O P. Nuno Serras Pereira não pára
de nos bombardear com os seus incessantes textos, integralmente reaccionários,
fundamentalistas e retrógrados. Este sacerdote vive mentalmente no tempo das
cavernas e cuida que prega para australopitecos. Não se entende como é que a
Igreja o admitiu à Ordenação e a Ordem franciscana à Profissão Solene. Uma vez
que não deixa de nos escandalizar e torturar com os seus escritos, que arrombam
e irrompem desaforada e brutalmente pela caixa dos nossos correios electrónicos.
É totalmente incompreensível que não lhe decepem as mãos (ou melhor, as patas,
ainda mais rigorosamente, as garras) ou lhe destruam o computador ou lhe cortem
a internet ou o dêem oficialmente como inimputável ou o ponham a fazer
penitência nos frios congeladores do antárctico ou nos calores abrasadores do
sará de modo a paralisar aquela língua viperina ou fazer com que ela se cole ao
céu-da-boca.
Mas por que raio, desculpem-me a
expressão mais própria do capitão Haddock, é que terei que suportar um artigo
tão ignominioso como, por exemplo, o intitulado Nada
te assuste… onde me dá por doente e enfermo? Já basta de discriminações e
de incitamentos ao ódio. Esse mentecapto, pulha orientofóbico, ignorará por
desventura que a OMS (Organização Mundial dos Salutares) já retirou esses
termos do vocabulário existindo mesmo uma resolução de AOM (Acordo Otográfico
Mundial) que exige a remoção dessas pseudopalavras de todos os Dicionários e a
expurgação dos mesmos da Bíblia, de todas as obras literárias e demais escritos?
Não estará ele ao facto de que hoje existe um consenso global de que aquilo a
que antes chamavam doenças e enfermidades não passam de características, de variantes
naturais da saúde, de orientações salutares diferentes? Pois se o não sabe
tinha a estrita obrigação de estar informado antes de redigir enormidades
monstruosas como essa.
Ou será que ele quererá voltar à
opressão e perseguição milenar que têm submetido às piores das torturas e às
mais vis das prisões, somente comparáveis às infâmias da tenebrosa Inquisição,
como são os esventramentos, mutilações, e demais crueldades a que chamavam
eufemisticamente operações cirúrgicas; ou como são os calabouços, cárceres e
ergástulos a que, numa engenharia verbal execrável e atroz, se denominavam
hospitais, casas de saúde, centros de reabilitação!!!??
Os tempos horrendos e detestáveis
que o P. Serras Pereira, obviamente, procura ressuscitar devem ser banidos
definitivamente da memória colectiva se é que queremos novos tempos de paz e de
harmonia. E o facto de ele, P. Nuno Serras Pereira, querer fazer de mim, P.
Nuno Serras Pereira, um doente e um enfermo, em vez de alguém que vive uma
variante da saúde, uma orientação saudável diferente só revela o seu
incitamento ao ódio, a sua promoção da discriminação e a tentativa malvada,
nefanda e desalmada de conservar e aumentar o resto de caturras empedernidos,
caguinchas supersticiosos e recalcitrantes testudos.
Pelo que deixo escrito facilmente
se compreenderá que caso as autoridades eclesiásticas competentes não puserem
cobro imediato a este tremendo e colossal abuso ao meu bom nome, a esta calúnia
velhaca; caso não procurem reparar a ofensa abominável à minha reputação, à
minha honra!, e às demais vítimas deste crime de ódio, não me restará outra
alternativa senão a de recorrer aos tribunais civis.
Enfim, não me esquecendo que sou
Sacerdote franciscano, peço a todos com abundantes lágrimas e grandes suspiros
que rezem pela conversão desse obstinado e perverso pecador o P. Nuno Serras
Pereira.
27. 08. 2012