sábado, 3 de abril de 2010

In defense of the Catholic clergy or do we want another reign of terror?

by Elizabeth Lev

To Edmund Burke it was clear that the anti clerical campaign of 1790 was "only to be temporary and preparatory to the utter abolition.... of the Christian religion," by " bringing its ministers into universal contempt." One hopes Americans will have the good sense to change course long before we reach that point.

In 1790, most of the world was congratulating France for what seemed like a successfully completed revolution. The hated King had been brought to heel, and change had swept through an oppressed nation, offering hope for a brighter future under better government.

Newspapers, then coming into their own, proclaimed the dawn of a new era of peace and prosperity while proto-pundits compared the change of rule to England's Glorious Revolution of 1688.

One observer however, English statesman Edmund Burke, wasn't fooled by the triumphant images produced by revolutionary PR teams; he saw gathering clouds for the darkest storm yet. His first clue that the Revolution had yet to run its course? The sustained hostile attacks on the Catholic clergy. Read more

Lições de um Escândalo


Pedro Vaz Patto


Acabo de ler a carta do Papa Bento XVI sobre o escândalo dos abusos sexuais de crianças e adolescentes praticados durante vários anos por sacerdotes irlandeses. Será oportuno reflectir a respeito das lições que podem ser extraídas desta tão triste ocorrência.


Um dos maiores erros cometidos por responsáveis da Igreja irlandesa foi o de sobrepor as exigências de salvaguarda da imagem e reputação da Igreja às da protecção das vítimas de crimes tão graves. Essa reputação não pode assentar na mentira, sobretudo se esta prejudica as pessoas que a Igreja deve servir. A humildade de reconhecer e pedir perdão pelos erros dos seus filhos, na linha do que fez João Paulo II a propósito de dois mil anos de História e do que faz agora inequivocamente a este propósito Bento XVI, de modo algum descredibiliza a Igreja.


Outra lição a retirar destes factos é a de que a compreensão e misericórdia para com os autores de crimes não dispensam as exigências da justiça, eclesiástica e civil, com o que isso supõe de atenção às vítimas, de reparação dos danos, e até de castigo e penitência. Como afirma o Papa nesta carta aos católicos irlandeses, os autores destes crimes devem «responder perante Deus e os homens». O que se passou na Irlanda, ao contrário do que por vezes se tem afirmado, nunca teve cobertura nas normas de direito canónico, que foram esquecidas e violadas. Essas normas foram mais tarde modificadas no sentido de uma maior severidade precisamente pelo cardeal Ratzinger, razão pela qual se revela profundamente injusta a obstinada tentativa, da parte de alguns sectores de opinião, de o responsabilizar por factos como os ocorridos na Irlanda.


A “avalanche”, a que vimos assistindo, de notícias sobre abusos sexuais de crianças e adolescentes praticados por sacerdotes (algumas relativas a factos de há mais de cinquenta anos e já conhecidos) pode criar (de forma não certamente inocente) uma imagem distorcida da realidade, quase como se estes fenómenos fossem exclusivos ou característicos da Igreja católica e não se verificassem, até em proporções maiores, em ministros de outras denominações cristãs ou de outras religiões, e, sobretudo, noutros grupos profissionais. Distorção que também faz esquecer o testemunho de integridade (nalguns casos, até de santidade) da esmagadora maioria dos sacerdotes.


Como têm salientado os especialistas e até quem contesta a disciplina canónica a tal respeito, não é o celibato que está na origem destas condutas, perpetradas noutros âmbitos na sua grande maioria por pessoas não celibatárias. Mesmo assim, nem sequer a ocorrência de um destes casos seria de esperar ou aceitar, pelo que representam, como também salienta a carta em apreço, de atentado à “santidade do sacramento da Ordem” e à confiança que devem merecer quaisquer agentes de formação da juventude. Que sacerdotes tenham praticado factos tão graves faz realçar a importância da sua adequada e criteriosa selecção e preparação. Um cuidado que instruções recentes da Santa Sé têm procurado reforçar.


Alguns sectores de opinião normalmente hostis para com a Igreja católica (a revista alemã Der Spiegel, por exemplo) têm aproveitado este escândalo não só para contestar a disciplina do celibato sacerdotal, mas para descredibilizar a própria ética sexual veiculada pela Igreja católica. Também por esta via se distorce gravemente a realidade. Estes fenómenos revelam a pertinência dessa ética sexual, não o contrário.


O abuso sexual de menores representa, talvez, o ápice de violação daqueles princípios de ética sexual que a Igreja católica tem defendido contra a corrente da opinião dominante, muitas vezes quase sozinha (apesar de decorreram, em grande parte, de uma perspectiva simplesmente “humanista” e não especificamente cristã). Falar de auto-domínio, de controlo dos impulsos e tendências sexuais é contrariar a opinião dominante, mas é a falta desse auto-domínio que está na origem destes comportamentos. Salientar os malefícios da actividade sexual precoce, porque normalmente dissociada da comunhão interpessoal que a humaniza, também vai contra a opinião dominante, mas são malefícios desse tipo que, de uma forma extremada, decorrem do abuso sexual de menores. Quando a corrente dominante vai no sentido da apologia de uma sexualidade como um campo sem regras (quantas vezes não se ouve dizer que não há “sexualidades normais”?), é pertinente contrariar essa visão. E salientar, como faz o magistério da Igreja, a importância de evitar a coisificação do outro, neste como noutros campos. Essa coisificação caracteriza vários comportamentos sexuais cada vez mais tolerados e atinge, talvez, a sua máxima expressão precisamente no abuso sexual de crianças e adolescentes.


Também esta é uma lição que pode ser extraída deste escândalo.

Cardeal C. M. Martini apoia o Papa Bento XVI

In Settimo Cielo, di Sandro Magister

"Il papa non ha bisogno di essere difeso, perché a tutti è chiara la sua irreprensibilità, il suo senso del dovere e la sua volontà di fare del bene. Le accuse lanciate contro di lui in questi giorni sono ignobili e false. Sarà bello constatare la compattezza di tutti gli uomini di buona volontà nello stare con lui e nel sostenerlo nel suo difficile compito."

"O Papa não precisa de ser defendido porque a sua conduta irrepreensível, o seu sentido de dever e a sua vontade de praticar o bem são evidentes para todos. As acusações que têm sido lançadas contra ele são ignóbeis e falsas. Será bonito constatar a unidade de todos os homens de boa vontade em estar com ele e em ampará-lo na sua difícil tarefa"

Cardeal Martini

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Forgotten Study: Abuse in School 100 Times Worse than by Priests

By James Tillman and John Jalsevac

WASHINGTON, DC, April 1, 2010 (LifeSiteNews.com) – In the last several weeks such a quantity of ink has been spilled in newspapers across the globe about the priestly sex abuse scandals, that a casual reader might be forgiven for thinking that Catholic priests are the worst and most common perpetrators of child sex abuse.

But according to Charol Shakeshaft, the researcher of a little-remembered 2004 study prepared for the U.S. Department of Education, "the physical sexual abuse of students in schools is likely more than 100 times the abuse by priests."

After effectively disappearing from the radar, Shakeshaft’s study is now being revisited by commentators seeking to restore a sense of proportion to the mainstream coverage of the Church scandal.

According to the 2004 study “the most accurate data available at this time” indicates that “nearly 9.6 percent of students are targets of educator sexual misconduct sometime during their school career.”

“Educator sexual misconduct is woefully under-studied,” writes the researcher. “We have scant data on incidence and even less on descriptions of predators and targets. There are many questions that call for answers.“

In an article published on Monday, renowned Catholic commentator George Weigel referred to the Shakeshaft study, and observed that “The sexual and physical abuse of children and young people is a global plague” in which Catholic priests constitute only a small minority of perpetrators.

While Weigel observes that the findings of Shakeshaft’s study do nothing to mitigate the harm caused by priestly abuse, or excuse the “clericalism” and “fideism” that led bishops to ignore the problem, they do point to a gross imbalance in the level of scrutiny given to it, throwing suspicion on the motives of the news outlets that are pouring their resources into digging up decades-old dirt on the Church.

“The narrative that has been constructed is often less about the protection of the young (for whom the Catholic Church is, by empirical measure, the safest environment for young people in America today) than it is about taking the Church down," he writes.

Weigel observes that priestly sex abuse is “a phenomenon that spiked between the mid-1960s and the mid-1980s but seems to have virtually disappeared,” and that in recent years the Church has gone to great lengths to punish and remove priestly predators and to protect children. The result of these measures is that “six credible cases of clerical sexual abuse in 2009 were reported in the U.S. bishops’ annual audit, in a Church of some 65,000,000 members.”

Despite these facts, however, “the sexual abuse story in the global media is almost entirely a Catholic story, in which the Catholic Church is portrayed as the epicenter of the sexual abuse of the young.”

Outside of the Church, Shakeshaft is not alone in highlighting the largely unaddressed, and unpublicized problem of child sex abuse in schools. Sherryll Kraizer, executive director of the Denver-based Safe Child Program, told the Colorado Gazette in 2008 that school employees commonly ignore laws meant to prevent the sexual abuse of children.

“I see it regularly,” Kraizer said. “There are laws against failing to report, but the law is almost never enforced. Almost never.”

“What typically happens is you’ll have a teacher who’s spending a little too much time in a room with one child with the door shut,” Kraizer explained. “Another teacher sees it and reports it to the principal. The principal calls the suspected teacher in and says ‘Don’t do that,’ instead of contacting child protective services.”

“Before you know it, the teacher is driving the student home. A whole series of events will unfold, known to other teachers and the principal, and nobody contacts child services before it’s out of control. You see this documented in records after it eventually ends up in court.”

In an editorial last week, The Gazette revisited the testimony of Kraizer in the context of the Church abuse scandal coverage, concluding that “the much larger crisis remains in our public schools today, where children are raped and groped every day in the United States.”

“The media and others must maintain their watchful eye on the Catholic Church and other religious institutions,” wrote The Gazette, “But it’s no less tragic when a child gets abused at school.”

In 2004, shortly after the Shakeshaft study was released, Catholic League President William Donohue, who was unavailable for an interview for this story, asked, “Where is the media in all this?”

“Isn’t it news that the number of public school students who have been abused by a school employee is more than 100 times greater than the number of minors who have been abused by priests?” he asked.

“All those reporters, columnists, talking heads, attorneys general, D.A.’s, psychologists and victims groups who were so quick on the draw to get priests have a moral obligation to pursue this issue to the max. If they don’t, they’re a fraud.”

Pope Deserves Strong Defense, but Catholic Church Problems Still Far From Resolved

Editorial by Steve Jalsevac

April 1, 2010 (LifeSiteNews.com) - The current media storm over the Catholic Church sexual abuse scandals is a déjà vu for LifeSiteNews (LSN). We've been here before - in 2002, when the U.S. clergy scandal storm broke. LifeSiteNews extensively covered that saga for the next few years. And we must cover today's developments as well - for very good reasons for the cause of life and family. For those new to LSN, see those reasons spelled out in the 2002 page "Why is LifeSite Covering This Issue?"

This time, however, the danger is greater. It has become more international and menacing, threatening even Pope Benedict, who has done the most in recent years to purge what on Good Friday 2005 he called "the filth" out of the Church and also out of modern society. Clearly, that is a major reason he is such a target.

It is not coincidental, in my opinion, that this is also happening while the White House is occupied by the most aggressively anti-life and anti-Christian U.S. president in history. It is also important to note that Barack Obama has co-opted many influential Catholic dissidents, with some of his key henchmen being rabidly anti-Catholic "Catholics" such as Nancy Pelosi and Kathleen Sibelius.

This development is also not coincidentally taking place as the aggressively anti-Christian European Union machine has finally consolidated its political power hold over Europe.

There has been an international media saturation of news stories focussing on the Pope since the New York Times published its error-riddled hit piece against Pope Benedict's supposed personal negligence regarding two clergy abuse cases. Some of the articles that followed have been among the most biased, reckless and hateful of the Church that we have ever seen since LSN began.

Deal Hudson of InsideCatholic.com asked Bill Donohue of the Catholic League, "Why do media like the New York Times and the Washington Post hate the Catholic Church and the pope? What's the source of the animus?"

Donohue replied, "it stems from three issues: abortion, gay marriage, and women's ordination. So, when they can nail the Church on promiscuity, they love it. The goal is to weaken the moral authority of the Church so it won't be as persuasive on issues like health care."

Our several news reports have made it clear that Pope Benedict has been the victim of unjust accusations and that almost all the new revelations are about incidents that occurred decades ago, during the same time period that was the focus of the 2002 U.S. clergy sex abuse blow-up - the 1960s to early 1980s. The rate of clergy abuse incidents has continuously and dramatically decreased since John Paul II became pope in October 1978.

However, we must also report that evidence reveals the Church leadership has in many ways brought this current catastrophe upon itself. Unless it rapidly makes crucial changes still called for, there is certain to be a devastating reckoning - if not this time around, then in the years not far ahead.

Although there have been many positive changes in the Church in the U.S. and Canada and in Vatican policies since the horrific 2002 revelations, LSN has continuously warned that the fundamental problems that led to the abuses and subsequent crippling of the Catholic Church have still been far from fully resolved.

Three issues are still of great concern:

  1. The overwhelming unwillingness of most bishops to exercise their authority in response to serious rejection or indifference towards issues of critical Catholic beliefs and norms - especially regarding moral issues. That is, the bishops have not been actively upholding the faith with consequent serious harm resulting to the faith and lives of many people.

  2. The public scandal of criminally negligent or otherwise seriously negligent or corrupt bishops still not having been appropriately held personally accountable. It has instead been the people in the pews and past large benefactors, who had nothing to do with the scandals, whose contributions have unjustly been taken to pay billions of dollars for settlements and obscene lawyers fees. The victims of abuse have been denied justice.

  3. The still on-going unwillingness to face or even mention the corruption caused by the tolerance of homosexuality within the clergy at all levels, including bishops and cardinals, within the religious orders and within Catholic Church institutions and colleges and schools. There has been much improvement on this item, especially thanks to Pope Benedict's strong re-affirmation of the rule that homosexuals must not be admitted into seminaries; but there is still far, far more that must be done to rid the Church of this widespread, cancerous influence within the Church body.

See the June 2002 LSN Special Report, "Roots of Sexual Abuse in the Church: Homosexuality, Dissent and Modernism," which reveals why it was almost inevitable that more explosions would eventually occur.

A March 25 National Post article by Fr. Raymond de Souza, "Culture change in the Church," is worth special attention because of its astute analysis of why many Catholic Church authorities have themselves to blame for much of what has taken place.

De Souza has been far above the pack in the honesty and insightfulness of his reports on this issue. We strongly recommend that the article be read in its entirety. However, here are a few samples:

"In the 1960s, like much of society and after the Second Vatican Council, the Church simply abandoned her disciplinary life. Doctrinal dissent was not corrected, but often celebrated. Liturgical abuses, both minor and outrageously sacrilegious, were tolerated. … A priest could preach heresy, profane the Holy Mass, destroy the piety of his people and face no consequences. The overseers decided to overlook everything. It is any surprise, then, that when accusations of criminal immorality emerged they too were dealt with inadequately, if at all?"

The journalist Catholic priest expands, "A culture of laxity had so infected bishops that their disciplinary muscles had severely atrophied. It was not as if they were vigilant rulers in all aspects, but perversely indulgent of sexual abuse. Indulgence was shown to abuses of all kinds. So latitudinarian had the clerical culture become that even modest attempts at doctrinal discipline were widely mocked…"

De Souza concludes, "The abdication of discipline in the Church has taken a terrible toll. Slowly though we are becoming more Catholic and restoring the years that the locust hath eaten."

And I would agree with Fr. De Souza that the Church has improved, in many cases substantially. Many, but not all, North American seminaries have been completely transformed and for at least the past several years these institutions have been ordaining thoroughly vetted, well-formed and holy young priests who will in turn renew the Church in the years ahead.

However, numerous situations that LSN has encountered in recent years - such as the homosexual, pro-abortion former gay prostitute Quebec priest who is still in good standing in his diocese, and many more unresolved Church scandals in the US, Canada and in most European nations - indicate that the Church has a very long way to go yet to be restored to what it should be.

Quite revealing have been the CCHD, Kennedy Funeral, Development and Peace, and Recife affair scandals, among others. Denials, attacking and belittling the messengers of problems, and bishops refusing to publicly acknowledge and act upon these serious issues is still the common Church response.

Also significant has been the lack of resolution of the USCCB film office staff praise for pro-homosexual films such as Brokeback Mountain and the unwillingness of a large majority of bishops to adhere to Canon law and refuse communion to unrepentant, notoriously public pro-abortion, pro-homosexual U.S. Catholics such as Nancy Pelosi and Kathleen Sibelius, in Canada Ontario Premier Dalton McGuinty and in Britain, former Prime Minister Tony Blair. Canon law was also regularly ignored during the decades of the sexual abuse outbreak.

All of these things and much, much more, reveal that the very same "culture of laxity" that abetted the sexual abuses is still entrenched among a large proportion of the bishops in the West - although, thankfully, this is changing.

The lessons of 2002 appear not to have been absorbed yet. However, a small, but growing number of a heroic, new generation of bishops is emerging. They are acting and speaking in a manner that should be expected of bishops - without that crippling fear of public opinion, lawyers, insurance companies, the rage of dissidents in their dioceses or the intimidation of their brother bishops. They instead fear the accounting they will have to give God - the only thing in the end that really matters.

These new, faithful bishops are far less inclined to belittle or otherwise shrug off hurting faithful Catholics who bring genuinely serious concerns to their attention. Conversely, the negative response to Catholics who disrupt the 'don't disturb me', 'always be positive' and implicit 'avoid the cross' culture demanded by the generation of bishops from the scandal era, is reported to still be very common.

Most of the improvements that have taken place in recent years owe their initiation to mass media publicity, criminal charges and lawsuits - not to bishops on their own going against the established order and deciding that enough was enough. In other words, the bishops were forced to finally act. We should be thankful for what the media brought out in the open in 2002. And now, the evidence in Ireland, Austria, Germany, Switzerland and more nations, as well as in North America, is that much more still needs to happen.

So, while necessary defensive actions should and must continue against false charges and opportunistic wolves attempting to use this crisis to take down the main defender of traditional morality and religious belief, it still remains that the cleansing of the Catholic Church, by the Church, must also continue - with urgency.

The pro-life, pro-family movement of the world, believers of all faiths, and others who value traditional principles, all need the Catholic Church to be what it is called to be. Without this, the Culture of Death, the decline of freedoms and the sufferings of the vulnerable will expand exponentially.

The radical social engineers, depopulationists and totalitarian elites are pushing intensely now for that to happen. One has to question whether they had a hand in planting the corruption within the Church that started near the end of the Cold War. They need the Catholic Church out of the way more than anything else. We can't let them do it.

Sexta-feira Santa


Por Joaquim Mexia Alves


Ó que tempo de amor silencioso!

Ó que tempo de paz e tranquilidade!

Ó que tempo de tão humilde serenidade!

Ó que tempo de um esperar tão ditoso!

Repousa agora o Senhor,

E a vida deita-se com Ele!

Tudo se faz silêncio

Pois o Senhor de todas as coisas

Repousa o sono dos justos.

No Céu prepara-se a festa

Que se há-de derramar na terra

Como promessa cumprida

Da esperança já esperada!

Tudo está em silêncio!

Mas não é silêncio de morte,

É um silêncio de vida,

Porque a morte nada pode,

Contra o Senhor da vida.

A Semente desceu à terra,

Morre agora para dar vida.

Sente-se que a esperança cresce,

Toda no amor envolvida.

A terra abriu os braços

Àquele que é o seu Senhor,

Toda ela se faz prenhe

Da vida e do amor.

Agora já nada podem

Aqueles que O querem matar

Porque ao darem morte à Vida,

Fizeram-na renascer,

Agora para não morrer.

Rasguem-se as vestes,

Abram-se os corações,

Choremos as lágrimas todas,

Que os olhos possam conter!

Porque num instante,

Numa eternidade,

A vida irá romper!

Gloriosa, vitoriosa, deslumbrante,

Já nada haverá a temer.

Repousemos também com Ele,

N’Ele deixemo-nos morrer,

Porque no terceiro dia,

O mundo se espantará,

Com a glória do Senhor!

E então quem n’Ele estiver,

Quem n’Ele permanecer,

Será vida para sempre,

No gozo eterno de Deus,

Que por amor aos homens,

Se deixou assim morrer.

Repara na brisa suave

Que passa por toda a terra,

Agita as plantas e árvores,

Passa nos vales e nos montes,

Mergulha nos rios e mares,

Toca todos os animais,

Do ar, da terra e do mar,

E vem direita ao coração

Do homem que quer amar.

Faz-se silêncio na terra,

Tudo se prostra e recolhe.

Já quer explodir a alegria

Que no peito incontida,

Quer gritar ao mundo todo:

«Eu sou a Ressurreição e a Vida»!


Monte Real, 2 de Abril de 2010

Um exemplo a seguir por nossos Bispos - Cardeal Scola sobre abuso de menores


Pubblichiamo la Dichiarazione sulla questione del peccato e del crimine di pedofilia commesso da sacerdoti e consacrati che il Cardinale Angelo Scola, Patriarca di Venezia, ha letto questo giovedì al termine della Messa del Crisma, tenutasi nella Basilica di San Marco (Venezia).

La ricorrenza solenne della Santa Messa del Crisma che vede qui riunito tutto il presbiterio, con i diaconi, le religiose ed i religiosi e non pochi fedeli laici, mi spinge a dire una doverosa parola in merito alla questione del peccato e del crimine di pedofilia commesso da sacerdoti e consacrati. Questo tema, anche nel nostro Paese, è da più giorni in primo piano.

Con un giudizio pacato ed obiettivo intendo manifestare a voi tutti, a tutto il popolo cristiano e a tutti gli abitanti del Patriarcato quanto in proposito ho nel cuore da giorni.

1. Come ha affermto Benedetto XVI, hanno ribadito il Cardinale Angelo Bagnasco ed il recente Comunicato finale del Consiglio permanente della Conferenza Episcopale Italiana, la pedofilia «è un crimine odioso, ma anche peccato scandalosamente grave che tradisce il patto di fiducia inscritto nel rapporto educativo... Se commesso da una persona consacrata, acquista una gravità ancora maggiore».

Da qui il nostro sgomento, senso di tradimento e rimorso per l'infanzia violata e ancor più la nostra vicinanza alle vittime e ai loro famigliari. Da qui anche, senza tentennamenti e minimizzazioni, il rinnovato impegno a rendere conto di ognuno di questi misfatti, decisi a non nascondere nulla. La misericordia ed il perdono verso quanti hanno sbagliato implica da parte loro il sottomettersi alle esigenze di piena giustizia e quindi il rispondere «davanti a Dio onnipotente come pure davanti ai tribunali debitamente costituiti». I Vescovi italiani si impegnano a seguire le direttive ribadite dal Santo Padre sia attraverso le procedure canoniche che mediante una leale collaborazione con le autorità dello Stato. Moltiplicheranno inoltre i loro sforzi per prevenire simili situazioni. Anche un solo caso «è sempre troppo, soprattutto se a compierlo è un sacerdote».

Fa parte di un atteggiamento obiettivo rilevare il dato, sottolineato da molte parti anche non cattoliche, che il fenomeno della pedofilia concerne diversi ambienti e varie categorie di persone. Questa notazione non intende sminuire la gravità dei fatti segnalati in ambito ecclesiastico, ma invita «a non subire - qualora ci fossero - strategie di discredito generalizzato».

2. Mi preme in questo contesto ringraziare voi tutti, carissimi sacerdoti del Patriarcato, per la vostra indefessa e diuturna azione in campo educativo. I gravissimi episodi segnalati in talune diocesi non debbono oscurare questo vostro luminoso impegno e gettare discredito sulla preziosa azione che da tempo immemorabile voi svolgete nelle nostre parrocchie, nelle nostre scuole, nonché nelle aggregazioni di fedeli. Azione educativa che nelle Chiese del Nord-Est e nella diocesi di Venezia oggi è più che mai attenta a tutti i risvolti pedagogici.

Invito voi tutti a proseguire serenamente e ancora più energicamente nel prezioso compito di trasmettere alle nuove generazioni il senso cristiano della vita che, se adeguatamente proposto, è in grado di far crescere personalità equilibrate e mature a tutti i livelli, compreso quello affettivo e sessuale. Per questo sono certo che i moltissimi genitori che normalmente affidano alle parrocchie, alle scuole cattoliche, ai patronati, ai GREST, alle associazioni cattoliche i loro figli intensificheranno la loro fiducia e prenderanno ancor più coscienza della decisiva importanza della famiglia per introdurre ed accompagnare, nell'ambito della parrocchia, i bambini, i fanciulli ed i pre-adolescenti all'incontro con Cristo nella comunità cristiana.

3. È fuorviante e inaccettabile mettere in discussione a partire dai casi di pedofilia in ambito ecclesiastico, il santo celibato che la Chiesa latina domanda, in piena libertà, ai candidati al sacerdozio alla luce di una lunghissima tradizione. Ne stiamo riscoprendo la bellezza in questo anno sacerdotale. Il celibato, quando è vissuto con lo sguardo fisso in Gesù sacerdote e con cuore indiviso per il bene del popolo di Dio che ci è affidato, è una preziosa esperienza d'amore che fa fiorire la nostra umanità. Accogliere liberamente il dono del celibato e percorrerne la via non implica alcuna mutilazione psichica e spirituale. Per coloro che sono chiamati, la grazia del celibato è strada per una singolare ma compiuta espressione della propria affettività e sessualità. Certo siamo vasi di argilla e portiamo in essi un tesoro grande ma, con l'aiuto di Dio ed il sostegno della comunità cristiana, lo portiamo con responsabilità e letizia.

4. Infine in questa straordinaria giornata del Giovedì Santo, espressione del peculiare "genio cattolico" perché in essa splende la potenza dell'Eucaristia ed il significato pieno del sacerdozio ordinato, intendiamo ridire pubblicamente e con forza il nostro affetto e la nostra appassionata sequela al Santo Padre Benedetto XVI. A lui che tanto ha fatto e tanto fa per togliere "ogni sporcizia" dalla compagine degli uomini di Chiesa vengono rivolte accuse menzognere. Ma l' «umile lavoratore della vigna» - così Egli si definì presentandosi al mondo ormai cinque anni fa in occasione della Sua elezione al Pontificato - riceverà dallo Spirito la grazia di offrire questa iniqua umiliazione trasformandola in rinnovata energia per l'indispensabile Suo ministero di Successore di Pietro.

Noi, sacerdoti e popolo veneziano, Lo affidiamo oggi, in modo del tutto speciale, alla Santissima Vergine Nicopeja.

Carissimi, accogliete con cuore aperto queste parole del vostro Patriarca. E siate certi della sua piena fiducia e della sua stima. Sono fondate sulla conoscenza ormai pluriennale del vostro amore per Cristo e per la Chiesa che si trasforma in dono quotidiano, spesso silenzioso e non compreso, della vostra vita a favore di ogni nostro fratello uomo.

Il cammino della Visita Pastorale continui a rinsaldare la nostra unità affinché, come Gesù ci ha chiesto, il mondo creda e scopra in tal modo la pienezza del vivere.

Vi invito a trovare i modi opportuni per far conoscere il più capillarmente possibile questa Dichiarazione a tutti i fedeli e a tutti gli uomini e le donne che vivono nel nostro Patriarcato.

Con vivo affetto di comunione nel Signore benedico voi e tutti i fedeli augurandovi una Santa Pasqua.

+ Angelo Card. Scola

patriarca

Venezia, 1 aprile 2010, Giovedì Santo

Oleada de muestras de apoyo de obispos al Papa

Prelados de todo el mundo apoyan su actuación ante casos de pederastia

MADRID, viernes 2 de abril de 2010 (ZENIT.org).- Innumerables obispos de todo el mundo están mostrando su adhesión al Benedicto XVI y apoyando su respuesta a los abusos sexuales por parte de algunos sacerdotes. Lo hacen a través de sus homilías, declaraciones, escritos, cartas dirigidas al Papa y otras iniciativas con las que rechazan las acusaciones que le tachan de encubridor de esos abusos o de no haber actuado con el suficiente rigor. Traemos aquí algunos testimonios de obispos de habla hispana.

“La cabeza visible del Cuerpo Místico de Cristo ha sido maltratada por enemigos de la Iglesia, con inusitada falta de respeto a la verdad y con un despliegue de cinismo increíble; se ve, detrás, ese ataque a la Iglesia para dañarla”, afirmó el arzobispo de Lima, el cardenal Juan Luis Cipriani en la Misa Crismal celebrada en la catedral de la capital peruana este miércoles.

“Sus hijos no podemos quedarnos en silencio -exhortó-. La oración es la principal arma que el Espíritu Santo pone a su disposición”. “Recemos por el Papa, por la Iglesia, por los obispos, por los sacerdotes y por la vida consagrada -continuó-. Busquemos con más fuerza la santidad personal”.

“Estamos llamados a ser colaboradores y cooperadores de la verdad”, dijo ante más de doscientos presbíteros que renovaron sus compromisos de fidelidad sacerdotal. Y les animó “a permanecer cercanos al Papa en la oración, con el empeño en seguir sus enseñanzas con delicada obediencia”.

La Conferencia Episcopal de Paraguay envió a Benedicto XVI una carta de “apoyo, comunión y solidaridad por los ataques que aparecen en la prensa internacional”. Los obispos expresaron en ella “su comunión con el Papa, en estos momentos de dolor por los ataques que recibe en su carácter de pastor de la Iglesia universal”, que buscan “debilitar su voz y su autoridad moral”.

En Santiago de Chile, el cardenal Francisco Javier Errázuriz declaró el Domingo de Ramos que “algunos medios de comunicación tratan de golpear el buen nombre del Papa acusándolo de cosas, en las que el Santo Padre nunca tuvo ninguna responsabilidad”.

Ese mismo día, el obispo de la diócesis mexicana de San Cristóbal de Las Casas, monseñor Felipe Arizmendi Esquivel, aseguró en celebración de los Ramos que Benedicto XVI siempre ha actuado con responsabilidad ante ese problema.

“Estamos sufriendo por los pecados internos que son innegables, como también lo es la traición de Judas, la negación de Pedro y el alejamiento de los propios apóstoles que dejaron solo a Jesús, dijo.

"Se ha querido incluso salpicar de lodo al Papa Benedicto XVI, siendo que él desde que era arzobispo de Munich o después responsable de la Congregación para la Doctrina de la Fe, siempre trató estos casos con suma delicadeza y con suma responsabilidad", indicó.

En la República Dominicana, el arzobispo de Santo Domingo, el cardenal Nicolás de Jesús López Rodríguez destacó los criterios de firmeza, transparencia y severidad con que Benedicto XVI ha tratado y trata los casos de abusos a menores.

El purpurado afirmó este martes, en una rueda de prensa en Santo Domingo, que algunos medios de comunicación intentan “menospreciar los hechos y forzar las interpretaciones”. “Eso no es nada nuevo y nadie ignora que se trata de una confabulación de sectores de gobiernos europeos y grupos de Estados Unidos, que no perdonan al Papa ni a la Iglesia su posición firme de defensa a la vida y su rechazo al crimen del aborto“, declaró.

En España, monseñor Jesús Sanz Montes ha dirigido una carta a Benedicto XVI, junto con el arzobispo emérito de Oviedo, monseñor Gabino Díaz Merchán, el obispo auxiliar de Oviedo Raúl Berzosa Martínez, así como los presbiterios, las comunidades de Vida Consagrada y los fieles laicos de la Archidiócesis de Oviedo, de la Diócesis de Huesca y de la Diócesis de Jaca, para hacerle hacer llegar un respetuoso y filial abrazo.

En la misma, monseñor Sanz Montes comunica al Santo Padre que “en estos días de honda vivencia litúrgica, las Diócesis que la Santa Sede me ha confiado como arzobispo de Oviedo y administrador apostólico de Huesca y de Jaca, hemos tenido la ocasión de celebrar la Misa Crismal en las respectivas catedrales. En ese marco hemos hecho una especial mención y hemos elevado nuestras plegarias por su querida persona”.

“El testimonio de amor a la verdad que Su Santidad nos está transmitiendo con hondura y belleza –añade--, no deja de ocultar el profundo dolor que los sucesos acaecidos entre algunos sacerdotes y consagrados han provocado en su corazón de Padre. La clara cercanía hacia las víctimas inocentes y la reprobación de los graves pecados cometidos por estos hijos de la Iglesia, ha sido un evangélico ejemplo de firmeza, libertad y misericordia que hemos reconocido con gratitud”.

“Lamentamos que estos hechos hayan ocurrido en maleficio de niños y jóvenes, que deberían haber recibido de estos sacerdotes y consagrados lo que el Señor quería darles a través suyo”, subraya el mensaje de las tres diócesis.

Junto a la gratitud por el testimonio de amor a la verdad del Papa, la carta expresa su dolor por “el maltrato injusto y falaz que algunos medios de comunicación y grupos interesados están haciendo de su persona y de su largo e intachable ministerio como arzobispo de Munich, como cardenal prefecto de la Congregación para la Doctrina de la Fe y ahora como Sucesor de Pedro”.

El presidente de la Conferencia Episcopal Española, el cardenal Antonio María Rouco Varela, también expresó, en la Misa Crismal celebrada este martes en la catedral de Madrid, la unión al Papa “precisamente en estos días en que es tan ofendido y tan atacado”.

Por su parte, el arzobispo castrense, monseñor Juan del Río, manifestó su comunión y afecto filial al Papa a través de una carta y la jurisdicción castrense dedicó la Hora Santa del Jueves Santo a pedir por la Iglesia.

El obispo de Urgel, monseñor Joan Enric Vives, transmitió al Papa, por carta, “la adhesión filial a su persona y a su magisterio ejemplar, a su manifiesta bondad y humildad, y a su tenaz lucha contra el pecado que ofende a Dios y lastima a sus hijos”.

El arzobispo de Valencia, monseñor Carlos Osoro, afirmó este miércoles: “Nada, ni siquiera las opiniones de los hombres por muy organizadas y orquestadas que estén, destruirá el ministerio sacerdotal que con tanto amor ha diseñado el mismo Jesucristo”.

En Roma, el cardenal Antonio Cañizares, prefecto de la Congregación para los Obispos y la Disciplina de los Sacramentos, expresó su cercanía al Papa el martes, en la homilía durante la Misa con los miembros del Parlamento italiano.

“¡Gracias, Santo Padre! -dijo-. Con toda la Iglesia, y de un modo particularmente eminente en los tiempos actuales, estamos con Pedro, con el gran don que Dios no ha dado en su sucesor, nuestro amadísimo Papa Benedicto XVI”.

Bispos de toda a Amériva Latina perplexos com ataques frequentes e sistemáticos contra Papa


Episcopado divulga nota de solidariedade a Bento XVI

BRASÍLIA, quinta-feira, 1º de abril de 2010 (ZENIT.org).- A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) saiu em defesa de Bento XVI neste momento em que o pontífice sofre ataques no contexto dos escândalos de abusos sexuais na Igreja.

Em nota oficial pronunciada nessa quarta-feira, o presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, recorda que “o povo católico de todo o mundo acompanha, com profunda dor no coração, as denúncias de inúmeros casos de abuso sexual de crianças e adolescentes praticado por pessoas ligadas à Igreja, particularmente padres e religiosos”.

“É de se lamentar, no entanto – prossegue a nota –, que a divulgação de notícias relativas a esses crimes injustificáveis se transforme numa campanha difamatória contra a Igreja Católica e contra o Papa.”

“Deixam-nos particularmente perplexos os ataques frequentes e sistemáticos, ao Papa Bento XVI, como se o então Cardeal Ratzinger tivesse sido descuidado diante dessa prática abominável ou com ela conivente.”

Segundo a CNBB, uma “análise objetiva dos fatos e depoimentos dos próprios envolvidos nos escândalos revela a fragilidade dessas acusações”.

“O Papa, ao reconhecer publicamente os erros de membros da Igreja e ao pedir perdão por esta prática, não merecia esse tratamento, que fere, também, grande parte do povo brasileiro, que sofre com esses momentos difíceis, e reza pelas vítimas e seus familiares, pelos culpados, mas também pelas dezenas de milhares de sacerdotes que, no mundo todo, procuram honrar sua vocação.”

“No momento em que a Igreja Católica e a própria pessoa do Santo Padre sofrem duros e injustos ataques, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil manifesta sua mais profunda união com o Papa Bento XVI e sua plena adesão e total fidelidade ao Sucessor de Pedro”, assinala a nota da CNBB.

CELAM

A presidência do CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano) também expressou nessa quarta-feira, em nota, sua solidariedade a Bento XVI.

“Ao contrário do que alguns setores da imprensa têm publicado, a atitude do então Cardeal Ratzinger em relação a casos de abusos sexuais praticados por alguns membros do clero sempre foi muito firme”, afirma o texto assinado por Dom Raymundo Damasceno Assis, presidente do CELAM.

“As agressões injustas que Sua Santidade tem sofrido nos levam à contemplação do Cristo, que morreu de forma tão incompreensível na Sexta-Feira Santa, e à união com a Virgem Maria, no silêncio de sua dor no Sábado Santo, na certeza da participação na Vida do Ressuscitado para sermos, cada vez mais, Seus fiéis discípulos missionários”, afirma a nota.

Bispos do Brasil saem em defesa do Papa face às acusações de pedofilia

In DESTAK - 01 | 04 | 2010 21.33H

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) saiu em defesa do Papa Bento XVI e manifestou a sua solidariedade a Joseph Ratzinger face aos recentes ataques feitos à Igreja relacionados com os abusos sexuais de crianças e adolescentes.

Em pronunciamento, na quarta feira, na cadeia nacional das televisões católicas, o presidente da CNBB e arcebispo de Mariana (Minas Gerais), D. Geraldo Lyrio Rocha, expressou o seu apoio ao Papa.

“Sem temer a verdade, o Papa Bento XVI não só reconheceu publicamente esses graves erros de membros da Igreja, como também pediu perdão por eles”, declarou D. Geraldo, criticando a “campanha difamatória” contra a Igreja Católica e contra o Papa.

A CNBB também divulgou um comunicado de solidariedade que condena os “duros e injustos” ataques sofridos pelo cardeal Ratzinger.

“O Papa, ao reconhecer publicamente os erros de membros da Igreja e ao pedir perdão por esta prática, não merecia esse tratamento”, destaca o comunicado assinado pelos altos representantes da Conferência dos Bispos.

O comunicado ressalva que “a imensa maioria de sacerdotes não está envolvida nesta problemática gravemente condenável, provavelmente não chegam a um por cento os envolvidos”.

“É de se lamentar”, continua o comunicado, que a “divulgação de notícias relativas a esses crimes injustificáveis se transforme numa campanha difamatória contra a Igreja Católica e contra o Papa”.

Uma “análise objetiva dos fatos e depoimentos dos próprios envolvidos nos escândalos revela a fragilidade dessas acusações”, critica a CNBB.

As recentes acusações de pedofilia na Irlanda, na Holanda, na Áustria, na Alemanha e nos Estados Unidos envergonharam a Igreja Católica.

No Brasil, imagens de um padre brasileiro a abusar sexualmente de um adolescente, no interior do estado de Alagoas, é mais um escândalo que se soma aos inúmeros que estão a ser revelados em todo o mundo.


quinta-feira, 1 de abril de 2010

Aquela Missa

Não me lembra exactamente a data. Sei que foi nos primeiros anos do meu Sacerdócio. Poucos meses depois de ser Ordenado Presbítero, a 6 de Julho (dia de Santa Maria Goretti!, Santa esta de minha grande devoção) de 1986, fui colocado na nossa Fraternidade de Coimbra, na Av. Dias da Silva, perto das Carmelitas, onde então vivia a Irmã Lúcia.

Ora sucedeu que um grupo de jovens com o qual apostolizava a malta coimbrã se lembrou de organizar uma semana de missão numa aldeia da Beira Baixa, cujo nome não recordo, embora a lembre com muita saudade. Creio que a ideia partiu do namorado de uma moça que era natural de lá.

Organizámo-nos, planeámos e projectamos tudo muito franciscanamente, isto é, não pensámos em quase nada e entregámos tudo à Providência Divina.

Quando chegámos destinaram-me a melhor casa da aldeia, a da tia Júlia (achei mal que um mísero franciscano fosse tratado como dignitário Jesuíta ou Opus Dei, mas tive que obedecer…). A tia Júlia era uma mulher extraordinária, para além de uma enorme alegria expansiva tinha a determinação e a voz de comando de um general. Tratou-me com todos os carinhos maternais e, simultaneamente, com as reverências próprias de quem lida com um Rei. Eu, achando que o que precisava era de ser açoitado na praça pública, inibia-me com tantos desvelos. Enquanto me servia requeijão acabado de fazer espreitava pela janela aberta e vociferava para os campos: Ah! Bruno que ainda cais num poço e me morres afogado, depois o teu pai dá-te uma sova! Anda já para aqui! O Bruno era um petiz, sobrinho da F., a tal namorada do rapaz que teve a ideia.

O tempo foi dividido entre a oração, os trabalhos no campo ou no forno, algum lazer, as longas pregações nas Missas e as confissões. De manhãzinha rezávamos com o povo na Igreja as Laudes com meditação feita a partir dos textos da leitura breve das mesmas. Depois íamos aprender a trabalhar com aquela gente boa e sã muito afeita à rudeza árdua do labor campestre. Achavam graça por nos ver tão desajeitados e ignorantes das coisas do campo. Foi lá que aprendemos a fazer pão. Aquele pão que é mesmo pão e que saboreámos ainda quente, saído do forno a lenha, com muita manteiga.

Pela tarde rezávamos o Terço, as Vésperas e a Missa. De noite, depois do jantar, partilhávamos o dia (porque nas tarefas estávamos espalhados) e convivíamos à lareira, comendo uns chouriços na brasa, uns queijinhos de cabra e bebendo um óptimo vinho palhete.

Ora sucedeu que um dia se resolveu irmos com a aldeia em peso a uma ribeira que distava alguns quilómetros do sítio – bons tempos aqueles em que as portas da rua tinham a chave por fora dia e noite e ninguém as assaltava. A ideia era passar lá grande parte do dia e por isso se decidiu que a Santa Missa não seria, como habitualmente, celebrada na Igreja mas sim à beira da corrente de águas vivas.

Depois de um grande caminhada (embora para aquela gente tudo seja perto, para mim, nado e criado na cidade, as distâncias assumem outra proporção.) lá chegamos ao local que de tão aprazível nos deslumbrou com a sua beleza pitoresca. Toda a proximidade da ribeira era de terra plana coberta de viçosa e abundante erva verde, como um relvado. Algumas árvores frondosas sombreavam o lugar associando-se à frescura da torrente sossegada mas contínua.

Depois da maravilha inicial, como me competia, pedi que procurassem pelas redondezas pedregulhos ou troncos com os quais se pudesse fazer um altar para oferecer o Sacrifício Santíssimo. Depois de uma busca aturada não conseguiram encontrar mais do que uma pedra rectangular lisa. Teria uns 50 cm por 30 cm com uma altura de uns 20 cm. Instei para que alargassem a pesquisa. Não conseguiram deparar com mais nada. Já me tinha paramentado quando olhando para aquela pedra a meus pés que iria fazer de altar decidi de novo que não poderia celebrar assim.

Bem sabia que Jesus Cristo antes de padecer a morte afrontosa na Cruz tinha lavado os pés a seus apóstolos aquando da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, para nos dar o exemplo de humildade e serviço. Mas Ele Ressuscitou, e subiu Glorioso aos Céus, e todo o poder Lhe foi dado, na sua humanidade, no Céu e na Terra, e toda a criatura deve dobrar os joelhos na Sua presença, e há-de vir em Majestade a julgar os vivos e os mortos, recompensando e condenando a cada um segundo as suas obras.

Ter a Deus como escabelo de meus/nossos pés!, era totalmente impensável, inaceitável. Não podia, de todo, celebrar assim os Santos Mistérios.

Mas olhava em frente e via o povo reunido, expectante, faminto, mirando-me com um ar expectante, suplicante. Foi então que me fixei numa árvore que já tinha chamado a minha atenção. Estava mesmo à beira da água; o seu tronco tinha a peculiaridade de não ter crescido na vertical mas sim na diagonal sobre a corrente de tal modo que com os seus ramos pairava sobre as águas. Estudando rapidamente a estrutura providencial da planta lenhosa verifiquei que poderia encaixar a pedra, a servir de altar, coberta da devida toalha, no cruzamento de uma ramificação e que eu poderia sentar-me numa outra ramagem ligeiramente mais baixa e aí presidir aos Sagrados Mistérios. Como a lápide era pequena a vela foi encastrada num outro ponto do lenho junto ao altar. Considerei então que aquela árvore representava a Cruz, e lembrei-me que o meu conterrâneo e Irmão de vida Religiosa, Santo António de Lisboa, tinha mandado construir uma cela no cimo de uma árvore para melhor se dar à contemplação do Mistério de Deus. Tinha o senão de ter de celebrar a Missa sentado podendo somente adorar corporalmente o Senhor com inclinações do tronco e da cabeça. Diz S. Francisco que “a necessidade não conhece lei” e, sendo assim, pus-me espiritualmente em comunhão com os Sacerdotes que, por se encontrarem em cadeiras de rodas, celebram a Missa como podem e do mesmo modo o fiz. Claro que tive de descer para distribuir a Sagrada Comunhão e remontar de novo para a purificação e demais ritos finais.

Lembro-me que ao olhar do cimo daquela árvore, que figurava Jesus Cristo, para aquele povo simples e ávido do Pão da Vida e da Sua Palavra como que me senti semelhante a Jesus pregando da barca para as gentes que se amontoavam na praia.

Este momento, bem como vários outros da missão, foram registados em fotografias. Não vo-las posso enviar porque aqui há uns anos uma revista[1] mas pediu, a propósito de uma entrevista, e, apesar dos meus pedidos, nunca mas devolveu. Sei, porém, que alguns daqueles a quem envio este texto estiveram nessa missão que foi para todos nós um grande Graça de Deus.

Não sei se hoje teria feito o mesmo. O mais provável é que regressasse para celebrar na Igreja. Sei que o que fiz então foi com recta intenção. Deus na Sua infinita misericórdia me perdoará se O deslustrei. Mas lembrei-me nesta Quinta-feira Santa, dia em que Nosso Senhor Jesus Cristo instituiu o Sacramento da Eucaristia e o do Sacerdócio, de vos contar este episódio para que se lembrem de rezar por nós Padres e de dar grandes Graças a Deus por Se tornar assim tão próximo de nós alimentando-nos de Si mesmo na aparência de pão e de vinho. À honra de Cristo. Ámen.


Nuno Serras Pereira

01. 04. 2010



[1] Chama-se: A REVISTA, Bombeiros-Defesa-Segurança. Foi no número 30 de Maio 2005. Pç Luís de Camões, 36, 2 direito (1200-243 Lisboa). Telf. 21 322 46 60 a 77. Email: jmt@gabinet1.pt . Estes dados são retirados do dito número 30 de 2005 e importa que aqui vão porque o facto de hoje ser tradicionalmente o dia das mentiras pode levar alguém a pensar que se trata de uma jocosidade.

Os Olhares de Jesus

Rui Corrêa d' Oliveira


Olhar sobre Judas

Na madrugada daquela sexta-feira, Judas conduziu até ao Gethsemani

os que procuravam Jesus para O prender.

Ao vê-lo chegar, Jesus olhou Judas e disse-lhe:

«Amigo, a que vieste?» (Mat 26, 50)

Olhaste Judas e descobriste nele o traidor.

Olhaste Judas e puseste a nu o seu pecado.

Olhaste Judas e viste nele o Amigo a quem amavas

e continuaste a amar… até à Cruz!

Olha-me Senhor com este teu olhar

que descobre em mim a verdade de que é feita a minha vida.

Olha-me Senhor com este olhar

e não Te detenhas no meu pecado.

Quero ouvir da tua boca a mesma certeza

de que a Tua amizade por mim permanece!


Olhar sobre Herodes

«Ao ver Jesus, Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que ouvia dizer d’Ele… Fez-Lhe muitas perguntas, mas Ele nada respondeu».

Finalmente Jesus e Herodes, frente a frente, olhos nos olhos….

Não houve diálogo.

De Jesus não obteve uma só palavra,

apenas um insuportável olhar em silêncio.

O poder e a força esmagados sob o olhar de um homem só e indefeso.

Toda a arrogância e toda a retórica humilhante de Herodes

embateram impotentes no olhar penetrante de Jesus.

O que mais me comove é que nesse Teu olhar silencioso,

não havia ódio nem rancor:

Tu amavas, Senhor, com esse amor que vence a maior ingratidão.


Olhar sobre Pedro

«Voltando-se, o Senhor fixou os olhos em Pedro; e Pedro recordou-se da palavra do Senhor, quando lhe disse: «Hoje, antes de o galo cantar, irás negar-me três vezes.» E, vindo para fora, chorou amargamente.»

Na hora da verdade,

o mesmo Pedro que Te prometera fidelidade até à morte,

nega-Te por três vezes.

O medo foi mais forte que a amizade.

O medo foi mais forte que a verdade.

Quanto Te terá doído a negação de Pedro…

Num último gesto de compaixão, fixaste o Teu olhar em Pedro

e tanto bastou para provocar o seu arrependimento.

Olhaste Pedro,

apesar de Ele Te renegar.

Olhaste Pedro,

apesar da dor do desamor.

Olha-me Senhor com este Teu olhar que não condena, mas redime;

que não rejeita,

mas permite que eu não fique prisioneiro do meu limite,

reconhecendo, arrependido, o meu pecado

e acolhendo, humilde, o Teu perdão.


Olhar sobre os que O crucificavam

«Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem»

Os soldados executavam friamente a tarefa tantas vezes repetida

de crucificar os condenados.

Porém, os verdadeiros responsáveis por aquele crime,

assistiam e troçavam.

Qualquer critério de justiça revoltar-se-ia diante de tamanha injustiça,

punindo os culpados do perjúrio e os obreiros da infâmia.

Não foi para tornar a justiça mais justa

que aceitaste a morte na Cruz, Senhor!

Mas para introduzir um critério novo, infinitamente mais potente:

o perdão e a misericórdia!


Olhar sobre Maria

Junto à Cruz estava Maria sua Mãe e o Apóstolo João.

No extremo limite das suas forças, olhou para ela e disse-lhe:

«Mulher, eis o teu filho».

Se as forças do Seu corpo se extinguiam,

a potência do seu Coração permanecia intacta.

Aquela a quem Ele estava unido desde sempre, de modo único e singular,

não poderia ficar entregue à solidão.

Em João encontraria, mais do que o amparo e a companhia,

o amor de um filho adoptivo.

Nesta sua nova maternidade,

Maria acolheu todas as gerações dos que levam no seu coração

a memória da Cruz Redentora.


Olhar sobre João

Do cimo da Cruz, Jesus olhou para João, «o discípulo que Ele amava»,

e disse-lhe: «Eis a tua mãe!» (Jo 19, 27)

Antes de derrotar a morte,

Jesus destrói a orfandade a que João estaria destinado.

Despojado de tudo o que era seu,

Jesus dá o último dos seus bens: a sua própria Mãe!

O único bem que ninguém lhe podia tirar.

«E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.»

E desde aquela hora também eu recebi Maria como Mãe.

Jesus olhou por mim, como um Pai olha pelos seus filhos,

deixando-me o melhor da sua herança:

a ternura maternal de Maria, sua Mãe.

“A Verdade libertar-vos-á”


por João Ribeiro Lima

Neste momento, quando um dos maiores ataques à Igreja Católica é perpetrado pelos mais variados sectores da sociedade, em vários Países e com altíssimo destaque na imprensa, importa esclarecer alguns pontos no meio de tanta contra-informação.

Poderão perguntar-se o porquê do título deste texto, é simples, e explico-me adoptando uma abordagem Socrática, do filósofo. Porque será que têm vindo a público todos os pormenores sobre casos de abuso de menores na Igreja Católica? Será que são as autoridades civis a divulgar? A polícia? Os juízes? A maçonaria? As organizações de homossexuais? A resposta a todas estas perguntas é não, não e não! Quem tem feito o trabalho de divulgar todos os crimes cometidos por sacerdotes tem sido a própria Igreja por vontade da actual hierarquia, obviamente seguindo ordens do Papa Bento XVI. Será que a Igreja enlouqueceu, tornar público aquilo que servirá como arma de arremesso para outros a atacarem, talvez até os acima referidos? Sem a vontade da Igreja de procurar a verdade, custe o que custar, seria impossível saber-se a verdadeira dimensão do problema. A realidade é evidente, assim que se soube dos primeiros escândalos nos EUA e agora mais recentemente na Europa o Papa actuou com uma clareza e determinação impressionantes.

Importa referir que inclusive as noticias que saíram nos EUA, mais concretamente no New York Times, foram fomentadas por um Bispo que gastou dinheiro da sua diocese para calar um ex-amante homossexual e um advogado que tem sido um dos mais beneficiados financeiramente com estes escândalos. Por fim, a jornalista que o publicou foi a que algum tempo depois de ser ter descoberto os actos menos “claros” do Bispo mencionado, publicou um artigo desculpando-o. Enfim, tudo explicado.

Aqui também entra a comum falta de seriedade com que uma grande parte dos media têm encarado este problema. Não estudam, não se informam, convidam bispos polémicos e “encostados” para comentar e fazem análises intelectualmente desonestas do problema do abuso de menores. Centralizam-no na Igreja, sem se aperceberem do problema na sociedade em geral e sem procurarem estudar as suas causas em profundidade. Nos EUA, os números finais do escândalo do abuso de menores apontam que apenas 2% dos sacerdotes católicos estavam envolvidos, é óbvio que bastaria apenas 1 acto para nos preocuparmos. Mas a questão não é de facto esta, isto será apenas o ruído, o milho para os pardais, que por variados interesses nos tenta impedir de ir ao cerne do problema; porque é que a pedofilia é um problema transversal, crescente, nas nossas sociedades modernas, de gente instruída, educada?

Ainda recentemente em Portugal, um estudo sério usando dados actuais da sociedade portuguesa, constituindo uma tese de doutoramento, revelou que a maioria dos casos ocorrem no seio das famílias, dados coincidentes com a maioria dos restantes países onde este problema foi estudado.

Dado o cenário, quase que diria aterrador, as perguntas sucedem-se: que tipo de sociedade estamos a criar? Que monstros são estes, que nos fazem sentir que já não há segurança possível para os nossos filhos? Responde-vos o Papa Bento XVI, falando aos Bispos Americanos sobre esta problemática, quando da sua ultima visita no ano de 2008:

“As crianças merecem crescer com uma compreensão sadia da sexualidade e do seu lugar apropriado no âmbito dos relacionamentos humanos. Dever-lhes-iam ser poupadas as manifestações degradantes e a manipulação vulgar da sexualidade, hoje em dia tão predominante. Elas têm o direito de ser educadas para os autênticos valores morais, radicados na dignidade da pessoa humana. Isto leva-nos novamente à nossa consideração a respeito da centralidade da família e da necessidade de promover o Evangelho da Vida. Que significa falar de protecção infantil, quando a pornografia e a violência podem ser vistas em tantos lares através dos meios de comunicação, amplamente disponíveis nos nossos dias? Precisamos de reconsiderar urgentemente os valores subjacentes à sociedade, a fim de que seja possível oferecer uma formação moral sadia aos jovens e igualmente aos adultos.”

A Igreja é feita de Homens que na sua larga maioria a servem incondicionalmente, sendo fiéis à sua doutrina, e por outros, uma ínfima minoria que se aproveita dela, da sua bondade e ingenuidade para os actos mais hediondos, mas entre isto e acusar o Santo Padre de responsabilidade no encobrimento de tamanhas barbaridades vai um acto de pura hipocrisia e cobardia.

The New York Times and Pope Benedict XVI: how it looks to an American in the Vatican


By Cardinal William J. Levada

Prefect of the Congregation for the Doctrine of the Faith

In our melting pot of peoples, languages and backgrounds, Americans are not noted as examples of “high” culture. But we can take pride as a rule in our passion for fairness. In the Vatican where I currently work, my colleagues – whether fellow cardinals at meetings or officials in my office – come from many different countries, continents and cultures. As I write this response today (March 26, 2010) I have had to admit to them that I am not proud of America’s newspaper of record, the New York Times, as a paragon of fairness.

I say this because today’s Times presents both a lengthy article by Laurie Goodstein, a senior columnist, headlined “Warned About Abuse, Vatican Failed to Defrock Priest,” and an accompanying editorial entitled “The Pope and the Pedophilia Scandal,” in which the editors call the Goodstein article a disturbing report (emphasis in original) as a basis for their own charges against the Pope. Both the article and the editorial are deficient by any reasonable standards of fairness that Americans have every right and expectation to find in their major media reporting.

In her lead paragraph, Goodstein relies on what she describes as “newly unearthed files” to point out what the Vatican (i.e. then Cardinal Ratzinger and his Congregation for the Doctrine of the Faith) did not do – “defrock Fr. Murphy.” Breaking news, apparently. Only after eight paragraphs of purple prose does Goodstein reveal that Fr. Murphy, who criminally abused as many as 200 deaf children while working at a school in the Milwaukee Archdiocese from 1950 to 1974, “not only was never tried or disciplined by the church’s own justice system, but also got a pass from the police and prosecutors who ignored reports from his victims, according to the documents and interviews with victims.”

But in paragraph 13, commenting on a statement of Fr. Lombardi (the Vatican spokesman) that Church law does not prohibit anyone from reporting cases of abuse to civil authorities, Goodstein writes, “He did not address why that had never happened in this case.” Did she forget, or did her editors not read, what she wrote in paragraph nine about Murphy getting “a pass from the police and prosecutors”? By her own account it seems clear that criminal authorities had been notified, most probably by the victims and their families.

Goodstein’s account bounces back and forth as if there were not some 20 plus years intervening between reports in the 1960 and 70’s to the Archdiocese of Milwaukee and local police, and Archbishop Weakland’s appeal for help to the Vatican in 1996. Why? Because the point of the article is not about failures on the part of church and civil authorities to act properly at the time. I, for one, looking back at this report agree that Fr. Murphy deserved to be dismissed from the clerical state for his egregious criminal behavior, which would normally have resulted from a canonical trial.

The point of Goodstein’s article, however, is to attribute the failure to accomplish this dismissal to Pope Benedict, instead of to diocesan decisions at the time. She uses the technique of repeating the many escalating charges and accusations from various sources (not least from her own newspaper), and tries to use these “newly unearthed files” as the basis for accusing the pope of leniency and inaction in this case and presumably in others.

It seems to me, on the other hand, that we owe Pope Benedict a great debt of gratitude for introducing the procedures that have helped the Church to take action in the face of the scandal of priestly sexual abuse of minors. These efforts began when the Pope served as Cardinal Prefect of the Congregation for the Doctrine of the Faith and continued after he was elected Pope. That the Times has published a series of articles in which the important contribution he has made – especially in the development and implementation of Sacramentorum Sanctitatis Tutela, the Motu proprio issued by Pope John Paul II in 2001 – is ignored, seems to me to warrant the charge of lack of fairness which should be the hallmark of any reputable newspaper.

Let me tell you what I think a fair reading of the Milwaukee case would seem to indicate. The reasons why church and civil authorities took no action in the 1960’s and 70’s is apparently not contained in these “newly emerged files.” Nor does the Times seem interested in finding out why. But what does emerge is this: after almost 20 years as Archbishop, Weakland wrote to the Congregation asking for help in dealing with this terrible case of serial abuse. The Congregation approved his decision to undertake a canonical trial, since the case involved solicitation in confession – one of the graviora delicta (most grave crimes) for which the Congregation had responsibility to investigate and take appropriate action.

Only when it learned that Murphy was dying did the Congregation suggest to Weakland that the canonical trial be suspended, since it would involve a lengthy process of taking testimony from a number of deaf victims from prior decades, as well as from the accused priest. Instead it proposed measures to ensure that appropriate restrictions on his ministry be taken. Goodstein infers that this action implies “leniency” toward a priest guilty of heinous crimes. My interpretation would be that the Congregation realized that the complex canonical process would be useless if the priest were dying. Indeed, I have recently received an unsolicited letter from the judicial vicar who was presiding judge in the canonical trial telling me that he never received any communication about suspending the trial, and would not have agreed to it. But Fr. Murphy had died in the meantime. As a believer, I have no doubt that Murphy will face the One who judges both the living and the dead.

Goodstein also refers to what she calls “other accusations” about the reassignment of a priest who had previously abused a child/children in another diocese by the Archdiocese of Munich. But the Archdiocese has repeatedly explained that the responsible Vicar General, Mons. Gruber, admitted his mistake in making that assignment. It is anachronistic for Goodstein and the Times to imply that the knowledge about sexual abuse that we have in 2010 should have somehow been intuited by those in authority in 1980. It is not difficult for me to think that Professor Ratzinger, appointed as Archbishop of Munich in 1977, would have done as most new bishops do: allow those already in place in an administration of 400 or 500 people to do the jobs assigned to them.

As I look back on my own personal history as a priest and bishop, I can say that in 1980 I had never heard of any accusation of such sexual abuse by a priest. It was only in 1985, as an Auxiliary Bishop attending a meeting of our U.S. Bishops’ Conference where data on this matter was presented, that I became aware of some of the issues. In 1986, when I was appointed Archbishop in Portland, I began to deal personally with accusations of the crime of sexual abuse, and although my “learning curve” was rapid, it was also limited by the particular cases called to my attention.

Here are a few things I have learned since that time: many child victims are reluctant to report incidents of sexual abuse by clergy. When they come forward as adults, the most frequent reason they give is not to ask for punishment of the priest, but to make the bishop and personnel director aware so that other children can be spared the trauma that they have experienced.

In dealing with priests, I learned that many priests, when confronted with accusations from the past, spontaneously admitted their guilt. On the other hand, I also learned that denial is not uncommon. I have found that even programs of residential therapy have not succeeded in breaking through such denial in some cases. Even professional therapists did not arrive at a clear diagnosis in some of these cases; often their recommendations were too vague to be helpful. On the other hand, therapists have been very helpful to victims in dealing with the long-range effects of their childhood abuse. In both Portland and San Francisco where I dealt with issues of sexual abuse, the dioceses always made funds available (often through diocesan insurance coverage) for therapy to victims of sexual abuse.

From the point of view of ecclesiastical procedures, the explosion of the sexual abuse question in the United States led to the adoption, at a meeting of the Bishops’ Conference in Dallas in 2002, of a “Charter for the Protection of Minors from Sexual Abuse.” This Charter provides for uniform guidelines on reporting sexual abuse, on structures of accountability (Boards involving clergy, religious and laity, including experts), reports to a national Board, and education programs for parishes and schools in raising awareness and prevention of sexual abuse of children. In a number of other countries similar programs have been adopted by Church authorities: one of the first was adopted by the Bishops’ Conference of England and Wales in response to the Nolan Report made by a high-level commission of independent experts in 2001.

It was only in 2001, with the publication of Pope John Paul II’s Motu proprio Sacramentorum Sanctitatis Tutela (SST), that responsibility for guiding the Catholic Church’s response to the problem of sexual abuse of minors by clerics was assigned to the Congregation for the Doctrine of the Faith. This papal document was prepared for Pope John Paul II under the guidance of Cardinal Ratzinger as Prefect of the Congregation for the Doctrine of the Faith.

Contrary to some media reports, SST did not remove the local bishop’s responsibility for acting in cases of reported sexual abuse of minors by clerics. Nor was it, as some have theorized, part of a plot from on high to interfere with civil jurisdiction in such cases. Instead, SST directs bishops to report credible allegations of abuse to the Congregation for the Doctrine of the Faith, which is able to provide a service to the bishops to ensure that cases are handled properly, in accord with applicable ecclesiastical law.

Here are some of the advances made by this new Church legislation (SST). It has allowed for a streamlined administrative process in arriving at a judgment, thus reserving the more formal process of a canonical trial to more complex cases. This has been of particular advantage in missionary and small dioceses that do not have a strong complement of well-trained canon lawyers. It provides for erecting inter-diocesan tribunals to assist small dioceses. The Congregation has faculties allowing it derogate from the prescription of a crime (statute of limitations) in order to permit justice to be done even for “historical” cases. Moreover, SST has amended canon law in cases of sexual abuse to adjust the age of a minor to 18 to correspond with the civil law in many countries today. It provides a point of reference for bishops and religious superiors to obtain uniform advice about handling priests’ cases. Perhaps most of all, it has designated cases of sexual abuse of minors by clerics as graviora delicta: most grave crimes, like the crimes against the sacraments of Eucharist and Penance perennially assigned to the Congregation for the Doctrine of the Faith. This in itself has shown the seriousness with which today’s Church undertakes its responsibility to assist bishops and religious superiors to prevent these crimes from happening in the future, and to punish them when they happen. Here is a legacy of Pope Benedict that greatly facilitates the work of the Congregation which I now have the privilege to lead, to the benefit of the entire Church.

After the Dallas Charter in 2002, I was appointed (at the time as Archbishop of San Francisco) to a team of four bishops to seek approval of the Holy See for the “Essential Norms” that the American Bishops developed to allow us to deal with abuse questions. Because these norms intersected with existing canon law, they required approval before being implemented as particular law for our country. Under the chairmanship of Cardinal Francis George, Archbishop of Chicago and currently President of the United States Conference of Catholic Bishops, our team worked with Vatican canonical experts at several meetings. We found in Cardinal Ratzinger, and in the experts he assigned to meet with us, a sympathetic understanding of the problems we faced as American bishops. Largely through his guidance we were able to bring our work to a successful conclusion.

The Times editorial wonders “how Vatican officials did not draw the lessons of the grueling scandal in the United States, where more than 700 priests were dismissed over a three-year period.” I can assure the Times that the Vatican in reality did not then and does not now ignore those lessons. But the Times editorial goes on to show the usual bias: “But then we read Laurie Goodstein’s disturbing report . . .about how the pope, while he was still a cardinal, was personally warned about a priest … But church leaders chose to protect the church instead of children. The report illuminated the kind of behavior the church was willing to excuse to avoid scandal.” Excuse me, editors. Even the Goodstein article, based on “newly unearthed files,” places the words about protecting the Church from scandal on the lips of Archbishop Weakland, not the pope. It is just this kind of anachronistic conflation that I think warrants my accusation that the Times, in rushing to a guilty verdict, lacks fairness in its coverage of Pope Benedict.

As a full-time member of the Roman Curia, the governing structure that carries out the Holy See’s tasks, I do not have time to deal with the Times’s subsequent almost daily articles by Rachel Donadio and others, much less with Maureen Dowd’s silly parroting of Goodstein’s “disturbing report.” But about a man with and for whom I have the privilege of working, as his “successor” Prefect, a pope whose encyclicals on love and hope and economic virtue have both surprised us and made us think, whose weekly catecheses and Holy Week homilies inspire us, and yes, whose pro-active work to help the Church deal effectively with the sexual abuse of minors continues to enable us today, I ask the Times to reconsider its attack mode about Pope Benedict XVI and give the world a more balanced view of a leader it can and should count on.