sábado, 17 de julho de 2010

Ex-Lesbian Janet Boynes Tells Moving Story of Conversion


By Matthew Cullinan Hoffman

July 16, 2010 (
LifeSiteNews.com) - Former lesbian Janet Boynes says that her homosexuality began as it does for many women: as a response to sexual and psychological abuse she suffered as a child.

She was raised by one of her mother's boyfriends, an alcoholic who abused her mother, who in turn showed Boynes little affection. At 12 she was molested by a relative, then an altar boy at her church. She began to suffer an aversion to men, and found that her own sex was more appealing. She also began using drugs.

"I was starting to become more attracted to women," Boynes told CBN in a recent interview. "So many men had hurt me that these women, I thought, were a lot more like me."

Her pain was covered over by a false masculinity that made her into a school bully, she says, and already in school people began to ask her if she was a lesbian - an idea she avoided until her 20s, when her loneliness led her to her first sexual encounter with a woman.

Although she had had a conversion to Christianity, Boynes says her lesbian experience led her to reject her faith and to enter into the homosexual lifestyle, with all of its turbulence and pain. She moved from one relationship to the next, became a cocaine addict, and developed bulimia, she says.

"My life was miserable. It was starting to go literally down the tubes," says Boynes. "But I was refusing to come back to God."

However, her life began to change when she was invited to a local church that she had often seen on her way to work.

"And me, not thinking in my right mind, I said, 'sure, I'll go.' and I came in with these sweat pants on, looking grubby, not knowing what to expect," Boynes told CBN. "I'm in a room with nine other women, just beautiful women, feminine, and I thought, 'what have I gotten myself into?' so, I'm sitting there with my head down, feeling so ashamed, thinking these women are cruel, they're going to chew me up and spit me out."

"Everyone introduced themselves, and when they got to me, they asked me my name, and I said, 'my name is Janet.' and I said, 'I'm living a homosexual life. But if you help me, I will live my life for the Lord.'"

Boynes says she was shown compassion and understanding, and given support by the church's members in her struggle to free herself from her addictive lifestyle. Eventually, a couple offered to take her into their home, where she lived for a year and received the love she had never experienced as a child. She abandoned lesbianism permanently, and recovered her heterosexual identity.

"I want everybody else that's living the homosexual life who didn't have a great mother or who didn't have a great father to experience that God is a father to the fatherless or motherless," says Boynes. "That what he's done for me, he will do for them also."

Eleven years later, Boynes runs a ministry that offers help to those seeking to escape from the homosexual lifestyle. She also recently testified before the Minnesota Senate's Judiciary Committee against the creation of homosexual "marriage."

Noting that she and one of her lesbian partners wanted to "marry" and adopt children, she told the committee: "I'm so thankful that we did not go through with the plan and perpetuate another dysfunctional family. Children need one mother, and one father."

She also noted that "by legalizing homosexual marriage you are supporting and encouraging behavior that scientific evidence shows makes people sick, often incurable and fatal. I saw this borne out in the lives of many of my friends while I was living a lesbian lifestyle."

Related LifeSiteNews coverage:

Former Lesbian: I Craved Emotional Balance of Hetero Relationship

http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/jul/10070804.html


From Lesbian Atheist to Stay-at-Home Mother of Six: Quebec Journalist Tells Her Story

http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/may/10052001.html


sexta-feira, 16 de julho de 2010

"A Sede Apostólica Romana não pode ser julgada por ninguém"

por Roberto de Mattei

"Prima sedes a nemine iudicatur", "A Sede Apostólica Romana não pode ser julgada por ninguém", estabelece o cânone 1404 do Código de Direito Canónico actualmente em vigor.

As origens deste axioma sobre a impossibilidade de julgar o Papa são antigas e gloriosas. Formulado por São Gregório VII, na Dictatus Papae (1075), contra o cesaro-papismo alemão, ele foi proclamado por Bonifácio VIII na bula Unam Sanctam (1302), contra o galicanismo de Filipe o Belo, e definido pelo Concílio Vaticano I (1870), contra o laicismo liberal. É desta afirmação de princípio que tem de partir uma reacção contra as agressões do relativismo contemporâneo que não queira ser tímida nem pretensiosa. Não temos de nos esforçar por demonstrar que o Papa está "inocente" das ignóbeis acusações de cumplicidade com os crimes de pedofilia; temos de salientar, antes de mais, que o Papa não pode ser julgado por ninguém e repelir com indignação toda e qualquer tentativa de levar a Igreja a tribunal. Referimo-nos à Igreja e não a bispos ou a sacerdotes individualmente considerados; a Igreja enquanto tal não pode ser responsabilizada por crimes eventualmente cometidos por homens da Igreja, porque é uma sociedade jurídica perfeita, impassível, por natureza, de ser julgada. E contudo, é precisamente este o ponto do ataque em curso.

O que está a passar-se deve levar-nos a reflectir. A 24 de Junho, enquanto a conferência episcopal belga se encontrava reunida em Bruxelas, trinta polícias munidos de uma ordem judicial irromperam pela sede do episcopado adentro e mantiveram presos, durante nove horas, os bispos presentes. Nesse mesmo dia, armados de martelos pneumáticos, os polícias desceram à cripta da Catedral de São Romualdo, em Malines, e profanaram os túmulos dos Cardeais Jozef-Ernest Van Roey e Léon-Joseph Suenens, arcebispos de Malines-Bruxelas, em busca de improváveis "documentos". Além disto, sequestraram os 475 dossiers sobre pedofilia que estavam a ser analisados por uma comissão independente nomeada pela Cúria e, alguns dias mais tarde, revistaram a casa do Cardeal Godfried Danneels, primaz da Igreja belga entre 1979 e 2009, que foi sujeito a um interrogatório de dez horas nas instalações da polícia. É absolutamente claro que, a pretexto de uma investigação sobre casos de pedofilia, aquilo que se pretendia era julgar e desacreditar mediaticamente, não este ou aquele prelado, mas toda a Igreja belga.

Desde os tempos da Guerra Civil de Espanha (1936-1939) que não acontecia nada assim na Europa. Mas o que se passou, poucos dias depois, nos Estados Unidos, é ainda mais preocupante: a 29 de Junho, o Supremo Tribunal retirou a imunidade jurídica à Igreja americana, admitindo que as autoridades do Vaticano possam ser imputadas num processo do Oregon, por abusos sexuais cometidos por um religioso. A Igreja foi assim privada da sua dimensão jurídica supranacional e reduzida a uma associação meramente privada, cujos superiores respondem de forma solidária pelos crimes dos seus dependentes. Teoricamente, este tribunal podia, portanto, confirmar que o processo em causa era imputável ao Papa Bento XVI, ao Secretário de Estado, Tarcisio Bertone, e ao núncio apostólico nos Estados Unidos, o Arcebispo Pietro Sambi. Entretanto, e nas vésperas da viagem de Bento XVI a Inglaterra, alguns militantes ateus apresentaram solicitação idêntica à magistratura daquele país.

Sobre este ponto, impõem-se algumas considerações. Nos anos do Concílio, houve quem dissesse que a Igreja devia abandonar o tom firme com que se expressava, deixar de ter posições intransigentes e procurar o diálogo com o mundo moderno, um mundo que não lhe era nem hostil nem estranho, e do confronto com o qual a Igreja sairia enriquecida. A vanguarda desta nova "pastoral" estava sedeada na Europa Central e tinha como campeão o Cardeal Leo-Joseph Suenens, o primaz da Bélgica, o homem que, em 1968, dirigiu a resistência à Humanae Vitae de Paulo VI; ora, observamos que, nos dias de hoje, a Bélgica – o país mais secularizado da Europa – nem pelo túmulo do cardeal tem respeito.

Os católicos mudaram de atitude relativamente ao mundo, praticando um falso diálogo, mas nem por isso o processo de descristianização foi suspenso. O mundo não se deixou "permear" pela influência da Igreja, antes se organizou contra ela. É impossível negar a existência de uma estratégia anti-cristã coerente e sistemática, que chega ao ponto de pretender retirar os crucifixos de todos os locais públicos!

A 28 de Junho, Bento XVI anunciou a criação de um Conselho Pontifício para a Nova Evangelização dos países europeus que já receberam a fé cristã. As nações "apóstatas" não se pronunciaram, certamente porque a matilha mediática terá visto nesta posição uma declaração de guerra, como sugere Jean Madiran (Présent, 3 de Julho de 2010). Mas já a 24 de Março de 2007 o mesmo Bento XVI tinha usado o termo "apostasia" para referir o recuo que se verifica na Europa dos nossos dias, da fé cristã a um tribalismo dissolvente, em que nada resta dos princípios e das instituições que tornaram grande o nosso continente. Quando os Estados impõem aos seus povos a educação sexual obrigatória, o "casamento" homossexual, o aborto, a eutanásia e a destruição de embriões, mancham-se de apostasia, porque invertem a ordem natural e cristã que lhes foi comunicada pelos primeiros evangelizadores. E tal acontece por respeito a um plano muito específico, promovido pelas centrais anti-cristãs.

Na batalha em curso, a Igreja não dispõe de uma força política, económica ou mediática com que se oponha ao mundo. A única arma de que a Igreja dispõe é a da verdade religiosa e moral de que é a guardiã. Com efeito, e como dizia Pio XII, a Igreja "é uma potência religiosa e moral, cujas competências se estendem a todos os campos religiosos e morais que, por sua vez, abarcam as actividades livres e responsáveis do homem, considerado em si mesmo e na sociedade" (Discurso de 12 de Maio de 1953). A Igreja reivindica, pois, o direito de julgar os homens e a sociedade à luz da lei divina e natural de que é guardiã, mas não pode ser julgada por nenhuma autoridade humana, dado que não há na terra autoridade que lhe seja moral ou juridicamente superior. Definir a verdade e condenar o erro são componentes da sua missão, uma missão que postula a liberdade e a independência do poder civil. No curso da sua história, a Igreja sempre combateu em defesa da própria liberdade, contra as prevaricações dos poderosos. "Ao confiar a sua grei a Pedro, o Senhor não teve a intenção de abrir uma excepção para o rei", observava São Gregório VIII, reivindicando o princípio da suprema e universal jurisdição do Pontífice sobre todos os homens, sem excepção do rei, reafirmado na 19ª proposição da Dictatus Papae.

Num discurso proferido a 29 de Junho, o Papa reivindicou, como São Gregório, a libertas ecclesiae, observando que "se pensarmos nos dois milénios da história da Igreja, observamos que – como tinha anunciado o Senhor Jesus (cf. Mt 10, 16-33) – nunca os cristãos deixaram de sofrer provações que, em alguns períodos e locais, assumiram o carácter de verdadeiras perseguições. Mas estas perseguições, mau grado os sofrimentos que provocam, não constituem o perigo mais grave para a Igreja; com efeito, os maiores danos são os que provêm daqueles que corrompem a fé e a vida cristã dos seus membros e das suas comunidades, atacando a integridade do Corpo Místico, debilitando a sua capacidade de profecia e de testemunho, embaciando a beleza do seu rosto". Existe contudo "uma garantia de liberdade dada por Deus à Igreja, uma liberdade dos laços materiais que tentam impedir-lhe ou coarctar-lhe a missão, mas também dos males espirituais e morais passíveis de a prejudicar na sua autenticidade e credibilidade" (Osservatore Romano, 30 de Junho de 2010).

O que significa que é no interior da Igreja que se têm de procurar os recursos para o seu renascimento. Bento XVI parece estar profundamente convencido disto mesmo. Tal como aconteceu no século XI, a Igreja tem hoje necessidade de uma grande reforma espiritual. Mas, à semelhante da reforma que teve lugar no tempo de Ildebrando de Sovana e de Pedro Damião, também a reforma dos nossos dias tem de ter como fulcro a consciência do primado religioso e moral do Romano Pontífice sobre todas as criaturas.

Vaticano lanza web sobre respuesta de la Iglesia Católica a abusos sexuales


VATICANO, 16 Jul. 10 / 11:25 am (ACI)

La Santa Sede lanzó el sitio web http://www.resources.va , sobre la respuesta de la Iglesia a los abusos sexuales que contiene, entre otras cosas, las "intervenciones de los papas Benedicto XVI y Juan Pablo II sobre este tema".

El sitio web cuenta con las modificaciones introducidas en las nuevas "Normas sobre los delitos más graves" (Normae de gravioribus delictis), así como cartas pastorales, una Guía para comprender los procedimientos fundamentales de la Congregación para la Doctrina de la Fe cuando se trata de las acusaciones de abusos sexuales, entre otros materiales.

Asimismo, el sitio web ofrece un "Glosario de términos" (en inglés) sobre este tema y todo el material en diferentes idiomas (español, italiano, francés, portugués, alemán e inglés).

Para consultar el contenido del sitio web ingrese a: http://www.resources.va


Nova Evangelização - à portuguesa


(Há textos que para se perceber o seu sentido têm de ser lidos na sua totalidade. Creio que este será porventura um deles.)

1. Sabereis que quando o Papa João Paulo II, esse Santo, convocou à nova Evangelização foi mal compreendido por muitos. Rosnavam estes que o Evangelho era eterno e que falar de um novo Evangelho era uma heresia. E, nisto, tinham claro toda a razão. A verdade, porém, é que o Santo Padre nunca falou de um novo Evangelho, antes sublinhou que o Evangelho de sempre deve continuamente encontrar quem o anuncie com um novo ardor, com novos métodos, enfim, com aqueles instrumentos acidentais, que não essenciais, que as circunstâncias deste tempo aconselham. A novidade, aliás, não exclui necessariamente o antigo, por vezes até o recupera, embora inserindo-o num novo contexto. A arte, por exemplo, quer nas suas expressões mais sublimes, quer quando exprime a simplicidade de um povo que genuinamente vive a sua Fé e a tem inculturada no dia-a-dia, como que ultrapassa as fronteiras da temporalidade. A sua verdade perdura e continua a comunicar-se-nos nos dias de hoje. Por isso, não obstante, se dever estar sempre aberto à criatividade, que, se autêntica, é dom gratuito do Criador, e às novas expressões da Beleza eterna, que é Deus, não só se pode como é aconselhável repropor o antigo. Aliás, este é fonte perene de novidade, uma vez que não há futuro sem memória.

2. Vai para uns 30 anos que o Rafael Salinas Calado, Deus lhe fale na alma, que conheci num “cursilho de cristandade”, muito meu amigo, com quem tinha grandes conversas pelas ruas e cervejarias do bairro de Alvalade, me levou a ver o museu dos azulejos, de que era director. Com um grande entusiasmo, que eu na altura não compreendi[1], me falou do azulejo, da sua beleza, do seu valor, da sua preciosidade e até da sua portugalidade; outrossim desabafou com muita tristeza sobre as dificuldades, a incompreensão, a destruição de grande parte deste vasto património abandonado, roubado, escaqueirado.

É verdade que da parte de meus pais sempre recebi incentivos a apreciar a beleza de tantos azulejos em Igrejas e santuários. São daquelas coisas que ficam mas depois se vão desvanecendo com o tempo até que a pessoa descobre por si própria, com uma nitidez de gigapixéis[2], o que tantas vezes tinha olhado sem ver realmente. Antes tinha-me entusiasmado, e com muita razão, pelos frescos e pinturas que vi por grande parte da Itália, na minha vida de frade. Era o deslumbramento não só com a beleza genial e inspirada, mas com a lindeza do diferente, do nunca visto.

Depois, já ordenado Sacerdote, fui descobrindo, em Portugal, uma multidão de Capelas e Igrejas nos Baptizados e Casamentos que celebrava (o casamento é a união indissolúvel, exclusiva e aberta à vida, entre um homem e mulher) muitas delas azulejadas que eram de uma formosura indescritível. Muitos desses painéis que admirei são verdadeiros catecumenatos visuais. São Evangelho que nos entra pelos olhos dentro e penetra até ao âmago da unidade entre o corpo e a alma.

3. Com estas novidades, nem todas elas são boas senão que algumas são péssimas, de querer desenraizar a Europa do cristianismo e da sua cultura que se tem manifestado, entre muitas outras coisas na abolição do Crucificado e de outros símbolos religiosos do espaço público fui deparando com uma diminuição drástica dos registos nas casas portuguesas. Chamo registos àqueles painéis de azulejos figurando Jesus Cristo, Nossa Senhora, os Santos e outras figuras religiosas que era costume colocar no exterior de cada habitação. Uns deslumbravam pelo seu esplendor, outros comoviam pela sua ingenuidade, aqueles pareciam-nos pirosos no seu gosto, mas gritavam a Fé.

Estes registos, benzidos, eram por um lado uma protecção do Céu (por exemplo, em Lisboa encontram-se muitos de S. Marçal, Bispo, para proteger dos incêndios) por outro, uma ocasião de oração para quem passava que a ver a imagem sagrada elevava o pensamento a Deus, pedindo a intercessão da Virgem Maria, ou do santo representado. A câmara de Cascais em grandes painéis representa S. Pedro e S. Paulo, os quatros Evangelistas, Santo António, S. João de Brito, S. Marçal, S. Sebastião e S. Jerónimo. Não sei se a intenção era implorar a protecção da cidade. Mas sei que vale a pena ir a Cascais só para ver esse edifício e para se recolher em oração diante dessas imagens que nos remetem para a Santidade de Deus presente naqueles que ali são representados e que agora gozam da bem-aventurança eterna. Contemplando-os nessas “fotografias” azulejadas, queremos saber quem foram, o que fizeram, o que pregaram, escreveram e ensinaram. E tudo isso nos atira para os Evangelhos, para Jesus Cristo, o único Salvador e Redentor, quer das pessoas, quer dos povos e das nações.

Este deserto do Sobrenatural em que as nossas cidades se estão a tornar pode e deve ser contrariado.

Não quero de modo nenhum fomentar uma cruzada. Mas quero com todas as veras suscitar uma azulejada!, de motivos religiosos, como é claro. A nova Evangelização, à portuguesa, isto é, devidamente inculturada, passa pela azulejada. Querem expulsar Deus do espaço público? Enchamos as nossas moradias e prédios de registos de azulejos, maiores ou menores, consoante a circunstância e as possibilidades. Tornaremos as nossas cidades mais belas e mais cristãs.

Importa agora uma pausa neste assunto para a ele voltar mais adiante.

4. Foi-me concedida a Graça de poder percorrer durante vários anos muitas Igrejas e Santuários em Itália. Vamos ao exemplo de Assis (Mas podiam ser os museus do Vaticano). Nesta cidade onde S. Francisco nasceu e viveu não se pode usar flash nem tripé para tirar fotografias nas Igrejas magnificamente pintadas ou esculpidas (embora muitos não respeitem a proibição). Mas qualquer turista ou peregrino que o queira, encontra, adjacentes aos lugares de culto, lojas com reproduções, notáveis pela sua qualidade e pela sua dimensão, que pode comprar e levar para sua casa, para a Paróquia ou para oferecer aos familiares e amigos.

Pelo contrário, aqui em Portugal é um desastre. Vamos nós, por exemplo, ao museu dos azulejos (neste pelo que me informaram não existe um arquivo fotográfico nacional dos azulejos de Portugal!), ao palácio de Queluz, a o convento de Mafra. Contemplamos encantados as maravilhas que ali estão. Queremos levar uma recordação. Os livros que existem não têm a maioria dos quadros ou imagens esculpidas que queremos; as poucas que têm são minúsculas ou de reprodução fraca. Postais, são raros e manhosos. Posters, não há. O que abundam são funcionários zelosos que quando fotografamos, mesmo sem tripé nem flash, parece que contam as fotografias para nos advertir que precisamos de uma autorização superior. Enfim, um desassossego. Claro que nestas condições só mesmo com uma câmara de topo se consegue alguma coisa de jeito, com resolução suficiente para poder reproduzir e oferecer.

Esta gente da cultura ou do estado é como os cães que não comem nem deixam comer (quando antigamente o cão se deitava na manjedoura cheia de palha, não a comia por não ser alimento próprio de caninos, mas também, rosnando e ladrando, que o jumento ou a vaca se nutrissem).

5. Recordo-me de na minha meninice e adolescência acompanhar os meus irmãos mais velhos, em especial o Gonçalo, na descoberta da fotografia. Foi em Abrantes que pela primeira vez assisti extasiado à revelação de fotografias na loja a que habitualmente recorríamos para comprar material fotográfico e revelar os rolos.

Mais tarde, em Lisboa, entusiasmei-me pela arte, embora, nem por sombras, como a de um amigo que é hoje um conceituado fotógrafo. Passei então algumas férias fotografando, experimentando ângulos, aberturas, velocidades e revelando, a preto e branco – uma vez ia ficando debaixo de um comboio rápido na Parede…

6. Depois a vida tornou-se vertiginosa e sucederam tantas coisas, algumas das quais já tenho partilhado convosco, que não obstante conservar o gosto pela fotografia não a praticava. Porém de há una anos a esta parte tenho vindo a fotografar esporadicamente quer confrades, quer familiares, quer motivos religiosos. Há alguns meses, no entanto, caiu-me do Céu, desígnios da Providência Divina, uma câmara boa, de alta resolução. Entendi, pois, que tina obrigação de a aproveitar na azulejada e missões similares. De modo que, antes que desapareçam, disparando sobre os registos que encontro, nos lugares por onde passo. Muitas vezes as condições não são as ideais mas a fotografia cá fica para memória futura. Recordando-me de algumas, ainda poucas, Igrejas e museus conhecidos em Lisboa ou à sua beira, “passo-os a pente fino”. De modo que o meu computador está atafulhado de imagens sagradas, de azulejadas. Entretanto verifiquei duas coisas. Apesar de a máquina ser boa, não é suficiente para grandes painéis que se queiram reproduzir nem tem a definição bastante para fotografar com nitidez quadros ou imagens em locais de ténue iluminação, como Igrejas e museus, sem flash – ficam com imenso ruído. Em Cascais, por exemplo, no parque Marechal Carmona, há dois larguíssimos e lindíssimos painéis de azulejos antigos, ambos referentes à Imaculada Conceição da Virgem Maria. No primeiro, vê-se o Beato Duns Escoto, franciscano, defendendo essa Verdade de Fé numa assembleia de grandes teólogos contraditando a mesma. A um canto painel está S. Francisco de Assis, ajoelhado, rezando a uma Imagem de Nossa Senhora. O outro ilustra “o triunfo da Imaculada”. Vai a Virgem, Senhora Nossa, num coche, com São Boaventura e S. Ivo, guiado por Duns Escoto, acompanhada de Anjos e precedida por muitos outros Santos e sábios franciscanos – Alexandre de Halles, as Santas Isabel de Hungria e de Portugal, S. Luís, rei de França, etc., etc. Estes preciosos painéis terão cada um entre 8 a 10 metros, suponho eu. Com a máquina de que vos falei alcancei tirar fotografias que imprimidas com o tamanho de dois a três metros os conseguem reproduzir com definição. Com uma câmara melhor, que tenho em vista, assim Deus o queira, seria possível reproduzi-los no tamanho original.

Provavelmente muitos dos leitores não saberão mas nos dias de hoje pode-se imprimir fotografia em praticamente todo o material – vinil, pedra, azulejo, etc. O que significa que se alguém quiser colocar numa sua propriedade painéis idênticos àqueles só tem de pagar uns azulejos em branco, muito baratuchos, e a impressão. O que lhe sairá “infinitamente” mais barato do que pedir às cerâmicas (por exemplo, viúva Lamego ou Isabel Garcia) que produzam uma cópia pintada à mão.

6. Se, quem me lê, experimentar ir, por exemplo, à Igreja de Palmela vê-se, do chão até ao tecto rodeado de azul (do Céu!) de Nosso Senhor, dos Santos e das virtudes. Repara particularmente num pormenor que gostaria de ver estampado em azulejo, no interior ou no exterior de sua casa, pede-me a fotografia, envio-lha por correio electrónico, e só tem de mandar imprimir. É fácil, é barato (o azulejo e a impressão, nada mais) e dá devoção.

Claro que pode acontecer que tenha conhecimento de um painel o qual esteja de tal modo degradado que não fique bem tal e qual. Aí será de toda a conveniência tratar com uma cerâmica, mostrar-lhes a fotografia, se é que a não têm na sua base de dados e pedir uma “cópia restaurada”.

7. No que puder servir estou ao dispor, porque isto é também um bom meio de Evangelização. Isto foi percebido pelo governo da nossa Província portuguesa franciscana que para comemorar os 800 anos da fundação da Ordem pediu ao arquitecto João Sousa Araújo um grande e outro enorme painel de azulejos, magníficos, para o Convento da Imaculada Conceição da Luz.

“Recebestes de graça, dai de graça”.

Nuno Serras Pereira

16. 07. 2010



[1] Não que eu fosse insensível à questão. Uns 7 ou 8 anos antes, frequentando o antigo 7 ano no colégio Manuel Bernardes, indignava-me o estado a que tinha deixado chegar muitos a “quinta dos azulejos” onde espairecíamos, no intervalo das aulas. Recordo-me de falar com o então director, o Sr. Louro, sobre a gravidade do assunto.

[2] É verdade, já há máquinas fotográficas cuja resolução não se mede em megapixéis, mas sim em giga! Tanto quanto sei, não se encontram no mercado português.

Abusos sexuales. Las nuevas normas "sobre los delitos más graves"

El texto completo de las nuevas normas. Introducidas y explicadas por el director de la sala de prensa vaticana. Read more

Sexual Abuse. The New Norms "On the Most Serious Offenses"

The complete text of the new norms, together with an historical contextualization of the 2001 motu proprio "Sacramentorum Sanctitatis Tutela," of which they are an updated application. Everything introduced and explained by the director of the Vatican press office. Read more

quinta-feira, 15 de julho de 2010

My Slogan: “Practice Saved Sex!”


by Fletcher Doyle
I am a journalist and a convert. That sounds like an oxymoron.

Two years after joining the Catholic Church, my wife and I began practicing Natural Family Planning (NFP). I found that the chastity required to get through the periods of abstinence caused profound changes in me. I stopped daydreaming of swimsuit models, wealth and fame. I became grateful for all God had given me, most of all for my wife. My appreciation for her and all that she gives me grew, improving an already good 20-year marriage.

I was curious to find out if other people had been so affected. This is where the journalist and the convert converged. I interviewed NFP couples and read thousands of words on conjugal union and the effects of contraception on the relationship between men and women. So for five years I thought about nothing but sex, except during the hockey playoffs. This was a challenge to chastity, but the result was a book, Natural Family Planning Blessed Our Marriage: 19 True Stories (Servant Books).

Here is what I learned. When women took control of fertility with the pill and the IUD in the mid-1960s to the mid-1970s, men said “cool.” Men's behavior changed, as they no longer felt responsible for their sexual partners. (This can be seen in the disappearance of shotgun marriages.)

There was an accompanying drop in commitment between men and women. Trust between the sexes fell because men no longer acted in expected patterns.

When you add in the increase in women's wages and the decrease in men's wages, you created couples who are neither financially nor sexually interdependent. This is why, social scientists say, the divorce rate doubled in that time frame.

NFP can repair the damage. Men acknowledge responsibility to their wives. Commitment increases because the couples know when pregnancy is likely before they make love. Their trust increases: she trusts he will fulfill his obligations when he assents to sex; he trusts she is making accurate observations of her fertility and is keeping him informed.

He develops a sense of awe in the way God made her, and she develops a sense of gratitude that he is willing to sacrifice his own pleasure for her sake. And both grow in their love and trust in God when they see the plan for sex and marriage that He built into their bodies. I have seen and experienced how using Natural Family Planning can make a difference in marriage. That should come as no surprise because it's God's way to practice responsible parenthood – it’s His design for life and love!



Fletcher Doyle is the author of Natural Family Planning Blessed Our Marriage , (Servant

Books).


quarta-feira, 14 de julho de 2010

Autor del gol que hizo campeón a España prometió recorrer Camino de Santiago


MADRID, 14 Jul. 10 / 01:39 am (ACI)

El futbolista Andrés Iniesta, autor del gol con el que la selección de España consiguió su primer título mundial, tiene una promesa que cumplir: Convertirse en peregrino y recorrer el Camino de Santiago.

Según informó el diario Marca, meses antes de la Copa Mundial Sudáfrica 2010, los integrantes de la selección española entregaron a ese medio en un sobre cerrado la promesa que cumplirían de alcanzar el título mundial.

Marca abrió los sobres tras el histórico triunfo del domingo y junto a las descabelladas promesas de algunos futbolistas, Iniesta, Fernando Torres y Carlos Marchena ofrecieron llegar a pie hasta Santiago de Compostela, donde reposan los restos del Apóstol Santiago el Mayor.

Iniesta reveló su promesa en una entrevista previa al Mundial. En declaraciones al Canal Plus Liga dijo que haría el camino de Santiago "como sea... ¡lo haré como sea!". En esa ocasión, el seleccionado Sergio Busquets ofreció lo mismo.

Hoy los medios españoles recordaron su promesa y aunque no se sabe qué itinerario seguirá ni cuándo lo hará, más de uno apuesta que muchos peregrinos estarán encantados de compartir la experiencia con el centrocampista del Barcelona.

El Camino de Santiago es una ruta que recorren los peregrinos procedentes de España y de toda Europa para llegar a la ciudad de Santiago de Compostela, donde se veneran las reliquias del apóstol Santiago el Mayor. Este año, Compostela recibirá en noviembre la visita del Papa Benedicto XVI con ocasión del Año Santo Xacobeo 2010 que se celebra cada vez que el 25 de julio, día de Santiago el Apóstol cae domingo. El próximo será en el año 2021.


terça-feira, 13 de julho de 2010

University of Illinois Fires Catholic Prof for Explaining Church Teaching on Homosexuality


By Kathleen Gilbert

URBANA, Illinois, July 12, 2010 (LifeSiteNews.com) - A Catholic professor has been fired from the University of Illinois for sending an email to students in a course on Catholic doctrine, explaining how homosexual activity is contrary to the natural moral law.

Kenneth Howell of Champaign, IL, also lost his job with the diocese of Peoria at the Newman center on campus, where he had been employed for 12 years, after university officials confronted Howell about the email.

Howell had taught “Introduction to Catholicism and Modern Catholic Thought” at the university's Department of Religion since 2001.

In an account posted by CatholicVoteAction.org, Howell says that although students in the course have often disagreed with Catholic teaching in the past, in Spring 2010 he "noticed the most vociferous reaction that I have ever had" regarding the Catholic teaching against homosexuality as morally wrong.

"It seemed out of proportion to all that I had known thus far," he wrote. This, he said, spurred him to send an email explaining "how this issue might be decided within competing moral systems," contrasting utilitarianism and natural moral law.

"If we take utilitarianism to be a kind of cost-benefit analysis, I tried to show them that under utilitarianism, homosexual acts would not be considered immoral whereas under natural moral law they would," he wrote. "This is because natural moral law, unlike utilitarianism, judges morality on the basis of the acts themselves."

In the email, as quoted by the Associated Press, Howell had written: "Natural Moral Law says that Morality must be a response to REALITY. In other words, sexual acts are only appropriate for people who are complementary, not the same."

After the end of the semester, Howell says he was summoned to the office of Robert McKim, chairman of the Department of Religion, where he was told his email had been forwarded to the Office of Gay, Lesbian, Bisexual, and Transgendered Concerns, and that he would no longer be able to teach at the university. Despite discussion of the email's contents, said Howell, McKim "was quite insistent that my days of teaching in the department were over."

Howell offered not to address the subject of homosexuality in class, and "averred that to dismiss me for teaching the Catholic position in a class on Catholicism was a violation of academic freedom and my first amendment rights of free speech. This made no difference."

Because the diocese of Peoria reportedly only permits university professors to teach at the campus Newman center, Howell lost his position there as well. Howell is now pursuing legal action with an Alliance Defense Fund attorney.

Initial attempts to contact the Diocese of Peoria and the University of Illinois have been unsuccessful as of press time. Dr. Howell declined to comment before speaking with his lawyer.

The case, while extraordinary in the United States, has been foreshadowed by similar discrimination in Canada and elsewhere. Dr. Chris Kempling, a teacher in British Columbia, was cited for professional misconduct and his license suspended after writing letters to a local newspaper explaining Christian belief on homosexuality. Kempling fought the charges all the way to the Canadian Supreme Court, where his appeal was denied - leaving him with hundreds of thousands of dollars in legal fees.

ADF attorneys see Howell’s case as part of an ominous trend on college campuses.

“A university cannot censor professors’ speech - including classroom speech related to the topic of the class - merely because certain ideas ‘offend’ an anonymous student,” said Howell's attorney, ADF Senior Counsel David French. “To fire a professor for teaching the actual subject matter of his course is outrageous. It’s ridiculous that a school would fire a professor without even giving him a chance to defend himself when he simply taught Catholic beliefs in a class about Catholic beliefs.”

Vivas e hurras ao Arcebispo !!


Arzobispo llama a desobedecer ley del aborto: No es ley y no obliga porque nadie tiene derecho a matar a un inocente

MADRID, 13 Jul. 10 / 02:09 am (ACI)

El Arzobispo de Burgos, Mons. Francisco Gil Hellín, advirtió que no existe el derecho a matar a un inocente y por tanto no existe la obligación de obedecer la nueva ley del aborto, sino más bien debe haber "una oposición frontal y sin distingos".

"Digámoslo con total claridad: esta ley no es ley, aunque se presente así por algunas instancias políticas y legislativas. Y no lo es, porque nadie tiene derecho a eliminar a un inocente. Por eso, no obliga. Más aún, reclama una oposición frontal y sin distingos", expresó el Prelado en una carta pastoral.

Mons. Gil Hellín llamó a impedir la tiranía porque la recta razón no admite el aborto como un derecho, ya que es matar "a una persona que no tiene ninguna culpa".

El Prelado señaló que el "derecho a existir de una persona ya concebida, aunque todavía no haya nacido, no es una creencia de esta o aquella religión. No se requiere ser creyente para afirmar que un inocente tiene derecho a ser defendido y respetado en su integridad".

El sentido común se rebela ante el intento de eliminar a una persona por una responsabilidad ajena o para "ganar dinero o votos", añadió.

El Arzobispo indicó también que "es una falacia afirmar que esta ley ha sido aprobada por la mayoría del Parlamento y que éste representa a la mayoría de los ciudadanos; o decir que si el Tribunal Constitucional lo dictamina conforme, sería una desobediencia oponerse, y merecería una sanción".

"La falacia consiste en atribuir a políticos, jueces o ciudadanos un derecho que no tienen. Y nadie tiene derecho a legislar que se puede matar a un inocente", expresó Mons. Gil Hellín, quien llamó a los españoles a ayudar a "todas las madres que se encuentran en dificultades y facilitemos su maternidad con todos los medios de que disponemos", para así "parar esta lacra del aborto que, sólo en España, ha destruido ya más personas que las que hay en las ciudades de Zaragoza, Córdoba y Burgos".

segunda-feira, 12 de julho de 2010

José Sócrates não existe - por João César das Neves


João César das Neves

In DN

José Sócrates não existe! O Diário de Notícias, após intensa investigação, confirmou um facto espantoso: o actual primeiro-ministro não passa de uma personagem de ficção. A figura foi criada por um laboratório de analistas políticos que há 12 anos mantém o complicado enredo da personalidade fabulosa. O homem que conhecemos por esse nome é realmente Manuel Lopes, um actor de profissão que dá corpo à personagem. Esta é a entrevista com Philip Widmark, o cérebro por detrás deste projecto.

DN - Sr. Widmark, é verdade que o nosso primeiro-ministro não existe?

PW - Não é bem assim. José Sócrates existe, mas como personalidade artificial criada nos estúdios especializados da nossa empresa www.makeyourleader.com. Trata--se, não de uma pessoa verdadeira, mas de alguém especialmente concebido por técnicos altamente treinados para garantir uma liderança de qualidade. O PS contratou os nossos serviços em 1998, quando Guterres entrou em decadência, e trabalhamos desde então.

DN - Quer dizer que a biografia, fotos antigas, carreira, foi tudo fabricado?

PW - Sim. Aliás a imprensa portuguesa apanhou certos aspectos do truque.

DN - Refere-se ao diploma de licenciatura?

PW - Isso, antigos projectos de engenharia e até os problemas dos parentes falsos, que nós criámos, foram detectados por jornalistas. Felizmente ninguém foi ao fundo da questão até à vossa descoberta.

DN - Este método de inventar personalidade é original?

PW - Claro que não. Isto é usado por todo o lado há muito tempo. Temos muito que fazer e grande sucesso. A nossa empresa apenas leva ao nível seguinte o trabalho de consultores de imagem e assessores de imprensa. Porquê tentar emendar defeitos e corrigir erros na carreira e personalidade de políticos reais, quando se pode imaginar alguém perfeito de raiz?

DN - Mas, dado que este projecto está a correr mal...

PW - Correr mal? Quem disse? Consideramos o "projecto Sócrates" um dos nossos maiores êxitos. Mantemos a criação no poder há mais de cinco anos, o terceiro mais longo PM desta democracia, e lutaremos pelo segundo lugar. Pelo menos!

DN - Mas a crise, os escândalos, os ataques, as críticas!

PW - Isso tudo é excelente para manter as atenções na figura do PM. Aliás alguns dos casos foram fabricados por nós, quando as coisas estavam a tornar-se mornas ou a realidade social a ficar demasiado influente.

DN - Quer dar-me um exemplo?

PW - O uso da golden share na PT foi a mais recente invenção do nosso laboratório, para anular os efeitos da subida de impostos e derrota no Mundial de Futebol. Foi brilhante!

DN - Quer dizer que foi tudo a fingir?

PW - Claro! A decisão não tem pés nem cabeça. Mas é uma genial jogada de diversão. O princípio básico é que a política deve ser mantida o máximo de tempo no reino da ficção. É essencial discutir assuntos inúteis. Quando o mundo real entra no debate público, as coisas saem do domínio, porque a realidade é imprevisível. Só a ficção se controla. O ideal é ter todos a discutir diplomas escolares do PM, corrupção, casamento gay, zangas de dirigentes e disparates afins. Afastar o mais possível a atenção dos problemas das pessoas. É para isso que serve a política.

DN - Então a finalidade do poder não é melhorar o bem-estar da população?

PW - Claro que não. Se fosse para isso não se teria criado este circo mediático que impede qualquer governação com seriedade. Com a imprensa e televisão a vigiar, especular e influenciar cada passo e decisão, é impossível governar. Os políticos servem para divertir o povo enquanto os verdadeiros decisores conduzem as coisas. Para isso é indispensável criar personalidades fictícias. Aliás, com o desprezo e insultos com que se tratam os dirigentes, eles têm de ser feitos de borracha. Se fossem pessoas verdadeiras não aguentavam a pressão. Esse é o nosso serviço.

DN - Quem são os verdadeiros decisores de que fala?

PW - Sei lá! Só me contratam para a ficção. Não trato do Governo e política. Apenas garanto que existe alguém a ocupar um lugar que nenhuma pessoa real conseguiria suportar.