Corre por aí, nos mentideiros
eclesiásticos, que alguns Sacerdotes se queixam de terem ordem expressa do
Cardeal Patriarca para não homiliarem em defesa das crianças concebidas ainda não
nascidas. A monstruosidade da balela, de tão absurda, patenteia de imediato a
sua perversidade.
Como é evidente a autoridade e o
poder e de qualquer hierarca, não são arbitrários nem absolutos, vêm de Deus
Nosso Senhor, a Quem estão submetidos e ao qual têm de prestar contas. É
inimaginável supor que o Senhor Patriarca determinasse alguma coisa em total oposição
com os Mandamentos da Lei de Deus, com a Missão confiada por Cristo à Sua
Igreja, com o insistente Magistério do Concílio Vaticano II e dos Santos
Padres, em particular com a encíclica Evangelium
vitae. Não tem sequer poder para tal. Nem qualquer Sacerdote estaria
obrigado a qualquer tipo de obediência, uma vez que esta não existe quando
aquilo que se pretende impor é alheio ou contrário à Vontade de Deus, à Sua Glória
e à salvação da alma, da própria e das alheais (cf Mt 25, 41-26). Se assim não fora, estaria a
Palavra de Deus censurada, o anúncio do Evangelho distorcido, a pregação atraiçoada,
os Sacerdotes açaimados, a Verdade ocultada, a Vida murchosa, o Amor desprezado,
o povo de Deus escandalizado, a corte Celestial perplexa e melancólica; pelo
contrário, os demónios estariam jubilosos, a morte triunfante, os matadores prósperos,
a matança celebrada, as grávidas abandonadas e logo destroçadas, a injustiça orgulhosa,
a nação moribunda, a Igreja desacreditada.
Não saberei dizer como chega alguém
a sequer admitir o pensamento sinistro de conjecturar um rumor tão velhaco sobre
o Cardeal Patriarca. Mas infelizmente ele vagabundeia por aí.
10. 10. 2012