segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O Júbilo Imenso do Amante Infinito - Nuno Serras Pereira

Imenso, Infinito, parecem ser termos grandemente exagerados para falar do amor, talvez desculpáveis por causa de uma paixão que enlouquece aquele que a padece. Não assim, no entanto, se considerarmos que o único Amor Verdadeiro, fonte e origem de qualquer genuíno amor, é Deus, na essencial Comunhão da única Natureza Divina em três Pessoas iguais e distintas entre Si: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Este Amor libérrimo, que Se basta a Si mesmo, quis gratuitamente, portanto, sem necessidade ou precisão alguma da Sua parte, criar-nos para nos fazer participantes dessa felicidade incomparável, desmedida, impensável. Numa centragem soberba e egoísta primordial, instigada pelo Antiamor, o Maligno, dispensámos essa Amigança como se fora um fardo, como se fora uma mesquinhez invejosa que nos impediria de ser plenamente.


Quando o Amor Se fez um de nós, ao ser concebido, por virtude do Espírito de Amor, no seio da Virgem amada e amante do Altíssimo ensinou-nos por palavras a desmesura do Amor que nos mostrou com a Sua vida, a Sua Paixão e Ressurreição.


No capítulo 15 do evangelho segundo S. Lucas o Amor Infinito revela-nos que Ele é exultação eterna de alegria e que esse gaudio pode ser jubilosamente intensificado sempre que um desamor, um inimigo, um egoísta, um traidor, um homicida, um luxurioso, um intrujão, um avarento, enfim, um miserável pecador, se reconhece tal e se abre ao fidelíssimo Amante, que o chama e o espera, tomando o caminho de regresso ao Seu acolhimento amistoso, paterno, caloroso, jubilosamente febril, delirante de alegria, endoidado de contentamentos e de regozijos pelo achamento do amado que estava perdido, pelo ressurgimento do bem-amado, que estando morto volta à Vida.


Para os baptizados (= mergulhados no Amor de Cristo morto e Ressuscitado), este reencontro jucundo com o Amor, que os Criou e Libertou, acontece nos afáveis amplexos e santos ósculos do Ressuscitado, através da confissão sacramental.


A Confissão ou Reconciliação embora tenha as mais das vezes como ponto de partida, da nossa parte, uma necessidade de restauração, de salvamento, de fome desesperada de Amor, de sede prementíssima de Verdade, de reconciliação, de Comunhão, de recuperação da harmonia connosco mesmos, com os outros, com a natureza e com Deus, poderá, no entanto, ser um enorme acto de gratidão, de amor, ao Amor Daquele que muito nos Amou e que nós desistimos de amar. O Amor somente Se alegra como o Amor e unicamente Se ofende do desamor. Quando Jesus Cristo ensina através do Seu Corpo, que é a Igreja, que o pecado é uma ofensa a Deus está a dizer-nos que o Amor Infinito de Deus Se deixa ferir por tudo aquilo, consciente e livremente escolhido, que nos arreda do Amor, da Verdade, e consequentemente da nossa identidade, que nos destrói, que nos impede a felicidade e bem-aventurança eternas e o antegosto dela mesmo, ou através da, na Cruz do nosso caminhar neste mundo.


Aqueles bens que o filho ingrato e esbanjador dissipou não são necessariamente riquezas materiais herdadas, mas sim os talentos recebidos enquanto imagem e semelhança de Deus, e Seu filho adoptivo, pelo baptismo: os dons da natureza, os quais sem a Graça, isto é a Comunhão com Deus, não se sustentam mas, pelo contrário, deperecem e se derrancam – a inteligência, a memória, a vontade, a formusura, a corporeidade, etc., etc. Claro que se poderá argumentar que o Diabo é mais inteligente que todos os crentes juntos mas a verdade é que essa é uma inteligência imbecil, estólida, estúpida, esparvoada, sem entendimento, capaz das maiores artimanhas e astúcias, mas totalmente inábil para a Sabedoria, impossibilitada para o Amor, incapaz de servir na entrega de si mesmo aos outros: é uma escravidão, uma teia cheia de subtilezas e argúcias em que se enreda a si mesmo, rebeldemente encasmurrando-se cegamente, e a todos os seus escravos, na masmorra da sua soberba por toda a eternidade.


Se com alegria, cuja fonte é Deus, queremos dar a Jesus Cristo a enorme alegria de nos Salvar, de recuperarmos a nossa Comunhão de Amor com Ele, teremos então de fazer uma Confissão, ou Reconciliação, bem-feita. 


Uma grande vantagem de nos confessarmos a um Padre, como o fazem também os Papas, ou melhor a Jesus Cristo que quer tornar-Se presente no Sacerdote, é a de ser sujeito às mesmas fraquezas que os demais podendo assim compreendê-los melhor. De si, qualquer ser humano é susceptível de cometer qualquer pecado, mesmo que nunca o venha a fazer. S. Junípero, um dos primeiros companheiros de S. Francisco de Assis, sendo posto a ferros por suspeito de querer assassinar um alto aristocrata, como fosse interrogado se intentava fazê-lo respondia com todo sossego: se não fora a Graça de Deus seria capaz disso e de muito pior. E como a questionação prosseguisse sondando intencionalidades de mais patifarias e malvadezas ele sempre respondia tranquilamente a mesma coisa. Valeu-lhe S. Francisco que posto ao facto do caso pressurosamente foi ao seu encontro testemunhando em seu favor. Outros Santos quando sabiam que algum terrível criminoso ia a ser enforcado diziam aos seus companheiros: vamos acompanhar com as nossas orações aquele desgraçado em cujo lugar estaríamos se não fora a Graça de Deus.


Por mais hediondo, abominável e ignóbil que seja qualquer pecado, ou uma multidão infinda deles, perante a Misericórdia Infinita de Deus Amor não passam, como dizia o Santo Cura de Ars, de grãozinhos de areia. Com isto não queria ele apoucar a gravidade do mesmo mas sim proclamar a Omnipotência do Amor Divino, para que a Ele rendidos, arrependidos, nos despojássemos das nossas absurdas defesas, deixando-nos conquistar e transfigurar para nosso bem. 


Consideremos agora, ainda que brevemente, as condições para uma confissão como deve ser.


1 – Dar-se conta do mal feito ou do bem que se podia e devia ter realizado e não se levou a cabo. A isto se chama exame de consciência. Não será preciso recordar que pecado não é aquilo que cada um arbitrariamente acha ou decide, mas sim aquilo que vai contra a Lei de Deus (o Seu Amor) e o Evangelho, tal como apresentado pela Doutrina da Igreja.


2 – Desgosto pelo que se fez ou deixou de fazer. Por outras palavras, arrependimento. Não é necessário que esta dor seja sensível. Com isto quer significar-se um perceber a malícia ou fraqueza que levou a cair, um apoucamento da grandeza e dignidade que isso significa, e a infidelidade à Aliança de Amor com o Senhor. O arrependimento por desilusão connosco mesmos ou por temor das penas, ou consequências, eternas que o pecado implica, é imperfeito e chama-se atrição, sendo no entanto suficiente para o perdão. O perfeito, que se alcança por puro amor de Deus, designa-se contrição, sendo que esta nos livra também das consequências temporais do pecado.


3 – Querer mudar, ou regressar ao Amor do Pai. Quer dizer o propósito de emenda, ou seja, a determinação de permanecer no Amor, na casa do Pai, do Amigo. Claro que este objectivo brota de uma confiança na Graça de Deus, com qual, somos chamados a cooperar, e não de uma presunção das nossas próprias forças.


4 – Honestidade e sinceridade connosco mesmos, com o confessor e com Deus. Trata-se aqui da acusação corajosa e verdadeira de todos e cada um dos pecados graves, ou mortais, de que se lembra, ainda não confessados ou mal confessados (sendo de grande proveito confessar também as faltas leves ou veniais). Quem propositadamente (por vergonha ou outro motivo) ocultasse um pecado grave (mortal) não faria uma confissão bem-feita, mas um cometeria sacrilégio, não lhe aproveitando pois a absolvição, antes acrescentando mais um grave pecado. Por isso, quem tiver consciência de uma ou mais confissões mal feitas deverá fazer uma confissão geral, dizendo os pecados das confissões mal feitas e os sacrilégios cometidos. Depois disso experimentará uma grande paz e uma enorme alegria. Quem isto escreve fez uma confissão geral no Sacro Convento de S. Francisco, em Assis, aos 28 anos. O confessor, um sacerdote franciscano, polaco, experimentado, ajudou a desenterrar enormidades tamanhas que o penitente sentiu grandes suores frios e transpiração das mãos, cousa que nunca mais lhe sucedeu, ao recordar a fealdade medonha de seus pecados passados, mas ficou de bem com Deus e inundado da Sua Misericórdia.


S. Francisco de Sales conta que o lobo voraz e predador quando quer devorar uma ovelha, para que o pastor não dê tento, arrebata-a abocanhando-a pelo pescoço para que ela não possa balir, uma vez que de outro modo não a lograria pois seria destroçado à cajadada. Assim, continua o Santo, procede o demónio com as almas que quer perder: incute-lhes um bloqueio para que não confessem todos os pecados ao Pastor, Jesus Cristo no Sacerdote, que as protege e as salva.


Importa muito acrescentar que a confissão bem-feita pede a descrição das circunstâncias para um entendimento adequado da mesma. 


Consideremos alguns exemplos:


- Uma pessoa acusa-se de faltar à Missa ao Domingo ou dia Santo de Guarda. Mas faltou uma vez ou 30 vezes ou um número que não consegue contabilizar por terem passados muitos anos? É bem de ver que a culpa é diferente. Ou faltou a esse preceito, acto de amor para com Deus Amor que Se torna presente e Se quer dar em alimento, porque estava de viagem na China e não encontrou nenhuma Igreja: claramente não há pecado algum; ou porque estava a cuidar da mãe doente que não podia ficar sozinha: não é evidentemente um pecado mas um acto de caridade; ou porque ficou a ver na televisão o dancing days ou a casa dos segredos: provavelmente serão dois pecados…


- Alguém confessa, roubei, sem mais. Mas roubou o quê? Um milhão de euros? 20 euros, cinquenta cêntimos? A um milionário ou ao desgraçado de um pobretana? A gravidade, naturalmente varia, podendo mesmo ser leve. Ou furtou para comer, uma vez que não conseguiu honestamente garantir a subsistência de outro modo: não há pecado nenhum, mas sim o exercício do direito à vida, a desfrutar dos bens da Terra que Deus destinou a todos.  


- Beltrano se argui de faltar à castidade. Falta saber uma vez, ou um número indeterminado? Por pensamento consentidos, por visionamentos deliberados impróprios, por palavras conscientemente obscenas ou por outros actos livres? Consigo mesmo, ou com outra pessoa, neste caso do mesmo sexo ou de sexo oposto, é casado ou solteiro, tem votos religiosos, ou é sacerdote, ou Bispo? Foi em local Sagrado? Estava embriagado ou consciente? Foi premeditado ou compulsivo? Foi com besta, animal, (não é necessário indicar com que tipo)? Foi com adolescente, ou com criança, ou com bebé? É doente contagioso que possa colocar em grave risco ou mesmo provocar a morte do outro/s? Os actos foram contraceptivos? Recorreu a abortivos precoces? Haverá ainda algumas outras questões que convirá abordar, mas sempre sem entrar em minuciosidades perniciosas à imaginação e serenidade da alma e do corpo. 


- Sicrano confessa que abortou. É a mãe? Ou o serial killer que ganha dinheiro à custa da matança? É a avó (e/ou outros) que pressionou intoleravelmente a filha ao abortamento do neto? No caso de ser a mãe, foi contra a vontade do pai da criança que se prestou a todo o apoio ou foi num acto de desespero ou de depressão profunda? Ou foi contra tudo e contra todos, porque sim, ou por colocar em primeiro lugar os estudos, a carreira, enfim, qualquer outro objectivo que por maior que seja é sempre incomparavelmente inferior ao valor sublime e transcendente da vida da pessoa nascitura exterminada? Ou terá sido uma intervenção médica cujo objectivo era salvar a vida da mãe implicando embora a morte indirecta da criança nascitura que, apesar de prevista, não era de modo nenhum procurada ou querida; não se trata então, do ponto de vista moral, de um abortamento.


Muito se poderia dissertar ainda sobre isto, mas creio que estes breves tópicos darão uma ideia do que pretendo transmitir.


5 – Ter Fé, ou seja, Acreditar no Excesso de Amor do Pai, na Infinita Amizade de Jesus Cristo, na Imensa Consolação do Espírito Santo, ou seja na Misericórdia jubilosa de Deus, que mostra que é Omnipotente principalmente quando perdoa.


6 – Aceitar com gratidão e simplicidade o abraço e os festejos do Pai, a Alegria de Jesus, o Regozijo do Espírito Santo. Por outras palavras, acolher a absolvição concedida por Cristo Vivo e Ressuscitado, através do Padre.


7 – Cumprir a penitência dada pelo Sacerdote como preparação para o Banquete da Eucaristia, que não nos serve um vitelo gordo mas sim o Próprio Jesus-Amor-Amizade como iguaria e nutrimento, para em nós estabelecer a Sua morada, de maneira a que antegozemos as delícias do Céu e nos preparemos para o Grande Banquete definitivo e eterno onde todos os contentamentos, ledices, alegrias, deleites, letícias, enlevos, exultações, gáudios, gozos, comprazimentos, regozijos e jucundíssimos júbilos nos satisfarão plena e absolutamente porque Deus será tudo em todos. Foi para essa Glória inexprimível que Ele nos Criou e Redimiu. À honra de Cristo. Ámen.

31. 12. 2012

O desafio da geração - por João César das Neves

In DN 

Esta crise é um grande teste. Perante a desgraça, todos somos postos à prova. Para a maior parte de nós, esta situação é mesmo o desafio da nossa vida. Um dia perguntarão o que fizemos na grande recessão, como hoje dizemos da Guerra Colonial ou do 25 de Abril. Muitos terão de responder sinceramente que foram parte do problema, não da solução. Terão de dizer que protegeram benesses, sabotaram reformas, resistiram à mudança, incitaram ao ódio.

A tentação da revolta e desânimo é bem compreensível. O pior da conjuntura, o verdadeiro mal que cria no tecido social é a surpresa, a desilusão, a indignação. Confiávamos no sistema que faliu e surgiu o oposto do prometido. Muitos sofrem muito, mas o que mais ocupa os nossos protestos é o desalento, a queixa, a fúria. Este país deixou-nos outra vez ficar mal. Ouvimos muitas histórias degradantes de injustiças, mentiras, direitos violados, inocentes sofrendo, corruptos e burlões. Grande parte é falsa, pois a fúria cria o exagero, mas muitas são verdade. Assim, multidões de argumentos justificam a atitude negativa. O efeito de todas é sempre promover propostas repulsivas, nunca construtivas. A receita é denúncia, revolta, violência, nunca compreensão, solidariedade, perdão.

Perante a indignação é fácil esquecer os valores que sempre guiaram a nossa vida, ou que dizíamos que guiavam em tempos mais serenos. Vemos pessoas honestas dizer e fazer coisas brutais. Quantos cidadãos pacatos não repudiam agora a lei e a autoridade, rejeitam a democracia, desprezam o País, recomendam violência e revolução, agridem o próximo? Todas estas atitudes justificam-se como luta pela justiça, mas apenas produzem vingança. Foi assim que surgiram as maiores barbaridades da história: Hitler e Ben Laden diziam responder a ataques. Invoca-se a dor e a iniquidade, mas isso apenas revela a fragilidade das antigas convicções, renegadas logo que testadas.

Perante o embate é possível subir ou descer. Podemos enfrentar ou criticar, inovar ou gemer, criar ou agredir. É agora que o nosso carácter, a fibra, as raízes, as convicções profundas mostram o seu valor. O embate é brutal e muitos cedem. É fácil desanimar, desistir, acusar, insultar, agredir, odiar, mas o problema fica na mesma. Um pouco pior. Difícil é subir ao nível da dificuldade e enfrentá-la. Vencer ou perder, mas encará-la. Como o fizeram as gerações antigas em encruzilhadas bem mais duras.

O pior da crise não é o desemprego, as falências, a pobreza, o desânimo. O mais negativo não é o peso financeiro, a recessão económica, o choque social, a desorientação política, a paralisia cultural, o bloqueio institucional. O pior da crise é o ódio. Só o ódio poderia realizar as irresponsáveis previsões catastrofistas que dominam a imprensa. O ódio é a única força que pode perpetuar o mal, deixando cicatrizes na economia, na sociedade, na política e na cultura. A situação justifica repulsa, angústia, desânimo, até mesmo desespero ou revolta. Mas não pode justificar o ódio, porque nada o justifica. O ódio nunca nasce das circunstâncias, mas da atitude face às circunstâncias. O ódio, mesmo mascarado de justiceiro, nunca tem razão. É sempre um mal arbitrário, abusivo, inaceitável.

Portugal vencerá o teste, como venceu outros muito maiores. Da crise nascerá um país mais justo, dinâmico e equilibrado. A única dúvida é como cada um de nós se coloca neste processo. Como em épocas passadas, podemos estar do lado do futuro ou da reacção. Podemos desistir, protestar, exigir, gemer, insultar ou, pelo contrário, encarar as dificuldades, procurar resposta, construir a solução. Destes, apenas destes sairá o novo Portugal. Não é do Governo, política, troika, Europa, FMI, que ajudam ou complicam, e geralmente complicam mais do que ajudam. A saída da crise depende de milhões de cidadãos anónimos tentando melhorar a sua vida e encontrando a resposta. Se a percentagem dos que vencem o ódio for superior à dos seus promotores, Portugal passa o teste. Só o nosso carácter, a fibra, as raízes e as convicções profundas nos permitirão vencer o desafio desta geração.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Abuso de menores e relativismo na Igreja - por Nuno Serras Pereira

1. Uma quantiosa parte de grandes meios de comunicação social, principalmente no ocidente, depois de durante anos ter uma atitude permissiva ou mesmo concordante com a pedofilia e, em geral, sexo de adultos com menores de repente fingiu-se escandalizada, e acomunada com os inimigos de Cristo e da Sua Igreja, e com gentes cobiçosas de riquezas, mesclada com quem genuinamente demandava justiça, desatou numa algazarra denunciando, a torto e a direito, sacerdotes, culpados e inocentes, vivos e defuntos, que alegadamente estariam implicados nesses crimes horrendos. O bombardeamento sistemático e prolongado no tempo provocou em alguns países um pavor tal em muitíssimos pais que quando lobrigavam um Padre enxotavam os filhos para trás de si e punham uma carranca ameaçadora, com olhares relampejando áscuas ferozes para qualquer Sacerdote. 

O facto do mesmo comportamento obsceno existir em ministros de outras confissões religiosas, bem como nas famílias, principalmente nas desestruturadas, nos professores e treinadores, em maior percentagem do que no clero católico foi largamente silenciado e ocultado. De modo que as crianças e adolescentes continuam, sem instinto protector por parte de seus pais ou mães, a aproximarem-se e a conviverem com essa gente.


Não sendo poucas as injustiças com que a Igreja foi assim acoimada, não se pode deixar de reconhecer que Deus na Sua Providência o permitiu para purificar muitos dos seus membros. De facto, não existia uma consciência por parte da maioria da alta Hierarquia da Igreja quer da extensão quer da gravidade dos abusos perpetrados. Esses desvios perversos do clero e de alguns prelados eram evidentemente gravíssimos e intoleráveis. E imensamente mais sérios dos que os realizados por outras pessoas, na medida em que o Sacerdote, ao ser embaixador de Deus, presença de Jesus Cristo Sumo-sacerdote e Cabeça da Igreja, em vez de O comunicar se tornava um anti-sacramento, um veículo do Maligno. As consequências tamanhas quer naturais quer sobrenaturais nas vítimas não se podem exprimir adequadamente, pelo menos em texto tão breve como este.


E tudo isto é tanto mais para espantar não só por existir na Igreja uma Tradição de padecimento do martírio por parte de crianças e adolescentes que rejeitaram todas as ameaças de tormentos cruéis e de morte por repugnaram as concupiscências lúbricas de pagãos e infiéis, como de implacabilidade do Papado, altos hierarcas e Santos para com esse tipo de abusos da parte de sacerdotes, frades e monges.


É preciso acrescentar que a enorme maioria dos abusos passados (em muito menor número) e presentes não foram exercidos sobre crianças pré-púberes mas sobre adolescentes masculinos entre os 14 e 17 anos. Importa muito frisar isto porque assim fica claro aquilo que quase ninguém, quer fora quer dentro da Igreja, quer que se saiba: que o problema de fundo responsável por esta abjecção são os comportamentos homossexuais, nestes casos, na forma de efebofilia.


Tudo isto foi possível nas décadas passadas em virtude de uma dissolução doutrinal, um abandono da Verdade substituída por ideologias, que teve consequências na disciplina e na formação que deveria ser ministrada nos Seminários e Conventos, potenciada pela mentalidade triunfante e omnipresente no ar do tempo. Isso permitiu ou facilitou uma muito significativa infiltração de “comandos ‘gay’ ” que nalgumas nações e Dioceses alcançaram lugares de alta prelatura dominando Seminários, Ordens Religiosas e outra instituições eclesiais, recrutando outros contaminados pela mesma ideologia, pervertendo inocentes e expulsando os que resistiam aos seus avanços e se mostravam imunes ao contágio. Não surpreendente, por isso, que ainda haja bolsas de resistência constituída por gente poderosa e muito dissimulada intentando combater as reformas de João Paulo II e Bento XVI.


2. Estes crimes e pecados horrorosos a que temos feito referência, apesar de serem apresentados pela generalidade dos descrentes e mesmo por grande parte dos membros da Igreja, como os mais hediondos entre todos, não o são verdadeiramente. Há pior, muito pior. 


Eu sei que com aquilo que vou afirmar deixarei boquiabertos ou mesmo estuporados a grande maioria dos leitores: a heresia, por exemplo, é um crime e um pecado muito mais graves do que o abuso de menores, o qual como sugeri brota da negação de uma verdade racional confirmada pela Revelação positiva Sobrenatural, a saber, o único lugar adequado e lícito do exercício da sexualidade é o amor, ou seja, a entrega total corpóreo-espiritual, exclusiva, fiel e permanente de um homem e de uma mulher, até que a morte os separe. 


Isto que afirmei não é uma invenção minha mas é e sempre uma verdade doutrinal reconhecida e anunciada pela Igreja. No entanto, convenho, que não o parece. Creio que há várias razões para tal. Uma é, sem sombra de dúvida, a “ditadura do relativismo” em que estamos mergulhados, senão mesmo afogados. O mais estranho, todavia, é que os efeitos funestos desta mentalidade parecem em parte controlar, creio que inconscientemente, muitos daqueles que a reconhecem e combatem. De facto, que outra explicação se poderá encontrar para a circunstância de ela ser largamente tolerada ou mesmo admitida e icentivada em Universidades Católicas, em sacerdotes que escrevem em jornais, que estão à frente de paróquias e peroram nas rádios e nas televisões, em Leigos católicos apontados como exemplos e referências, e mesmo nos mais altos prelados? Qual a razão de não existir, no mínimo, igual rigor por parte da Igreja para com este crime como para com o anterior? Será por não existir indignação social? Por a comunicação social não só o não apontar como tal como advogar os que a proclamam? Mas então, perguntar-se-á, a Igreja anda a toque de caixa da mentalidade reinante? Porventura, ou desventura…, quem a comanda não é a Verdade, o seu Senhor, mas sim a opinião do vulgo? Quererá isto dizer que caso o abuso de menores deixe de ser considerado infame pela sociedade a Igreja encolherá os ombros? Não será necessário fazermos um exame de consciência e perguntarmo-nos, diante de Deus, o que se passa connosco? 


3. Quando interrogamos um esposo e sua esposa sobre que reacções teriam na eventualidade de saberem que um filho tivesse sido abusado por um adulto, padre ou não, as suas respostas geralmente são prontas e viscerais: um espancamento brutal ou um homicídio sumário do criminoso. Se, no decorrer da conversa, perguntarmos se “preferiam” que um filho tivesse sido abusado, por sedução ou violência, ou assassinado, não obstante a forte detestação da primeira hipótese todos acabam por reconhecer que antes os queriam vivos, apesar do enorme traumatismo, do que destruídos pelo extermínio. Estas reacções são concordes com a Lei Moral Natural, isto é, com a Lei da Recta Razão, que vê no homicídio de um ser humano um pecado e um crime ainda mais graves do que o abuso, mesmo de um menor.


É verdade, o aborto provocado é um crime maior e ainda mais monstruoso que o abuso de um menor. E no entanto, o primeiro é legalizado, publicitado, financiado, elogiado, enquanto o segundo é criminalizado, sendo que há uma substancial variação, quanto a este último, no que diz respeito à idade da penalização, de país para país. Pelo que aquilo que num é odioso noutro é considerado normal e fazendo parte da vida privada…


Importa ainda sublinhar que a injustiça e ilicitude moral da matança deliberada e directa de qualquer pessoa humana inocente em qualquer fase da sua existência, desde a sua concepção, ou seu início, até à morte natural, é não só uma verdade do Direito Natural mas também uma Verdade Revelada, de Fé Divina e Católica, pelo que a sua negação obstinada, ou, por outras palavras, a advocacia da sua legalização ou liberalização constitui, sem dúvida alguma, uma heresia.


De modo que podemos afirmar que o aborto provocado é mais grave que o abuso de menores quer a título natural quer a Sobrenatural. E no entanto aí temos o seus fautores ou mesmo realizadores a pregar nos órgãos de comunicação, mesmo os da Igreja, contractados para ensinar, mesmo nas instituições da Igreja, para dar formação pastoral em Fátima e em outros lugares Sagrados, enaltecidos e aclamados pelos mais graúdos prelados. E ninguém se choca, nem se ofende, nem se melindra; ninguém se indigna nem mobiliza; tudo amocha, tudo se retrai, tudo conclama ámen, ámen; todos censuram quem se atreve a denunciar a cegueira, o pecado, a malignidade atroz destas infâmias.  

29. 12. 2012

Nuevos Herodes quieren imponer su ideología de muerte, denuncia Arzobispo Eguren

PIURA, 28 Dic. 12 / 07:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- El Arzobispo de Piura y Tumbes (Perú) y presidente de la Comisión para la Familia y la Defensa de la Vida de la Conferencia Episcopal Peruana (CEP), Mons. José Antonio Eguren, denunció que “los poderosos de hoy”, a manera de “nuevos Herodes, quieren imponernos su ideología de muerte que es totalmente ajena al sentir de la inmensa mayoría de nuestros pueblos, amantes de la vida”.

En su homilía por la Fiesta de los Santos Mártires Inocentes, que dedicó a los niños y niñas víctimas del aborto que fallecieron en Piura y Tumbes en 2012, Mons. Eguren señaló que “con dolor constatamos hoy en día que la sombra de muerte del aborto pretende envolvernos en el Perú y en nuestro continente latinoamericano”.

El Arzobispo exhortó a los fieles a no permitir “que unos cuantos políticos y juristas oportunistas, en alianza con organizaciones abortistas que poseen mucho poder económico, cambien las leyes de nuestra Patria y legalicen el aborto en el Perú”.

“Hoy en día, hay que decirlo una y otra vez: un ser humano por nacer es tan digno de vivir y de ser amado, de ser protegido y defendido, como lo es un recién nacido”, subrayó.

Mons. Eguren reiteró en su homilía que “el aborto no puede ser nunca un derecho humano. Es exactamente lo opuesto”.

El Arzobispo de Piura y Tumbes señaló que, al mirar a la Virgen, “que lleva a Jesús en su seno, vemos que allí donde hubiera podido cometerse un homicidio, se hubiera podido consumar un deicidio. ¿Qué mayor prueba que ésta, de que la vida humana es un don sagrado que siempre debe ser respetada y acogida desde la concepción hasta su fin natural?”.

“En el misterio de Dios encarnado comprendemos mejor la sacralidad de la vida humana: si bien ella ha sido originada por nosotros, no proviene sólo de nosotros, sino de Dios. Que la Navidad sea ocasión para reafirmar un Sí a la Vida por Nacer y un No rotundo al crimen del aborto”, dijo.

Mons. Eguren también recordó que el Papa Benedicto XVI, en su Mensaje para la Jornada Mundial de la Paz 2013, “nos advierte contra el gran mal que significa la liberalización del aborto y se opone firmemente a reglamentar este falso derecho o libertad que amenaza el derecho fundamental a la vida, mediante leyes, sentencias judiciales, convenciones internacionales, planes nacionales, o decretos supremos inicuos, basados en una visión reductiva y relativista del ser humano”.

El presidente de la Comisión para la Familia de la CEP dijo a los fieles que “hay que afirmar con claridad que el derecho inviolable de todo ser inocente a la vida desde su concepción, no es una verdad de fe, y por tanto un asunto simplemente confesional, aunque reciba de la fe una nueva luz y confirmación”.

“Este derecho está inscrito en la misma naturaleza humana, y por tanto se puede conocer por la razón y es común a toda la humanidad”, aseguró.

Mons. Eguren indicó que “cuando afirmamos que la vida humana debe ser respetada y protegida de manera absoluta desde el momento de la concepción, desde el primer momento de la existencia, estamos hablando de un asunto de humanidad”.

“Si la Iglesia hace suya la causa de los niños por nacer, si Ella se hace la voz de los que no tienen voz pero sí el derecho intocable a la vida, es porque ‘el hombre es el camino primero y fundamental de la Iglesia’ y porque nada de lo humano le es ajeno al Evangelio que Ella anuncia por mandato de su Señor”, dijo.

“La Iglesia no puede abandonar jamás a la persona humana, señaló.
Mons. Eguren expresó que “además de orar por los niños y niñas abortados en el año 2012, queremos pedir al Señor por la conversión de todos aquellos que directa o indirectamente han procurado un aborto”.

El Arzobispo también pidió “por la conversión de aquellos que traman una y otra vez con insidia e intriga la despenalización y la legalización del aborto en el Perú”. “Recemos también esta noche para que el aborto nunca sea aprobado en nuestra Patria”, dijo.

Mons. Eguren también hizo un llamado a los políticos peruanos, recordándoles que “la apertura y defensa de la vida está en el centro del verdadero desarrollo. Incluyamos en nuestros planes políticos, sociales, culturales y económicos al niño por nacer y junto con él a la familia, célula primera y vital de la sociedad, patrimonio de la humanidad”.

“Ninguna otra institución puede sustituir a la familia. Sólo así la inclusión social de la que hoy tanto se habla, será verdadera y podremos darle a nuestro futuro un rostro verdaderamente humano”, señaló.

El Prelado exhortó a los jóvenes con vocación al matrimonio a buscar “siempre las exigencias del amor hermoso; que tengan relaciones afectivas sinceras y puras; que se preparen al matrimonio en la castidad y pureza. Jóvenes: no caigan en la tentación de reducir el amor a un mero placer egoísta y genital”.

“A los padres de familia les pido que acojan con amor a cada hijo con el que sean bendecidos. Acójanlo desde el primer momento en que se enteran que ya esta viviendo en el vientre de su madre; denle todo su amor y protección ya que como ustedes, tiene el derecho sagrado e inviolable a vivir y a nacer”, indicó.

El Arzobispo recordó a los padres que “sin la gracia del sacramento matrimonio y de la Eucaristía dominical, les será muy difícil amarse como esposos, crecer en el amor fiel, educar a sus hijos en la fe y formar un hogar que sea cenáculo de amor y santuario de la vida”.

Mons. Eguren concluyó pidiéndole a aquellas mujeres embarazadas que atraviesan situaciones difíciles o de confusión, que “no caigas en la tentación de abortarlo. Nada justifica matar a tu hijo”.

“No añadas al sufrimiento de matarlo el sufrimiento que vivirás después, porque relativamente fácil puede ser sacar a un hijo del vientre, pero muy difícil será sacarlo después de tu mente y corazón”, señaló.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Il piano segreto per fare diventare l’ Europa come l’ Unione Sovietica - Intervista a Vladimir Bukovskij: ''La prima fase è già in atto''


di Alessandra Nucci

In BB 
Vladimir Bukovskij, 70, è uno dei più noti ex-prigionieri politici dell'ex-Unione Sovietica. In totale trascorse dodici anni di internamento, tra prigioni, campi di lavoro e ospedali psichiatrici, prima di essere espulso e scambiato con il prigioniero cileno Luis Corvalan nel 1976. Da allora vive a Cambridge e ha preso la cittadinanza britannica.


Nel 2007, assieme a Pavel Stroilov, ha scritto URSS-EURSS ovvero il complotto dei rossi e Eurss. Unione Europea delle Repubbliche Socialiste Sovietiche (Ed. Spirali) in cui ricostruisce, sulla base di documenti copiati dagli archivi sovietici nel 1992, i piani per trasformare la Comunità Europea in un'Unione di repubbliche socialiste in tutto identiche all'ex-Unione Sovietica.

Radici Cristiane lo ha interpellato per conoscere il suo parere sugli sviluppi attuali.



MISTER BUKOVSKIJY, È ALMENO DAL 2000 CHE LEI SOSTIENE CHE L'UNIONE EUROPEA È LA COPIA CONFORME DELL'UNIONE SOVIETICA. GLI ASPETTI IN COMUNE DA LEI EVIDENZIATI PARTONO DALL'IMPALCATURA STESSA DELLA NUOVA EUROPA: UN'UNIONE DI REPUBBLICHE DALL'IMPIANTO SOCIALISTA, RETTA DA UNA MANCIATA DI PERSONE NON ELETTE, CHE FANNO PROMESSE TIPICAMENTE BOLSCEVICHE - UGUAGLIANZA, EQUITÀ E GIUSTIZIA - E NON RICONOSCONO LE NAZIONI MA SOLO I CITTADINI DI UN POPOLO NUOVO, CON "EUROPEO" AL POSTO DI "SOVIETICO". IN COMUNE, INOLTRE, LE DUE UNIONI AVREBBERO LA CORRUZIONE TIPICA DI UNA REPUBBLICA SOCIALISTA, UNA CORRUZIONE ORGANIZZATA DALL'ALTO, L'AGGRESSIVITÀ VERSO L'ESTERNO E ADDIRITTURA I GULAG ALL'INTERNO. A TANTI ANNI DI DISTANZA, GLI EVENTI LE STANNO DANDO RAGIONE?


Ha dimenticato la somiglianza nel modo di iniziare. Come fu creata l'URSS? Certo, con la forza militare, ma anche costringendo le repubbliche a unirsi con la minaccia finanziaria, facendo loro paura economicamente. Quindi ci siamo.

Ma siamo ancora agli inizi, alla prima fase. La meta finale di tutte le unioni che si sono costruite finora non si esaurisce con la sottomissione al controllo di Bruxelles, ma va oltre. Quello a cui si punta è l'edificazione di un unico Stato, sotto un unico governo mondiale, con un'unica legge, un'unica pensione.... Le crisi finanziarie servono a spingere in questa direzione.



L'IMPOVERIMENTO GENERALE DUNQUE SAREBBE VOLUTO?


È il concetto stesso di "unione" a togliere flessibilità all'economia. Un'unica economia rende impossibile i continui aggiustamenti necessari per favorire gli scambi.


Non dimentichiamo che anche l'Unione Sovietica andò in bancarotta. Certo, eravamo molto più avanti sulla strada dell'integrazione verso un unico Stato: non solo la moneta unica, ma anche un unico popolo. E l'URSS, a differenza dell'Europa, aveva risorse enormi, per cui ogni volta che si trovava sull'orlo del fallimento, scopriva nuove risorse: petrolio, diamanti, oro... È questo che li ha fatti andai Altrimenti sarebbero falliti non negli anni Ottanta ma già degli anni Trenta.


HA DETTO CHE LA CRISI È STATA LA PRIMA FASE. E LA SECONDA?


Col tempo si passa alla sfiducia che può portare all'ostilità è la prossima fase. Gli esempi abbondano, basti pensare alla Yugoslavia, all'URSS... Paesi costretti a convivere sotto lo stesso tetto. Io stesso sono cresciuto sotto una bandiera federale. Ma è una pentola a pressione che prima o poi scoppia.


È PER QUESTO CHE STANNO PIANO PIANO UNIFICANDO LE FORZE MILITARI?


Si tratta sempre della costruzione dello Stato unico. Unico governo, unico presidente, unica politica. Le difficoltà economiche aiutano a ridurre la sovranità, perché la gente è più disposta ad accettare e obbedire. Voi in Italia non a caso avete un Primo Ministro non eletto


USANO L'ECONOMIA PER SCHIACCIARE LO STATO NAZIONALE? A ME PARE CHE LA USINO PER SCHIACCIARE LA GENTE.


La gente la manipolano per evitare che si opponga alle novità politiche, che devono, al contrario, apparire loro come l'unica speranza.


DUNQUE A BRUXELLES SONO TUTTI SOCIALISTI?


È socialista il progetto. Non conosco personalmente queste persone, ma la maggior parte di loro è di sinistra, più o meno estrema. Favoriscono cioè soluzioni stataliste e la regolamentazione di tutto. E parlano tutti come nel libro di Lenin Lo Stato e la rivoluzione, che spiega come morirà lo Stato nazionale. Le sue parole sono che «appassirà fino a sparire». Dal canto loro, i conservatori mantengono la curiosa idea che il progetto si possa cambiare dall'interno. Il PPE non oppone resistenza, e cercare di influenzarlo dall'interno diventa una buona scusa per non fare nulla.


ALLORA SI TROVA IN LENIN LA MATRICE DI QUELLO CHE STIAMO VIVENDO?


Il sogno dei socialisti, il Program Maximum, è sempre stato di eliminare la proprietà privata, la famiglia e lo Stato nazionale. Con la proprietà privata non ci sono riusciti, ma continuano sulla via della distruzione della famiglia e della nazione. Il piano fallito all'Est è stato trasferito ad Ovest; gli europei e Mosca hanno lavorato insieme per attuare la "convergenza" della "casa comune europea" Prima del 1985 la sinistra si opponeva alla Comunità Europea perché diceva che aiutava i padroni, gli industriali, i capitalisti, e lasciava soli i lavoratori. Dopo hanno fatto dietrofront.


DA NOI SOCIALISTA È UN TERMINE ASSAI DIVERSO DA COMUNISTA. LEI SEMBRA APPLICARLO AL PARADIGMA SOVIETICO COME SINONIMO DI COMUNISTA.


No, il socialismo è la forma meno violenta e graduale del comunismo, ed è socialista il progetto di Unione Europea, che nasce a Maastricht nel 1992. L'intento era quello di salvare il socialismo in Europa dopo il crollo del Muro di Berlino e la prevedibile bancarotta dello stato sociale anche in Occidente. Le spese sociali stavano crescendo e non c'era modo di contrastarle o fermarle.

Si possono dare benefit alla gente ma non si possono togliere senza alienarsi una parte enorme della popolazione, perché non ti rieleggeranno. Così quando i leader di sinistra si sono resi conto che stavano andando in rosso e che le loro innovazioni socialiste in Europa sarebbero andate gambe all'aria, decisero di creare questa amministrazione di non eletti, che non potesse essere mandato a casa.



UN'AMMINISTRAZIONE CHE PERÒ ESISTEVA GIÀ!


Prima di Maastricht non c'era nessuna Unione Europea. C'era un mercato comune, creato per facilitare i commerci, il movimento di capitale. È per questo che nessuno ha avuto da ridire per tanto tempo. Ma a metà anni Ottanta, invece di una comunità economica decisero di mettere su uno Stato. Prima di Maastricht non hanno mai detto Unione, dicevano comunità. E pubblicamente non ne parlavano.


FRA LE SUE PREVISIONI PER L'UE-URSS C'ERA ANCHE IL GULAG. CONFERMA?


Purtroppo sì. L'UE li sta creando lentamente. Il politicamente corretto che viene imposto non con la persuasione ma con la repressione. In Gran Bretagna appena il mese scorso hanno incarcerato per linguaggio di odio, "hate speech", un diciannovenne che aveva scritto qualcosa di offensivo su Twitter riguardo a un calciatore dalla pelle nera. È stato condannato a un mese e mezzo di prigione.

Siccome non protesta nessuno, gradualmente allargheranno la rete e alla fine ci ritroveremo il gulag. E ricordiamoci che alla polizia europea è concessa l'immunità, una cosa che non era garantita neanche al Kgb!



BARACK OBAMA NON FA PARTE DI TUTTO QUESTO ?


Per adesso gli americani non percepiscono l'Unione Europea, non vedono dove è diretta. Ma in America c'è un apposito progetto parallelo, quello dell'Unione americana. Se il processo includerà gli Stati Uniti d'America, che speranza ci rimane di fermare questo governo mondiale? Fallirà, perché è troppo grosso da gestire. È impossibile governare un'entità così enorme. E guardate che la resistenza più diffusa non è aperta, è passiva. Sabotaggio.


SULL'ALTRA SPONDA RIMANE PUTIN. SO CHE LEI NE HA UN'OPINIONE DEL TUTTO NEGATIVA, MA I TEMPI CAMBIANO E I SUOI FORTI LEGAMI CON LA CHIESA ORTODOSSA HANNO FATTO SÌ CHE QUALCHE SETTIMANA FA LA RUSSIA SI SIA UNITA ALLA MAGGIORANZA DELLE ALTRE NAZIONI PER CONTRAPPORSI AGLI STATI UNITI E ALLE NAZIONI DELL'EUROPA OCCIDENTALI IN TEMA DI ABORTO. COSÌ, E NON DA ADESSO, LA RUSSIA È UN PUNTO DI RIFERIMENTO PER LE CHIESE ORTODOSSE E ANCHE PER LA CHIESA CATTOLICA.


Se è per questo, lo stesso vale per i musulmani, che su questi temi fanno fronte comune in sede ONU con la Chiesa, ma in obbedienza alla loro stessa religione. Ciò non fa di loro dei "buoni" perché al di fuori di questo argomento, si contrappongono a noi come dei nemici. È uno dei paradossi di questo mondo.



Fonte: Radici cristiane, dicembre 2012 (n.80)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Extremistas musulmanes matan 6 personas e incendian iglesia en Nigeria en Nochebuena

LAGOS, 26 Dic. 12 / 08:03 am (ACI/Europa Press).- Un grupo armado atacó durante la Nochebuena una iglesia del norte de Nigeria y mató a seis personas antes de prender fuego al templo, según fuentes policiales citadas por la cadena de televisión estadounidense CNN.

Entre las víctimas figura un religioso, han explicado estas fuentes, que no han aclarado el lugar exacto del ataque.

Las fiestas de Navidad suelen ser días potencialmente peligrosos para los fieles cristianos que acuden a las iglesias de Nigeria, como quedó de manifiesto tanto el año pasado como en 2010. En la Navidad de ambos años se produjeron una serie de ataques que se saldaron con decenas de muertos.

Las autoridades culpan a la secta islamista Boko Haram, que trata de imponer la 'sharia' en el país africano, de estar detrás de los ataques contra cristianos. En Nigeria viven alrededor de 160 millones de personas que se reparten a partes prácticamente iguales entre musulmanes y cristianos.

Al menos 2.800 personas han muerto desde que Boko Haram se alzó en armas contra el Gobierno en 2009, según un balance de la ONG Human Rights Watch.

Sin embargo, esta secta no es el único grupo radical activo en la parte septentrional del país, donde también actúa Ansaru. Esta milicia se ha atribuido el asalto contra unas instalaciones de la policía en Abuya que permitió el mes pasado la liberación de cientos de presos y el secuestro, la semana pasada, de un ciudadano francés en la localidad de Rimi.

Natal - por João César das Neves

In Destak

O mundo está de luto, mas vestiu-se de festa. O tempo perdeu a esperança, mas ainda celebra. Não se vê saída, mas é Natal. Anúncios, iluminações, prendas, jantar, votos são iguais. Nós é que estamos diferentes. Apetece-nos queixar, protestar, revoltar-nos, pedir, chorar. Não queremos festa, não podemos celebrar, mas é Natal. 

Assim não devia haver Natal. Não há dinheiro para anúncios e iluminações. Não podemos pagar prendas, jantar e votos. Não há condições para haver Natal. Apesar disso há Natal. Outra vez Natal. Porque o Natal não depende de nós. O Natal não acontece quando dá jeito, quando estamos preparados, quando é conveniente. 

O Natal não é quando um homem quiser. Aparece simplesmente, inesperadamente, inconvenientemente. Foi assim da primeira vez. É assim todos os anos. No primeiro Natal «não havia lugar para eles na hospedaria» (Lc. 2, 7). Este ano não há disposição para festas. Ao fim de tantos anos continua a não haver lugar. 

No entanto, volta a ser Natal. O Natal insiste em acontecer, mesmo que não dê jeito. O Natal compreende que não tenha lugar. Não se queixa, não protesta, não se revolta, não pede ou chora. Limita-se a passar adiante e a acontecer na mesma. 
Porque o Natal não depende de nós. Depende do Céu. Só o Céu pode fazer o inesperado, o inacreditável, o impossível. Só o Céu pode fazer o Natal. Vindo o Natal de fora do mundo, é compreensível que não dê jeito, que seja inoportuno, inconveniente. 

Mas quando acontece o impossível, que interessa o resto? Qualquer que seja a situação e a conjuntura, só o Natal conta.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Emergência Nacional! - por Nuno Serras Pereira

Passo a transcrever o discurso de um camarada (gravado com o telemóvel) que escutei na noite de Natal, depois da Missa do Galo, ao deparar, imprevistamente, com uma aglomerado compacto de gente, no regresso ao convento: 

A catástrofe está aí e ninguém deu por nada, a não ser um resto bárbaro de verdugos de mulheres! Pois então não há quem se levante e se amotine perante esta calamidade do encarceramento de uma mulher só porque matou dois rebentos, um de dois anos e meio, e outro de um. Pelos vistos querem empurrar as mulheres para o infanticídio clandestino! Não há nenhuma mulher que infanticidie de ânimo leve! As mulheres são responsáveis! Querem obrigar as mulheres a serem mães!


Então está tudo esquecido das declarações, proclamações, entrevistas, debates, manifestações, publicações, diariamente, durante anos infindos, que fizemos contra a prisão das mulheres por homicidiarem seus filhos nascituros, quando nenhuma estava detida!? E agora que lançaram esta numa enxovia, ainda antes de ser julgada, estamos entorpecidos, calados, indiferentes, entretidos! Não sabemos nós camaradas que a mulher parricida de seus rebentos é uma vítima!? Ignoramos porventura que aqueles pedaços de gente, quase humanos, não são pessoas!? Nem barba! Nem dentição de jeito! Nem seios! Nem capacidade de se reproduzirem! Nem uso da razão! Nem cérebro totalmente formado! Aquilo são tumores vadios! montes de células esperneantes! Berreiros de fraldas! Predadores de nosso sossego! Devoradores do nosso sono! Egoísmos insaciáveis! Esparvoados de chupeta! Só quem quer traumatizar as mulheres, argui-las, acusá-las, prendê-las, é que monstruosamente inventa essa nomeação de pessoa!


Camaradas! Esta mulher encalabouçada, perseguida brutalmente pelos esbirros de uma comunicação social ignara e primitiva, censurada pelos infames cristãos, vituperada pelos crudelíssimos pró-vida, é uma vidente, uma pioneira! Ela antecipou genialmente aquilo que não nos atrevemos a pensar ou, pelo menos, a declarar: o abortamento depois do parto, o aborto infantil. 


Faz todo o sentido, camaradas! Agora já podemos dizê-lo, camaradas, a liberalização do abortamento até às 10 semanas constitui um limite desumano, aliás, qualquer IVG até ao parto é impiedosa para a mulher. Nisso teremos de reconhecer alguma, embora diminuta, razão aos trogloditas implacáveis inimigos das mulheres. Há sempre nefastos efeitos secundários dos fármacos e consequências nocivas das cirurgias. Além disso, há grandes custos suportados pelo serviço nacional de saúde e pela segurança social. Acresce que se podia afectar esse pessoal de saúde a outras áreas diminuindo assim algumas listas de espera. 


Mobilizemo-nos camaradas! Reivindiquemos o direito das mulheres ao aborto infantil! É fácil, é barato, ou melhor, de graça, pode-se fazer aos milhões. Não constitui perigo para as mulheres. Elas poderiam, até à idade da razão (7 ou 8 anos) decidir se queriam ou não ser mães. É preciso verificar se os filhos vêm em condições, se a conjuntura económica e social permite ou não tê-los, se são enfermiços ou escorreitos, se têm ou não aproveitamento escolar, se são dotados para o desporto ou não, se estão ou não concordes com as preferências das mulheres, etc.


Urge, de imediato, um referendo sobre a liberalização do infanticídio. O povo português tem continuamente dado provas do seu bom senso, da sua sensatez, do seu humanismo.


Pela circunstância que vivemos, em virtude do que escrevemos acima, temos a vitória garantida, libertaremos as mulheres desta escravidão moralista que as oprime, ergueremos uma estátua à grande pioneira, fá-la-emos candidata a primeiro-ministro, nas próximas eleições, e ninguém nos vencerá. 


Não, camaradas, pelos corpos! (a minha mãe dizia pelas almas, mas não passava de uma supersticiosa retrógrada, alienada), não! A actual maioria parlamentar poderá rouquejar umas palavras de crítica mas no fundo não se oporá. Aliás, camaradas acabaram sempre por se render aos nossos propósitos consolidando aquilo que contra eles conquistámos, como agora se tem verificado em relação à liberalização do aborto. A Igreja também amandará umas bocas mas, como tem medo de aparecer como derrotada, crucificada na opinião pública, daí não virá resistência significativa. Camaradas, dentro em pouco teremos os nossos advogadores do infanticídio pregando na Rádio Renascença e ensinando na UCP. Dos movimentos pró-vida também nada há a recear, dar-lhes-emos a derrogação da liberalização do aborto até às 10 semanas e é vê-los, com a Igreja, muito felizes por após estes anos de luta conseguirem o que vão considerar uma vitória triunfante. Não é verdade, que desde que ganhámos o referendo de 2007, da liberalização do aborto, eles repetem até à saciedade que ganham o referendo todos os dias?


Alerta camaradas! Recorramos às tácticas costumeiras! Lancemos de nós esta anestesia que nos impediu de reagir a este ataque ignóbil às mulheres. Os amanhãs cantarão para elas!



 26. 12. 2012