Acerca do artigo “O Código Secreto da Virgem Maria”
Publicado na Revista Sábado na passada quinta-feira, 18-12-2008.
Fonte: Infovitae
Serve o presente texto para corrigir uma série de erros factuais e interpretativos que surgem no referido artigo da revista Sábado. As citações do artigo surgem entre aspas e a azul, enquanto que os comentários e correcções surgem a preto, logo a seguir a cada citação. O autor deste texto agradece a quem identificar eventuais erros nas correcções que aqui são feitas.
«Maria poderia ser consagrada co-redentora e isso significaria que Jesus teria tido a ajuda da mãe na salvação da Humanidade. Algo impensável para a Igreja mais conservadora»
Porquê “impensável”?
É uma consequência lógica da doutrina cristã: sem o “fiat” voluntário de Maria, Cristo não teria nascido. Logo, Maria desempenha um papel decisivo na salvação da Humanidade. O prefixo “co” em “co-redentora” vem do latim “cum”, ou seja, “com”. Não implica igualdade entre Maria e Cristo, mas sim uma cooperação entre ambos.
«Os evangelhos canónicos (…) quase não falam dela. (…) Em todo o Novo Testamento, o seu nome é designado uma dezena de vezes (…)»
Trata-se de um erro factual. O nome concreto de Maria surge dezanove vezes, o dobro do indicado no artigo. Mas se procurarmos por “mãe de Jesus” ou por “sua mãe” (de Jesus), surgem trinta e três ocorrências, o triplo do indicado no artigo. Ver no Anexo o elenco completo das referências à mãe de Jesus em todo o Novo Testamento.
«Paulo, o apóstolo mais importante no desenvolvimento do cristianismo e autor de 14 dos 27 textos que constituem o Novo Testamento, nunca se refere a Maria.»
São Paulo não conheceu Maria pessoalmente. São Paulo não teve contacto com o Evangelho de São Lucas (o evangelista que mais escreve sobre Maria) nem com a tradição mariana que foi posteriormente fixada por escrito pelo evangelista, o que explica a quase ausência de Maria das epístolas paulinas. Mas ao mesmo tempo, São Lucas foi companheiro de viagem de São Paulo, pelo que certamente teriam tido ampla oportunidade para debater a figura de Maria e o seu papel na salvação. São Lucas só escreve os Actos dos Apóstolos e o seu Evangelho depois dos anos que passou com São Paulo em viagem.
São Paulo refere (Gálatas 4, 4) que Cristo nasceu de uma mulher tendo em mente a promessa de Deus feita acerca da Mulher e da serpente (Génesis, 3, 15): que seria através de uma mulher que se venceria o Mal, devido à perpétua inimizade fixada por Deus entre a descendência de Eva e a da serpente e da superioridade daquela em relação a esta. Por isso, esse único ponto em que Paulo fala concretamente sobre Maria é crucial porque demonstra que São Paulo tinha bem presente o carácter central e providencial de Maria para a salvação da Humanidade.
«”A imagem que conhecemos de Nossa Senhora ao colo tem origem nas imagens de Ísis com o filho Horus”, explica Paulo Mendes Pinto.»
A imagem de uma mãe com o filho ao colo é suficientemente universal na cultura da humanidade para ser necessário especular ligações ao Antigo Egipto. Para mais, nos primeiros séculos do cristianismo, a religião egípcia era quase uma relíquia do passado. As conquistas de Alexandre, o Grande, espalharam a cultura grega pela bacia do Mediterrâneo e pelo Médio Oriente. Nos primeiros séculos da nossa era, Alexandria era a capital da cultura grega, cultura essa que sem dúvida marcou o cristianismo muito mais do que a egípcia. É muito duvidoso que o cristianismo se tenha inspirado em Ísis e Horus para o modelo da Virgem com o Menino: porque precisaria de o fazer, quando a maternidade é algo de universal?
«Os cristãos dividiam-se em facções e uma delas, a dos arianos, defendia mesmo que Jesus era o filho natural de Maria e José e só depois se tornara o Messias»
É correcto falar em facção ariana, mas esta era minoritária, como se vê logo pela sua derrota esmagadora, por voto, no Concílio de Niceia em 325. As ideias do bispo Ário contrariavam a tradição apostólica, e por isso mesmo, foram rejeitadas pela clara maioria dos bispos reunidos em Niceia. De um total aproximado de 220 bispos, apenas são conhecidos dois apoiantes de Ário: Teónas de Marmarica e Segundo de Ptolemais.
«Perante uma situação que ameaçava tornar-se incontrolável, era urgente definir o culto a Jesus e reduzir o papel de Maria. Foi com este objectivo que, no ano de 325, se convocou o primeiro concílio fundador da Igreja – que só podia acabar da pior maneira, com uma demonstração radical de força. Os bispos reuniram em Niceia (Turquia) e, por maioria, afirmaram Jesus como filho de Deus.»
• O Concílio de Niceia não se reuniu para definir o culto a Jesus ou reduzir o papel de Maria, mas sim para condenar as ideias heréticas do bispo Ário, que contra a tradição apostólica, pretendia reduzir a divindade de Cristo; o Concílio definiu ainda a forma de calcular a data da Páscoa, uma festa móvel[1];
• Porquê “demonstração radical de força”? Uma votação “inter pares”, entre bispos, sobre questões de doutrina é uma demonstração radical de força?
• Em Niceia, não se votou Jesus como Deus: votou-se a condenação dos que não o viam plenamente como tal, os seguidores da heresia de Ário, tendo o Concílio sugerido a palavra “consubstancial” (em grego «homoousios») como garante da unidade divina (em substância) do Pai com o Filho; Jesus sempre foi visto como Deus pelos seus seguidores: um bom exemplo está na obra de Santo Ireneu, datada do final do século II[2], e portanto, anterior ao Concílio de Niceia;
«Atanásio, Bispo de Alexandria, aproveitou o momento e determinou os textos que fariam parte do cânone da Igreja. (…) Sem surpresa, ficou de fora o texto que mais se refere a Maria, o Proto-Evangelho de Tiago.»
• O Concílio de Niceia em 325 não determinou os textos do cânone: o tema nem sequer constou da ordem de trabalhos;
• Os textos do Novo Testamento datam do século I d.C, conforme o acordo dos especialistas; quando muito, o Evangelho de São João e o Livro do Apocalipse de São João datarão do início do século II;
• As compilações do Novo Testamento já estavam consolidadas no final do século II d.C. (o Codex Muratori[3], a mais antiga compilação conhecida dos textos neotestamentários, é datada quase unanimemente entre 180-200 d.C.);
• Proto-evangelho de Tiago: este texto não foi deixado de parte por se referir a Maria, mas sim por não ser considerado factual; o proto-evangelho de Tiago não apresenta problemas doutrinais, e de facto, não poucos dos seus elementos passaram a integrar a tradição popular cristã; o texto foi excluído do cânone por conter detalhes fantasiosos e inverosímeis[4].
«De tal forma que, no século V, a Igreja foi obrigada a reconhecê-lo. (…) E, em 10 dias, Maria passaria de segredo envergonhado a rainha da Igreja»
Custa a acreditar que uma transformação tão profunda, a ter ocorrido, como se pretende no artigo, teria ocorrido em apenas dez dias. Qual é a base histórica para esta afirmação? Porque razão seria a mãe de Cristo (Deus para os cristãos) um “segredo envergonhado”? A conclusão de Éfeso, de que Maria é Mãe de Deus (“teotokos”), é a conclusão lógica e necessária para todo aquele que defende que Cristo é Deus.
«O concílio decorreu em Julho de 431 na cidade de Éfeso (Turquia) e foi no mínimo escandaloso. Cirilo, que partia em desvantagem, uma vez que o imperador apoiava Nestório, enviou agentes a Constantinopla e distribuiu prendas e subornos entre os bispos. Depois, aproveitou a sorte. Foi o primeiro a chegar a Éfeso e nem esperou pelos bispos partidários de Nestório. Sem autorização imperial, abriu o concílio e, recorrendo-se de todos os textos antigos, mesmo dos não reconhecidos pela Igreja, contou a história de Maria e acrescentou novidades. Apresentou-a como virgem perpétua e garantiu que, depois de morrer, fora elevada ao céu ali mesmo, em Éfeso.»
• Porque razão se diz que o concílio “foi no mínimo escandaloso”?
• Porque razão se diz que “Cirilo partia em desvantagem”, quando era o séquito de Cirilo (50 bispos) o maior, quando comparado com os apoiantes de Nestório (16 bispos)? Para mais, o papa Celestino I, numa carta de 11 de Agosto de 430, encarrega o Patriarca Cirilo da responsabilidade de dirigir o Concílio; o imperador bizantino, não tendo autoridade em teologia, tomou inicialmente o partido de Nestório, mas após o fecho do concílio, aceitou as suas conclusões;
• Quais são as evidências históricas dos ditos “subornos”?
• “Foi o primeiro a chegar a Éfeso” é um erro factual: Nestório chegou antes de Cirilo, ou na melhor das hipóteses, chegou no mesmo dia que este (vide Actas Coptas), um pouco antes do Pentecostes;
• O papa Celestino I, tendo declarado heréticas as ideias de Nestório, deu-lhe dez dias para as repudiar; a intenção do Papa era usar o concílio para julgar as ideias de Nestório; no entanto, este não quis comparecer nas sessões: foi três vezes convocado para comparecer, e recusou todas; o mandato de Cirilo dava-lhe poder para iniciar o concílio após os dez dias concedidos a Nestório; Cirilo deu um prazo maior, tendo iniciado o concílio apenas a 22 de Junho;
• Não se sabe se o atraso do Patriarca João de Antioquia, amigo de Nestório, foi um atraso propositado ou acidental; ao chegar ao concílio apenas no dia 27 de Junho, João decidiu acusar Cirilo de heresia, mas a sua posição foi rejeitada por todos os restantes bispos, e foi o próprio João a ver-se excomungado pelo Concílio[5].
«Maria tinha as características necessárias para ser uma figura divina: era mulher e mãe (…)», explica o professor de Ciência das Religiões Paulo Mendes Pinto.
Esta afirmação é incompreensível no contexto cristão. Sabe-se que, em certos politeísmos, certas deusas eram associadas à sexualidade e à maternidade. Mas no cristianismo, só há um Deus, e Deus não tem sexo, nem masculino nem feminino. Maria não é nenhuma “deusa”, nem nunca foi definida como divina pela doutrina cristã.
A doutrina cristã é muito explícita no considerar Maria como mulher, ou seja, plenamente humana. A doutrina da Imaculada Conceição, definindo que Maria desde o seu início não foi tocada pelo pecado original, na prática equipara-a ao estado de Adão e Eva antes de pecarem, pelo que essa doutrina não a eleva a um estatuto divino. A doutrina da sua”dormição” e ascensão aos céus também não altera a sua natureza humana, bem como a doutrina da sua virgindade perpétua. Ser declarada mãe de Deus também não a torna divina: ela é a progenitora humana de Cristo, que é Deus feito Homem.
«Os primeiros indícios desta teoria surgiram por volta do ano 178 d.C. No texto Da Verdadeira Doutrina, o filósofo grego Celso escreveu que Maria “engravidara de um soldado romano chamado Panthera”»
É preciso dizer que a dita obra Alethes Logos, do filósofo platónico Celso (que seria romano e não grego), está desaparecida há séculos e só a conhecemos através da extensa obra (oito volumes) de refutação escrita pelo escritor cristão Orígenes em 248, Contra Celsum[6]. Orígenes teve tanto cuidado na sua refutação que foi possível a partir dela reconstruir a quase totalidade do texto original de Celso. Este facto vai contra a ideia geral do artigo, que seria a de que a Igreja teria tentado ocultar verdades sobre Maria e sobre Jesus. Ora a verdade é que só sabemos desta teoria de Celsus acerca do soldado romano Panthera porque um autor cristão, Orígenes, a contestou por escrito. Se o objectivo fosse a ocultação do segredo, porque não teria Orígenes ficado calado?
Para mais, a teoria proposta por Celso é uma corruptela de uma teoria hebraica mais antiga. Segundo algumas fontes hebraicas que visavam desacreditar o relato cristão[7], Jesus seria filho de Pandira (ou Panthira) e Stada e teria vivido no tempo dos Macabeus, ou seja, um século antes de Cristo. Ele teria aprendido magia no Egipto, teria sido um “sedutor do povo” e teria sido enforcado numa árvore na véspera da Páscoa. O objectivo desta propaganda hebraica anticristã estava em situar a vida de Cristo um século antes da destruição do Segundo Templo, para contrariar a associação de Cristo às profecias do Antigo Testamento acerca do destino do Templo.
«Mas em 1859 foi descoberta na Alemanha uma nova peça do puzzle. Num cemitério romano foi encontrada uma lápide de um soldado romano chamado Tiberius Julius Abdes Pantera. No epitáfio lia-se que Pantera era de Sídon, uma vila a norte da Galileia, e prestara serviço na primeira coorte de arqueiros, a mesma que segundo registos romanos esteve presente na Rebelião da Galileia, no ano 4 a.C. – o que coloca Panthera perto de Nazaré na altura em que Maria teria engravidado»
Não compreendemos como é que isto pode ser considerado sequer um indício histórico. Em História não se trabalha com bases tão frágeis. Pantera era um apelido muito frequente, sobretudo entre soldados romanos[8]. Descobrir um soldado de apelido Pantera na província da Galileia por altura do nascimento de Cristo não faz desse soldado pai de Cristo.
«A Igreja ensina que, mesmo depois de dar à luz Jesus, Maria permaneceu virgem até morrer. Uma ideia estranha se pensarmos que no tempo de Jesus o conceito de voto de virgindade não existia na cultura judaica. “Permanecer virgem era impensável, todas as mulheres judias sonhavam em conceber o Messias”, explica Rui Alberto Silva.»
A ideia não é estranha, tendo em conta que Maria casou muito nova com José, sendo este já bastante idoso, o que permite pensar que Maria terá sido viúva muito nova. Para permanecer virgem, bastaria não ter voltado a casar. O que é estranho nas palavras de Rui Alberto Silva, mesmo admitindo um contexto cultural adverso ao celibato, é que este parece sugerir que, entre o povo judeu ao tempo de Jesus, não existiria nem um só caso de uma mulher que tivesse permanecido virgem durante toda a vida!
«Outros responsabilizam o autor do evangelho por ter traduzido mal a palavra grega adelfós, que significaria primos.»
Trata-se de um equívoco: a palavra grega “adelphos” deve ser traduzida literalmente como “irmão”[9]. Pode significar, quer um irmão biológico, quer um “irmão” na fé cristã. Os primeiros cristãos não se chamavam a si mesmos “cristãos” mas sim “irmãos”[10]. Sem factos que o comprovem, não há razões para interpretar a palavra “adelphos” em São Marcos 6 no sentido biológico.
Em relação à frase do artigo, há ainda outro equívoco: o Evangelho segundo São Marcos é já uma obra grega no seu original. Logo, o autor do evangelho escreveu-o em grego, e portanto, não fez qualquer tradução. Os problemas de tradução surgem muito depois, com o latim (usando na Vulgata) e com as línguas vernaculares.
«Tiago seria o verdadeiro sucessor de Jesus, e não Pedro, como acabou por acontecer. Uma das provas reside no Evangelho de Tomé, descoberto no Egipto em 1945, e onde está escrito que Jesus designou Tiago como seu sucessor.»
Não se trata de uma prova: o facto de os autores do texto gnóstico intitulado “Evangelho de Tomé” atribuírem tais palavras a Jesus[11] não prova que tal tenha ocorrido de facto. O dito Evangelho de Tomé é a segunda obra do códice II de Nag Hammadi, está escrito em copta e data do século IV. Provavelmente, foi composto na Síria. É quase certo que este texto se baseou parcialmente em textos ou fragmentos mais antigos[12], mas a datação e identificação das fontes usadas no Evangelho de Tomé é um tema ainda em aberto. Nenhum historiador sério afirma que este texto é da autoria do apóstolo Tomé.
Bernardo Sanchez da Motta
(bernardo@observit.com.pt)
ANEXO – Referências a Maria, mãe de Cristo, no Novo Testamento
1. São Mateus 1,16
2. São Mateus 1,18
3. São Mateus 1,20
4. São Mateus 2,11
5. São Mateus 2,13
6. São Mateus 2,14
7. São Mateus 2,20
8. São Mateus 2,21
9. São Mateus 12,46
10. São Mateus 13,55
11. São Marcos 6,3
12. São Lucas 1,27
13. São Lucas 1,30
14. São Lucas 1,34
15. São Lucas 1,38
16. São Lucas 1,39
17. São Lucas 1,41
18. São Lucas 1,46
19. São Lucas 1,56
20. São Lucas 2,5
21. São Lucas 2,16
22. São Lucas 2,19
23. São Lucas 2,33
24. São Lucas 2,34
25. São Lucas 2,48
26. São Lucas 2,51
27. São João 2,1
28. São João 2,3
29. São João 2,5
30. São João 2,12
31. São João 19,25
32. São João 19,26
33. Actos dos Apóstolos 1,14
34. Carta de São Paulo aos Gálatas 4, 4
________________________________________
[1] Mais detalhes sobre o Concílio de Niceia e o pensamento de Ário podem ser encontrados na obra de Hefele, Histoire des Conciles, Tomo I, primeira parte, Paris, Letouzey et Ané, 1907, pp. 335-362.
[2] “Provas, a partir dos escritos apostólicos, de que Jesus Cristo era um e o mesmo, o único Filho de Deus, Deus perfeito e homem perfeito”, em Adversus Haereses (Book III, Chapter 16), by St. Irenaeus of Lyons, do site da Catholic Encyclopedia, em http://www.newadvent.org.
[3] O Codex Muratori deve o seu nome ao seu descobridor, e primeiro editor, Luigi Antonio Muratori (1672-1750), que em 1740 publica em Milão a obra Antiquitates italicae, em cujo livro terceiro é editado pela primeira vez o dito códice. Trata-se da compilação mais antiga que é conhecida do cânone do Novo Testamento. O Codex Muratori encontra-se na Biblioteca Ambrosiana de Milão. Para mais detalhes, consultar o artigo Muratorian Canon no site da Catholic Encyclopedia.
[4] Ver, por exemplo, o relato da natividade, embelezado com inúmeros detalhes de pura fantasia: http://www.newadvent.org/fathers/0847.htm
[5] Detalhes históricos sobre o Concílio de Niceia retirados da Catholic Encyclopedia, em http://www.newadvent.org/cathen/05491a.htm. Para um relato mais pormenorizado e com referência às fontes primárias e secundarias, ver Hefele, Histoire des Conciles, Tomo II, primeira parte, pp. 219-419.
[6] Ver http://books.google.pt/books?id=wsKLIV3TpOYC.
[7] Estudadas por John Owen, em An Exposition of the Epistle to the Hebrews, vol. I (1668), na segunda edição de George Wright, 1812, pp. 378-380, http://books.google.pt/books?id=PdEUAAAAYAAJ.
[8] É a conclusão do estudo Der Name Panthera, de Deissmann, estudo publicado em Orient. Stud. f. Nöldeke (1906), pp.871 e ss., cfr. edição crítica de Henry Chadwick da obra de Orígenes, Contra Celsum (http://books.google.pt/books?id=wsKLIV3TpOYC&printsec=frontcover&dq=contra+celsum#PPA32,M1).
[9] “Adelphoi” como “irmãos”, “adelphe” como “irmã” e “adelphai” como “irmãs”.
[10] Ver o estudo de Michael Marlowe, em http://www.bible-researcher.com/adelphos.html. Existem trinta referências nos Actos dos Apóstolos e centro e trinta nas cartas de São Paulo, do uso de “adelphos” como irmão na fé.
[11] Ver o lógion 12, na Biblioteca de Nag Hammadi, vol. II, p. 83, Ésquilo, Lisboa, 2005.
[12] Há, por exemplo, fortes paralelos com os fragmentos de Oxyrrinco.