In RR
Anna Romano escreveu ao Papa quando soube que estava grávida, mas nunca
esperou o telefonema que a convenceu a deixar avançar a gravidez.
Foi o desespero que levou Anna Romano a escrever ao Papa Francisco. A
mulher, italiana, encontrava-se grávida do seu amante, um homem casado, e
este já lhe tinha deixado claro que não iria ajudar a criar o bebé,
tentando convencê-la a abortar.
Sob pressão, Anna escreveu ao
Papa, mais por desabafo do que por outra razão, e foi com grande
surpresa que recebeu um telefonema de Francisco.
“Fiquei
estupefacta ao telefone. Ouvi-o a falar. Tinha lido a minha carta.
Assegurou-me que o bebé é um dom de Deus, um sinal da providência.
Disse-me que nunca estaria sozinha”, conta Romano ao jornal italiano “Il
Messagero”.
Após alguns minutos de conversa, a futura mãe
encontrava-se novamente cheia de esperança e decidida a levar a gravidez
até ao fim. “Ele encheu-me o coração de alegria quando me disse que eu
era corajosa e forte pelo meu filho”, recorda.
As palavras do
Papa foram ainda tranquilizadoras noutro sentido. Anna disse a Francisco
que gostaria de baptizar o filho, mas "tinha medo que não fosse
possível", por ser "mãe solteira e divorciada". O Papa não só explicou
que seria possível baptizá-lo, como se ofereceu para ser ele próprio o
padrinho. “Estou convencido que não terá dificuldade em encontrar um pai
espiritual, mas, se não conseguir, estou sempre disponível”, disse
Francisco.
Compreensivelmente, Anna Romano já fez saber que, se a criança for rapaz, chamar-se-á Francisco.
Desde
a sua eleição, o Papa já pegou várias vezes no telefone para falar
pessoalmente com pessoas que sabia estarem a passar dificuldades. Um
caso envolveu um rapaz cujo irmão tinha sido morto e, mais recentemente,
uma mulher argentina vítima de violação.