conducir por el Espíritu de Dios, y así no serán arrastrados por los deseos de la carne” (Gal 5,16). San Pablo nos explica que nuestra vida personal está marcada por un conflicto interior, por una división entre los impulsos que provienen de la carne y aquellos que provienen del Espíritu; y nosotros no podemos seguirlos todos. No podemos, en efecto, ser contemporáneamente egoístas y generosos, seguir la tendencia de dominar sobre los demás y sentir la alegría del servicio desinteresado. Debemos siempre elegir cuál impulso seguir y lo podemos hacer en modo auténtico solamente con la ayuda del Espíritu de Cristo.
San Pablo menciona las obras de la carne, son los pecados de egoísmo y de violencia, como enemistad, discordia, rivalidad, desacuerdos; son pensamientos y acciones que no nos hacen vivir en modo verdaderamente humano y cristiano, en el amor. Es una dirección que conduce a perder la propia vida. En cambio el Espíritu Santo nos guía hacia las alturas de Dios, para que podamos vivir ya en esta tierra el germen de la vida divina que está en nosotros. Afirma, en efecto, san Pablo: «El fruto del Espíritu es: amor, alegría y paz» (Gal 5,22). Notamos que el Apóstol usa el plural para describir las obras de la carne, que provocan la dispersión del ser humano, mientras usa el singular para definir la acción del Espíritu, habla de «fruto», igual que como a la dispersión de Babel se contrapone la unidad de Pentecostés.
Queridos amigos, debemos vivir según el Espíritu de unidad y de verdad, y por esto debemos orar para que el Espíritu nos ilumine y nos guíe para vencer la fascinación de seguir nuestras verdades, y para acoger la verdad de Cristo transmitida en la Iglesia. La narración de Lucas sobre Pentecostés nos dice que Jesús antes de subir al cielo les pidió a los Apóstoles que permanecieran juntos para prepararse para recibir el don del Espíritu Santo. Y ellos se reunieron en oración con María en el Cenáculo a la espera del evento prometido (cfr At 1,14). En recogimiento con María, como en su nacimiento, la Iglesia también hoy ora: «Veni Sancte Spiritus! – Ven Espíritu Santo, colma los corazones de tus fieles y enciende en ellos el fuego de tu amor». Amén.
Etiquetas:
Amor,
Espírito Santo,
Igreja,
jesus cristo,
Papa Bento XVI,
Unidade,
Verdade
Subscrever:
Mensagens (Atom)