30. 04. 2013
São tão abundantes as provas da
crueldade do povo português que é caso para infinito pasmo como haja ainda quem
encomie o seu carácter manso e pacífico. Esta realidade continua a
evidenciar-se na indiferença descaroável para com as crianças que dentro em
pouco serão ignobilmente vitimadas pela adopção
por parte de pseudocasais homossexuais.
É verdadeiramente extraordinário
que a autoproclamada, sem pingo de vergonha, rádio católica portuguesa (rr), propriedade
do Episcopado português chame sistematicamente casais aqueles que não o são nem
o podem, de facto, ser, contribuindo assim, com inusitado fervor, para a propaganda
lgbt.
Mais inacreditável ainda é a
passividade dos prelados portugueses os quais porventura cuidarão que a
publicação de uma Nota pastoral sobre a família, aliás bem-feita e com
linguagem acessível, é suficiente para se desobrigarem de qualquer outra acção
no combate contra este violento vampirismo espiritual e moral. Mas a verdade é
que se puserem de lado as racionalizações autojustificativas e olharem de
frente, diante de Deus, as suas consciências saberão muito bem que isso não
passa de uma mentira infame. Nem será necessário meditarem atentamente na importantíssima
entrevista recente, a propósito de um outro assunto, embora com este
relacionado, mas igualmente aplicável neste caso, que o Cardeal
Burke concedeu a uma prestigiada agência noticiosa.
Evidentemente que quando falta o
ensinamento insistente, repetido para ser assimilado, o exemplo, o
encorajamento e a liderança andam as ovelhas tresmalhadas, anuindo a tudo o que
os lobos vorazes propõem, como meio mais pronto e eficaz para dizimarem
facinorosamente o rebanho. Verdadeiramente há Pastores que se não são lobos,
imitam muito bem.
Diz um dos periódicos de hoje, em
primeira página, que o Senhor Bispo do Porto, é o preferido para Patriarca de
Lisboa. Eu, confesso, que tenho a maior estima e admiração pelo Senhor D. Manuel
Clemente, a quem aliás devo imenso, mas rezo a Deus, apesar de já ter pensado o
contrário, que não seja ele.
O que precisamos é de alguém que
saiba governar, tenha mão firme e ortodoxa, seja desassombrado em relação aos
princípios inegociáveis, não se deixe lisonjear com adulações, não seja político
mas sim Pastor, tenha a coragem de vir para a rua, e o arrojo da verdadeira e
completa Misericórdia, com a inteireza de quem sabe, pois é impossível ignorá-lo,
que a defesa e promoção da vida e da família são o factor decisivo na Nova
Evangelização, isto é, no evangelizar de novo.
Não saberei dizer se há algum
Bispo em Portugal capaz do que digo, mas se não há, Ordene-se. E será
seguramente tempo de ser mais rigoroso e responsável nas consultas que a Santa
Sé faz em relação aos “episcopáveis”. Conheço bem verdadeiros hereges, no
rigoroso sentido do termo, que são sistematicamente consultados e santos presbíteros,
já anciãos, que nunca o foram… Basta de diabólicos respeitos humanos, de silêncios
cobardes e cúmplices. Os tempos são demasiado graves para que nos deixemos
afundar nestas areias movediças.
À Honra e Glória de Cristo. Ámen.