quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A Incompreensível Misericórdia do Altíssimo - Nuno Serras Pereira

O Bom Senhor quis criar-me com a cooperação de uns pais que ele tinha preparado com o dom da Fé e da verdadeira devoção para que desde o seio materno eu pudesse ser evangelizado e catequizado pelo amor, pela oração do terço do Rosário que eles oravam, por Jesus na Eucaristia de que minha Mãe se nutria, e pelos efeitos da confissão sacramental que a mesma recebia. Como deveria eu então exultar de alegria, à semelhança de S. João Baptista, ainda que, aparentemente, sem a consciência, pelo menos explícita, do que acontecia. De facto, todas aquelas Graças que inundavam a minha primeira morada, o meu ambiente vital/pessoal não poderiam deixar, de um modo misterioso, só de Deus conhecido, de influir, de algum modo, sobre mim. De modo que não só poderei dizer, com todos, que na biologia da minha geração estava inscrita a genealogia da pessoa que sou (cf João Paulo II), mas que fui objecto de uma predilecção, de umas Graças que não foram concedidas universalmente. Como se isto não fora pouco, em boa parte da minha infância recebi ainda as influências benignas de minha avó materna, e de minha tia, a qual me preparou para a 1ª Comunhão, que eram também profundamente cristãs. Pouco depois entrei para o colégio de S. João de Brito, dos Padres jesuítas, onde permaneci durante 10 anos, recebendo, naquele tempo, uma formação espiritual excelente. 

Meus pais eram leitores “compulsivos” – talvez por isso todos os sete filhos sempre tiveram a “mania” de se entregar longas horas à leitura ler e de perguntar-se mutuamente sobre as leituras uns dos outros. De um modo especial a minha mãe e o meu irmão mais velho, o Miguel, tinham a poesia no sangue. Não só escreviam versos, mas declamavam-nos. Foi assim, creio eu, que fui ganhando familiaridade com as obras de vários poetas. Claro que isso me instigou a muitas outras leituras quer em prosa quer em poesia para além dos autores falados lá em casa. Não será pois de admirar que gastasse muito tempo em livrarias buscando incessantemente autores conceituados, outros esquecidos, e também novidades. Nessas procuras por tudo quanto vendia livros deparava por vezes com volumes proibidos. Isto antes de 1974. Ora sucedeu, que numa dessas livroxadas, talvez num alfarrabista, encontrei um grosso livreco intitulado “antologia da poesia erótico-satírica portuguesa”. Este infeliz alfarrábio foi, sinais dos tempos, reeditado e encontra-se, nos dias de hoje, nos vendedores mais considerados…

Naquele tempo, tinha eu ganho o gosto de aprender de cor poesia e de a recitar aos amigos. Com uma avidez torpe e pornográfica entreguei-me não só à leitura mas também à memorização daquelas versalhadas obscenas, lascivas, sórdidas. 

Calhou, pouco depois, ir passar as férias grandes – nessa época eram mesmo enormes: começavam em princípios ou meados de Junho e terminavam nos princípios de Outubro -, ao Porto, a casa de meus avós maternos. Nas extremidades do largo jardim que rodeava a casa de S. Miguel, assim se chamava, foram edificadas as moradas de duas tias e um tio. De modo que aquilo era uma espécie de clã com muitos primos. Uma das minhas primas, tinha um namoro com um fulano que tinha carro, era um acelera, e era perdido pelos Supertramp, uma banda recém-formada, que ouvíamos repetidamente enquanto viajávamos.

Ora, eu passei, praticamente, todas as férias com eles, percorrendo o Norte em fartas almoçaradas, jantaradas, restaurantes e bares nocturnos. Como na altura não era o sorumbático que agora sou, estava sempre eléctrico, proferindo chocarrices, gracejos, apalhaçando os ambientes onde estava, metendo-me com toda a gente, entrando pelas cozinhas pondo todos a gargalhar, os empregados da restauração como me achassem piada iam-me oferecendo (sim, gratuitamente) whiskies, águas-ardentes, e tudo o mais que contribuísse para estimular e aumentar a minha euforia.

Só quem tenha assistido poderá ter uma ideia (ou um pesadelo) do que foi esse vertiginoso turbilhão delirante em que a brados, de pé, em cadeiras ou em mesas, declamava, para gáudio geral, as imundícies fétidas, as hediondezas impúdicas, as ignomínias safadas que aprendera naquele manual de corrupção crápula. Exercia então um fascínio, uma sedução, um magnetismo poderoso que arrebatava os mais sossegados e os mais velhos que me aplaudiam e aclamavam com hurras estrondosos. 

E não haver naquela massa de gente uma única pessoa que invectivasse esse jovem de 17 ou 18 anos (a maioridade naquele tempo era aos 21 anos), que lhe desse um sopapo, e o mandasse calar, e ter juízo… Ou que pelo menos o chamasse à parte e tivesse uma conversa séria… Ninguém, ninguém tomou a iniciativa. Eu era um herói, um artista, repetidamente confirmado pelos mais velhos no erro, no pecado, na alucinação. 

Não encontro palavras adequadas para descrever o mal que fiz a mim mesmo com tamanho veneno; mas estou em que as repercussões nos outros terão sido bem mais perniciosas. Como reparar os ruins malefícios perpetrados? 

Mais tarde, quando Deus me foi buscar à cloaca embostelada em que estava mergulhado, me virou do avesso, e me alimpou purificando-me da javardice, concedeu-me ainda Graça de não proferir mais palavrões. Tanto quanto me recorda terei dito, em contextos bem determinados, duas ou três vezes as cinco letras. Já lá vão 35 anos. Não há duvidar que só a Omnipotência Divina conseguiria esta transformação. Mais me concedeu que, lembrando-me embora dos poemas antigos decorados, somente não tenho memória dos devassos.

Mas o mais admirável consiste em ter escolhido este esgoto conspurcado que continuamente jorrava espurcícias infectas, pútridas e pestilentas, para boca da Sua Verdade, da Sua Palavra, do Seu Perdão, do Seu Amor, da Sua Inocência, da Sua Pureza.

Assim se verifica aquilo que S. Paulo diz: onde abundou o pecado superabundou a Graça de Deus.

Assim nos ensina o Senhor nunca se deve desesperar da conversão de ninguém.

29. 11. 2012

Repeat Abortions: What the Research Says

In AfterAbortion

According to the Alan Guttmacher Institute, approximately 45 percent of abortions are repeat abortions. Two new studies released last month have found increased risks for women who undergo multiple abortions.
 
One study, co-authored by Elliot Institute director Dr. David Reardon, found that women who undergo abortions have an increased risk of death:

A single induced abortion increases the risk of maternal death by 45 percent compared to women with no history of abortion, according to a new study of all women of reproductive age in Denmark over a 25 year period.

In addition, each additional abortion is associated with an even higher death rate. Women who had two abortions were 114 percent more likely to die during the period examined, and women had three or more abortions had a 192 percent increased risk of death. …
“We knew from our previous studies of low income women in California that women who have multiple pregnancy outcomes, such as having a history of both abortion and miscarriage, have significantly different mortality rates,” Reardon said. “But this new study is the first to examine how each experience with abortion or miscarriage contributes to higher mortality rates.”

This is called a “dose effect” because “each exposure, or ‘dose,’ is seen to produce more of the same effect, which is what one would expect if there is a cause-effect relationship,” Reardon explained.
The other new study found that women who undergo multiple abortions have an increased risk of preterm birth and low-birthweight babies in a subsequent pregnancy :

The study, printed in the peer-reviewed medical journal Human Reproduction, of more than 300,000 women found women who have three or more abortions face a 35 percent increase in health complications in a future pregnancy and also saw an increase in the risk of a baby’s death around the time of birth.Having just one abortion or more increased the likelihood of giving birth before reaching 37 weeks of pregnancy.

“To put these risks into perspective, for every 1,000 women, three who have had no abortion will have a baby born under 28 weeks,” Dr Reija Klemetti, who led the study, told the Scotsman newspaper. “This rises to four women among those who have had one abortion, six women who have had two abortions, and 11 women who have had three or more.”
These two new studies follow a Chinese study, published in February of 2012, that found a “very statistically significant increased risk” of breast cancer for women with previous abortions, which increased for women with multiple abortions.

Past studies have also found an increased risk of psychological and physical problems related to multiple abortions.

For example, a study published in the Journal of Psychosomatic Obstetrics and Gynecology found that while there was no significant difference in psychological disorders or use of social services between women carrying to term and those seeking abortion for the first time, women who had already had an abortion were almost twice as likely to have psychological disorders or to have had contact with the social service system (see table at right).[1]

Past research also suggests that repeat abortion may be both a result and a trigger of emotional and psychological problems. For example, women who had repeat abortions were found to be more likely to abuse drugs or alcohol, to be living in unstable situations, to be divorced or be dependent on social services. These are all factors that can lead to additional abortions: women with a prior abortion experience are four times more likely to abort a current pregnancy than those with no prior abortion history.[2]

This increased risk is associated with the prior abortion due to lowered self esteem, a conscious or unconscious desire for a replacement pregnancy, and increased sexual activity post-abortion. Subsequent abortions may occur because of conflicted desires to become pregnant and have a child and continued pressures to abort, such as abandonment by one’s partner. Aspects of self-punishment through repeated abortions are also reported. [3]
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Learn more: Read a therapist’s perspective on repeat abortions.

Access the world’s most extensive online library of studies on the physical and psychological effects of abortion at www.AbortionRisks.org.

Citations
1. Tornbom, M., et. al., “Repeat Abortion: A Comparative Study,” Journal of Psychosomatic Obstetrics and Gynecology, 17:208-214, 1996.
2. Joyce, “The Social and Economic Correlates of Pregnancy Resolution Among Adolescents in New York by Race and Ethnicity: A Multivariate Analysis,” Am. J. of Public Health, 78(6):626-631 (1988); C. Tietze, “Repeat Abortions – Why More?” Family Planning Perspectives 10(5):286-288, (1978).
3. Leach, “The Repeat Abortion Patient,” Family Planning Perspectives, 9(1):37-39 (1977); S. Fischer, “Reflection on Repeated Abortions: The meanings and motivations,” Journal of Social Work Practice 2(2):70-87 (1986); B. Howe, et al., “Repeat Abortion, Blaming the Victims,” Am. J. of Public Health, 69(12):1242-1246, (1979).


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Catequesis del Papa sobre la urgencia de hablar de Dios en nuestro tiempo

VATICANO, 28 Nov. 12 / 10:50 am (ACI).- Queridos hermanos y hermanas:

La pregunta principal que nos planteamos hoy es ¿cómo hablar de Dios en nuestro tiempo? ¿Cómo comunicar el Evangelio, para abrir caminos a su verdad salvífica en los corazones de nuestros contemporáneos, a menudo cerrados, y en sus mentes, a veces distraídas por tantos destellos de la sociedad? 

El mismo Jesús, nos dicen los evangelistas, al anunciar el Reino de Dios se preguntó acerca de esto: "¿Con qué podríamos comparar el Reino de Dios? ¿Qué parábola nos servirá para representarlo?" (Mc 4, 30). Cómo hablar de Dios hoy. La primera respuesta es que nosotros podemos hablar de Dios porque Dios ha hablado con nosotros. La primera condición del hablar de Dios es, por lo tanto, la escucha de lo que ha dicho el mismo Dios. Ha hablado con nosotros. Dios no es una hipótesis lejana del mundo por su origen, Dios se preocupa por nosotros, Dios nos ama, Dios ha entrado personalmente en la realidad de nuestra historia, se ha ‘auto-comunicado’ hasta encarnarse. 

Por lo tanto, Dios es una realidad de nuestra vida, Dios es tan grande que tiene tiempo también para nosotros, que puede ocuparse de nosotros y se ocupa de nosotros. En Jesús de Nazaret, encontramos el rostro de Dios, que ha bajado de su Cielo, para sumergirse en el mundo de los hombres y en nuestro mundo y enseñar el "arte de vivir", el camino hacia la felicidad; para liberarnos del pecado y hacernos plenamente hijos de Dios (cfr. Ef 1, 5, Rom 8, 14). Jesús vino para salvarnos y mostrarnos la vida buena del Evangelio.

Hablar de Dios significa, ante todo tener claro lo que debemos brindar a los hombres y mujeres de nuestro tiempo. No un Dios abstracto, no una hipótesis, sino un Dios concreto, un Dios que existe, que ha entrado en la historia y está presente en la historia, el Dios de Jesucristo como respuesta a la pregunta fundamental del por qué y cómo vivir. 

Por lo tanto, hablar de Dios requiere una familiaridad con Jesús y su Evangelio, presupone un conocimiento nuestro personal y real de Dios y una gran pasión por su proyecto de salvación, sin ceder a la tentación del éxito, sino siguiendo el método de Dios mismo. El método de Dios es el de la humildad, Dios se hace uno de nosotros, es el método cumplido en la Encarnación, en la humilde casa de Nazaret y en la gruta de Belén, la parábola del grano de mostaza. Se requiere no temer la humildad de los pequeños pasos y confiar en la levadura, que penetra en la masa y la hace crecer lentamente (cfr. Mt 13, 33). 

Al hablar de Dios, en la obra de la evangelización, bajo la guía del Espíritu Santo, es necesario recuperar la simplicidad, un retorno a lo esencial del anuncio: la Buena Nueva de un Dios que es real, concreto, de un Dios que se preocupa por nosotros, de un Dios-Amor que se acerca a nosotros en Jesucristo hasta la Cruz y que, en la Resurrección nos dona la esperanza y nos abre a una vida que no tiene fin, la vida eterna. Ese comunicador excepcional que fue el apóstol Pablo nos ofrece una lección que va directo al corazón de la fe, sobre cómo hablar de Dios con gran sencillez. Hemos escuchado hace poco que en la primera carta a los Corintios escribe: "Por mi parte, hermanos, cuando los visité para anunciarles el misterio de Dios, no llegué con el prestigio de la elocuencia o de la sabiduría. Al contrario, no quise saber nada, fuera de Jesucristo, y Jesucristo crucificado" (2, 1-2).

Por lo tanto, la primera realidad es que no habla de una filosofía que él ha desarrollado, no habla de ideas que ha encontrado o que ha inventado, habla de una realidad de su vida, habla del Dios que ha entrado en su vida, habla de un Dios real, que vive, que ha hablado con él, que hablará con él del Cristo resucitado, crucificado y resucitado. 

La segunda realidad es que habla, no se busca a sí mismo, no quiere crearse un grupo de admiradores, no quiere entrar en la historia como líder de una escuela de grandes conocimientos, no se busca a sí mismo, no quiere tener un grupo de admiradores suyos, Pablo anuncia a Cristo y quiere ganar personas para el Dios verdadero y real. Pablo habla con el único anhelo de predicar lo que ha entrado en su vida y que es la verdadera vida, que lo ha conquistado en el camino a Damasco. 

Hablar de Dios quiere decir dar espacio a Aquél que nos lo hace conocer, que nos revela su rostro de amor; significa expropiar nuestro propio yo, ofreciéndolo a Cristo, conscientes de que no somos nosotros los que podemos ganar a los otros para Dios, sino que debemos esperarlos de parte del mismo Dios, invocárselos a Él. El hablar de Dios nace por lo tanto de la escucha, de nuestro conocimiento de Dios que se realiza en la familiaridad con Dios, en la vida de oración y según los mandamientos.

Comunicar la fe, para San Pablo no quiere decir traer a sí mismo, sino decir abiertamente y públicamente lo que ha visto y oído en el encuentro con Cristo, lo que él ha experimentado en su vida ya transformada por aquel encuentro: es llevar a Jesús, que siente en sí mismo y se ha convertido en el verdadero sentido de su vida, para que quede claro a todos que Él es necesario para el mundo y decisivo para la libertad de cada hombre. 

El Apóstol no se contenta con proclamar las palabras, sino que implica la totalidad de su vida en la gran obra de la fe. Para hablar de Dios, tenemos que dejarle espacio en la esperanza de que es Él quien actúa en nuestra debilidad: dejar espacio sin miedo, con sencillez y alegría, en la profunda convicción de que cuanto más lo pongamos en medio, y no a nosotros, más nuestra comunicación será fructífera. Y esto también vale para las comunidades cristianas: ellas están llamados a mostrar la acción transformadora de la gracia de Dios, superando individualismos, cerrazones, egoísmos, indiferencia y viviendo en sus relaciones cotidianas el amor de Dios. ¿Son realmente así nuestras comunidades? Tenemos que ponernos en acción para ser cada vez más anunciadores de Cristo y no de nosotros mismos.

En este punto debemos preguntarnos cómo comunicaba Jesús. Jesús en su unicidad habla de su padre –Abba– y del Reino de Dios, con los ojos llenos de compasión por los sufrimientos y las dificultades de la existencia humana. Habla con gran realismo y, yo diría de manera esencial. El anuncio de Jesús nos muestra que en el mundo y en la creación aparece el rostro de Dios y nos muestra cómo en las historias cotidianas de nuestra vida Dios está presente, como en las parábolas de la naturaleza, del grano de mostaza, en la parábola del hijo pródigo, Lázaro y en todas las parábolas de Jesús. 

En los Evangelios vemos como Jesús está interesado por todas las situaciones humanas que encuentra, se sumerge en la realidad de los hombres y mujeres de su tiempo, con una plena confianza en la ayuda del Padre. Y en verdad, en estas historias, de manera oculta, Dios está presente y si estamos atentos lo podemos descubrir. Los discípulos, que viven con Jesús, las multitudes que se reúnen, ven sus reacciones a los problemas más disparatados, ven cómo habla, cómo se comporta; ven en Él la acción del Espíritu Santo, la acción de Dios. 

En Él anuncio y vida están entrelazados: Jesús actúa y enseña, siempre a partir de una relación íntima con Dios Padre. Este estilo se convierte en una indicación fundamental para nosotros los cristianos: nuestra forma de vivir en la fe y en la caridad se convierte en un hablar de Dios en el hoy, ya que muestra, con una existencia vivida en Cristo, la credibilidad y el realismo de lo que decimos con las palabras, porque no son solo palabras, sino que muestran la realidad, la verdadera realidad. 

Y en esto hay que tener cuidado para saber leer los signos de los tiempos de nuestra época, es decir, identificar el potencial, los deseos, los obstáculos que se encuentran en la cultura contemporánea, en particular el deseo de autenticidad, el anhelo de trascendencia, la sensibilidad para salvaguardar la creación, y comunicar sin miedo la respuesta que ofrece la fe en Dios. El Año de la Fe es una oportunidad para descubrir, con la imaginación animada por el Espíritu Santo, nuevos caminos a nivel personal y comunitario, a fin de que en todas partes la fuerza el Evangelio sea la sabiduría de la vida y la orientación existencial.

También en nuestro tiempo, un lugar especial para hablar de Dios es la familia, la primera escuela para comunicar la fe a las nuevas generaciones. El Concilio Vaticano II habla de los padres como los primeros mensajeros de Dios (cf. Constitución dogmática Lumen gentium, 11;.. Decr Apostolicam actuositatem, 11), llamados a redescubrir su misión, asumiéndose la responsabilidad en la educación, en abrir la conciencia de los pequeños al amor de Dios como un servicio esencial para sus vidas, siendo los primeros catequistas y maestros de la fe para sus hijos. 

Y en esta tarea es importante ante todo la vigilancia, que significa saber aprovechar las oportunidades favorables para introducir en la familia el discurso de la fe y para hacer madurar una reflexión crítica respecto a las muchas influencias a las que están sometidos los hijos. Esta atención de los padres es también sensibilidad en el reconocimiento de las posibles preguntas religiosas que se hacen mentalmente los niños, a veces, evidentes a veces ocultas. Después está la alegría: la comunicación de la fe siempre debe tener un tono de alegría. Es la alegría de la Pascua, que no calla u oculta la realidad del dolor, del sufrimiento, la fatiga, las dificultades, la incomprensión y la muerte misma, sino que puede ofrecer criterios para la interpretación de todo, desde la perspectiva de la esperanza cristiana.

La vida buena del Evangelio es esta nueva mirada, esta capacidad de ver con los mismos ojos de Dios cada situación. Es importante ayudar a todos los miembros de la familia a comprender que la fe no es una carga, sino una fuente de alegría profunda, es percibir la acción de Dios, reconocer la presencia del bien, que no hace ruido, y proporciona valiosas orientaciones para vivir bien la propia existencia.

Por último, la capacidad de escucha y de dialogo: la familia debe ser un ámbito donde se aprende a estar juntos, para conciliar los conflictos en el diálogo mutuo, que está hecho de escucha y de palabra, de entenderse y amarse, para ser signo, el uno para el otro, del amor misericordioso de Dios.

Hablar de Dios, por lo tanto, significa comprender con la palabra y con la vida que Dios no es un competidor de nuestra existencia, sino que es el verdadero garante, el garante de la grandeza de la persona humana. 

Así volvemos al principio: hablar de Dios es comunicar, con fuerza y sencillez, con la palabra y la vida, lo que es esencial: el Dios de Jesucristo, el Dios que nos ha mostrado un amor tan grande, de encarnarse, morir y resucitar por nosotros; ese Dios que nos invita a seguirlo y dejarnos transformar por su amor inmenso para renovar nuestra vida y nuestras relaciones; el Dios que nos ha dado a la Iglesia, para caminar juntos y, a través de la Palabra y los Sacramentos, renovar la entera Ciudad de los hombres, para que pueda llegar a ser la Ciudad de Dios.

‘What the heck does homosexuality have to do with the pro-life movement?’ - by Peter Baklinski

27 November, 2012 (LifeSiteNews.com) – People often wonder why many people involved in the pro-life movement are also interested in homosexuality-related issues. They especially wonder if defending traditional marriage really has anything to do with being pro-life.

The answer to this is simple: Being pro-life is much more than saving babies. It’s also about fighting for the flourishing of the human person every step of the way, from conception, through birth, through childhood, through adulthood, till natural death. It’s about promoting a “Culture of Life.”

That’s why many pro-lifers aren’t just concerned about abortion: they also tackle euthanasia, cloning, homosexuality, and other life and family issues, which, after a second glance, are found to be all interconnected. If you’re a big-picture looker, it’s easy to see that these are the hot-button items on a massive international scale, leaving no nation or locality unaffected. 

The reason why the pro-life movement puts so much time and energy into ending abortion in particular is because denying someone the “right to life” is the gravest injustice. The right to life is the basis for the enjoyment of all other rights. When this right is taken away from the most vulnerable among us, then no one’s rights are secure. There is no real justice, just the domination of the weaker by the stronger, the survival of the fittest. Abortion is really the deadliest kind of bullying. 

At the 1994 National Prayer Breakfast in Washington, Mother Teresa called abortion the “greatest destroyer of peace today”. She said abortion was a “war against the child — a direct killing of the innocent child — murder by the mother herself.” She shrewdly pointed out that “if we accept that a mother can kill even her own child, how can we tell other people not to kill one another?” 

Yes, we pro-lifers must fight for unborn children and secure their right to life. But we must also fight for children to be born and raised in circumstances that will allow them to flourish as human persons. 

The environment that is the most conducive to the flourishing of human persons — bar none — is the human family composed of one man united to one woman in a lifelong union called marriage. Study after study has shown this again and again

Click “like” if you want to end abortion

War on Marriage and the Family

But there is an unprecedented war on the family today that apparently wants to extinguish this most fundamental social unit. The war has been waged most intensely in the last 100 years or so. 

The destroyers of the family began by splitting husbands apart from wives. They did this by introducing contraception into the sexual act under the guise of ‘sexual freedom’. With contraception, spouses took each other’s intimate treasure of fertility and sacrificed it on the altar of sexual freedom so as to increase their sexual availability with ‘no consequences.’ 

But in disregarding the ‘whole person’ by excluding fertility, contracepting husbands and wives began to relate to one another merely as stimulating occasions for orgasm. Their respect and love for one another suffered since nobody likes to be devalued and nobody likes to be used as a tool for someone else’s pleasure. The contraception movement started gaining traction in the early part of the 20th century and reached its heyday in the late 1960’s. Marriage was weakened and the destructive fallout of the contraceptive movement is ongoing to this day. 

Widespread use of contraception led to the need for legalized abortion as a solution to failed contraception. Couples who had closed themselves to the gift of life demanded a quick and easy way out from ‘unwanted’ responsibilities. With children no longer being viewed as the crowning glory of marriage, marriage was weakened further. 

Closely following the contraception movement came the no-fault divorce movement in the mid 1950’s. Contracepting couples who had tasted the bad fruit of using each other for selfish enjoyment needed a quick and easy way out from what was supposed to be a lifelong relationship but that had gone horribly wrong. With permanence taken out of marriage, marriage was weakened even further. 

Broken, Crushed, and Hurting Children

The above-mentioned ‘social innovations’ have always resulted in the suffering of innocent children. Contraception hurts children in that it closes an adult’s heart and mind to the gift of new life. Abortion hurts children by killing them in the most brutal and horrific ways imaginable. And of course divorce wreaks total havoc on a child’s physical, psychological, and moral formation. 

These social innovations bankrupted marriage, practically stripping it of its natural function of nurturing new human life. 

Then came the most extreme social innovation. Marriage would now be stripped of its biological “male and female” quality. The logic leading to this push was unstoppable. Once marriage was no longer viewed as a union for the sake of creating and nurturing new human life, then there was no longer any reason to keep that union exclusively between a male and female. By now, the cultural framework of traditional marriage was so ravaged by contraception, divorce, and abortion that it was unable to withstand the carefully planned assault by homosexual activists. 

The homosexual activists’ battle cry for “equality” has brought us where we are today, with Canada having changed the definition of marriage in 2005, and with many of the U.S. states having recently followed suit. And they where able to pull this off because of the weakened state of traditional marriage. Homosexual activists have successfully tricked the Western world into believing that their absolutely sterile homosexual activity is of equal merit to society as the fruitful act between a husband and wife that naturally produces children. With the social push to change the definition of marriage came a corresponding mindset that masculinity and femininity, fatherhood and motherhood, are completely irrelevant to a child’s formation. 

Now with traditional marriage practically defined out of existence, children will suffer more than ever. They will suffer because the institution where they best thrive has become socially bankrupt. Men and women, abandoning marriage as a ‘meaningless social frill’, will still have children together, but not in the environment that best favors the flourishing of a new human being. Children will suffer further as gay and lesbian couples, walking proudly under the legal banner of newly redefined ‘marriage’, will attempt, and have done so already, to raise and form children. 

Research released this year indicates however that the social experiment of homosexual ‘marriage’ will cause nothing but serious harm to children. Children raised by gay and lesbian parents have significantly more social and mental-health problems when compared to children from an intact biological family. The research not only showed that there was a major difference between the children from both groups, but it highlighted that family instability is a ‘characteristic mark’ of same-sex relationships. 

The social mistakes we as a society have made, and are making right now, weigh heavily on the shoulders of children. They are the innocent victims of social experimentation who have become morally and even physically crushed and broken. They are the ones who have become pulverized in the name of so-called ‘freedom, equality, and progress’.

Being Pro-Life to the Core

These startling facts illuminate why so many pro-life activists are constantly highlighting research that supports traditional marriage. It’s why they take so seriously homosexual-related issues, calling attention to the rampant attacks made on traditional marriage. 

Leaders in the culture war know that education on this issue is the necessary first step to building a massive campaign to protect children from being deliberately denied a mom and dad in a stable marriage. They know that the well-being of children depends on turning the cultural tide to favor true marriage. An unstable, morally disordered environment is no place to teach a child how to live, how to become all that he or she is meant to be, how to learn to be a free and responsible human being. 

This is why pro-lifers must fight for traditional marriage, never compromising in the belief that marriage must be entered freely by one man and one woman, that spouses must give of themselves totally holding nothing back, that the relationship must be faithful until death, and that it must be fruitful in raising up new lives. This is simply the best situation for a child’s moral, physical, and mental flourishing.
To be pro-life is to be on guard against anything that threatens this most precious social institution necessary for human flourishing. In fighting for true marriage, we are fighting on behalf of children. We are fighting for them to have a life lived to the fullest. In our fight for them, we are securing the very future of humanity. 

Defending authentic marriage has everything to do with being pro-life. It’s to be pro-life, right down to the core. So, let’s roll up the sleeves, get to work, and do what pro-lifers do best: fight on behalf of children.

domingo, 25 de novembro de 2012

Os mais Infelizes e Miseráveis - Nuno Serras Pereira

O povo na sua rudeza diz verdades como punhos embora, não poucas vezes, de um modo desajeitado. É o caso, por exemplo, quando sentencia: se a vida eterna não existe, Deus para que é que serve? Literalmente esta interrogação poderá parecer um disparate ou uma blasfémia. Mas se atentarmos bem, o que ela significa é que se Deus não é eterno então não é Deus; e se não é Deus é então um ídolo vão que podemos e devemos repudiar. Porém, se Deus existe, então não só é eterno como nos pode fazer participantes dessa Sua vida. Não só livrando-nos da mortalidade definitiva, mas redimindo-nos da morte segunda, isto é, da condenação, ou perdição, eterna. Esse resgate que o mundo antigo ansiava com ardor aconteceu de um modo que superou qualitativamente tudo quanto os povos e os sábios poderiam esperar. Esse acontecimento impensável deu-Se quando o Imenso, o Omnipotente, o Infinito, Se fez um de nós, minúsculo, mínimo, no seio de uma Virgem, para, uma vez Dela nascido, passar fazendo o bem, combatendo os demónios, e finalmente, carregando com os nossos pecados e misérias, dar a Sua vida, passando para nós a sua Inocência, numa Cruz, ser sepultado e Ressuscitar ao terceiro dia.


Isto que todo o cristão teoricamente sabe, de facto, na vida prática parece ignorá-lo inteiramente. Sinais eloquentes desta necedade consistem, a meu ver, numa profusão de documentos episcopais cuja atenção sistemática parece concentrar-se nos problemas político-sociais da vida presente, à margem de considerações, de fundo, de ordem teológico-espirituais, que tenham em conta as consequências eternas das atitudes e decisões, conscientes e livres, dos cristãos a quem se dirigem. Dá a impressão que muitos membros da Igreja vêem a sua missão como meramente política e social, esquecendo ou relegando para segundo plano, a Evangelização explícita de Jesus Cristo Redentor, o Ressuscitado, que morrendo aniquilou a morte e ressuscitando restaurou a vida.

Fruto venenoso desta mentalidade meramente mundana é claramente a indiferença e a culpabilidade com que se distribui a Sagrada Comunhão a políticos e outros personagens públicos que manifestamente vivem em pecado grave. Estes sacrilégios consentidos se não mesmo promovidos são fruto de um calculismo e de uma negociação, ainda que implícita, em vista de proveitos eclesiais de índole temporal. Mas chegados aqui importa perguntar: que aproveita à Igreja ganhar o mundo inteiro se vier perder-se a si mesma? Ou então lembrar o que afirma S. Paulo: Se nós temos esperança em Cristo apenas para esta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens. 

Enquanto, todos nós, pensarmos que a nossa Fé não é mais do que uma sabedoria para viver neste mundo em vista de um maior bem-estar estaremos a atraiçoá-la e a cavar a nossa infelicidade e miséria.

Importa, pois, viver permanentemente à luz da eternidade que nos espera, para não sermos contados entre os mais infelizes e miseráveis. Todos os que fomos justificados pela Fé seremos julgados pelo Amor verdadeiro e efectivo que praticámos.

25. 11. 2012