sábado, 30 de abril de 2011

João Paulo II – Um Milagre Prodigioso

Texto escrito aquando da morte de João Paulo II

Soube há poucos minutos que a Divina Misericórdia - Jesus Cristo - veio com Nossa Senhora, Sua Mãe (1º sábado), buscar o Papa João Paulo II para lhe dar a recompensa eterna.

Não posso deixar de sentir uma saudade imensa deste vigário de Cristo que, como o Seu Mestre, nos amou até ao fim, e ao mesmo tempo de experimentar uma gratidão infinita para com Deus que concedeu à Igreja e à humanidade este dom prodigioso, este milagre, que foi o Papa João Paulo II.

São João Paulo II foi uma presença visível e sensível da misericórdia divina. O seu pontificado foi marcado por uma perseverança tenaz no amor a cada pessoa humana. Nunca desistiu ou sequer desfaleceu em amar cada um dos seres humanos. Daí a sua oração, as suas viagens pelo mundo, a sua clareza e desassombro no anúncio da Evangelho - da Verdade, o ecumenismo, o diálogo inter-religioso, a defesa dos trabalhadores e dos pobres, dos e/imigrantes, dos refugiados, da liberdade, da dignidade de toda a pessoa, da inviolabilidade e sacralidade da vida humana, desde a concepção até à morte natural, do amor conjugal, da verdade da doação íntima dos esposos (Humanae Vitae), da família, da paz, etc. E todo este amor que nos tinha era a expressão acabada da prioridade absoluta, sobre tudo e sobre todos, que dava a Deus. De facto, nele se tornava patente a todos, o 1º Mandamento – “O Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma com todas as tuas forças”.

Parece-me uma “injustiça” manifesta dar a este Papa o cognome de grande ou de magno porque isso o apouca, pois ele foi enorme, imenso, um milagre prodigioso! A verdade é que ainda não nos apercebemos, por estarmos demasiado perto, da dimensão gigantesca deste Papa. Mas a história da Igreja far-lhe-á justiça e então se verá, entre outras coisas, o dislate absurdo que é catalogá-lo de avançado nas questões sociais e de retrógrado nas morais, não só porque não são categorias adequadas para formular um juízo, mas porque há uma coerência absoluta na verdade que anunciou, sendo que tudo o que nele é considerado progressista depende, está essencialmente ligado ao que é considerado conservador:

na verdade que a Humanae Vitae anuncia joga-se o “combate pelo valor e pelo sentido da própria humanidade … é manifesto que a encíclica Humanae Vitae não é somente um documento, mas um acontecimento … parece que como estrato mais profundo deste acontecimento se deva considerar a controvérsia e o combate pelo próprio homem …” (Karol Cardeal Wojtyla [poucos meses antes de ser eleito Papa], La visione antropológica della Humanae Vitae, p. 129, VV. AA., Lateranum- a cura della facoltà di teologia della pontifícia università lateranense, N. S. – Anno XLIV, 1978, n. 1, pp. 372).

"I am the Pope of life and of responsible parents, and everyone must know of this … Yes, I have come here (i. e. to the chair of St. Peter) from Humanae Vitae and for human life". João Paulo II, Citado in Pontificia Academia Pro Vita, AA. VV., Evangelium Vitae - five years of confrontation with the society - proceedings of the sixth assembly of the pontifical academy for life (vatican city, 11-14 february 2000), p. 398, Libreria Editrice Vaticana, pp 548, 2001

Não tenho dúvidas que João Paulo II - como disse sta. Teresinha de Lisieux - “passará o Céu a fazer o bem sobre a terra”. Por isso, mais do que rezar por ele rezo-lhe a ele. Peço a sua intercessão para que nos guie no anúncio da Evangelho da Vida e para que proteja Portugal da “cultura da morte”.

Nuno Serras Pereira

02. 04. 2005

O Sinal do Céu e o Papa


Texto escrito aquando da morte de João Paulo II

O concurso absolutamente extraordinário de gente peregrinando ao encontro dos restos mortais e do funeral de João Paulo II é um evidente sinal do Céu confirmando a sua santidade. Pessoas de todas as idades e condições sociais, dos mais diversos credos e desencontradas ideologias, ricos e pobres, poderosos e desamparados, doentes e sãos, amigos e inimigos se unem indo ao encontro deste santo portentoso. Veremos, por estes tempos, porventura, coisas ainda mais extraordinárias – será impossível que agora lá do Céu ele não cuide daqueles que tanto amou e, num certo sentido, não complete o trabalho de evangelização que aqui iniciou.

João Paulo II é em primeiro lugar um milagre de Deus criador. De facto, mesmo do ponto de vista meramente humano foi um fenómeno, como dizia dele o Cardeal O’Connor. Homem muito inteligente, mesmo genial, profundamente sábio, estudioso árduo, de um equilíbrio singular, bem-apessoado, atlético e desportista, com enorme determinação, com uma capacidade ímpar de ver o essencial, francamente decidido, um grande comunicador, excelente nas relações humanas, unificado, activo e contemplativo, poeta, com imensa capacidade de escuta, intensamente solidário, amigo excepcional, repleto de talentos.

Mas o mais extraordinário é que colocou tudo isto ao serviço do seu Senhor, Jesus Cristo, nosso Salvador e Redentor, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por Ele se deixou purificar, integrar, aperfeiçoar, elevar e santificar. Cristo foi de tal maneira o centro de toda a sua vida que por Ele se deixou, configurar. Este Papa foi essencialmente Cristiforme. Todo ele foi transparência de Jesus Cristo, irradiando o Seu esplendor, o esplendor da Verdade, da Vida, da Misericórdia; este luzimento a que chamamos liberdade, encontro e comunhão.

Mas esta sua conformação com Cristo foi nele, singular e misteriosamente, plasmada por Maria no Espírito Santo: Totus Tuu – Todo Teu Jesus Cristo por Maria e em Maria por virtude do Espírito Santo, Seu Esposo Divino. Se Maria é o ícone do Espírito Santo, João Paulo II, seu filho, dela, predilecto, foi o espelho desse ícone, o portador do Espírito para os nossos dias.

Viveu o seu ministério petrino – de sucessor de Pedro – numa modalidade exemplarmente Mariana e também por isso foi ícone da Igreja. Mais especificamente ainda foi a “encarnação” do Concílio Vaticano II – nele “tomou carne” o espírito do Concílio, isto é, o Concílio personificou-se nele. Creio poder dizer que esse grande dom - o Concílio - que o Espírito Santo concedeu ao mundo e à Igreja não gerou somente documentos esplêndidos, mas também este Papa luminoso. O pontificado de João Paulo II é um verdadeiro desabrochar e, também, desenvolvimento do verdadeiro Vaticano II, cujos alicerces estão fundados na Sagrada Escritura e na Sagrada Tradição.

Tudo isto só foi possível porque a sua humildade era abissal. Subiu tanto porque sempre desceu, avançou imenso porque sempre serviu. O seu ir à frente, rasgando e desbravando caminhos foi sempre fruto do seguimento como nos mostrou bem em Fátima recusando-se a ir à frente do andor de Nossa Senhora, como todos os padres e bispos, e colocando-se atrás, deixando-se guiar. Porque Cristo foi enviado pelo Pai a percorrer o caminho do homem, deixou-se enviar por Cristo para fazer do homem o seu caminho. Foi assim com Cristo, foi assim com a Virgem Maria, com os santos, com a Igreja.

Não me admiraria que um dos primeiros gestos do pontificado do próximo Papa fosse a canonização de João Paulo II.

Nuno Serras Pereira

06. 04. 2005

Pro-life leaders praise Pope John Paul II as the ‘Pope of Life’ in lead-up to beatification

by Patrick B. Craine

ROME, Italy, April 29, 2011 (LifeSiteNews.com) - As the Catholic Church prepares to beatify the late Pope John Paul II (1920-2005) this Sunday, pro-life leaders are hailing him as “the Pope of Life” and say his beatification is the ultimate affirmation of his work as the leader of the international pro-life movement.

“John Paul II will be remembered as the Pope of Life,” Rev. Frank Pavone, national director of Priests for Life and a member of the Pontifical Academy for Life, told LifeSiteNews. “I saw, close-up, his devotion and enthusiasm for the cause of life. It shaped all that he did.”

Joe Scheidler, founder and national director of the Pro-Life Action League, recalled that John Paul had told Rev. Paul Marx, the late founder of Human Life International, that the pro-life cause is “the most important work on earth.” The beatification of a man so dedicated to the pro-life cause, Scheidler said, “sort of puts the stamp of ecclesiastical approval … on what we’re trying to do.”

The late Pope will be beatified, the last step before being declared a saint, by Pope Benedict XVI on Sunday, which is celebrated by Catholics as Divine Mercy Sunday.

Pope John Paul II died April 2, 2005 after the third longest pontificate in Church history. He was revered for his role in the collapse of the Soviet Union, his defense of theological orthodoxy, his painstaking efforts to implement an authentic interpretation of the Second Vatican Council, and his many theological contributions, particularly through pioneering what is known as the theology of the body.

Yet he is perhaps most known for his ardent promotion of the “culture of life,” a term he popularized through his 1995 encyclical Evangelium Vitae (“The Gospel of Life”).

According to Rev. Pavone, the pope’s great contribution to the pro-life movement was to provide, through his addresses, encyclicals, and other writings, “a doctrinal, spiritual, and personal expression of the Church’s unchanging pro-life message in a ‘package’ that can be readily received by our modern culture.”

“He took the traditional, objective principle of the sanctity of life and spoke to a society that thinks in subjective, individualistic categories,” Rev. Pavone continued. “He did this effectively by focusing on each human person as an individual, unique expression of the one God.”

Judie Brown, president of American Life League and a member of the Pontifical Academy for Life, said the late pope was “an inspiration and unwavering beacon to all to return to a culture a life,” whose zeal for life “pierced the darkness in all four corners of the world.”

“From Evangelium Vitae to his Theology of the Body, John Paul reminded us of the incomparable worth of each human person,” she continued. “His beatification validates his efforts as de-facto leader of the worldwide pro-life movement.”

Brad Mattes, executive director of the Life Issues Institute and host of the pro-life TV show Facing Life Head-On, said John Paul’s importance to the movement was “impossible to assess” and reached far beyond the Catholic Church.

“When you have leadership taking a strong stand on behalf of unborn babies and having priests underneath them follow that leadership, people in the pews are hearing about the issue of abortion,” he said. “It’s become more of a part of everyday life, certainly part of Church life.”

“I think that whether we’re Catholic or not, we had a great deal of love and respect for the man,” said Mattes, a non-Catholic himself. “He really put his efforts where his heart was and that was reflected certainly in the work he did on behalf of unborn children.”

Joe Scheidler highlighted especially the impact the late Pope had in his many travels throughout the world. “We would watch carefully, and in almost every talk he gave, wherever he was, he would bring up the issue of life, the importance of life, and the value of life,” he said.

“Here was an older man right up to the very end staying busy travelling around and showing his dedication,” he continued. “I think it made some people feel that they should do something and not simply feel bad about abortion, but actually do something positive.”

“We have so many activists who will quote Pope John Paul II to support their activism in the pro-life movement,” he added.

Msgr. Ignacio Barreiro-Carámbula, interim president of Human Life International, said, “Like all who were blessed to have met him, I was moved by the warmth with which he greeted all in attendance and how he encouraged us in a very paternal way to strengthen our commitment in the defense of life and family.”

“Following the example of John Paul II, let us seek the loving intercession of our Blessed Mother, so that all the members of the Church would commit themselves to a vigorous and integral defense of life and family,” he added.

The soon-to-be Blessed John Paul II was named Venerable by Pope Benedict on December 19, 2009, after he was determined to have exercised heroic virtue. His upcoming beatification was announced in January.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Against Divorce: David Hume Defends Traditional Marriage

by Russell Nieli

In Public Discourse

April 27, 2011

Learning from a religious skeptic’s rejection of polygamy and easy divorce.

While often hostile to the Calvinist Christianity in which he was reared, David Hume’s essay “Of Polygamy and Divorces” offers a vigorous and well-argued defense of marriage arrangements as they existed in England and many other parts of Europe from the early Middle Ages through most of the 18th century. His arguments have great relevance for us today as we struggle to cope with unprecedented rates of divorce and unprecedented ease of both entering into and exiting marriages and other intimate procreative relationships. His arguments against polygamy are also important as that practice seems to be undergoing something of a resurgence in parts of the southwest, with renewed interest in the popular culture.

Hume begins the substantive part of his inquiry with a brief description of the great variety of marriage practices and customs that have existed throughout the world, noting that “as circumstances vary and the laws propose different advantages, we find that, in different times and places, they impose different conditions” on the marriage contract. Custom and law in different times and places have permitted polygamous marriages (one man with several wives); confined one man to one woman (sometimes allowing for divorce and remarriage and other times not); permitted one man to have two wives but no more than two; assigned multiple men to one wife; permitted group marriages between numerous men and numerous women; and even, as in the case of Tonkin (Vietnam), permitted foreign sailors “when the ships come into harbor” to engage in temporary marriages with local women that lasted only for a season.

But Hume is no cultural relativist and rejects the view that all marriage customs are equally good at producing desirable results. Much of his essay is devoted to showing the many harms and disadvantages of two of the most common types of marriage arrangements outside the Christian West: polygamy in which men have multiple wives, and monogamous marriages in which the spouses are permitted to dissolve their marriage and marry someone else.

Hume begins his critique of polygamy with the challenge of a hypothetical defender. Having multiple wives, says the polygamy defender, is “the only effectual remedy for the disorder of love and the only expedient for freeing men from that slavery to the females which the natural violence of our passion has imposed upon us.” It is by multiple partners alone—partners who can be used at will and played off one against the other—that “[we men] regain our right of sovereignty, and sating our appetite, reestablish the authority of reason in our minds, and, of consequence, our own authority in our families.”

Hume’s answer to the polygamy defender continues in the tradition of Locke’s famous attack on patriarchy and does so in a manner that strongly resonates with contemporary liberal sensibilities. The sovereignty of the male in a polygamous marriage, says Hume, “is a real usurpation and destroys that nearness of rank, not to say equality, which nature has established between the sexes. We are, by nature, their lovers, their friends, their patrons: Would we willingly exchange such endearing appellations for the barbarous title of master and tyrant?”

The calamities brought on by polygamous marriage do not stop with the adults in the arrangement, according to Hume. Children brought up under such a marriage learn only the lifestyle of masters and slaves and never come to understand the importance of human equality. The huge number of offspring produced by such an arrangement also deprives each child of substantial fatherly guidance, since a polygamous father will have little time to spend with each of his numerous progeny. “Those who pass the early part of life among slaves,” says Hume, “are only qualified to be themselves slaves and tyrants, and in every future intercourse either with their inferiors or superiors are apt to forget the natural equality of mankind. What attention, too, can it be supposed a parent, whose seraglio affords him fifty sons, will give to instilling principles of morality or science into a progeny with whom he himself is scarcely acquainted…?”

Having dispensed with polygamous marriage, and “matched one man with one woman” as a more desirable marital arrangement, Hume turns his sights to the “duration we shall assign to their [monogamous] union” and to “whether we shall admit of those voluntary divorces which were customary among the Greeks and Romans.” The arguments of the defenders of divorce seem strong: “Let us separate hearts which were not made to associate together,” they say, so that divorcing spouses “[may each] find another for which it is better fitted.” “Nothing can be more cruel,” they continue, “than to preserve by violence an union which, at first, was made by mutual love, and is now, in effect, dissolved by mutual hatred.”

Hume responds to these arguments on two fronts: the welfare of children and the happiness of spouses. His arguments closely parallel those of the critics of our contemporary “no fault” divorce culture. “What must become of the children upon the separation of the parents?” he asks. “Must they be committed to the care of a stepmother, and instead of the fond attention and concern of a parent, feel all the indifference or hatred of a stranger or an enemy? … And shall we seek to multiply those inconveniencies by multiplying divorces and putting it in the power of parents, upon every caprice, to render their posterity miserable?”

Hume clearly believed, as did almost all the English of his day (and almost all Americans until quite recently), that children generally thrive best when brought up in a two-parent, husband-wife household, where the children are the biological offspring of both parents. Both reason and common experience justified such a judgment. Divorce and the breakup of the marital household were viewed as harmful to children, since, even if the divorced parents remarry, step-parents usually don’t have the same warmth or commitment in rearing other people’s children as in rearing their own. This for Hume—and most of his contemporaries—was a simple fact of everyday experience that needed no proof. Stereotypes of wicked or cold stepmothers existed precisely because the stereotypes contained a good deal of easily observable statistical truth.

What Hume has to say about divorce and the happiness of spouses contains his most profound insight into human relationships and the difficulties of sustaining marital happiness. Contrary to what some romantics may think, marital happiness and conjugal human love cannot be sustained by amorous or infatuating passions, Hume says, since they are by nature unstable and fleeting. “Amorous love,” he says, “is a restless and impatient passion, full of caprices and variations—arising in a moment from a feature, from an air, from nothing, and suddenly extinguishing after the same manner.” Whatever its value may be, no marriage can be sustained by it.

Hume proposed as his alternative the companionate friendship that is fostered by and preserves marriage. This, Hume says, is an affection “calm and sedate … conducted by reason and cemented by habit, springing from long acquaintance and mutual obligations, without jealousies or fears, and without those feverish fits of heat and cold, which cause such an agreeable torment in the amorous passion.” Abiding friendship and the sharing of life’s experiences and tasks, says Hume, are what render the married state both endurable and happy.

Does the presence of an option for “voluntary divorce” within a marriage negatively affect the cultivation of friendship between the marital partners and hence their conjugal happiness? It does, says Hume, and it does so in a powerful way. If spouses know they can divorce at will and seek their marital bliss with another partner, the relationship dynamics within marriage, he believed, would be radically altered and in such a manner that diminishes marital stability and marital happiness. With no sense of obligation to stick together through thick and thin, they would be less inclined to work together to iron out their differences and keep their conjugal friendship alive.

There is a paradox here, Hume acknowledges, in that “the heart of man naturally delights in liberty,” and the liberty to marry the person of one’s affection is acknowledged as an important ingredient in marital happiness. But once married, the liberty of easy divorce has the opposite effect on a couple’s happiness, Hume says, and he gives as an historical example the decline in marital happiness that followed Rome’s abandonment of its ancient proscription of divorce. Under the older dispensation, says Hume (citing the Roman historian and orator Dionysius Halicarnassus), marriages were generally harmonious and satisfying, as couples “considered the inevitable necessity by which they were linked together and abandoned all prospect of any other choice or establishment.” “The heart of man naturally submits to necessity,” Hume explains, and it will soon lose “an inclination when there appears an absolute impossibility of gratifying it.” The secret to happy marriages thus involves principles of both freedom and constraint, principles Hume readily acknowledges that seem to contradict one another. “But what is man,” he muses, “but a heap of contradictions!”

Hume would no doubt agree with the claim of Dietrich Bonhoeffer in his prison “Wedding Sermon”: “It is not your love that sustains the marriage, but from now on, the marriage that sustains your love.” The no-divorce-option marriage, for Hume, is an institution that binds spouses together through strong social and legal obligations, and gives them permanent incentives to sustain and deepen their mutual friendship and love.

Looked at from our current perspective with more than three decades of experience behind us of divorce-on-demand laws—and a cultural value system paralleling them—Hume’s critique seems uncannily prescient. Sociologists specializing in family issues, including Sara McLanahan, Paul Amato, and David Popenoe, have documented the substantially greater risk to the children of divorce with regard to virtually every “social bad” that social scientists can measure—e.g., drug and alcohol addiction, teen pregnancy, child abuse, depression and mental illness, poor school performance, juvenile delinquency, and increased risk of injury from accidents. This greater risk holds true whether the children of divorced parents wind up in single-parent, step-parent, mother-and-grandmother, mother-and-boyfriend, or father-and-girlfriend households. Growing up with two biological parents, in an intact, husband-wife family, with the parents committed to lifelong monogamy and working together as a team, has been shown to benefit children in countless ways.

And just as Hume would have predicted, recent research suggests that our easy divorce laws may have contributed to the well-documented decline in overall marital happiness over the past four decades, a decline seen even among couples who do not divorce. Summing up the results of recent studies, Linda Waite and Maggie Gallagher note that “even as divorce [in the 1980s] became an easier, more common, and more acceptable outlet for marital unhappiness, marriages became unhappier.” In surveys since the 1970s, couples increasingly rate their marriages as unsatisfactory, even those who remain married and do not follow the divorce route of so many other Americans.

Waite and Gallagher conclude with a quotation from two other marriage researchers that could stand as a fitting epigraph to Hume’s much-neglected and prescient essay: “Ironically, by adopting attitudes that provide greater freedom to leave unsatisfying marriages, people may be increasing the likelihood that their marriage will become unsatisfying.” And one could add: “unsatisfying and unhappy to all concerned—the spouses, their children, their relatives, their friends, their fellow church members, and the surrounding social order more generally.” With his keen insight into people—and his uncommon degree of common sense—David Hume would have understood America’s current marriage crisis only too well.

O Jogo - por João César das Neves

In Destak

A classe política em geral tem dado uma triste imagem de si própria nesta crise. Pondo sempre a táctica eleitoral à frente do interesse nacional, repetidamente recusa a evidência mais patente, fomenta as ilusões mais tontas, omite as reformas mais candentes.

Agora, apesar de instada por múltiplas individualidades, mostra-se absolutamente incapaz de acordar uma estratégia de salvação nacional, insistindo na chicana e agressividade que, na grave emergência, só podem ser infantis.

É essencial compreender que isto é resultado da atitude popular durante décadas. Há muito tempo que jornais, conversas de café, opiniões de blogs têm instilado uma atitude cínica, desconfiada, boçal e quezilenta na nossa vida pública. Como nos tempos de Rafael Bordalo Pinheiro e d' As Farpas de Ramalho, esperamos o pior dos nossos dirigentes. Daí só pode nascer o pior.

Ansiamos por políticos sérios, competentes, dedicados. Mas fazemos tudo para os espantar. Quais são as pessoas sérias, competentes e dedicadas que se prestam ao enxovalho permanente da vida partidária e parlamentar?

O caso de Manuela Ferreira Leite e a estranheza com que foi acolhida e expulsa é disso prova evidente. Um clima destes só atrai equilibristas, manipuladores e ilusionistas, de que José Sócrates é o protótipo. Só assim se explica que ele, tendo acumulado mais fiascos, erros e desgraças do que qualquer primeiro-ministro da história moderna, ainda se apresente ao eleitorado com expectativas de ganhar.

O seu jogo, onde aliás é mestre, nada tem a ver com o interesse nacional.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Una joven madre rechaza el tratamiento contra el cáncer y da a luz a una niña después de muerta

El ginecólogo había aconsejado un aborto. La bebé nació cuando tenía 23 semanas y media, el umbral absoluto de viabilidad.

In Religión en Libertad

En agosto del año pasado, Jessica Council – una hermosa mujer de 30 años de edad, madre de una hermosa criatura – notó que tenía dolor de garganta. En la misma época, también comenzó a sospechar que estaba embarazada.

Como después de dos semanas el dolor de garganta no se había ido, Jessica decidió hacerse un control. Su médico le dijo que probablemente era un bocio de tiroides, y en última instancia nada de que preocuparse. Pero sólo para estar seguro, le hizo una prueba, que él dijo que confirmó sus sospechas iniciales. Todo estaría bien, dijo.

Pero no todo estaba bien. El doctor había leído mal la prueba.

Alrededor del 15 de noviembre, Jessica comenzó a tener problemas para respirar. El 21 de noviembre ella llegó a la sala de emergencias. Luego, el 22 de noviembre, su garganta tan cerrada al punto que no podía respirar, razón por la cual los médicos le insertaron un tubo en su garganta, y le pusieron un ventilador.

Al día siguiente, el 23 de noviembre, le informaron a Jessica que tenía cáncer. Para entonces, ella también sabía con certeza que estaba embarazada.

Así comenzó un viaje que pondría la fe y las convicciones pro-vida de Jessica y su marido, Clint, a prueba en forma definitiva.

“Cada día valió la pena”
Jessica y Clint se conocieron en Greenville College School. En una larga entrevista con LifeSiteNews.com, Clint dijo que había observado a la hermosa pelirroja sentada un día en el comedor universitario, y le preguntó si podía acompañarla. Ella se negó. Pero Clint no se dio por vencido.

De hecho, Clint se pasó un año y medio molestando a Jessica antes que ella accediera a salir con él. La pareja se casó dos años y medio después de eso. “Supongo cuando usted sabe que sabe”, dijo. “Tuve que trabajar muy duro para ella, pero cada día valió la pena”.
La pareja se mudó a Traveler’s Rest, Carolina del Sur, donde tuvieron un hijo y trabajaron en una obra de caridad cristiana como mentores de los jóvenes. La vida era buena: ellos eran jóvenes, estaban enamorados, tenían salud y disfrutaban la vida.

Clint señala que su esposa siempre se cuidó meticulosamente. “Ella siempre ha sido extremadamente saludable”, dijo. “Observaba que ella comía con mucho cuidado. Trató de honrar a Dios con su cuerpo. Lo ejercitó regularmente”.

Por esta razón, la última cosa que ellos esperaban era el cáncer que la atacó en agosto pasado.

No hay más opciones
Clint describe la reacción de su esposa al saber que tenía cáncer en la garganta como “una mezcla de miedo y sorpresa”. En cuanto a él, dice que sintió “todas las emociones que se pueda imaginar… a excepción de alegría. Yo era un caso perdido”.

Pero por supuesto, Jessica no era la única amenazada por el cáncer: estaba embarazada y cualquier tratamiento al que se sometiera perjudicaría casi con toda seguridad a su hijo por nacer, y posiblemente lo mataría.

El 25 de noviembre, el ginecólogo-obstetra del hospital le aconsejó a la pareja un aborto. Clint dice Jessica nunca vaciló. “Esa nunca fue una opción”, dijo. “Eso es blanco y negro”.

Pero lo que fue menos blanco y negro era si aceptaba o no tratamientos: mientras que el oncólogo dijo que la quimioterapia probablemente mataría al bebé, el ginecólogo no estaba de acuerdo, pues decía que el bebé probablemente sobreviviría, pero sufriendo daño cerebral.

“Jessica me miró, y le tomó unos pocos segundos”, dijo Clint, y “dijo no con la cabeza”. Ella también se negó a la radioterapia a causa de sus riesgos similares.

“En realidad no teníamos muchas opciones de tratamiento después de eso”, dijo Clint, señalando que la cirugía nunca fue una opción debido al lugar donde estaba localizado el cáncer.

“Ella no se despertó”

La cuestión del tratamiento surgió de nuevo cuando el bebé llegó al tercer trimestre. En ese momento, dice Clint, la decisión fue mucho más difícil, con los médicos diciendo que los riesgos eran mínimos porque el bebé estaba casi completamente desarrollado.

Sin embargo, Jessica siguió negándose a los tratamientos, para el bien de su hijo no nacido – una decisión que Clint dice que dejó a los médicos “muy confundidos”.

Clint confiesa que ni él ni su esposa sintieron que los médicos fueran totalmente sinceros respecto a los riesgos. Pero también dice que su esposa tenía otra razón para rechazar los tratamientos.

Dice que “ella sabía que iba a morir de todas formas”. “Ella no compartió eso conmigo hasta casi cuando murió… Pero pienso que ella sabía, y ella estuvo pensando que iba a dar a este bebé todas las oportunidades que pudiera”.

Aunque la pareja encontró un cierto éxito con los métodos alternativos para frenar el crecimiento del cáncer, incluyendo una estricta dieta de jugos de vegetales orgánicos y suplementos, sin tratamientos más agresivos sólo fue una cuestión de tiempo antes que el cáncer ganara la partida.

Un milagro de 23 semanas
En la noche del 5 de febrero, Jessica se fue a dormir con dolor de cabeza y náuseas. “Ella no se despertó”, dice Clint.

Al día siguiente el hospital declaró la muerte cerebral de Jessica, y los médicos entregaron a Clint el visto bueno para efectuar el parto por cesárea. El 6 de febrero, nació la pequeña “Jessi”, pesando solamente 1 libra 3 oz (538 gramos).

Los médicos habían pensado que Jessica estaba embarazada de 25 semanas, pero después que nació la bebé se dieron cuenta que probablemente tenía sólo alrededor de 23 semanas y media, que es el umbral absoluto de viabilidad.

“Sobre eso sólo puedo dar testimonio de la gracia de Dios, debido a Jessica murió justo cuando el bebé era viable para la vida fuera del útero”, dice Clint. Los médicos dicen que Jessi se está desarrollando bien.

“Emocionalmente brutal”
Clint describe toda la experiencia como “emocionalmente brutal”, y admite que a pesar de sus firmes convicciones cristianas y pro-vida, lo que estuvo muy lejos de ser fácil fue recorrer el camino que él y su esposa emprendieron.
“Sí, yo luché”, dice, “porque en la Biblia está la única persona que nos mandó amar más que a nosotros mismo. Esto lo hizo ella. Yo luché”.

“A veces es más fácil ser generoso en cualquier cosa que te pasa”, señala, “pero cuando se llega a perder a la persona que amas más que cualquier otra cosa, es muy difícil”.

También fue difícil para su hijo de dos años y medio de edad. Clint relata que después que Jessica ingresó al hospital, su hijo no pudo verla durante aproximadamente un mes, y durante ese tiempo ni siquiera miró o habló con su padre. Pero después que visitó a su madre, “comenzó a estar mejor”, dice Clint.

Después que Jessica murió, el niño sufrió un período de aguda “ansiedad por la separación”, aunque su padre dice que ha comenzado a superarlo.

En cuanto a Clint mismo, apenas dos meses después de la muerte de su esposa, él dice que está funcionando en piloto automático, manteniéndose ocupado con el trabajo y cuidando de sus dos hijos.

En este punto él hace una pausa. “Voy a ser muy franco”, dice, señalando que él quiere hacer lo que pueda para ayudar a otros que puedan estar en una situación similar. “Durante el primer mes, no podía – y estoy queriendo significar literalmente con esto una incapacidad -. Yo no podía leer mi Biblia, no podía rezar”.

Él describe la sensación como similar a la de un niño que es disciplinado por un padre: “A pesar que yo sabía intelectualmente que la relación estaba allí, aunque yo sabía que [Dios] me amaba, acepté todas estas cosas desde un punto de vista mental. Espiritualmente no sentía nada”.

“Y no se trata de los sentimientos, sino que la alegría en Dios había desaparecido por completo durante casi un mes. Yo estuve funcionando únicamente en lo que yo sabía que era verdad desde el punto de vista mental”.

Ahora, sin embargo, él dice que ha ido más allá de esa primera etapa, y que ha comenzado a rezar de nuevo, inclusive por otras personas.

No obstante ello, dice que probablemente llegará un momento en el que tendrá que dejar todo, y precisamente hacer duelo por la pérdida de su esposa.

“Alabado sea Dios”
Pese a que el cansancio y el sufrimiento es palpable en la voz de Clint, al hablar con él se detecta algo más también: una resignación profunda no nacida de la desesperación, sino de una fe auténtica y arraigada que acepta que este sufrimiento fue en última instancia significativo, y que hay tragedias peores inclusive que la muerte.

En una nota escrita menos de dos semanas después de la muerte de Jessica, y enviada a un blog sobre la lucha de ella con el cáncer, Clint escribió las últimas palabras que muchos esperarían escuchar de un hombre que acaba de perder a una esposa joven a quien amaba entrañablemente.

“Alabado sea Dios, mis amigos”, dijo él. “No dudes de Dios, no estés enojado con Él por mi causa”. “Tengo el privilegio de haber tenido una esposa que estaba tan llena del amor del Padre. Alégrense conmigo, hermanos y hermanas. Dios ha bendecido a Jessica al llevarla a un lugar de perfecta paz y sin dolor. Tengo que estar agradecido por el tiempo que tuve con ella, en lugar de lamentar todas las cosas que nunca llegamos a hacer juntos. Debemos dar gracias en todas las cosas, porque ésta es la voluntad de Dios en Jesucristo”. “Gracia y Paz a todos”.

Quién traiciona la tradición. La gran disputa

Se enciende la discusión sobre cómo interpretar la novedad del Concilio Vaticano II, sobre todo respecto a la libertad de religión. Los tradicionalistas contra Benedicto XVI. Un ensayo del filósofo Martin Rhonheimer respaldando al Papa.

por Sandro Magister

In Chiesa.espressoaonline.it

En el memorable discurso que Benedicto XVI dirigió a la curia romana el 22 de diciembre de 2005, sobre cómo interpretar el Concilio Vaticano II, hay un punto que sigue todavía hoy siendo fuente de conflicto. Es la libertad de religión.

Sobre este punto el Concilio innovó de manera decisiva. Afirmó lo que anteriormente varios Papas habían negado: la libertad de todo ciudadano de practicar la propia religión, aunque sea "falsa".

La encíclica "Quanta cura" de Pío IX del 1864 había condenado explícitamente tal libertad. Sólo a la única verdadera religión, la cristiana católica, le corresponde el pleno derecho de ciudadanía en un estado. La práctica de otros credos podía ser sólo tolerada, dentro de ciertos límites.

El Concilio Vaticano II, en cambio, puso al centro de los deberes de un estado no la verdad sino la persona. Y afirmó que a cada persona debe ser plenamente reconocido el derecho de practicar su religión, cualquiera que sea.

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Esta innovación del Concilio fue inmediatamente vista por muchos como una drástica ruptura respecto a la tradición de la Iglesia.

Con grande júbilo para quien veía en el Vaticano II un radiante "nuevo inicio" epocal.

Con gran consternación para quien veía en él un nefasto abandono de la recta doctrina.

Para el arzobispo Marcel Lefebvre y sus seguidores, esta innovación - junto a otras realizadas por el Concilio - portó inclusive al cisma.

Pero también dentro de la Iglesia católica había quien consideraba este vuelco errado e inaceptable.

No sorprende, pues, que Benedicto XVI haya dedicado toda la parte final de su discurso del 22 de diciembre 2005 precisamente al análisis de esta innovación conciliar. Que no fue de "ruptura" - dijo - pero de "reforma en continuidad".

El Papa Joseph Ratzinger explicó que el Concilio, afirmando la libertad de religión, acogía "un principio esencial del estado moderno" que varios Papas habían anteriormente obstaculizado. Pero haciendo ello no habían roto con "el patrimonio más profundo de la Iglesia". Más aún, se había vuelto a poner "en plena sintonía" no sólo con la enseñanza de Jesús sobre la distinción entre Dios y César, sino "también con la Iglesia de los mártires, con los mártires de todos los tiempos", ya que estos murieron precisamente "por la libertad de profesión de la propia fe: una profesión que no puede ser impuesta por ningún estado, sino que en cambio puede ser hecha propia sólo con las gracia de Dios, en la libertad de la conciencia".

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Luego de casi seis años, ¿qué efecto ha tenido aquel discurso de Benedicto XVI, que apuntaba a interpretar no sólo la declaración sobre la libertad religiosa sino todo el Concilio Vaticano II a la luz del criterio: "reforma en continuidad"?

En el campo progresista, los partidarios del Concilio como "nuevo inicio" epocal - en particular los autores de su historia más leída en el mundo - han concluido que el Papa Ratzinger les ha dado razón, aunque con toda cautela. Esto, al menos, es cuanto han sostenido los italianos Alberto Melloni y Giuseppe Ruggieri, el americano Joseph A. Komonchak, el francés Christophe Theobald, el alemán Peter Hünermann y otros, en una obra suya colectiva publicada en el 2007.

En el campo tradicionalista, en cambio, la reacción ha sido negativa.

Los lefebvrianos persisten en su cisma, no obstante la revocatoria de la excomunión de sus cuatro obispos, realizada por Benedicto XVI en el 2009.

Y los católicos más ligados a la tradición, aunque profesándose en comunión con la Iglesia, ser presentan también siempre más incómodos.

Habían apostado por la acción restauradora de Benedicto XVI y ahora se sienten abandonados. En los últimos meses algunos de sus exponentes principales - desde Brunero Gherardini a Roberto di Mattei y a Enrico Maria Radaelli - han puesto por escrito su desilusión.

La crítica última que algunos de los mayores pensadores tradicionalistas dirigen al actual Papa es de obstinarse en defender en bloque el Concilio Vaticano II, cuando es la causa de todos los males de la Iglesia presente.

Algunos errores dogmáticos - escriben - se fundan precisamente en los textos del Concilio, y no solamente en sus sucesivas interpretaciones y aplicaciones.

La "ruptura" con la tradición realizada por el Vaticano II en materia de libertad de religión sería, a su juicio, una prueba patente.

La Iglesia - dicen - no puede enseñar hoy lo que tantos Papas han condenado tantas veces como contrario a la fe. Está de por medio la infalibilidad de su magisterio.

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¿Pero es así? ¿Cuál es la "tradición" de la cual el Concilio se ha separado, en la declaración "Dignitatis humanae" sobre la libertad religiosa?

¿Y cuál es la tradición perenne de la Iglesia - y su "patrimonio más profundo – a la cual el Concilio se ha vuelto a enlazar, como ha dicho Benedicto XVI en su discurso del 22 de diciembre del 2005?

A esta pregunta responde el profesor Martin Rhonheimer en un ensayo en el último número de "Nova et Vetera", la revista publicata en Suiza, en Friburgo, bajo la dirección del cardenal Georges Cottier, ex teólogo de la casa pontificia, y de Charles Morerod, rector de la Pontificia Universidad Santo Tomás.

El artículo publicado en "Nova et Vetera" en francés, se continúa con un amplio apéndice que responde a las críticas que llovieron sobre él - por parte de los tradicionalistas - después de una anterior difusión en alemán y español.

Tanto el artículo como el apéndice muestran cómo la hermenéutica de la "reforma en continuidad" sostenida por Benedicto XVI sea la única capaz de explicar la indudable novedad señalada por el Vaticano II en materia de libertad de religión sin que con ello se comprometa la infalibilidad de la Iglesia en la doctrina de la fe.

Y muestran también qué cosa había de caduco y de perenne en la condena de la libertad de religión por parte de Pío IX y otros papas.

El elemento caduco, histórico, que el Vaticano II abandonó, era la concepción de la religión de estado, del estado como garante de la verdad religiosa. Mientras el elemento perenne, dogmático, que el Concilio mantuvo firmo, era la condena del relativismo, de la idea de que todas las religiones sean igualmente válidas y verdaderas.

El profesor Rhonheimer, suizo, sacerdote del Opus Dei, enseña ética y filosofía política en la Pontificia Universidad de la Santa Cruz, en Roma.

Aquí un amplio extracto del artículo y del apéndice publicado por el profesor Rhonheimer en "Nova et Vetera".

Se espera que las mejores mentes, entre los tradicionalistas, recojan el desafío y continuarán la discusión.