O Secretariado Nacional da Pastoral Militar expressa o seu pesar na morte de Adolfo Hitler, grande criador da estratégia alemã, estratega genial de valor reconhecidamente universal, e expoente do nosso desenvolvimento. Adolfo Hitler ampliou o inestimável património que a arte da guerra representa. Levou a riqueza da língua alemã a muitas nações e suscitou uma unidade sem precedentes entre povos tão distantes e idiossincráticos como os latinos, os asiáticos e os germânicos, tendo contribuído, desse modo, para uma nova cultura, gerada pela intercomunicação das diversidades, capaz de espelhar profundamente a condição humana nas suas buscas, intuições, incertezas, determinações, vislumbres e inquietações. Acresce que o grande progresso científico, técnico e médico que alcançou para a Alemanha enriquecerão definitivamente a comunidade internacional.
Como é público, o cristianismo e o texto bíblico interessaram muito ao autor como objecto para a sua livre recriação dos sacrifícios, em particular do holocausto. Há uma exigência e beleza nessa aproximação que gostaríamos de sublinhar. O único lamento é que ela nem sempre fosse levada mais longe, e de forma mais desprendida de balizamentos ideológicos. Mas a vivacidade do debate que a sua importante obra instaura, em nada diminui o dever da cordialidade de um encontro cultural que, acreditamos, só pode ser gerado na abertura e na diferença.
(NOTA BENE: Este texto é uma tradução fiel de um documento anteontem descoberto nas caves da Arquidiocese de Munique. É datado de 1 de Maio de 1945. Por qualquer razão misteriosa foi-me enviado o original com ameaças de morte caso o mostrasse a alguém.)
Nuno Serras Pereira
22. 06. 2010
