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terça-feira, 8 de outubro de 2013

A Estrutura Moral da Pedofilia ( e outros abusos) - por Anthony Esolen

30 Setembro, 2013  
(Tradução de Filipe Avillez)

Na América contemporânea a condenação da pedofilia tem por base as emoções e não o raciocínio moral. Não há quem consiga explicar porque é que a pedofilia é uma coisa tão vil e, ao mesmo tempo, sustentar o primeiro mandamento da revolução sexual: Satisfazei os vossos desejos.

A estrutura moral da pedofilia é tão simples como isto: o bem-estar das crianças subordina-se à satisfação sexual dos adultos.

Jerry Sandusky, ex-coordenador defensivo da equipa de futebol Americano Penn State, criou uma IPSS chamada The Second Mile, para crianças, a maior parte das quais sem pais, que viviam em lares difíceis. Não se sabe se o fez com a intenção de atrair os rapazes para uma armadilha, mas a realidade acabou por ser essa, de acordo com o testemunho de homens que recordaram, com vergonha e nojo, a forma como foram iniciados à sodomia.

Raymond Lahey, o bispo católico emérito de Antigonish, foi detido no aeroporto de Otava depois de o seu computador ter sido verificado no aeroporto. Continha fotografias de rapazes nus. Humilhado, Lahey resignou. A imprensa canadiana tentou esconder o sexo das crianças e suprimiu a informação sobre os destinos exóticos para os quais o bispo costumava viajar. Não se deve perscrutar com demasiada atenção as agências de viagens que ganham bom dinheiro a transportar homens para locais como a Tailândia, que está cheia de rapazes prostitutos. E raparigas também; ao que parece a Tailândia é também um local de eleição para homens de negócios coreanos.

Devíamos agradecer o facto de os Sanduskys e Laheys ainda serem considerados monstruosos. Mas na América contemporânea essa condenação assenta nas emoções e não no raciocínio moral. Não há quem consiga explicar porque é que a pedofilia é uma coisa tão vil e, ao mesmo tempo, sustentar o primeiro mandamento da revolução sexual: Satisfazei os vossos desejos.

Pode-se argumentar que os rapazes eram demasiado novos para dar verdadeiro consentimento. Foram enganados. Isso pode ser verdade para os miúdos no Pennsylvania, mas não dos meninos de rua de Banguecoque. Mas o horror, o nojo, não se coaduna com alguém que tenha simplesmente sido enganado. Se alguém engana um rapaz, vendendo-lhe um pedaço de carvão por 50 euros, o rapaz, mais tarde, olhará para trás com irritação e desprezo pela pessoa que o enganou, mas não com horror. A vergonha das vítimas de Sandusky não deriva do facto de terem sido enganados, mas do acto que foram obrigados a praticar.

Para além disso, o facto de as crianças não poderem dar verdadeiramente consentimento não é, por si, moralmente decisivo. Obrigamos as crianças a fazer uma série de coisas para o seu bem – ou para o que dizemos ser o seu bem. Uma professora de escola pública em Toronto elaborou uma série de aulas em que se pede às crianças que imaginem usar roupas apropriadas para o sexo oposto. Foi louvado, não pelos pais desconfiados, mas pela direcção, que insiste que os professores são “co-pais”. O que ele está a fazer, como é evidente, é sujeitar crianças ingénuas a um exercício que promove os seus próprios objectivos sexuais.
O que enoja as pessoas não é como Sandusky e Lahey fizeram o que fizeram, nem as circunstâncias em que tal aconteceu. É o que eles fizeram – mas parece que ninguém o quer reconhecer.

A razão pela relutância torna-se clara se tivermos em conta a estrutura moral da pedofilia. A satisfação sexual é que vale. Graças a Deus que por agora não existem muitos homens sexualmente atraídos por crianças. Neste caso, levantamos a voz pelas crianças. Mas é o único. 

Se alterássemos a questão, e em vez de perguntarmos quantas pessoas já abusaram sexualmente de crianças, perguntássemos quantas pessoas já fizeram coisas de natureza sexual que resultaram no sofrimento de  crianças, então talvez chegássemos à conclusão que a única coisa que separa milhões de pessoas de Jerry Sandusky é a inclinação. Tudo o que outrora foi considerado uma aberração sexual é, hoje em dia, aplaudido. Tudo, sem excepção, tem servido para ferir crianças, e muito.

Podemos apontar o dedo ao divórcio. A não ser que seja necessário para tirar do caminho do perigo físico e moral um dos adultos e as crianças, então devemos adoptar a sabedoria antiga em relação ao divórcio. Os pais dirão: “Os meus filhos nunca serão felizes a não ser que eu seja feliz”, mas não deviam carregar as suas almas com tamanho narcisismo. As crianças precisam de pais que as amam, não de pais que sejam felizes; são demasiado novas para que se lhes peça que dêem a vida por outra pessoa. Não cabe aos filhos sofrer para benefícios dos pais, antes cabe aos pais suportar, tirar o melhor proveito de uma situação má, engolir o orgulho e dobrar o joelho para bem do filho.

Podemos apontar os filhos nascidos fora do casamento. A criança tem direito a mais do que entrar num quarto decorado com presentes. Ela deve entrar num mundo humano, numa história, num povo. Devia poder nascer numa família com mãe e pai, entre tios e tias, primos e avós, com longas raízes, cheia de histórias interligadas, com a sua reflectida em todos esses espelhos de relação, para não falar nos seus olhos, o seu cabelo, os talentos na ponta dos dedos e a esperteza da sua mente. Esta pertença a um mundo grande e fiável apenas pode ser assegurada no contexto do amor permanente da sua mãe e do seu pai, declarada por uma promessa, diante da comunidade e diante daquele em quem não existe sombra de mudança.

A maioria dos pais fica reticente quando chega a altura de falar de sexo aos seus filhos. Essa reticencia é justa e natural, como é o baixar do tom de voz de um homem quando conduz o seu filho a um lugar sagrado, o túmulo do seu avô que morreu na guerra, ou a pequena e antiga casa onde nasceu a sua avó. O sexo não é uma questão de mecânica. Os pais devem falar do amor que o gerou, e por isso o sexo é também sobre o passado, o presente e o futuro, e sobre todos os que partilham essa grande rede familiar de geração e de amor.

Mas depois entrou em cena a Planned Predators, com a sua multidão de – que lhes havemos de chamar? O que lhes chamaríamos se não tivessem “credenciais” e títulos antes dos nomes? O que chamaríamos ao velho que vive no fundo da rua, que gosta de mostrar fotografias de pessoas a masturbarem-se a criancinhas, enquanto se ri e tosse? Creio que o termo técnico é “depravado”. Mas lá entrou em cena a Planned Predators, com os seus depravados, entusiasmadamente a introduzir as crianças às maravilhas do sexo sem sentido, com bonecos de pénises e vaginas falantes, desenhos de uma menina dobrada a inspeccionar o seu ânus ao espelho, ou de um menino no quarto a abusar de si mesmo.

Estaremos a ser injustos? Algumas pessoas gostam de ter as suas aventuras sexuais, mas são suficientemente discretas para as manter afastadas das crianças; não que o consigam sempre, mas pelo menos na sua hipocrisia pagam o tributo do vício à virtude. Mas a Planned Predators não acredita nesse tributo. Há pedófilos do corpo e pedófilos da alma. A Planned Predators alista, alegremente, os últimos nas suas fileiras.

Perguntamos como é que Sandusky conseguiu fazer o que fez durante tanto tempo, sem ser apanhado pelos pais. Pois bem, o abusador separa a criança dos seus pais. “Este é o nosso segredo”, diz o depravado. “Não contes aos teus pais”, sibila o lagarto. “Eles não vão perceber”. “Os teus pais têm-te tratado mal”, sussurra a cobra. “Os teus pais são antiquados. Os teus pais são egoístas. Os teus pais têm a sua própria agenda. Não tens de te submeter aos teus pais. Podes ser a tua própria pessoa”, denuncia a doninha, querendo dizer: Submete-te a mim.

Essa é a mesma estratégia utilizada pelos pederastas espirituis credenciados. Os pais são o inimigo. Os pais são mantidos à distância. Os pais são demasiado obscurantistas para saber o que é melhor. Os pais – mesmo os pais esporadicamente responsáveis que a nossa geração produziu – não podem saber quão felizes são os que são sexualmente livres.

Começamos então a questionar se o que conta não é o mal infligido sobre a criança mas, neste mundo em que a publicidade é confundida com verdade, a forma com que se reveste, ou a classe a que pertence o destruídor de infância. Para quem não pensa na essência das coisas, é difícil julgar acções e não actores.

Daí que o velho treinador de futebol é justamente condenado por abusar dos seus desportistas, mas o Jimmy Saville, menino bonito da BBC, exibe a sua imoralidade durante anos, perante as brincadeiras de jornalistas que se recusam a divulgar o que sabem. Daí que Kermit Gosnell, um homem com os valores morais de Josef Mengele mas sem o mesmo jeito médico se espanta ao descobrir que muitos imoralistas exprimem agora repulsa por ele ter transformado o aborto em algo mais que uma fonte de rendimentos: um hobby, um tesouro de pedaços desmembrados, decepados dos seus donos ao som de tesouradas.

 Afinal de contas, como é que aquilo que ele faz aos bebés difere em mais do que estilo daquilo que a aprumada médica feminista faz na zona mais chique da cidade? Ele ri-se enquanto trabalha, ela adopta o ar sério de um soldado no exército da igualdade, a cumprir o seu dever, e a ganhar dinheiro enquanto o faz.

E a mãe que vive de subsídios, quando perde a cabeça, chega o cinto ao couro do rapaz que já tem tamanho para a atirar ao chão, com os seus dedos manchados de tabaco e a voz rouca de cansaço. Mas a sofisticada “mãe solteira”, com o seu curso em Estudos Femininos de Wellesley, a viver na zona chique de Boston, veste a sua filha como se fosse assexuada e ignora quando a criança suplica para ser tratada como uma menina normal. Para ela não haverá pena de prisão, mas antes uma data para dar uma conferência na biblioteca local uma semana depois da sua amiga que vai falar sobre a crueldade de se tratar cães como se não fossem cães e uma semana antes de outra amiga falar sobrem os benefícios do trigo sem glúten e ovos sem gema.

John Williamson, confesso adepto do swing e dono de uma gigantesca colónia para nudistas e adúlteros recebe da imprensa nacional um obituário digno de um grande artista e inventor, e ninguém pára para pensar quantas vidas de crianças foram eliminadas ou tornadas miseráveis pelas perversões dos seus pais; mas o Papa emérito Bento XVI, o calmo e sereno professor de moral que até há pouco tempo limitava-se a ser aturado por todos, cujo único pecado foi chamar pecado ao pecado, apenas pode desejar ser tratado com neutralidade aborrecida, ou até inimizade respeitosa. Estilo, homem, estilo.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Cardeal escocês admite "comportamento sexual" inapropriado

In Expresso

O cardeal escocês Keith O'Brien, que se demitiu na segunda-feira do cargo de arcebispo, devido a acusações de conduta indecente, reconheceu hoje ter tido um "comportamento sexual" inapropriado, e pediu "perdão às pessoas que ofendeu".

"As últimas duas acusações que foram feitas contra mim tornaram-se públicas. No início, contestei-as devido ao seu caráter anónimo e impreciso. Agora, quero aproveitar a oportunidade para reconhecer que o meu comportamento sexual ficou, por vezes, aquém dos padrões que se esperariam de um padre, de um arcebispo e de um cardeal", declarou o alto dignitário, em comunicado.

"Àqueles que ofendi, apresento as minhas desculpas e peço perdão. À Igreja Católica e ao povo da Escócia, também peço desculpa", acrescentou o mais velho clérigo britânico da Igreja Católica, com 74 anos.

Estas declarações surgem após a publicação, a 24 de fevereiro, no jornal britânico The Observer, de um artigo em que três padres e um ex-padre acusavam o cardeal O'Brien de ter tido "comportamentos indecentes" para com eles, a partir dos anos 1980.

Um padre queixou-se de ter sido vítima de atenções indesejadas por parte do cardeal, após um serão "bem regado".

Um outro afirmou que O'Brien aproveitava as orações noturnas para ter atitudes impróprias.

O cardeal negou, então, tais acusações, mas um dia após a sua divulgação, anunciou, todavia, a demissão do cargo de arcebispo de Saint Andrews e Edimburg, na Escócia, e decidiu renunciar à participação no conclave destinado a eleger o sucessor do papa Bento XVI.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Ratzinger strikes again at the "filth" in the Church

The earthshaking decision to remove the monks from the Basilica of the Santa Croce in Gerusalemme (Basilica of the Holy Cross in Jerusalem), where they had been for five centuries, is another sign of how the “gentle rule” of Benedict XVI can also be decisive and drastic when it comes to eliminating that “filth” in the Church, the existence of which was denounced by Cardinal Ratzinger six years ago during the Way of the Cross.


by Andrea Tornielli

In Vatican Insider

The decree of the Congregation for Religious which suppressed the abbey come two years after the removal of the abbot, who was much talked about for the less than transparent management of his community and his friendships.

The Pope has not vacillated in the face of all kinds of old and new scandals that have surfaced. For example, he has established standards that are even more severe than the ones he suggested to John Paul II 10 years ago. The victims take priority, as he first showed with his personal stance and now with the new guidelines on abuse aimed at the bishops’ conferences and published last Monday. He has charged the bishops with the responsibility of serving as “fathers and brothers” to their clergy. But most importantly, he has acted, far from the spotlight, with determination during the first six years of his papacy.

One month after he was elected in May 2005, Ratzinger banned Father Gino Burresi, founder of the Congregation of the Servants of the Immaculate Heart of Mary, from any public ministry for sexually abusing his young followers. The priest had been the object of huge coverage for years and the offences he had committed had expired under the statue of limitations. Shortly thereafter came the famous decision on Father Macial Maciel, the former founder of the Legion of Christ, who was found guilty of serious abuse.

In September 2008, Benedict XVI laicized don Lelio Cantini, the charismatic priest from Florence and leader of an active community that saw a number of clergymen emerge from its ranks. He too was guilty of repeatedly abusing minors. In July of the following year, he cracked down on a German clergyman belonging to the Missionaries of the Holy Family of Munich, while in February 2010, with a decree that cannot be appealed, Ratzinger defrocked don Marco Dessi, a missionary in Nicaragua, before the end of his civil trial for sexually abusing minors. The following month, don Andrea Agostini, a priest in the diocese of Bologna who supervised a catholic nursery school in Ferrara, was dismissed from the clerical state for pedophilia. In October 2010, don Nello Giraudo from the diocese of Savona met the same fate, while at the beginning of this year Fernando Karadima, the powerful and influential priest from Chile, was forced to retire despite the fact that the offences had expired under the statute of limitations. A quick decision is also expected regarding don Riccardo Seppia, the priest from Genoa who is a cocaine addict and predator of young boys.

A year ago, at the height of the scandals that occurred mainly in the United States, Ireland and Germany, Benedict XVI made a dramatic pronouncement that «the greatest persecution of the Church does not come from enemies on the outside» but «is born from the sins within the church». He linked these events to the message of the apparitions of the Virgin Mary in Portugal during the last century, claiming that «We delude ourselves if we think that the prophetic mission of Fatima has come to an end».

In the interview book “Light of the World”, the Pope also supported the media and their role in the affair «The media would not have been able to provide those reports if the sin had not existed in the Church...as long as it is a matter of bringing the truth to light, we should be grateful». A lesson of great humility, which seen from the outside could be even better understood inside the Church.




segunda-feira, 8 de março de 2010

Sobre los abusos sexuales en Alemania: la Iglesia llama a la transparencia

RATISBONA, domingo 7 de marzo de 2010 (ZENIT.org).- La diócesis de Ratisbona examinará “con la máxima transparencia” las acusaciones de abusos sexuales que se hayan verificado en el coro de los Regensburger Domspatzen. Así lo ha afirmado el portavoz de la propia diócesis, Clemens Neck, que ha anunciado también la constitución de una comisión de investigación ad hoc, según publica L’Osservatore Romano.

En una carta publicada sobre su sitio de internet y destinada a los padres de las víctimas, ha sido el propio obispo de Ratisbona, monseñor Gerhard Ludwig Müller, quien ha hecho pública la noticia de un caso de abuso que se remonta a los años 50, verificado en el internado donde se alojaban los coristas.

Culpable entonces fue el director del internado, seguidamente condenado y después fallecido. En esa ocasión, el prelado había invitado a declarar a todos aquellos que podían tener conocimiento de hechos de cara a descubrir víctimas y culpables de otros episodios de abusos.

Por el momento quien ha denunciado al Coro ha sido una persona que permanece en el anonimato. Habría también un ex alumno de la escuela elemental de Etterzhausen (que ahora se encuentra en Pielenhofen), una institución independiente de los Domspatzen, que denunció haber sido abusado a principios de los años 60. Y a ese periodo se remontarían también los abusos sufridos por otra víctima, que denunció al director del seminario de Weiden y a algunos empleados.

El director del coro de Ratisbona, en una carta publicada en el sitio web de la diócesis de Ratisbona, se ha mostrado “consternado por el hecho de que semejantes hechos vergonzosos hayan tenido lugar en instituciones eclesiásticas”, incluida la célebre institución del Regensburger Domsplatzen, con mil años de historia a sus espaldas.

A día de hoy, con todo – continua la carta – “no disponemos de ulteriores elementos concretos sobre casos sospechosos de abusos dentro del Coro de Ratisbona”.

En un comunicado, el obispo de Ratisbona ha querido precisar que los dos casos de abusos, que tuvieron lugar en 1958, públicamente conocidos ya en aquella época y que deben considerarse jurídicamente cerrados, no coinciden con el periodo que va desde 1964 a 1994 cuando el hermano del Papa, el maestro monseñor George Ratzinger, que sustituyó en este cargo al obispo Theobald Schrems, fue Director del coro de voces blancas y del coro de voces masculinas.

La diócesis de Ratisbona hace saber, además, que ha puesto a disposición un abogado con el fin de aclarar cuanto sucedió en el pasado, identificar a las potenciales víctimas y culpables, y sugerir las medidas a adoptar a la luz del derecho penal y canónico. Este abogado presentará en 14 días un informe provisional.

Desde 2008 hay también activo un equipo ad hoc coordinado por la psicóloga Birgit Boehm, responsable diocesana para casos de abusos sexuales, y compuesto por cinco miembros (un psicólogo, un ex juez, un jurista canónico y dos empleados del Ordinariato).

“La Santa Sede – afirma L’Osservatore Romano – apoya a la diócesis en su disponibilidad a analizar la dolorosa cuestión con decisión y de forma abierta, en el sentido de las directivas de la Conferencia Episcopal Alemana”.

“El objetivo principal de la aclaración por parte de la Iglesia es el de hacer justicia a las eventuales víctimas – prosigue el diario vaticano –. Esta, además, agradece este compromiso de claridad debtro de la Iglesia y augura que una claridad similar se haga también dentro de las instituciones, públicas y privadas, si verdaderamente importa a todos el bien de la infancia”.

El escándalo de los abusos sexuales cometidos por el clero estalló a finales de enero, a raíz de las revelaciones que el semanario Spiegel publicó sobre los abusos cometidos en los años 70 y 80 en el prestigioso Canisius-Kolleg de Berlín, donde dos sacerdotes habrían perpetrado violencias sistemáticas sobre diversos estudiantes.

Una investigación realizada por el semanario Der Spiegel había revelado entonces que los sacerdotes sospechosos de haber cometido abusos sobre menores desde 1995 hasta hoy son al meno 94. Actualmente, las denuncias ligadas a los hechos cometidos en el Canisius-Kolleg serían más de 150.

En su asamblea plenaria celebrada en Friburgo del 22 al 25 de febrero, los obispos alemanes se han comprometido a colaborar con la justicia con la máxima transparencia y seriedad para poner luz sobre los delitos cometidos por los sacerdotes, instituyendo un departamento nacional para las denuncias de los abusos sexuales, guiado por monseñor Stephan Ackermann, obispo de Tréveris.

Entre otras medidas propuestas, está la de reforzar los exámenes para la selección de los seminaristas, activar un número verde para denunciar los abusos sexuales de los sacerdotes y crear un fondo nacional para las indemnizaciones destinadas a las víctimas.

Mientras tanto, como cada año en primavera, el presidente de la Conferencia Episcopal Alemana, monseñor Robert Zollitsch, se dirigirá el 12 de marzo al Vaticano para presentar al Papa los temas surgidos durante la plenaria de los obispos alemanes. En el centro de los argumentos en agenda estará el tema de los abusos sexuales.