Eu conheci uma mulher que abortou propositadamente uma das suas filhas e, uns anos mais tarde, coagiu outra das filhas a provocar a morte da sua neta, de que esta última estava grávida. Esta mãe e avó matadora enviuvou 14 meses depois, como, estranhamente, não houve autópsia desconhece-se o motivo do falecimento do marido. Uns familiares muito próximos, porém, que sabiam de grandes desavenças no casal, cuja origem atribuíam aos abortamentos a que o pai e avô se tinha oposto com veemência, tinham fortes suspeitas (como agora os parentes da primeira mulher de Paco Bandeira – segundo os jornais) de que ele tinha sido homicidiado pela esposa. Se eu escrevesse que esta mulher era um monstro receberia na volta do correio electrónico uma sarabanda, seria acoimado de não ter caridade, acusado de violência, censurado por julgador e apontado como o exemplo daquilo que não dever ser um Cristão e muito menos um Sacerdote, com a agravante de ser franciscano.
Eu conheço, de vista, três homens que todos os dias, ali para os lados da praça da alegria, talvez com grande prazer e, por agora, sem nenhum arrependimento, em média, esquartejam 24 crianças nascentes, por dia útil. Se eu me atrevesse a dizer que eles eram uns monstros só confirmaria a convicção dos meus acusantes.
Se eu tivesse a temeridade de apelidar a outrora grande vedeta, hoje ressuscitada pela rádio renascença (“emissora católica portuguesa), cujas responsabilidades maiores na liberalização do aborto, isto é, no massacre de oitenta mil crianças nascentes, são evidentes, se eu a denominasse, dizia, como o monstro de Setúbal, provavelmente cairia o Carmo e a Trindade. E é verdadeiramente espantoso que esta “ressurreição” tenha acontecido num programa sobre justiça e direito. Como será possível que pessoas que inverteram e atropelaram a mais elementar Justiça, e perverteram radicalmente o Direito sejam comentadores residentes, como Eurico Reis, ou comentaristas convidados como Odete Santos? Dificilmente se topará com um sinal mais claro não só da degeneração da identidade Católica mas também da depravação da Lei Moral Natural, com o consequente aviltamento da Justiça e do Direito. A única explicação inexplicável para isto acontecer numa estação de rádio que é propriedade do Episcopado português parece ser o mistério da presença actuante do obscuro e sinistro Maligno.
Parece exagero o que afirmo? Apliquemos então a mesma lógica em relação ao “monstro de Beja” (advertência: coloco entre aspas para que fique claro que não fui eu mas sim, quem diria?, alguns daqueles que me recriminam que ouvi nomear deste modo o triplo homicida de Beja):
‘Querem mandar os homens para a prisão!!! Nenhum homem comete um homicídio de ânimo leve!!! Tem que se acabar com o flagelo do assassinato clandestino!!! O homicídio tem que ser legal e seguro!!! Os homens sofrem a humilhação de irem a tribunal!!! A matança clandestina ameaça a saúde, a integridade física e psíquica, dos sega-vidas!!! Querem que os homens portugueses se sintam culpabilizados e suicidem na prisão!!! Os homizieiros são umas vítimas! Os matantes são obscenamente expostos no pelourinho da comunicação social!!! O estado tem que garantir através dos serviços de saúde, pago com o dinheiro dos impostos, a interrupção voluntária da vida (IVV) por opção do homem!!!’
Dir-me-ão que a matança de Beja foi cobarde, durante o sono das vítimas, e teve requintos de malvadez, pois não só ignorou os laços familiares como as degolou macabramente. Claro que sim! Foi uma coisa hedionda. Mas isso é também o que sucede no abortamento. A criança, que é filha, está totalmente indefesa e é impiedosamente torturada até à morte (recordo-me que, aquando da realização do primeiro referendo sobre o aborto, numa longa conversa com o Professor Ernâni Lopes ele me dizia indignado que um dos aspectos que mais o revoltava era a cobardia dos grandes e poderosos que só se atreviam à destruição violenta da pessoa concebida, ainda não nascida, pela enorme desproporção de forças. Fossem os concebidos, por nascer, uns matulões capazes de lhes fazer frente que logo os facínoras, amedrontados, desabalariam com sobressalto e terror). Isto que aqui fica escrito não diminui em nada a gravidade e o horror do triplo homicídio de Beja, mas afirma sim a semelhante enormidade do aborto a que nos habituámos e de que somos, de algum modo, por múltiplas maneiras responsáveis.
O Beato João Paulo II que viveu e conheceu bem de perto as pavorosas atrocidades e o monstruoso terror quer do nazismo quer do comunismo não hesitou, ao escrever a Encíclica Evangelium vitae, em ensinar com toda a firmeza: “De entre todos os crimes que o homem pode realizar contra a vida, o aborto provocado apresenta características que o tornam particularmente perverso e abominável.” (O Evangelho da Vida, nº 58-a).
Eu conheço, de vista, três homens que todos os dias, ali para os lados da praça da alegria, talvez com grande prazer e, por agora, sem nenhum arrependimento, em média, esquartejam 24 crianças nascentes, por dia útil. Se eu me atrevesse a dizer que eles eram uns monstros só confirmaria a convicção dos meus acusantes.
Se eu tivesse a temeridade de apelidar a outrora grande vedeta, hoje ressuscitada pela rádio renascença (“emissora católica portuguesa), cujas responsabilidades maiores na liberalização do aborto, isto é, no massacre de oitenta mil crianças nascentes, são evidentes, se eu a denominasse, dizia, como o monstro de Setúbal, provavelmente cairia o Carmo e a Trindade. E é verdadeiramente espantoso que esta “ressurreição” tenha acontecido num programa sobre justiça e direito. Como será possível que pessoas que inverteram e atropelaram a mais elementar Justiça, e perverteram radicalmente o Direito sejam comentadores residentes, como Eurico Reis, ou comentaristas convidados como Odete Santos? Dificilmente se topará com um sinal mais claro não só da degeneração da identidade Católica mas também da depravação da Lei Moral Natural, com o consequente aviltamento da Justiça e do Direito. A única explicação inexplicável para isto acontecer numa estação de rádio que é propriedade do Episcopado português parece ser o mistério da presença actuante do obscuro e sinistro Maligno.
Parece exagero o que afirmo? Apliquemos então a mesma lógica em relação ao “monstro de Beja” (advertência: coloco entre aspas para que fique claro que não fui eu mas sim, quem diria?, alguns daqueles que me recriminam que ouvi nomear deste modo o triplo homicida de Beja):
‘Querem mandar os homens para a prisão!!! Nenhum homem comete um homicídio de ânimo leve!!! Tem que se acabar com o flagelo do assassinato clandestino!!! O homicídio tem que ser legal e seguro!!! Os homens sofrem a humilhação de irem a tribunal!!! A matança clandestina ameaça a saúde, a integridade física e psíquica, dos sega-vidas!!! Querem que os homens portugueses se sintam culpabilizados e suicidem na prisão!!! Os homizieiros são umas vítimas! Os matantes são obscenamente expostos no pelourinho da comunicação social!!! O estado tem que garantir através dos serviços de saúde, pago com o dinheiro dos impostos, a interrupção voluntária da vida (IVV) por opção do homem!!!’
Dir-me-ão que a matança de Beja foi cobarde, durante o sono das vítimas, e teve requintos de malvadez, pois não só ignorou os laços familiares como as degolou macabramente. Claro que sim! Foi uma coisa hedionda. Mas isso é também o que sucede no abortamento. A criança, que é filha, está totalmente indefesa e é impiedosamente torturada até à morte (recordo-me que, aquando da realização do primeiro referendo sobre o aborto, numa longa conversa com o Professor Ernâni Lopes ele me dizia indignado que um dos aspectos que mais o revoltava era a cobardia dos grandes e poderosos que só se atreviam à destruição violenta da pessoa concebida, ainda não nascida, pela enorme desproporção de forças. Fossem os concebidos, por nascer, uns matulões capazes de lhes fazer frente que logo os facínoras, amedrontados, desabalariam com sobressalto e terror). Isto que aqui fica escrito não diminui em nada a gravidade e o horror do triplo homicídio de Beja, mas afirma sim a semelhante enormidade do aborto a que nos habituámos e de que somos, de algum modo, por múltiplas maneiras responsáveis.
O Beato João Paulo II que viveu e conheceu bem de perto as pavorosas atrocidades e o monstruoso terror quer do nazismo quer do comunismo não hesitou, ao escrever a Encíclica Evangelium vitae, em ensinar com toda a firmeza: “De entre todos os crimes que o homem pode realizar contra a vida, o aborto provocado apresenta características que o tornam particularmente perverso e abominável.” (O Evangelho da Vida, nº 58-a).
Nuno Serras Pereira
18. 02. 2012
18. 02. 2012