Eu sei que parece incrível mas
confesso que sempre pensei que a função ou melhor a missão de um órgão de
informação católico fosse a de informar e a de formar. Porém, tenho verificado
que é exactamente o contrário. A extraordinária emissora católica (?) do
episcopado português tem, mais uma vez, vindo a demonstrar exactamente o contrário
– embora depois dê aparências de emendar a mão com uma Nota
que não passa de uma minúscula ilha no vasto oceano dos serviços noticiosos.
Não obstante, os leitores dos
garatujos que vou esboçando estejam habituados a ler, sempre com crescente
espanto, as minhas estravagâncias inconcebíveis, estou em que se desatasse a
redigir artigos sobre os quadrados triangulares ou sobre as circunferências
rectangulares não duvidariam que tinha ultrapassado infinitamente todos os
limites do razoável. Pois… Mas ninguém se assombra com as repetições ao longo
do dia, todos os dias, na “informação” da rr da expressão “casais homossexuais”
(sic = assim mesmo). Se isto não é desinformação nem deformação então não existe
diferença alguma entre a verdade e a mentira, o certo e o errado, a realidade e
a alucinação delirante.
E, no entanto, seria tão fácil
dizer: os pseudocasais homossexuais;
ou os impropriamente (falsamente)
chamados casais homossexuais; ou entre
pessoas do mesmo sexo a que uma lei injusta e, portanto, carecida de qualquer
autoridade ou valor denomina de casais homossexuais, etc. Claro que poderá
sempre argumentar-se que não é prático, que são frases extensas…
Mas entre ter que dizer mais
algumas palavras e não ser objectivamente cúmplice da propaganda da ideologia
do género a escolha parece-me clara. Além de que não só se deixa de incutir nas
mentalidades dos ouvintes essa venenosa e perversa ideologia como, pelo contrário,
se infunde a verdade nas consciências dos mesmos.
À Honra e Glória de Cristo,
Caminho, VERDADE, e Vida. Ámen.