sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Produzem-se Crianças e Alugam-se Panças

Grande parte do essencial sobre os problemas que os projectos de “legalização” das “barrigas de aluguer” implicam já foi descrito aqui, aqui, aqui, aqui e, numa visão mais abrangente de toda a problemática da procriação artificial, aqui.

Neste texto quereria tão só chamar a atenção para alguns pontos que porventura ainda não foram aflorados, a propósito dos princípios ou absolutos éticos não negociáveis. Importa em primeiro lugar indicar que a actual crise económica e financeira é originada por uma corrupção ética e religiosa, como o Santo Padre tem repetido incansavelmente, que mina os fundamentos da sociedade civil e da comunidade política. Esta agressão violenta ao bem-comum, isto é, ao bem de todos e cada um – desde a sua concepção até à morte natural -, perpetrada por “leis” injustas e iníquas é alimentada por uma comunicação social perversa, e é aceite com resignação condescendente por uma grande maioria dos prelados, os quais parecem ter renunciado ao bom combate da Fé para se limitarem a adaptarem-se àquilo que julgam, erroneamente, inevitável; acresce que esses prelados parecem ter uma visão do estado como neutral (coisa aliás impossível), ignorando, as obrigações deste quer para com a Lei Natural quer para com a Religião verdadeira, isto é, o Catolicismo, como o ensina o Concílio Vaticano II (sim, o Vaticano II). Dá impressão que esses Pastores, achando embora que Jesus Cristo seja útil, não O consideram necessário e indispensável para uma organização social e política verdadeiramente humana. Não, evidentemente, através de qualquer imposição mas sim de proposta pública testemunhando explicitamente a Fé juntamente com a argumentação racional. Só Jesus Cristo revela plenamente o homem a si mesmo, torna perceptíveis todas as exigências da Lei Natural, bem como incute o desejo de a cumprir e comunica a força, a Graça, para a poder realizar na sua totalidade.

Nas últimas eleições legislativas não estava somente em jogo o futuro económico e financeiro da nação portuguesa mas principalmente a rejeição de um caminho suicida, cruel e desumano manifesto na liberalização do aborto, na “lei” da falsamente intitulada PMA, do divórcio expresso sem culpa, do imprópria e absurdamente chamado “casamento” de pessoas do mesmo sexo, da imposição totalitária de uma degradação sexual, mascarada de educação, nas escolas, etc.


É inteiramente indecoroso e detestável que os partidos que agora têm maioria absoluta na assembleia da república nada façam para derrogar aquelas deformidades legislativas e monstruosidades inumanas. Antes se mostrem indulgentes ou se conformem ou as queiram intensificar, como agora mais uma vez se verifica.


O psd admite, em certas circunstâncias, o arrendamento de panças para crianças fabricadas por tecnocratas em gélidos laboratórios sem querer ver os espezinhamento da transcendente dignidade da pessoa humana quer no bebé produzido quer na hospedeira.


O cds fez-nos hoje chegar esta nota extraordinariamente hipócrita e relativista:


“1 – O CDS não terá projeto próprio nesta matéria, não só porque a nossa prioridade é a resolução dos difíceis problemas financeiros e económicos de Portugal, como, porque entendemos que há uma lei, a de 2006, que, globalmente, aponta para a PMA como um tratamento contra a infertilidade que pode e deve ser concretizada.


2 – A Direção do Partido tem uma posição negativa sobre projetos de lei que abordam temas sensíveis e sobre valores importantes em sociedade, sem o necessário cuidado técnico e rigor científico.

3 – A Direção do CDS transmitiu aos Deputados do Partido que projetos de lei que pretendam transformar a PMA, não numa opção subsidiária e certificada de tratamento contra a infertilidade, que é um problema que atinge muitos casais – essa sim uma ótica humanista – mas numa prática corrente e generalizada, não contribuem para uma visão equilibrada nesta matéria.

4 – Na exata medida em que a questão da PMA não consta do último Programa Eleitoral do CDS, que foi muito focado na situação de emergência financeira e económica do País, a Direção reconhece o direito de cada Deputado fazer uma avaliação própria dos projetos de lei e agir em conformidade.”

Note-se que no primeiro ponto o partido começa por mentir ao afirmar que a lei da PMA de 2006 trata a infertilidade o que é manifestamente falso porque limita-se a recorrer a uns processos de substituição deixando que a pessoa infértil o continue a ser. Em segundo lugar, mais grave ainda, o partido dá o seu acordo pleno a que tal “lei” deva ser concretizada, com todo o cortejo imenso de vítimas inocentes e eminentemente vulneráveis que isso implica.

No número dois, este partido afirma que a resolução de projectos de lei sobre temas sensíveis e sobre valores importantes para a sociedade passa somente pelo cuidado técnico e pelo rigor científico, ignorando por completo a necessidade da justiça e por isso da ética como critério de discernimento e de decisão. Finalmente no número 4 o cds mostra de novo que é um partido sem princípios, que não cuida do bem-comum, nem tem em conta a verdade, pois concede aos deputados uma avaliação subjectivista dos projectos juntamente com a consequente acção em conformidade. E assim procura lavar as mãos, tentando agradar a gregos e a troianos. Experimente-se aplicar a lógica subjacente a este texto não a pessoas humanas na sua fase embrionária mas a judeus adultos e logo se topará a malícia intrinsecamente perversa desta posição oficial do cds.

Já em 2004 adverti aqui e aqui para a iníqua subversão total dos partidos políticos com assento na Assembleia da República. Os partidos que nos primeiros anos defendiam os valores e princípios inegociáveis, há muito que o deixaram de fazer, embora se apresentem aos eleitores como mais restritivos que os outros mais à esquerda. Mas essa limitação com o tempo tem-se vindo a tornar mais e mais elástica. Claramente se verifica que não passa de uma armadilha para captar o voto dos cristãos e demais homens de boa vontade. E nós, imbecis, temos caído de esparrela em esparrela, e com o intuito de evitar o pior caímos insensivelmente no abismo que queríamos evitar com horror quando era apresentado pelos partidos tidos como mais radicais. O que esses partidos não lograram por si conseguiram-no através daqueles a quem temos vindo a dar o voto.

Ora é tempo de tomarmos consciência de que actualmente há uma só maneira de evitar que isto continue, se queremos ser fiéis à Doutrina do Magistério da Igreja, coerentes com a sua Doutrina Social, consistentes com uma consciência bem formada e acima de tudo obedientes ao Amor devido a Deus e a todos os homens, a quem temos por próximos, a saber, os católicos que andam espalhados pelos partidos actuais cumpliciando-se pelo voto e demais tipos de cooperação devem deixá-los e formar um novo partido credível. Não se trata de fundar um partido Católico ou Cristão mas sim de um partido constituído por Cristãos, Católicos ou não, e demais homens de boa vontade que acolham integralmente os princípios inegociáveis. Tudo o resto é pensar à maneira dos homens e não de Deus.

Já agora e até como complemento ao que escrevi deixem-me sugerir-vos um livro precioso: Giampaolo Crepaldi, Il Cattolico in Politica (manuale per la Ripresa), Prefazione del Cardinale Angelo Bagnasco, Cantagalli, Siena Settembre 2010, 235 pp. O autor é Arcebispo-Bispo de Trieste e Presidente do Obsevatório Internacional Cardeal Van Thuân sobre a Doutrina social da Igreja. É brilhante, claríssimo, conciso, eficaz e corajoso. Depois de ter lido milhares e milhares de páginas sobre a Doutrina social da Igreja posso dizer que nunca encontrei uma síntese tão excelente, tão vibrante e tão urgente como esta. É muito aconselhável não só para políticos mas para todos os católicos.



Nuno Serras Pereira
20. 01. 2012

Obrigatoriedade de Participar em Homicídios no Dia Seguinte

16. 02. 2004

Os Jornais Público e Expresso (14. 02. 2004) noticiam um acordo, formado entre os partidos da maioria e o Governo, sobre a obrigatoriedade das Farmácias dispensarem a pílula do dia seguinte (PDS). Esta medida contida numa resolução a ser aprovada no dia 3 de Março, inscrever-se-ia nas medidas de combate das causas do aborto, “a montante”. Assim se procura reforçar a afirmação, proporcionada nas sessões de esclarecimento efectuadas pela APF e quejandos nos Centros de Saúde e nas escolas - com patrocínios abundantes deste Governo - de que esta pílula diminui o número de abortos.

Como demonstrei longamente noutros artigos (Cf, por ex., Nuno Serras Pereira, A Pílula do Dia Seguinte, 16. 09. 2002) estamos perante uma fraude letal.

Em brevíssimas palavras, a má-fé mortífera consiste no seguinte: primeiro, estabelece-se arbitrariamente que a gravidez começa não na fecundação, mas sim na nidação; depois, define-se o aborto provocado - isto é, a morte deliberada e directa, independentemente da forma como é realizada, de um ser humano na fase inicial da sua existência, que vai da concepção ao nascimento - como “interrupção voluntária da gravidez”; finalmente, conclui-se que a PDS não é abortiva, uma vez que, ao impedir a implantação (ou nidação) do ser humano, na sua fase embrionária, na parede do útero da mãe, não “interrompe” a gravidez, nos termos em que abusivamente a definiram. A perfídia é evidente.

Esta pílula homicida, que segundo parece é comparticipada pelo Estado (por todos nós!), foi introduzida em Portugal pelo Ministério da Saúde do Governo de António Guterres, através do INFARMED. O Governo de Durão Barroso e Paulo Portas tem mantido, de consciência sossegada, a continuação do genocídio. Alguém já se deu ao cuidado de calcular as centenas de milhares de seres humanos, na sua fase embrionária, que podem ter sido liquidados por este processo? A indiferença é geral, quase universal, mesmo entre os pró vida, mesmo nalguma Igreja... Não digo bem, falta aqui alguma precisão, algum rigor porque há uma massa de gente, os necrófilos abortófilos, nada alheia, mas que, muito pelo contrário, na sua avidez, não descansam enquanto não virem a PDS mais espalhada ainda. É a isto que estamos a assistir.

Esta maioria quer ir mais longe do que a anterior. Onde a outra, ao menos, parava diante da objecção de consciência, esta avança temerária não só para matar, mas para forçar a que os outros o façam também. E por isso quer decidir, a ser verdade o que é noticiado, que todas as Farmácias, mesmo que os seus proprietários sejam objectores de consciência, sejam obrigadas a dispensar a pílula lúgubre e letífera.

Se o Primeiro-ministro insiste tanto, como se não houvesse argumentos de muito maior peso..., na promessa eleitoral de respeitar o Referendo de 1998 sobre o aborto, então terá de retirar imediatamente a PDS de circulação, uma vez que a venda e distribuição desta substância farmacológica manifestamente contraria o resultado dessa consulta popular.

Nuno Serras Pereira

Medonho!

18. 02. 2004

A conferência de imprensa da “maioria”, ontem na Assembleia da Republica, confirmando as mais negras expectativas tirou todas as dúvidas a quem as ainda tivesse. Não há um único partido com assento parlamentar que não seja favorável ao homicídio/aborto. Desde as exigências de cumprimento da lei 6/84, à universalização obrigatória dos contraceptivos e abortivos precoces, passando pela “educação” sexual nas escolas (Este assunto não está inteiramente claro. Os do PSD disseram que haverá uma disciplina obrigatória; os do CDS adiantaram que não. Depois, não explicaram se esta disciplina se acrescenta ou não ao modelo da transversalidade, legislado em 1999, como propôs a APF, ou se essa lei cai) e desembocando na possibilidade de abortamentos nas “clínicas” privadas tudo, mesmo tudo, está feito para promover o aborto, para apostar no aumento exponencial do seu número. Era difícil fazer pior. Num certo sentido pode-se considerar que os efeitos daqui derivantes são mais nefastos do que se fossem aprovadas as propostas do BE, do PCP e do PS contra um PSD e um CDS/PP, enquanto partidos (uma vez que alguns deputados poderiam “escorregar”), firmes na sua oposição total ao aborto, mais alguns deputados de boa-vontade de qualquer outra bancada. Não é agora aqui o lugar de dar as razões desta hipótese. Importa sim abrirmos os olhos e “não nos deixar-mos comer por parvos”.

Em apenas 20 anos o panorama político e cultural mudou radicalmente em Portugal. Em 1984, Manin Roquete liderou uma campanha de assinaturas contra a “lei” que veio a ser aprovada, que recolheu mais de 830.000 (oitocentas e trinta mil) mil assinaturas, de cidadãos maiores de 18 anos, as quais foram entregues na Assembleia da Republica. Tínhamos então praticamente toda a comunicação social contra nós. Não era possível, por exemplo, escutar um pró vida na TV ou assistir a um debate com ambas as partes. O grande responsável pela introdução da despenalização do homicídio/aborto em Portugal foi Mário Soares, então Primeiro-ministro e líder do PS. Este famoso abortófilo contínua a apoiar a liberalização do homicídio/aborto e votou recentemente no Parlamento Europeu o financiamento da investigação em células estaminais embrionárias, isto é, de investigações que implicam a destruição de inumeráveis seres humanos na sua fase embrionária. Ele é, pois, sem dúvida alguma, o Pai da tirania e do totalitarismo que hoje se vivem em Portugal. Se isto aqui se lembra é também para estranhar que o “magistério” deste notório abortista pareça ter um peso maior, em tantos fiéis leigos e mesmo em pastores, que o Magistério do Papa João Paulo II. À tal “lei” de 1984 se opuseram veementemente aqueles que agora a querem ver rigorosamente cumprida, o PSD e o CDS! Por outro lado, segundo as sondagens, 86% da população portuguesa é, actualmente, favorável a essa violência, então repudiada pela esmagadora maioria do povo.

Eu creio que, entre outros, a Igreja tem graves culpas na situação actual. É verdade que ninguém como ela em Portugal tem lutado contra o aborto, mas isso não invalida que pudesse, de facto, ter feito imensamente mais, tendo assim pecado por omissão, e nunca devesse ter feito algumas coisas que realizou, tendo assim pecado por acção. Afinal, muitos dos seus filhos têm gravíssimas responsabilidades na promoção do abortismo. Julgo, pois, que importa realizar um sério exame de consciência, sem medos, que nos leve a uma conversão maior ao Evangelho da Vida, isto é, a Jesus Cristo, nossa Vida.

Sinto mesmo que seria muito interessante que se convocasse uma jornada nacional de oração e jejum em reparação e como penitência dos nossos pecados relacionados com a defesa da vida. Um pedido público de perdão agradaria, seguramente, ao nosso Papa que nos deixou o exemplo. Também algo de semelhante se fez nalgumas Dioceses dos USA aquando dos escândalos de abusos de menores por alguns sacerdotes.

Será, ainda, necessário, e desde já, caso não se venha a liberalizar o aborto a 3 de Março – há sempre a possibilidade de alguma surpresa -, começar a preparar o próximo referendo que se adivinha. Mas isso é tema para um outro artigo.

Entretanto chorem os nossos olhos dia e noite lágrimas sem fim, porque uma perversão atroz putrefaz a alma do nosso povo.


Nuno Serras Pereira

Barrigas de Aluguer - por Catarina Nicolau Campos

In Senza

18. 01 2012

Assim como chove lá fora, hoje também chove no meu coração.

No mesmo dia, ouve-se nas notícias que muitas crianças que são adoptadas são devolvidas às instituições de acolhimento por terem más notas, e ouve-se também que o partido do governo planeia avançar com as barrigas de aluguer em Portugal. Ora o aluguer, como aprendi na faculdade de Direito, é uma forma de locação, quando esta incide sobre coisa móvel. E por locação entende-se o contrato pelo qual uma das partes se obriga a proporcionar à outra o gozo temporário de uma coisa, mediante retribuição. Só por isto poderíamos dizer, Dr. Passos Coelho: as barrigas não se alugam.

Mas a questão é bem mais radical. Em Agosto de 2010 soube que estava à espera da minha filha. À espera não, porque na verdade ela já lá estava bem presente, e na segunda ecografia, com 8 semanas e picos, o coraçãozinho da Pilar já era bem audível, para sorriso rasgado do Pai e lágrimas descontroladas da Mãe. Durante 9 meses de enjoos, infecções sem fim, mais 26 quilos, noites sem dormir, dias inteiros só a dormir, aprendi a conviver com a minha bebé. Aprendi que sempre que ouvia os acordes de uma guitarra portuguesa, a Pilar saltava de alegria. E por isso, ao longo de 9 meses, muitas guitarradas lhe foram dedicadas. Aprendi que, sempre que me virava para dormir do lado direito, subia escadas a correr ou me enervava, a Pilar dava pontapés de insatisfação e só eu sabia disso, eu, a sua Mãe. Geri toda a alimentação para que nada lhe fizesse mal, porque uma Mãe quer o melhor para os seus filhos.

A barriga cresceu, o resto também, e ao fim de 9 meses percebi a relação íntima que uma mulher tem com o seu útero. E depois de uma cesariana, ficaram ainda mais visíveis as marcas físicas da passagem do ser maravilhoso que é a nossa filha pelo meu corpo. Meu corpo? Meu não, dela, porque o meu útero foi feito para lá estarem os meus filhos, e o meu peito para os amamentar. Nós mulheres, somos veículos de Vida. E quando a Pilar nasceu, acalmava-se quando a encostava ao meu coração, porque estes foram os batimentos que ela se habituou a ouvir.

A Pilar conhecia o meu cheiro e por isso, (e passados 8 meses ainda é assim), não há colo como o da Mãe. E esta relação de cumplicidade, esta experiência, única e irrepetível, não se aluga, nem se compra. Assim como não se alugam e não se compram os bebés. A partir do momento em que tratamos as crianças como meros objectos, coisas, para preencher um vazio numa relação, para completar a fotografia de família ou apenas porque lhes apetece ter algo para entreter, temos crianças adoptadas que são devolvidas às instituições porque, simplesmente, não tiveram boas notas, como se fossem cães que não tivessem atingido o objectivo dos seu treinadores.

Assim, hoje, por estas crianças, e pelas que não nasceram porque não lhes foi dada sequer a oportunidade de viver, chove no meu coração.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

The Gay Invention - Homosexuality Is a Linguistic as Well as a Moral Error - by R. V. Young

In Touchstone

For thousands of years, until the late 1800s, our ancestors were completely oblivious to the existence of a fundamentally distinct class of human beings. Indeed, during the long period of Greco-Roman antiquity and more than a millennium and a half of Christian civilization, man did not even have a name for this class.

Or so asserts an almost universal assumption fixed in the language almost everyone uses: that “heterosexuals” and “homosexuals” are two permanently and innately different kinds of human being, and that “sexual orientation” constitutes a difference comparable to the difference between male and female. Widespread acceptance of “homosexuality” and associated terms thus biases discussion of the subject before an argument is even formulated.

Terms Lacking

What might be called the philological evidence calls this notion into question. If it were true, someone would long ago have given this class a name. That no one did until very recently suggests that the notion is not true.

In the first footnote of the first chapter of Greek Homosexuality, which is generally regarded as the definitive treatment of its subject, Oxford classical scholar K. J. Dover points out that the ancient Greek language “has no nouns corresponding to the English nouns ‘a homosexual’ and ‘a heterosexual’.” Such an observation would seem to call for more notice than is accorded by a single short footnote, but even the apparent concession is misleading, insofar as it suggests that the absence of these terms is a peculiarity of Greek.

In fact, Latin also lacks these terms and the same is true of Old and Middle English. Among modern European languages the word that corresponds to the English “homosexual” is generally a variant on the same word: in Spanish homosexual and in Dutch homoseksueel, for example. German also offers gleichgeschlechtlich, which is simply a combination of two Germanic roots, gleich and Geschlecht, that correspond to the Greek (homo = same) and Latin (sexus = sex) of the English word.

This English word is itself a very recent coinage. According to the Oxford English Dictionary, both “homosexual” and “homosexuality” first appeared in English in 1892, along with “heterosexual” and “heterosexuality,” in an English translation of Richard von Kraft-Ebing’s Psychopathologia Sexualis (1886) and turn up again five years later in Havelock Ellis’s Studies in the Psychology of Sex.

In other words, only in the late nineteenth century, when physicians began discussing sexual perversion as a medical rather than a moral problem in Latin treatises intended only for the learned and required a neutral, clinical term, was there a perceived need to refer to “homosexuality.” Moreover, it is not at all clear that the originators of the term had precisely in mind what is usually meant by “homosexuality” in contemporary parlance.

Kraft-Ebing, for example, does not write a separate chapter on this subject (Ellis, however, does); same-sex attraction is rather an attribute or additional characteristic of other specific activities—regarded by Kraft-Ebing as abuses of the sexual organs and the pleasure associated with erotic stimulation. Ellis says that the term actually originated in 1869 with an obscure Hungarian doctor, Benkert (or Kertbeny), and endorses its use because “its significance—sexual attraction to the same sex—is fairly clear and definite, while it is free of any question-begging association of either favorable or unfavorable character.”

The Greek Example

Contemporary advocates of “homosexuality” often invoke the Greek example to make acts of sodomy seem acceptable or even normal. They assume that the Greeks believed in “homosexuality” in the modern sense because some Greeks praised the erotic relations of men and boys; they read the Greeks as if they were modern Americans or Europeans.

Of course our ancestors were quite aware of what are now called “homosexual” acts or behavior. Latin and Greek are both rich in words that designate the penetrating member and the penetrated orifices, as well as the active and passive participants. Interested readers may find in J. N. Adams’s The Latin Sexual Vocabulary an abundance of such terms (usually with Greek counterparts). Almost all of them are obscene as well as pejorative, and their usage is almost always in a context of coarse humor or insult.

Clear verbal distinctions are drawn between those who take the active, male role and those who assume the passive female role; men who submit in the latter fashion are almost universally regarded with contempt, since they are ordinarily slaves or male prostitutes. The only real exception seems to come in the ancient Greek city-states with the pubescent boy (eromenos) who is the beloved of an older man (erastes), who is ideally a kind of intellectual mentor as well as lover to the youth.

This situation is discussed at length in Plato’s Symposium (discussed in more detail shortly), and this is the principal cultural phenomenon that provides Dover the opportunity to give a generally favorable account of “Greek homosexuality.” But his account undermines the claim implied in the title of his book. He begins his study by defining “homosexuality” as “the disposition to seek sensory pleasure through bodily contact with persons of one’s own sex in preference to contact with the other sex.” “Disposition” suggests a condition considerably less permanent or innate than the term “sexual orientation,” which has become a fixture in current discourse.

Still more revealing is Dover’s rationalization of the absence of a Greek word for “homosexual” in that first, uncomfortable footnote. The Greeks, he wrote, “assumed . . . that (a) virtually everyone responds at different times both to homosexual and to heterosexual stimuli, and (b) virtually no male both penetrates other males and submits to penetration by other males at the same stage in his life.”

This explanation amounts to an admission that the ancient Greeks did not recognize the existence of the permanent “homosexual orientation” that is nowadays taken as a given: “Since the reciprocal desire of partners belonging to the same age-category is virtually unknown in Greek homosexuality,” Dover remarks, “the distinction between the bodily activity of the one who has fallen in love and the bodily passivity of the one with whom he has fallen in love is of the highest importance.”

In a very defensive “Postscript” to the 1989 edition, Dover feels constrained to defend “my inclination to treat homosexuality as ‘quasi-sexuality’ or ‘pseudo-sexuality’. My reasoning was simple: we have the word ‘sex’ because there is more than one sex, definable in terms of reproductive function, and I accordingly use ‘sexual’ to mean ‘having to do with (difference of) sex’.” This acknowledgment that “heterosexual” and “homosexual” are incommensurable with “male” and “female” or “man” and “woman” practically dismantles the significance of Dover’s title.

Not Socrates

Plato’s Symposium is the most prominent work that seems to provide evidence for the notion that “homosexuality” was a normal and accepted aspect of ancient Greek society, since all but one of the characters in the dialogue gives a speech in praise of the god of love (Eros) and specifically designates pederasty, the desire of a man for a youth, as the ultimate expression of love.

The speech attributed to the comic playwright Aristophanes even suggests that “sexual orientation” is a permanent feature of human beings, since desire is, literally, a longing to be reunited with our “other half.” Human beings were once, he says, creatures with four legs and four arms, two faces and two sets of genitals, and so on. Anxious about the threat of such formidable creatures, Zeus used his thunderbolts to split them in half, creating men and women as we know them now.

If one’s other half were of the opposite sex in this mythical past, then he desires physical intimacy with a member of the opposite sex; but if one’s other half were of the same sex, then union with the opposite sex fails to satisfy. It is difficult to judge the tone and import of this myth, especially as Aristophanes disparaged Plato’s mentor Socrates in his comedy, the Clouds; but in any case it hardly constitutes a philosophical endorsement of same-sex erotic relationships.

There are, however, substantial reasons for finding the status of “homosexuality” in the Symposium problematic. The dialogue is set at a dinner party celebrating Agathon’s victory in the Athenian tragedy competition. The guests are all artists and intellectuals—hardly a representative sample of moral opinion in fifth-century B.C. Athens.

Moreover, the one speaker who does not praise Eros as the inspiration of “boy-love” (paiderastia) is Socrates. Having declared himself incapable of matching the splendidly rhetorical speeches of the others, he instead expounds the wisdom of the “prophetess” Diotima (a nicely ironic touch, since so many of the other speakers admit to preferring boys because they find women so contemptible). According to her, Socrates says, the desire aroused by the sight of a beautiful body should lead us to seek not physical gratification, but rather the beauty of the soul, of which the body is merely an ephemeral expression, and this in turn should lead us up the steps of the “ladder of love” until we contemplate the Idea of the Beautiful itself.

A “Platonic relationship” is thus a spiritual affection, not a carnal satisfaction. The drunken tirade of the latecomer Alcibiades, which brings the dialogue to a close, ruefully upbraids Socrates for having refused his effort at seduction, thus making the point about Socrates’ chastity clear for anyone who has missed it.

Yet the most revealing qualification of the praise of boy-love in the Symposium is not Socrates’ exaltation of the idea of purely spiritual love, but a digressive comment in the discourse of the sophist Pausanias who, having denigrated the love of women and even of immature boys, concedes that even in Athens not everyone is happy about erotic relationships between men and youths. If a man finds out that another man seeks to become the lover of his son, Pausanias complains, the father puts the boy in the charge of a tutor who is instructed to keep the lover away. If the other boys find out about it, they ridicule the one who has drawn the attraction of the older man.

Thus even in Athens many men are uneasy about pederasty, failing to distinguish between the mere sensual indulgence of the followers of the “earthly Aphrodite” and the gratification of a virtuous lover, a follower of the “heavenly Aphrodite,” who really has the boy’s interest at heart. Given the genuinely transcendent vision of love offered by Socrates later in the dialogue, it is hard to see Pausanias’s complaint as anything but a sample of ironically undercut special pleading.

A Kind of Fornication

Severe condemnation of any deviation from procreative sexuality seems, however, to have been in force in the ancient world only among the Hebrews, but it was incorporated into both the morality and the law of the Christian society emerging at the end of classical antiquity and became the standard view of the Western world.

On the basis of Genesis 19, Christians applied the term “sodomy” specifically to erotic acts between persons of the same sex. In his typically brisk, dispassionate style, St. Thomas Aquinas classifies “sodomitical vice” among “the species of lust contrary to nature,” and says that it is not quite so grave a sin as bestiality, but worse than the failure of a man and woman to observe “the proper manner of lying together.”

The worst form of this last is neglecting to observe the use of “the appropriate organ,” meaning the deposit of semen somewhere other than in the vagina rather than “some other disorder pertaining to the mode of copulation.” Obviously, sodomy between persons of the same sex is further down the scale of vice and a graver sin because it necessarily excludes the use of the proper organ.

St. Thomas thus points out that while even simple fornication is “against properly human nature, of which the act of generation is ordered to the appropriate education of children,” sodomy is “against the nature of every animal” because it is not aimed at generation at all. Nevertheless, actions today designated “homosexual” are for Thomas just one manifestation of lust among others; the commission of such sins, even the persistent desire to commit such sins, does not constitute a particular class of persons.

Writing for university theology students, St. Thomas is considerably more explicit on the subject than most Christian writers. The author of a fourteenth-century preacher’s manual, Fasciculus Morum, calls sodomy a “diabolical sin against nature” and passes over it “with horror, leaving it for others to expound” and Chaucer’s Parson likewise calls it “thilke abhomynable synne, of which that no man unnethe oghte speke ne write.”

Scriptural writers likewise tend to be reticent on the subject: The epistle of Jude, for example, refers to the sin of Sodom and Gomorrah as fornication and, in a curious circumlocution, the pursuit of “other flesh,” and in writing to the Ephesians St. Paul shrinks from mentioning “things . . . done by them in secret” that “it is a shame even to speak of.” This reluctance even to name or describe sodomy and other forms of lechery seems to undermine the argument that sodomy is of little consequence in the Bible because it is mentioned infrequently.

Although the lecherous act defined as sodomy is simply a sin like any other, its implications are grave, since in Romans St. Paul describes this particular sin as a punishment for the prior sin of unbelief, of a refusal to acknowledge God. From his perspective sodomy results not from an innate condition, “homosexuality,” but from faithlessness. Similarly, the popular argument that Paul meant that sodomy is only a sin when it is committed by those who are “not really homosexuals,” is (at best) problematic, since the authors of sacred Scripture, like the ancient Greeks and Romans, did not recognize the category, “homosexual,” for which they had no term.

A Gay Argument

To be sure, some men and women who identify themselves as “gay” also reject the label “homosexual,” or are at least indifferent to it. This viewpoint is very much in evidence, for example, in the essays and excerpts collected under the title Reclaiming Sodom, where we learn from Jonathan Ned Katz about the very different view of the matter in colonial New England:

As sin, sodomy was an act “committed” or not “committed,” an act (and inclination) for which one was “guilty” or “not guilty,” ashamed or unashamed. As sin, the act of sodomy might be taught by “bad” example, but no one thought (as did late-Victorian doctors) of distinguishing between “acquired” sodomy and “congenital.” A sodomitical impulse was an inherent potential of all fallen male descendants of Eve and Adam. Only in the twentieth century would the doctors’ allegedly objective and scientific concept of “homosexuality” hide the negative value judgment explicit in the colonial concept of sodomy as a sin.

The candor of this passage is admirable even if one does not accept Katz’s belief that the attitudes of the New England Puritans toward sex are irrelevant to us. We study them, he asserts, because “perceiving our own sex and affection as a historical, socially constructed form we better understand the possibility of reconstructing it.”

Similarly, on the book’s first page, the editor, Jonathan Goldberg, extols “the productive role that sodomy has played and can play as a site of pleasures that are also refusals of normative categories” (emphasis in original). In other words, to engage in sodomy is a deliberate means of rejecting traditional moral standards, what Goldberg elsewhere calls “heteronormativity.” This attitude vindicates St. Paul’s assertion that “use which is against nature” is punishment for those “who changed the truth of God into a lie and worshiped and served the creature rather than the Creator.”

The “gay” liberation movement, like feminism, is a branch of the wider sexual revolution that depends upon the postulate that traditional morality is false and untenable because it assumes a stable human nature with corresponding norms of conduct—moral absolutes, in other words. Modern relativism has always maintained to the contrary that our “sexuality” is like every other human capacity and attitude, “constructed” by our social milieu; in Marxist terms it is an ideological “superstructure” arising from the inexorable evolution of the material “base.”

Hence what we call our “nature” is really no more than a temporary accommodation to social pressures generated by the forces of the human environment; hence men commit sodomy not because they are innately “homosexual,” but because the peculiar configuration of their desires in relation to the dynamics of a particular historical moment drives them to it. Since “human nature” is limitlessly malleable, human institutions like “marriage” and “family” lack a specific essence, and we may attach these terms to any arrangements that currently suit our fancy.

Katz and Goldberg, in other words, lay bare the hypocrisy of the claim that individuals are born with an innate and unchangeable “heterosexual” or “homosexual” orientation.

Sex Has New Meaning

So our public language asserts the reality of “homosexuality” as a permanent condition, though there is little if anything in our history (Greek, Roman, and Christian) to justify the idea and even some “gay” theorists do not accept it. The imposition upon an ingenuous public of the terms “homosexual” and “heterosexual” required a prior bit of linguistic legerdemain, namely, the redefinition of “sex” and the displacement of its principal original function by the term “gender.”

Latin provides the root (sexus or secus, probably from “cut” or “sever,” but more pertinently to “divide” or “halve”) for the English word “sex” and for its Romance language equivalents. Since the twentieth century, the word “sex” first evokes the specific notion of sexual intercourse and everything associated with it rather than the simple division of a species into male and female, or the division of humanity into men and women. “Sex” now means primarily an activity rather than a state of being, as in the awkward and ugly, but ubiquitous, phrase, “having sex” (of which the OED attributes the first usage to D. H. Lawrence in 1929).

Once “sex” had acquired this new semantic profile, it became easier to substitute “gender” for “sex” as the denomination of the difference between male and female, man and woman. If the first change, however, was the gradual result of recreation replacing reproduction as the principal association of “sex” in Western culture, the introduction of “gender” as the differentiating term was deliberate and fraught with ideological baggage.

The first edition of the OED (1933) lists sporadic usages of “gender” for “sex” from the fourteenth through the nineteenth centuries, but notes that such usage is “now only jocular.” The second edition (1989) adds this to the entry: “In mod. (esp. feminist) use a euphemism for the sex of a human being, often intended to emphasize the social and cultural, as opposed to the biological, distinctions between the sexes.” It gives 1963 as the date of the first such usage of “gender.”

Before the sixties, “gender” was largely confined to marking the distinctions between “masculine,” “feminine,” and “neuter” nouns and pronouns in various languages. The gender of a noun is quite often purely arbitrary or, if you will, “socially constructed”; that is, there is no particular reason why the Spanish word for pen (la pluma) is “feminine” while a pencil (el lápiz) is “masculine.” Or why in Latin, French, and Spanish the hand (manus, la main, la mano) is “feminine,” while the foot (pes, le pied, el pie) is “masculine.”

The application of the term “gender” to the difference between men and women thus implies, without the argument ever being made, that the differential roles of men and women in family and society are as arbitrary as the gender of nouns. The routine use of “gender” to identify as men or women, test-takers, applicants for driver’s licenses and insurance policies, and virtually all those who fill out almost any kind of document marks the bureaucratic imposition of the feminist view of the sexes on society as a whole.

Manipulated Words

Two linguistic developments over the past several decades have thus been effected by academic and media elites: “gender” has been substituted for “sex” as the designation of the distinction between men and women, and “homosexual” and “heterosexual” have been accepted as legitimate terms for distinguishable classes of persons.

The first development provides an official linguistic approval for the feminist notion that distinctions between men and women are based, not on the intrinsic nature of humankind, but on arbitrary social constructs. The second, conversely, asserts that the compulsion to commit sodomy results not from any disorder, moral, spiritual, or psychological, but from an inherent “homosexual” nature. Apart from the obvious contradiction, further ironies are involved in these verbal manipulations.

If “sex” is understood in its proper sense, then “homosexual” and “heterosexual” are senseless words. Etymologically, “sex” means the “difference” or “division” that makes men and women separate and complementary. To link the unique Latin word sexus with the Greek word for “same” is a contradiction in terms—an unnatural verbal conjunction. “Heterosexual,” on the other hand, is tautological: Sex, by definition, requires someone “other” or “different.”

Former President Clinton was technically correct in denying that he “had sex with that woman.” What he was doing with Monica Lewinski did not require a woman, or even another human being. Orgasm can be reached by a variety of means, but only a man and a woman can engage in actual sexual intercourse and transform the physical difference into conjugal love: face-to-face in the much-maligned “missionary position,” mutually acknowledging the personal identity of each spouse.

“Homosexual” and “heterosexual” can only make even a modicum of sense if “sex” means nothing more than carnal coupling in its myriad ways and is no longer associated with the natural complementary relation of men and women. To have recourse to this definition is, however, to rely on the social-constructivist relativism that drives the sexual revolution, which is an absurd basis for the assertion that “homosexuality” is an innate condition.

To deny that marriage is natural does not make the contrary alternatives “natural” in its stead (to assert thus is to commit the logical fallacy of affirming the consequent). If marriage is not natural, then nothing is, and the claim that a man is “homosexual” by nature undermines the very basis on which the term has been erected, because if “sex” is no more than erotic acts and urges, nothing permanent or intrinsic can be built on the shifting sands of “gender.”

Given the sinfulness of our nature and the mysterious blend of genetic features and external influences that shapes the specific character of particular human beings, it is probable that some individuals are, in fact, born with erotic proclivities toward persons of the same sex (or, for that matter, towards children or beasts or random promiscuity). Nevertheless, compulsive behavior arising from peculiar inclinations is not an adequate basis for establishing social institutions, much less for threatening those upon which society has long depended.

While men and women who are possessed by an urge to commit sodomy with others of the same sex should always be treated with justice and charity, they should not be allowed to determine the norms of moral discourse.

Reasonable Words

The words in which we express our ideas have consequences. To insist that words be used rationally and consistently is a first small step toward recovering moral reason. We should, therefore, refuse to accept “gender” as a relativistic substitute for the fundamental difference indicated by “sex,” while the latter term is expropriated to mean any kind of physical coupling. Above all, we should not acquiesce in the labels “heterosexual” and “homosexual,” when we are referring to men and women.

To concede the validity of such linguistic novelties is to allow the ideologues of the sexual revolution to control the terms of the debate. “Male” and “female,” “masculine” and “feminine,” designate normative components of actual human nature: anatomical, physiological, affective, and rational.

“Homosexuality” is now used to suggest that numerous urges and actions that deviate from these norms hold equivalent status as an element of human nature, but the peculiar use of a natural organ or faculty does not change its nature. A man can walk around on his hands, but that does not turn hands into feet; and society ought not to be obliged to redesign sidewalks and staircases to accommodate compulsive “handwalkers” (manambulants?), even if they are born with the inclination.

No really existing class of persons of a specific, distinct nature corresponds to the word “homosexual” in the way that men and women are distinct, complementary kinds of human being. A claim for specific “homosexual rights” is, therefore, frivolous, and the word is merely an ideological construct aimed at undermining the sexual norms inscribed in human nature. &38226;

The references are, in order, to: K. J. Dover’s Greek Homosexuality (Harvard University Press, 1978 & 1989); Plato’s Symposium 189c–193d (Aristophanes), 198b–212b (Diotima), 180d–183e (Pausanias); St. Thomas Aquinas’s Summa Theologicae II 154 11 & 12 ad 4 and De Malo XV ad 7; Fasciculus Morum VII.Xi; Chaucer X.909; Reclaiming Sodom, edited by Jonathan Goldberg (Routledge, 1994), pp. 49, 58, and 1; Symposium 190b.


Sex with a Difference

While the appropriation of “sex” as a generic term for erotic activity only takes hold in the twentieth century, John Donne’s Songs & Sonets deploys the word in ways that sound suspiciously modern. The speaker of “The Extasie,” for example, assures his beloved that the origin of their love is “not sexe,” which could be taken as a term for erotic gratification. The usage of the word in “The Relique,” however, suggests that there is more to it than that: “Difference of sex no more we knew,/ Then our Guardian Angells doe.”

Although for Donne and his seventeenth-century readers, “sex” has erotic overtones, it is anchored in “difference of sex.” The complexity of the concept of sex—the way it sets carnal coupling in a context of the natural division of men and women—emerges in another Donne lyric, “The Primrose”:

For should my true-Love lesse then woman bee,
She were scarce any thing; and then, should she
Be more then woman, shee would get above
All thought of sexe, and thinke to move
My heart to study her, and not to love.

It is difficult to imagine even so racy a poet as Donne availing himself of our very modern derivative “sexy,” with its suggestion of shameless provocation attached to abject want of inhibition. Donne and his readers understood that “sex” in the modern sense is more gratifying if an expression of the difference of the sexes: that we cannot properly speak of sex in one sense without speaking of sex in the other.

— R. V. Young


N. Bux: «Unità dei cristiani? Non è di questo mondo»

In La Bussola Quotidiana

di Riccardo Cascioli


«Pregare per l’unità dei cristiani è fondamentale per imparare che l’unità viene dall’alto e non dal basso, ma oggi c’è il rischio che anche tra i cattolici si diffonda il ‘virus’ che divide al loro interno le altre Chiese cristiane». E’ quanto afferma don Nicola Bux, teologo, consultore della Congregazione per la Dottrina della Fede, ed esperto di ecumenismo, spiegando il senso della Settimana di preghiera per l’unità dei cristiani che inizia oggi, 18 gennaio, e termina il 25 gennaio.

Don Bux, qual è il valore di questa settimana di preghiera per l’unità dei cristiani?
Serve anzitutto a imparare che l’unità non viene dal basso ma dall’alto. Dopo il primo slancio conciliare che via via si è attenuato, è sembrato affermarsi un contro-modello di ecumenismo che pensava di far sorgere l’unità dal basso. Oggi, forse, con più realismo si torna a comprendere che l’unità è qualcosa che viene dall’alto, non la possiamo costruire noi. L’ecumenismo va inteso come il tentativo di lasciare a Dio quello che è unicamente affare suo, cioè - attraverso le divisioni e i peccati - di chiamare l’uomo all’unità con sé.

Oggi si parla molto di ecumenismo, ma sembra che ci siano tante diverse interpretazioni di questa parola, a volte anche contraddittorie. Ma qual è l’interpretazione corretta?
In genere l’ecumenismo prende come affermazione di base quella contenuta nel capitolo 17 di Giovanni all’interno della grande preghiera di Gesù prima della sua passione: “Che siano uno come, Padre, io e te siamo uno, così siano loro una cosa sola nell’unità”. Gesù stesso quindi invoca il dono dell’unità dall’alto, anche perché lui era dinanzi alle divisioni esistenti, che constatava tra gli ebrei di cui lui era figlio. Quindi in un certo senso la preoccupazione per l’unità gli veniva dalla constatazione della realtà. Tanti gruppi, fazioni, contrapposti tra loro, che i vangeli – e Giovanni – ben documentano.
E dunque il Signore in un certo senso prevedeva, presentiva, che non sarebbe stato molto diverso nemmeno per i suoi discepoli. E pertanto in qualche modo egli comprende che solo un dono dall’alto, un dono abbondante, il perdono, avrebbe limitato gli effetti di quella colpa d’origine che ha provocato la divisione. Non bisogna dimenticare nemmeno nell’ecumenismo che l’unità visibile non c’è perché c’è il peccato. Come diceva Ireneo, dove ci sono i peccati c’è la moltitudine, non c’è l’unità. D’altra parte il peccato è una realtà al punto che nella liturgia pasquale, nel canto dell’Exultet, lo si definisce peccato d’origine, una colpa felice, una felix culpa, quasi un fatto utile. Lo stesso san Paolo nella prima lettera ai Corinzi (11,19) dice testualmente che “è necessario che avvengano divisioni tra voi”. Colpisce che per l’apostolo siano necessarie le divisioni. Potrebbe sembrare una contraddizione: Gesù postula l’unità che viene dall’alto, San Paolo in qualche modo prende atto che ci sono le divisioni. Noi siamo distanti nel tempo, ma vediamo le divisioni reali dei cristiani, da quelle storiche a quelle sottili che passano anche all’interno di ciascuna confessione. E allora comprendiamo davvero che le divisioni forse non ce le potremo togliere almeno fino alla fine dei tempi. Perché è attraverso di esse che noi dobbiamo comprendere che l’unità non è qualcosa che costruiamo noi. E’ un dono, è un perdono, perché se non c’è perdono non c’è alcuna unità. Lo sanno bene i coniugi.
Si deve riconoscere che la realtà, contaminata dal peccato, produce divisioni, che vanno continuamente attraversate non con la pretesa di volerle nascondere o attutire in nome di una unità impossibile. Ma comprendendo che nessuno, cattolico o protestante può imporre all’altro qualcosa che l’altro non è o non ha. Deve nascere dall’interno l’ascolto di tutto quanto di vero e di buono esiste nell’altro perché cresca il dono dell’unità, che comunque è dato dall’alto.

Molto spesso, parlando di unità dei cristiani, ci si riferisce – anche teologi cattolici - a un’ideale “federazione tra le Chiese”, tutte sullo stesso piano. Ma l’obiettivo dell’ecumenismo per la Chiesa cattolica è ben diverso.
La concezione che lei descrive è esattamente quello che intendevo quando parlavo dell’idea di una unità che si vuole costruire dal basso. Si fanno tanti sforzi, che non approdano a nulla, allora si ripiega su una sorta di federazione: cerchiamo di metterci insieme, ognuno rimanga quel che è e tiriamo a campare. Chissà perché poi tra questi sforzi poi c’è il tentativo di far cambiare natura alla Chiesa cattolica.

Può fare qualche esempio?
Pensiamo ad alcuni gruppi di protestanti che cercano di spingere la Chiesa cattolica all’intercomunione. Questa è una delle fisse di alcuni gruppi: facciamo l’intercomunione fra noi,anche se ognuno la realtà della comunione la concepisce diversamente. Come è noto l’idea di eucarestia dei protestanti non è quella dei cattolici: i protestanti vedono l’eucarestia come cena, per noi cattolici Corpo di Cristo come Chiesa e Corpo di Cristo come specie sacramentale costituiscono lo stesso mistero, unico sacramento. Quindi per noi non è possibile essere in comunione con chi la pensa diversamente. Ciononostante tra i protestanti e anche da alcune frange cattoliche, si vuole a tutti i costi spingere verso un’apparenza di unità.
Ma la questione va anche oltre i cristiani e si estende agli ebrei, ad esempio: stamattina ascoltavo un’intervista al rabbino capo di Roma, il quale in certo senso dettava alla Chiesa cattolica i criteri per essere Chiesa. Diceva: dunque dobbiamo eliminare la teologia della sostituzione (il popolo di Dio ha preso il posto del popolo di Israele per quanto riguarda la salvezza). Poi bisogna togliere di mezzo le beatificazioni (con allusione a Pio XII); infine bisogna essere attenti nel richiamare all’unità i lefebfvriani, perché richiamarli significa che il Concilio viene tradito. A me sembra strano che una persona che non è membro della Chiesa cattolica, intervenga in questo modo invece di guardare al proprio interno. Se davvero vuole lavorare per rendere meno difficile la coesistenza tra diversi esseri umani o religioni, si preoccupi piuttosto di guardare al proprio interno quali sono i problemi, i punti su cui lavorare per rendere meno difficile la condivisione tra esseri umani – in questo caso di due religioni – invece di dettare all’altro quello che dovrebbe essere. Questo è un cattivo modo di intendere l’ecumenismo, in questo caso il dialogo interreligioso. Nessuno di noi si sognerebbe di andare dagli ebrei a dire cosa devono o non devono fare.

Si potrebbe però obiettare che anche i cattolici desiderano il cambiamento degli altri, che gli altri tornino all’unica Chiesa cattolica, che anche gli ebrei si convertano. Perché questa non è una mancanza di rispetto?
Appartiene al dna del cattolico, altrimenti non sarebbe cattolico, concepire la Chiesa come pienezza della verità e il massimo possibile dell’unità. Meno della Chiesa cattolica - diceva von Balthasar - vuol dire appartenere a un’altra realtà che non è la Chiesa cattolica. Per un cattolico – consapevole della propria cattolicità – l’appartenenza alla Chiesa cattolica è il massimo di appartenenza ecclesiale cristiana che possa esserci. Questo probabilmente potrà non piacere ad altri, però cerco di far capire con un esempio: se l’idea di sacramento non caratterizza la Chiesa protestante, oppure se l’idea del primato del vescovo di Roma in rapporto a tutti i vescovi del mondo non caratterizza la chiesa ortodossa, vuol dire che siamo dinanzi a un di meno rispetto alla pienezza cattolica. Diceva Balthasar: queste realtà riposano già nella Chiesa cattolica, non sono esterne. Quindi chi non ce l’ha, chi le ha ricusate, per ragioni storiche, certamente non può pretendere che i cattolici tornino indietro. Loro dovrebbero domandarsi perché mai le abbiano rifiutate. Certamente ci può essere la responsabilità da parte cattolica per queste divisioni, ma ciò non toglie nulla della verità riguardo la natura della Chiesa. Tenga anche presente che tutti i cristiani professano lo stesso Credo, che è stato confezionato nei concili di Nicea e di Costantinopoli: quindi tutti affermiamo “Credo la Chiesa una, Santa, cattolica, apostolica”, anche se è evidente che l’affermazione a parole – direbbe sant’Ireneo - non vuol dire che tutti crediamo allo stesso modo.

Quindi come si concilia il dialogo con la missione?
Un cattolico non può non desiderare che qualsiasi essere umano diventi cattolico, perché altrimenti ci sarebbe una domanda grande come una casa sul perché io sono cattolico.
Se sono cattolico credo che sia stato il più grande dono fatto alla mia vita. Se questo dono è stato fatto a me perché non devo desiderare che venga fatto ad altri?. Se io credo che Gesù Cristo è l’unico Signore e il Salvatore dell’umanità perché debbo credere che alcuni settori dell’umanità debbano essere esclusi? La cattolicità, la dimensione cattolica, sta ad indicare questa universalità di sguardo, di destinazione: per noi cattolici non è un limite, anzi, è una missione: guai a noi se non la perseguissimo, come dice San Paolo. Il dialogo è nella ricerca della verità: tra gli ebrei tanti sono diventati cristiani per un movimento spontaneo di approfondimento della loro stessa religione: sono andati a fondo della propria religione, Gesù è il compimento di questa ricerca della verità

Tornando al dialogo fra i cristiani, si ha l’impressione che con gli Ortodossi l’unità sia più facile – o più vicina - rispetto alle Chiese protestanti.
Credo sia un’apparenza. Con gli ortodossi essenzialmente differiamo perché l’idea di Chiesa che loro hanno non postula un principio visibile di unità risiedente nel vescovo di Roma. Loro credono che la Chiesa sia appoggiata unicamente sulle Chiese locali, sulla visibilità locale.
Dire che sia più facile è azzardato perché all’interno stesso dell’Ortodossia, i vescovi e le Chiese in cui l’Ortodossia si articola, hanno totalmente consolidato il principio di autonomia, ognuno fa di testa sua (è il significato letterale di autocefale). Gli ortodossi sanno che questo è il loro grande problema, La struttura ecclesiologica affermatasi nei secoli è arrivata a tal punto che non sono in grado di uscirne.
L’autocefalia è una specie di virus che diventa un principio di distruzione della Chiesa, e purtroppo ha attaccato anche la Chiesa cattolica. Basta pensare all’elefantiasi delle conferenze episcopali (nazionali, regionali, territoriali) che praticamente vogliono dettare legge pure alla sede apostolica di Roma. Il rischio è grave: la realtà – non da oggi – è che c’è un tentativo da parte di alcune conferenze episcopali di costituirsi come alter ego della Santa Sede, dimenticando che le conferenze episcopali non sono di istituzione divina. Sono degli organismi ecclesiali che quindi hanno tutti i limiti degli organismi umani. Neanche l’autorità di un singolo vescovo può essere surclassata da una conferenza episcopale. Ma oggi si assiste a questo, al lento, indiretto esautoramento del l’autorità del singolo vescovo da parte delle Conferenze episcopali. Queste tra l’altro non hanno prerogative dottrinali però molto spesso assistiamo a prese di posizione quasi contestatarie nei confronti dell’autorità del vescovo di Roma, senza la quale non sussiste neanche quella degli organismi collegiali. Come insegna il Concilio Vaticano II, il collegio dei vescovi non è mai senza il suo capo. Se non provvediamo subito a curare questo virus rischieremo di trovarci anche noi in situazioni analoghe – e direi sempre più difficili – a quelle dei cosiddetti fratelli separati.

Carta aberta de M. Introvigne ao Bispo P. Urso sobre "uniões gay"

In La Bussola Quotidiana

Eccellenza Reverendissima mons. Paolo Urso, vescovo della bella città siciliana di Ragusa,

Le indirizzo questa lettera aperta dopo avere letto non solo la Sua discussa e ormai famosa intervista al Quotidiano.net – uscita con il titolo «Il vescovo Urso: “Lo Stato riconosca l’unione gay”» –, ma anche le precisazioni che ha ritenuto opportuno fornire al sito locale Ragusa News.

La ringrazio, anzitutto, per le precisazioni. Mi fa piacere leggere che come pastore condivide la posizione del «Catechismo della Chiesa Cattolica» e del Magistero in genere, e ribadisce che «quella dell’omosessualità è oggettivamente una cosa disordinata». Lei ha ragione: non si deve confondere l’accoglienza e l’accompagnamento delle persone omosessuali, che fanno parte della grande misericordia e capacità di ascolto della Chiesa, con gli atti omosessuali, che rimangono «oggettivamente disordinati». Considerata la grande confusione che regna sul punto, affermare che quello degli omosessuali è semplicemente «un percorso differente» può forse prestarsi a interpretazioni ambigue. Ma aiuta a fare chiarezza la Sua precisazione che «Gesù avvicinava le prostitute, i peccatori, ma non per questo li condivideva».

D’accordo, dunque. E non mi verrebbe mai in mente di mettermi a dare lezioni di morale a un vescovo. Come ho scritto ad altro proposito su questo giornale, nutro viva antipatia per chi tira i vescovi per la veste episcopale cercando d’insegnare ai presuli a fare il loro mestiere.
Tuttavia, nella Sua intervista, Lei fa una distinzione che mi permette, sempre – ci mancherebbe altro – con il dovuto rispetto dovuto a un successore degli Apostoli, d’intervenire come laico. Afferma infatti che altro è il giudizio morale, altra è la valutazione politica, su cui Ella si esprime come cittadino italiano. In quanto cittadino, «educato alla laicità dello Stato», Lei afferma che lo Stato deve riconoscere le unioni di fatto: «Uno Stato laico come il nostro non può ignorare il fenomeno delle convivenze, deve muoversi e definire diritti e doveri per i partner. Poi la valutazione morale spetterà ad altri».

E questo riconoscimento dovrebbe estendersi anche alle unioni omosessuali. «Quando due persone decidono, anche se sono dello stesso sesso, di vivere insieme, è importante che lo Stato riconosca questo stato di fatto. Che va chiamato con un nome diverso dal matrimonio, altrimenti non ci intendiamo».

Qui, naturalmente, non stiamo più parlando di teologia morale – di cui i vescovi sono per definizione maestri – ma di politica, un ambito dove l’instaurazione cristiana dell’ordine temporale, come insegna il Concilio Ecumenico Vaticano II, è compito primario dei laici. Non mi sembra dunque di commettere un’invasione di campo segnalandoLe alcuni elementi di fatto e di principio che sembrano militare oggettivamente contro la Sua posizione.

Parto da un tema di fatto. È apprezzabile che Lei ribadisca che, comunque, una unione omosessuale non è un matrimonio, e che se si arrivasse a chiamare «matrimonio» un’unione fra persone dello stesso sesso questo causerebbe seri problemi sociali. Di fatto, tuttavia, la maggioranza dei Paesi che hanno concesso forme di riconoscimento alle unioni fra persone dello stesso sesso hanno poi introdotto leggi che hanno effettivamente creato un «matrimonio» omosessuale, chiamato proprio con questo nome. Il Magistero cattolico ha parlato più volte di una «legge del piano inclinato»: se si apre la porta al riconoscimento di queste unioni con il nome di PACS, DICO o simili, il matrimonio è dietro l’angolo come tappa successiva.

Mi permetto di consigliarLe la lettura del libro sul matrimonio omosessuale del filosofo francese Thibaud Collin. Collin si definisce un sostenitore pentito dei PACS (Patti Civili di Solidarietà), nati in Francia e da qui esportati in tanti altri Paesi. Aveva accettato i PACS, scrive, perché lo avevano convinto che questi erano l’alternativa al matrimonio omosessuale, che Collin considera un rischio mortale per la famiglia. Date agli attivisti omosessuali i PACS, gli dicevano i suoi amici: avranno risolto i loro problemi, e non chiederanno più il matrimonio. Senonché non si era ancora asciugato l’inchiostro della firma dell’allora presidente Jacques Chirac sulla legge sui PACS che già quegli stessi che avevano usato questo argomento si affrettavano a presentare proposte di legge per il matrimonio omosessuale, che hanno fatto il loro cammino e ora ritornano nella campagna elettorale francese. Dunque mentivano: i PACS (o DICO, o come altro li si chiami) non sono l’alternativa ma l’apripista al matrimonio omosessuale. Dopo il quale verranno – la Gran Bretagna insegna – il diritto delle coppie gay ad adottare bambini, e l’obbligo per gli enti anche privati (compresi quelli cattolici, a pena di chiusura) che si occupano di adozioni a non discriminare fra coppie etero e omosessuali quando si tratta di scegliere a chi dare in adozione un bambino. «Legge del piano inclinato», appunto.

In realtà, lo scivolamento sul piano inclinato comincia prima del riconoscimento delle coppie omosessuali. Comincia quando si riconoscono le coppie di fatto, anche se composte da persone di sesso diverso. Contrariamente a quanto Lei afferma, questo riconoscimento è una vera minaccia per il matrimonio. Il 12 gennaio 2006 il Papa ha ricordato agli amministratori di Roma e del Lazio che è «un grave errore oscurare il valore e le funzioni della famiglia legittima fondata sul matrimonio, attribuendo ad altre forme di unione impropri riconoscimenti giuridici, dei quali non vi è, in realtà, alcuna effettiva esigenza sociale». L’11 gennaio 2007, parlando di nuovo agli stessi amministratori romani e laziali, Benedetto XVI è tornato sul punto, definendo «pericolosi e controproducenti quei progetti che puntano ad attribuire ad altre forme di unione impropri riconoscimenti giuridici, finendo inevitabilmente per indebolire e destabilizzare la famiglia legittima fondata sul matrimonio».

Temerei di annoiarla, eccellenza, elencando le molte altre volte in cui il Pontefice ha ripetuto lo stesso concetto. Questi riconoscimenti sono «impropri», «pericolosi», «controproducenti»; destabilizzano i matrimoni; sostenerli è un «grave errore». Ma forse il Papa continua a ripetere le stesse cose perché molti non le ascoltano.

Quanto poi al riconoscimento delle unioni omosessuali, nel discorso di auguri natalizi alla Curia romana – come sa, un genere letterario che offre sempre l’occasione al Pontefice per interventi particolarmente importanti – del 22 dicembre 2006, Benedetto XVI ha osservato che il problema è ancora più grave, perché tocca la natura stessa della persona umana. In effetti, tali riconoscimenti non propongono nulla di meno che «la relativizzazione della differenza dei sessi. Diventa così uguale il mettersi insieme di un uomo e una donna o di due persone dello stesso sesso. Con ciò vengono tacitamente confermate quelle teorie funeste che tolgono ogni rilevanza alla mascolinità e alla femminilità della persona umana, come se si trattasse di un fatto puramente biologico; teorie secondo cui l’uomo – cioè il suo intelletto e la sua volontà – deciderebbe autonomamente che cosa egli sia o non sia. C’è in questo un deprezzamento della corporeità, da cui consegue che l’uomo, volendo emanciparsi dal suo corpo – dalla “sfera biologica” – finisce per distruggere se stesso».

Anche in questo caso, il Papa ha risposto all’obiezione consueta, che ormai suona come un disco rotto, secondo cui la laicità dello Stato imporrebbe tali riconoscimenti, e la Chiesa dovrebbe tacere. «Se ci si dice che la Chiesa non dovrebbe ingerirsi in questi affari, allora noi possiamo solo rispondere: forse che l’uomo non ci interessa? I credenti, in virtù della grande cultura della loro fede, non hanno forse il diritto di pronunciarsi in tutto questo? Non è piuttosto il loro – il nostro – dovere alzare la voce per difendere l’uomo, quella creatura che, proprio nell’unità inseparabile di corpo e anima, è immagine di Dio?».

Ecco, Eccellenza, Lei è noto ai Suoi diocesani per alzare la voce per molte cause, fra cui nella recente intervista ricorda come a Lei particolarmente care la lotta contro la base NATO di Comiso e quella per un «raccordo stradale migliore tra Ragusa e Catania». Quest’ultima causa è certamente popolare a Ragusa. Ma, vedendo le cose da più lontano, mi piacerebbe – con il dovuto rispetto – che ci fosse un raccordo migliore pure fra le Sue prese di posizione sul riconoscimento delle unioni di fatto, anche – o in particolare – fra persone dello stesso sesso, e quelle del Magistero pontificio: a chiarezza ed edificazione dei cattolici, a illuminazione della politica che ne ha tanto bisogno, e a maggior gloria di Dio, anche sociale.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Eu sei que o meu Redentor Vive

A Fé, como vimos, é um conhecimento verdadeiro e uma certeza firmíssima. Não porque se trate de uma evidência racional, uma vez que o Seu objecto ultrapassa infinitamente a razão natural, mas porque assenta na autoridade de Deus que Se revela, o qual nem nos pode enganar - sendo Ele a Verdade absoluta -, nem pode enganar-Se (Aliás, nem poderíamos amar a Deus se não O conhecêssemos). Por outro lado, não gozamos ainda da visão beatífica que será concedida aos eleitos depois da “irmã morte corporal”.

O conhecimento perfeito de Deus e das Verdades puramente sobrenaturais, pela Fé, embora seja uma participação na ciência Divina, ou seja, uma participação no conhecimento que Deus tem de Si mesmo, é inevidente (do ponto de vista meramente racional) porque não se impõe de modo imediato nem demonstrativo mas sim por ciência ou intuição. Por outras palavras, a Fé é um acto de assentimento do intelecto enquanto determinado pela vontade.

O testemunho daqueles que vendo o Filho n’ Ele toparam o Pai e que chegou, de boca em boca, de vida em vida, de sacramento em sacramento, através dos tempos, até ao presente, e por nós foi acolhido, por virtude do Espírito Santo é um saber verdadeiro: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida (Jesus Cristo) - porque a Vida manifestou-se e nós vimo-la, dela damos testemunho e anunciamos-vos a Vida eterna que estava no Pai e que se nos manifestou -, o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também vós estejais em comunhão connosco. E nós estamos em comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Escrevemos-vos isto para que a nossa alegria seja completa.” (1 Jo. 1-4). Por isso, a Igreja, pela boca de Job, proclama, com toda a certeza: “Eu sei que o meu Redentor (Jesus Cristo) vive … Revestido da minha pele, estarei de pé (ressuscitado), na minha carne (depois da morte, aquando do Juízo final) verei a Deus. Eu próprio O verei, os meus olhos O hão-de contemplar” (Job 19, 25-27).

Nuno Serras Pereira
15. 01. 2012

Trasladando fiestas - Juan Manuel de Prada

In Religión en Libertad

Si Zapatero hubiese tenido la ocurrencia de trasladar las fiestas a los lunes, y de cargarse de paso festividades de gran arraigo como la Asunción de la Virgen o el día de Todos los Santos, habríamos escuchado enseguida -con voz tonante y airada- que su propósito no era otro sino descristianizar la sociedad. Pero quien ha tenido la ocurrencia ha sido Rajoy; y, misteriosamente, nadie le ha atribuido semejante propósito. De donde se deduce -risum teneatis- que si las festividades religiosas se las carga un gobierno de izquierdas, hemos de presumir que su propósito es descristianizar la sociedad; en cambio, si quien se las carga es un gobierno de derechas, hemos de presumir que su propósito es «racionalizar el calendario laboral y reactivar la economía». Que la economía vaya a reactivarse por quitar cuatro días de fiesta, o por correrlos al lunes, es una sandez que sólo se le habría ocurrido a aquellos arbitristas demenciales de los que se cachondeaba Quevedo; pero vivimos en una época tan confusa que las sandeces más grotescas pueden pasar fácilmente por ideas geniales.

El mundo liberal siempre tuvo la obsesión de cepillarse el calendario cristiano. Primero lo intentó con el desquiciado calendario napoleónico; y, fracasado aquel empeño arbitrista, se dedicó, al tiempo que la Iglesia reducía sus fiestas de precepto, a multiplicar las suyas, hasta tupir el calendario con una caterva de fiestas civiles, a cada cual más relamida y rimbombante. Las fiestas verdaderas, que sólo pueden ser religiosas, no tienen más sentido que santificar la vida: se basan en la necesidad que el hombre tiene de encontrarse a sí mismo bajo la luz de una fe comunitaria; y se cumplen en la recepción de un don espiritual. Las fiestas civiles, que son falsificaciones paródicas de las religiosas, nunca cumplieron ninguna de estas dos funciones; pero su proliferación insensata logró enturbiar el sentido originario de las fiestas religiosas, hasta equipararlo con el de las fiestas civiles, como mera ocasión para el ocio consumista. Una vez lograda esta equiparación turbia, se prueba ahora a cambiar de fecha las fiestas religiosas, o a borrarlas del calendario, en la confianza de que su traslado o supresión no ocasionará mayores resistencias que el traslado o supresión de las insustanciales fiestas civiles. Y como quien anuncia esta barrabasada no es Zapatero, sino Rajoy, ni los católicos rechistamos, en lo que se demuestra que la ofuscación ideológica ha logrado desecar el meollo de nuestra fe, convirtiéndola en una sucesión de automatismos vacuos; en esto consiste el fariseísmo.

Existe un axioma biológico infalible: a medida que disminuye lo vivo, aumenta lo automático. Cuando las fiestas religiosas se convierten en un automatismo vacuo importa poco, en efecto, que se cambien de día. Si fuesen fiestas vivas, su traslado por decreto nos resultaría tan desquiciado y abusivo como una orden ministerial que nos exigiese celebrar nuestro cumpleaños en domingo, o parir durante el mes de vacaciones; pues ese traslado obedece a la misma visión mecanicista -automática- del hombre, reducido a un gurruño de carne sin necesidades espirituales, para quien las fiestas se han convertido en meras ocasiones para el ocio consumista. ¡A trabajar y a consumir, españolitos sin fe, que hay que «reactivar» la economía!

«Al que no tiene, aun lo que tiene se le quitará», leemos en el Evangelio. Así se recompensa la fe de los tibios. Después de todo, la ocurrencia de Rajoy de quitarnos o trasladarnos las fiestas religiosas puede que sea un instrumento del designio divino.

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