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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A circunferência rectangular - por Nuno Serras Pereira

20. 01. 2014

Eu sei que parece incrível mas confesso que sempre pensei que a função ou melhor a missão de um órgão de informação católico fosse a de informar e a de formar. Porém, tenho verificado que é exactamente o contrário. A extraordinária emissora católica (?) do episcopado português tem, mais uma vez, vindo a demonstrar exactamente o contrário – embora depois dê aparências de emendar a mão com uma Nota que não passa de uma minúscula ilha no vasto oceano dos serviços noticiosos.

Não obstante, os leitores dos garatujos que vou esboçando estejam habituados a ler, sempre com crescente espanto, as minhas estravagâncias inconcebíveis, estou em que se desatasse a redigir artigos sobre os quadrados triangulares ou sobre as circunferências rectangulares não duvidariam que tinha ultrapassado infinitamente todos os limites do razoável. Pois… Mas ninguém se assombra com as repetições ao longo do dia, todos os dias, na “informação” da rr da expressão “casais homossexuais” (sic = assim mesmo). Se isto não é desinformação nem deformação então não existe diferença alguma entre a verdade e a mentira, o certo e o errado, a realidade e a alucinação delirante.

E, no entanto, seria tão fácil dizer: os pseudocasais homossexuais; ou os impropriamente (falsamente) chamados casais homossexuais; ou entre pessoas do mesmo sexo a que uma lei injusta e, portanto, carecida de qualquer autoridade ou valor denomina de casais homossexuais, etc. Claro que poderá sempre argumentar-se que não é prático, que são frases extensas…

Mas entre ter que dizer mais algumas palavras e não ser objectivamente cúmplice da propaganda da ideologia do género a escolha parece-me clara. Além de que não só se deixa de incutir nas mentalidades dos ouvintes essa venenosa e perversa ideologia como, pelo contrário, se infunde a verdade nas consciências dos mesmos.

À Honra e Glória de Cristo, Caminho, VERDADE, e Vida. Ámen.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Muitos parabéns à RR - por Nuno Serras Pereira



01. 10. 2013
 
O estupendo locutor entrevistador Óscar Daniel, no Domingo passado, entre as 11h e as 12h realizou um programa, muitíssimo bem feito, sobre a iniciativa em defesa da pessoa humana na etapa embrionária da sua vida – Um de nós

A RR, como se vê, tem gente qualificada e pessoas a quem entrevistar, neste caso Pedro Líbano Monteiro, muito bem preparada.

Trata-se de um primeiro um primeiro passo que esperemos que frutifique. É muito fácil fazer programas pela positiva sobre estas questões, que à primeira vista parecem muito complicadas, trocando-as por miúdos. E é urgente.
A RR está de parabéns.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Quando Satanás domina os partidos do poder - por Nuno Serras Pereira

17. 05. 2013


A votação de hoje na assembleia da república que aprovou a “co-adopção” por parte de sodomitas sofregamente sobrepostos, macaqueando, em frenesins lascivos e invertidos, o casamento, é, para quem ainda tivesse dúvidas, a prova definitiva da entrega, ou “consagração”, de todos os partidos do parlamento, a Lúcifer.


A fuga cobarde e hipócrita de deputados do psd do hemiciclo, a hedionda votação favorável de 16 deles, a dolosa abstenção de três, que se somaram a outros tantos fingidos do cds, indica clarissimamente a cumplicidade activa destes dois partidos no resultado ignóbil da votação. Já o facto, de não terem posição enquanto partidos e de concederem “liberdade” de voto em mais uma questão inegociável e essencial para o Bem-comum, meta de toda a acção política, revelava claramente a infame cooperação com o mal que se preparava.


Sejamos cristalinos: Não só é totalmente impossível estar de bem com Deus e com o Diabo; mas também o é estar de bem com o valor transcendente da pessoa humana (e, ainda, com os bens da sociedade e da nação) e com o Maligno. Pelo que concluo que actualmente não existe nenhum partido político com assento parlamentar no qual um cristão possa votar ou com o qual possa cooperar. Quando a circunstância que nos é imposta nos quer forçar a escolher entre Mao Tsé-Tung e Estaline a única resposta legítima é a insurreição evangélica (o que se tem passado em França é um exemplo a considerar atentamente). A continuarmos nas estratégias de colaboração com alguns partidos, em nome do mal menor, temos vindo a escavar alegremente a vala comum, à beira da qual seremos eliminados e na qual seremos sepultados, caso não cessemos, de imediato, essas cretinices.


Há outros partidos políticos marginais, do ponto de vista eleitoral, que sendo aceitáveis para um cristão, infelizmente, não têm, geralmente falando, quadros credíveis e/ou suficientes para uma alternativa. Pelo que me parece absolutamente devido e urgente que os cristãos e demais homens de boa vontade, abandonando o vómito asqueroso em que estão mergulhados, se unam para constituir uma nova realidade. É um dever grave que se impõe, não só para a salvação das próprias almas, mas também para impedir que se continue a alargar o número de vítimas inocentes.


Sei que prelados, que chegaram a fazer por escrito profissões de “fé” nesta falsa democracia e nas suas instituições, e outros presbíteros vos dirão o contrário do que aqui digo. Estou consciente de que iluminados eclesiais, autênticos deuses dos modernos “fiéis” idólatras, ignorarão, descartarão ou ridicularizarão o que escrevo. Não tenho também dúvidas de que, como habitualmente, muitos se indignarão e enraivecerão, não contra mais esta abominação da política nacional, como seria de esperar, mas contra o “tom” do que aqui estampo.


Entretanto a RR, sempre solícita em participar, subtil ou descaradamente, nas campanhas contra os absolutos morais e os princípios inegociáveis, continua, nos seus noticiários, a cavilosamente chamar casais (sic) à perversa ficção jurídica do aberrante ajuntamento entre pessoas do mesmo sexo. Pelo que é de esperar que a partir de agora chame família aos “casais” que têm filhos adoptados. E quando a assembleia da república legislar que a terra é quadrada, que as árvores são pastéis de nata, que os pedregulhos são manteiga, que os excrementos são alimentos saudáveis e recomendáveis, logo a RR, zelosa e diligentemente, se submeterá a esse nominalismo surrealista; porque não interessa o que as coisas são, porque elas são aquilo que delas dissermos: a nomeação que decidimos dar às coisas é uma varinha mágica que cria a sua realidade – e quem contradisser estas coisas é um perigosíssimo fundamentalista, ortodoxo raivoso, extremista barbudo, intolerante fanático, enfim é eu.


S. João Maria Vianney costumava dizer a muitos dos seus penitentes: podereis ir a outro confessor, há os muitos, que vos diga o contrário, mas eu não vos aconselho a que o façais. O mesmo digo eu, apesar de ser pecador.


À honra de Cristo. Ámen.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Um povo impiedosamente desumano - por Nuno Serras Pereira



30. 04. 2013

São tão abundantes as provas da crueldade do povo português que é caso para infinito pasmo como haja ainda quem encomie o seu carácter manso e pacífico. Esta realidade continua a evidenciar-se na indiferença descaroável para com as crianças que dentro em pouco serão ignobilmente vitimadas pela adopção por parte de pseudocasais homossexuais

É verdadeiramente extraordinário que a autoproclamada, sem pingo de vergonha, rádio católica portuguesa (rr), propriedade do Episcopado português chame sistematicamente casais aqueles que não o são nem o podem, de facto, ser, contribuindo assim, com inusitado fervor, para a propaganda lgbt

Mais inacreditável ainda é a passividade dos prelados portugueses os quais porventura cuidarão que a publicação de uma Nota pastoral sobre a família, aliás bem-feita e com linguagem acessível, é suficiente para se desobrigarem de qualquer outra acção no combate contra este violento vampirismo espiritual e moral. Mas a verdade é que se puserem de lado as racionalizações autojustificativas e olharem de frente, diante de Deus, as suas consciências saberão muito bem que isso não passa de uma mentira infame. Nem será necessário meditarem atentamente na importantíssima entrevista recente, a propósito de um outro assunto, embora com este relacionado, mas igualmente aplicável neste caso, que o Cardeal Burke concedeu a uma prestigiada agência noticiosa

Evidentemente que quando falta o ensinamento insistente, repetido para ser assimilado, o exemplo, o encorajamento e a liderança andam as ovelhas tresmalhadas, anuindo a tudo o que os lobos vorazes propõem, como meio mais pronto e eficaz para dizimarem facinorosamente o rebanho. Verdadeiramente há Pastores que se não são lobos, imitam muito bem.

Diz um dos periódicos de hoje, em primeira página, que o Senhor Bispo do Porto, é o preferido para Patriarca de Lisboa. Eu, confesso, que tenho a maior estima e admiração pelo Senhor D. Manuel Clemente, a quem aliás devo imenso, mas rezo a Deus, apesar de já ter pensado o contrário, que não seja ele. 

O que precisamos é de alguém que saiba governar, tenha mão firme e ortodoxa, seja desassombrado em relação aos princípios inegociáveis, não se deixe lisonjear com adulações, não seja político mas sim Pastor, tenha a coragem de vir para a rua, e o arrojo da verdadeira e completa Misericórdia, com a inteireza de quem sabe, pois é impossível ignorá-lo, que a defesa e promoção da vida e da família são o factor decisivo na Nova Evangelização, isto é, no evangelizar de novo. 

Não saberei dizer se há algum Bispo em Portugal capaz do que digo, mas se não há, Ordene-se. E será seguramente tempo de ser mais rigoroso e responsável nas consultas que a Santa Sé faz em relação aos “episcopáveis”. Conheço bem verdadeiros hereges, no rigoroso sentido do termo, que são sistematicamente consultados e santos presbíteros, já anciãos, que nunca o foram… Basta de diabólicos respeitos humanos, de silêncios cobardes e cúmplices. Os tempos são demasiado graves para que nos deixemos afundar nestas areias movediças.

À Honra e Glória de Cristo. Ámen.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Defesa da família "não é uma causa confessional, é uma causa de civilização" - Cónego João Seabra

In RR 

Mobilização em França contra o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, e a possibilidade de virem a adoptar crianças, foi um dos temas abordados no debate desta quarta-feira na Renascença.    

A Igreja Católica francesa tem revelado uma grande capacidade de mobilização. Para além de ter organizado, na última semana, pela Internet, uma jornada de jejum e oração contra o “casamento” entre homossexuais, afirma o cónego João Seabra.

O sacerdote, que é pároco da Igreja da Encarnação, no Chiado, considera muito relevante o apoio público que os bispos e cardeais deram à recente manifestação que juntou um milhão de pessoas em Paris: “que o Cardeal de Paris e o de Lyon se tenham juntado e que todos os bispos franceses tenham feito um documento conjunto a apoiar a iniciativa, é uma coisa muito significativa”.

A importância é maior, acrescenta, por esta não ser “uma questão de defesa dos interesses corporativos da Igreja, é a defesa da natureza das coisas, da dignidade da família humana, da dignidade do amor conjugal, da santidade da família, é uma causa pública. Como diz o Papa, não é uma causa confessional, é uma causa de civilização”.”, explica o cónego João Seabra, que é também director do Instituto Superior de Direito Canónico.

A jornalista Aura Miguel sublinha a capacidade dos católicos franceses se mobilizarem utilizando as redes sociais e a internet e lembra que no site criado para a jornada de jejum e oração os cristãos eram desafiados: “será que vale a pena? Será que conseguimos? A lei não será aprovada?”. A resposta dada era a de que a “adesão pessoal é como um grão no meio de um oceano, mas que vale a pena. Um grão é como uma Avé Maria que nesta engrenagem pode mudar o mundo.”

Para o juiz Pedro Vaz Patto tanto a mobilização em França como nos Estados Unidos, onde se realizou a 39ª marcha pró-vida, contra o aborto, revelam que os cristãos não se devem dar por vencidos em questões fundamentais: “muitas vezes cá em Portugal encaramos estas questões como algo de irreversível, não podemos contrariar os ventos da história. Este tipo de iniciativa revela que não é assim. Esta marcha contra a legalização do aborto faz-se todos os anos nos EUA, e tem sido crescente o número de pessoas que participam”. “Esta mobilização”, acrescentou, “também leva a que a opinião pública vá evoluindo no sentido da rejeição do aborto”.

Em França os protestos também levaram a que “de acordo as sondagens, o número de pessoas que aprovam estas alterações tenha diminuído”, portanto, “estas questões não são irreversíveis”, adianta o juiz.

O debate de quarta-feira começou com a referência à Conferência que decorre na quinta-feira na igreja de S. Nicolau, em Lisboa, sobre a Sacrosanctum Concilium - a segunda de quatro conferências que as paróquias da Baixa-Chiado estão a organizar para assinalar o Ano da Fé e os 50 anos do Concílio Vaticano II.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Igreja quer ajudar a acabar com os crimes de pedofilia - Porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa

In RR

por Aura Miguel

Porta-voz da Conferência Episcopal garante total empenho no apuramento da verdade. "É bom para a Igreja, é bom para as famílias, é bom para a sociedade em geral que estes casos sejam clarificados, porque todos queremos que esta chaga seja extirpada."

É um objectivo da Igreja ajudar a acabar de vez com os crimes de pedofilia, afirmou o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). Questionado pelos jornalistas sobre o caso do vice-reitor do seminário do Fundão, suspeito de abuso de menores, o padre Manuel Morujão garantiu que a Igreja está totalmente empenhada no apuramento da verdade.

"É inequívoca a intenção da Igreja, o propósito da Igreja, em colaborar com todas as forças sociais, particularmente as famílias - como sabemos, é onde estes casos mais acontecem -, com a sociedade civil, para que não haja mais este crime na vida da Igreja, das famílias, de toda a sociedade, sem ambiguidade alguma", disse o padre Manuel Morujão após a reunião do conselho permanente da CEP, em Fátima.

Na reacção ao caso que envolve o vice-reitor do seminário do Fundão, o conselho permanente da CEP considera que é preciso transparência, porque a verdade é o que mais interessa.

"Achamos que o senhor Bispo da Guarda e a diocese da Guarda estão a tratar [o caso] muito bem, com transparência, com clareza, porque a verdade é o que interessa. [Vamos], com serenidade, afrontar estas questões", garante o porta-voz da CEP.

O padre Manuel Morujão diz que agora resta esperar pelo resultado da investigação e sublinha que "é bom para a Igreja, é bom para as famílias, é bom para a sociedade em geral que estes casos sejam clarificados, porque todos queremos que esta chaga seja extirpada".
Sobre as recentes acusações de Catalina Pestana sobre cinco alegados casos de abuso sexual que a própria terá denunciado aos bispos, o padre Manuel Morujão pede à antiga provedora da Casa Pia que "diga nomes". "Eu posso dizer que nos anos que levo como secretário e porta-voz da Conferência Episcopal nunca nos chegou nenhuma queixa, nenhuma acusação”, assegura o sacerdote.
O porta-voz da CEP esclarece ainda que se qualquer cidadão tiver provas, deve, em consciência, ajudar e colaborar  para que eventuais casos se esclareçam.

Estas declarações foram feitas após o encontro do conselho permanente da CEP, que emitiu dois comunicados: um a destacar o trabalho da Cáritas, que esta semana recebeu o prémio de direitos humanos da Assembleia da República, e um outro a sublinhar o papel da Obra Católica das Migrações, na passagem dos seus 50 anos.


Noutra mensagem, os bispos fazem votos de boas festas, deixando um apelo à partilha com os pobres e à solidariedade familiar.

Pode consultar AQUI um "dossier" elaborado pela Renascença sobre pedofilia, que inclui a posição do Vaticano.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A RR, de novo - por Nuno Serras Pereira


Duas mães em sobressalto, uma psicóloga outra professora de ética, desabaram sobre mim as suas grandes preocupações sobre um programa de um canal televisivo, intitulado dancin’ days, patrocinado, segundo elas, pela Rádio Renascença (RR), e que parece estar a ter muito sucesso entre adolescentes e jovens.
 
Entre outras coisas relataram-me que havia um pai e um filho que partilhavam a mesma amásia, e também que os ditos episódios televisivos advogavam perversamente a homossexualidade.

Não saberei dizer se os meus amigos se recordam dos tempos em que a (RR), propriedade do Episcopado português, era Católica. Eu que sou (pelo menos mentalmente) contemporâneo de Matusalém, ainda me lembro. 

A mim parece-me que, embora já houvesse claros sinais de degradação, a machadada fatal na sua identidade ocorreu quando a RR contribuiu activamente para a vitória do “sim” à liberalização do aborto aquando do último referendo. Desde então a sua putrefacção nauseabunda, disfarçada com o perfume de alguns programas bem cheirosos, tem vindo a alastrar. Trata-se de um quase cadáver coberto de gangrenas. 

28. 08. 2012

sexta-feira, 30 de março de 2012

A Patriarcal e Episcopal RR negará o poder da Ressurreição?

Na história de Portugal nunca houve um chefe de estado formalmente responsável por tantos e tamanhos crimes hediondos como o actual presidente da república. Aníbal Cavaco Silva que nunca se retractou de ter promulgado as ignominiosas e abomináveis pseudo-leis que: 1. Dizimaram muito mais de 80. 000 (oitenta mil) crianças nascentes (contando com as produzidas e descartadas, experimentadas ou congeladas em laboratório) no espaço de 5 (cinco) anos; 2. Agrediram a essência da família concorrendo para a sua fragmentação e dissolução; 3. Contribuíram fortemente para a degeneração e depravação das mentalidades e consciências; 4. Perverteram a inocência das crianças, já nascidas, dos adolescentes e jovens. A tudo isto o Bem-aventurado João Paulo II chamava “cultura da morte”, e o Papa Bento XVI abundando na mesma doutrina tem-no confirmado inumeráveis vezes.

Por todos estes gravíssimos crimes e pecados terá este irmão de responder perante o rigoroso Juízo de Deus. Todos os que cremos no amor infinito do Senhor que procura não a morte mas a conversão do pecador devemos rezar e sacrificar para que verdadeiramente arrependido faça penitência, e procure reparar o terrível mal praticado, e quando passar desta vida possa ser contado, não entre os réprobos, os malditos do Pai, mas sim entre os eleitos, os benditos do Pai do Céu. A Misericórdia de Deus não anula a Sua Justiça, por isso é indispensável viver na Sua Graça, durante esta vida, para, depois da morte, vir a participar na Sua Glória. Um cristão, que se conheça bem, sabendo que de si não é mais do que nada e pecado, nunca deve desistir da conversão nem dos maiores facínoras nem a dos maiores tiranos nem de ninguém, até à hora da sua, deles, morte. Se a Graça e a Misericórdia de Deus nos desamparassem seriamos capazes do mesmo e de muito pior.

Posto isto, podemos agora adiantar que são evidentes e copiosas as razões por que a Rádio Renascença, propriedade da Conferência Episcopal e do Patriarcado de Lisboa, que se anuncia a si própria como “emissora católica portuguesa”, deve liminarmente recusar a condecoração que este presidente da república lhe vai conceder, na Segunda-feira de Páscoa, em virtude do seu septuagésimo quinto aniversário, como vem hoje anunciado na primeira página do semanário, do Patriarcado de Lisboa, Voz da Verdade.

De facto, como vimos acima, o presidente ao exercer as suas funções políticas fez exactamente o contrário daquilo que o Evangelho ensina, comportando-se como seguidor do “pai da mentira” (Jo 8, 44), daquele que é “assassino desde o princípio” (Idem). Pois não será verdade que dele se poderia dizer, para o fazer cair em si, com S. Paulo: “Ó criatura, cheia de todas as astúcias e de toda a iniquidade, filho do diabo, inimigo de toda a justiça, quando é que cessarás de perverter os rectos caminhos do Senhor?” (Act. 13, 10)? Reparemos que S. Paulo não recorre a nenhum excesso antes imita a linguagem de Jesus Cristo: “Vós tendes por pai o diabo, e quereis realizar os desejos do vosso pai.” (Jo 8, 44).

A segunda-feira de Páscoa, na verdade toda a oitava Pascal, é como que o Domingo de Páscoa estendido por toda a semana. É a celebração festiva e solene d’ Aquele que venceu o diabo, o pecado e a morte e que nos faz participantes da Seu triunfo de modo a que possamos também ser vitoriosos nesse combate. Ora o Episcopado e a emissora que se diz católica existem precisamente para anunciar e tornar presente esse poder da Ressurreição de Jesus Cristo. Não se entende pois que vão curvar a cabeça para receber uma condecoração de um político que actuou como um representante do Maligno. A mensagem que passará, independentemente das intenções subjectivas, será a de um rendimento e subjugação, ainda para mais agradecida, ao poder de Satanás.

Confesso que não me acabo de pasmar com a cegueira que ignora o “ … escândalo, concebido como acção que move os outros ao mal. Tal escândalo subsiste mesmo se, lamentavelmente, um tal comportamento já não despertar admiração alguma: pelo contrário, é precisamente diante da deformação das consciências, que se torna mais necessária por parte dos Pastores, uma acção tão paciente quanto firme, que tutele (… a) defesa da moralidade cristã e da recta formação dos fiéis.

À honra e glória de Cristo. Ámen.


Nuno Serras Pereira

30. 03. 2012