1. A emissora do Episcopado português que acha obsessivo conceder algum tempo quotidiano às questões de bioética e de moral relativas às questões chamadas fracturantes tem concedido, desde há meses, um tempo inusitado à gripe, sem parecer dar-se conta que as vítimas daquelas são imensamente mais, qualitativa e quantitativamente, do que as desta. Ultimamente tem noticiado a morte de alguns “fetos” acontecida após a vacinação de mães grávidas. Segundo os médicos que vêm a público não existirá qualquer relação entre a vacina e a morte dos fetos. Esta palavra feto tem sido continuamente usada e repetida com informações relativas à idade, número de semanas, etc. Ontem, no noticiário das 17h, verifiquei, com surpresa, de que um feto, de 31 semanas, em perigo de vida, em virtude da mãe ter contraído a gripe A, tinha sido salvo, encontrando-se a criança bem. Seguiram-se umas declarações de alguém do hospital referindo-se ao estado periclitante da mãe e ao bom estado da criança. De modo que, segundo a RR, o facto de um feto sair da sua clausura, através de um “túnel”, transforma-o numa criança. Antes, um minuto antes, não era criança, um minuto depois transformou-se naquilo que não era. Eu nunca mais ando de metropolitano, pois sabe-se lá no que me transformarei ao sair de lá – num velho, num anjo, num alienígena. Mas recomendo a todos aqueles que tiverem filhos pequenos, naquela idade em que berram muito, os acordam à noite e sujam muitas fraldas, que os levem ao colo, atravessem uma dessas estações subterrâneas e verificarão que à saída já vêm com um cachopo andando por seu próprio pé.
Se há coisa que nós sabemos, porque eles próprios o escreveram, é que os abortófilos exortam os seus a nunca chamar crianças ou bebés às pessoas humanas nascituras, mas a usarem termos como feto, monte de células, etc. Claro que se pode sempre argumentar que na medicina se utiliza esse nome; mas será preciso lembrar que a rádio não é uma academia, nem um congresso de especialistas?, ou que a Declaração Universal dos direitos da criança denomina os nascituros precisamente como crianças?
Felizmente, em contrapartida, à volta das 19h e 30m, na Antena 1, a abortista Ana Sá Lopes falava das crianças que tinham morrido referindo-se aos fetos de que a RR falava. Descaiu-se. Aliás, agora que o aborto já está liberalizado, a auto-censura é menor.
2. A RR, estação emissora do Episcopado português, tem, desde há muito, como é notório, uma aliança com o jornal Público. Todos sabemos que se trata de um periódico sanguinário que não só promove o aborto e a eutanásia, como ganha dinheiro publicitando o abortadouro dos Arcos onde se esquartejam três crianças nascituras por hora de trabalho, 25 (vinte cinco) por dia ferial, 500 (quinhentos) por mês. A rádio “católica” portuguesa não tem pejo de pactuar com esta chacina… Agora este mesmo periódico tomou oficialmente posição a favor do “casamento” entre pessoas do mesmo sexo, através de editorial não assinado. A RR não corou nem um bocadinho. Continua vaidosa, sirigaita e delambida realizando o programa, filho de coito danado, intitulado “Diga lá Excelência”.
Por este programa tem passado uma longa série de personagens profundamente sinistros, que, parece que é preciso dizê-lo para clarear algumas cabeças enevoadas, não vão ali para jantar mas sim para pregar, os quais promovem manifestamente as mais graves e abomináveis imoralidades e injustiças que repugnam não só à Doutrina da Igreja mas à própria razão, à Lei Moral Natural. Blasfémias, heresias, mega genocídios (aborto cirúrgico, reprodução abortiva extra-corpórea, experimentação letal em seres humanos embrionários, clonagem, aborto químico e mecânico), eutanásia, suicídio assistido, divórcio, uniões de facto, educação obscena obrigatória nas escolas, fornicação, sodomia, “casamento” de pessoas do mesmo sexo, adopção de crianças por sodomitas, contracepção, reprodução artificial, enfim, enormidades e monstruosidades medonhas. Estas são as pessoas que nos são apresentadas como excelentes por essa grande meretriz chamada RR, rádio reprovável, nos apresenta como exemplo de excelência. Excelente, para ela, não é, como sempre foi, o que obra virtuosamente mas sim o que promove o crime, o assassinato, a depravação, a degradação, a decadência.
Nuno Serras Pereira