O diretor de comunicação do Patriarcado de Lisboa diz que D. José
Policarpo não se reuniu com ex-provedora da Casa Pia nem recebeu
denúncias de eventuais crimes praticados por padres da diocese
O cardeal patriarca de Lisboa
nunca recebeu denúncias sobre casos de pedofilia envolvendo sacerdotes
feitas pela ex-provedora da Casa Pia. É esta a resposta do diretor do
gabinete de comunicação de D. José Policarpo à informação de Catalina
Pestana, que diz ter denunciado cinco casos de pedofilia envolvendo
padres da diocese de Lisboa. O padre Nuno Rosário Fernandes acrescenta
ainda ao DN que o cardeal nunca se reuniu com Catalina Pestana.
Em entrevista ao Público na semana passada, e a propósito da detenção do vice-reitor do seminário menor do Fundão, Catalina Pestana afirmou que este caso não era único e que ela própria já tinha denunciado abusos sexuais na igreja de Lisboa. A ex-provedora disse até ter reunido com D. José Policarpo e membros da conferência episcopal portuguesa.
Em resposta a estas declarações, a Procuradoria Geral da República decidiu ontem abrir um inquérito. Sobre esta investigação em curso, o Patriarcado não tem qualquer declaração a fazer.
Ontem, numa entrevista à Rádio Renascença, o bispo auxililar de Lisboa, D. Nuno Brás, também comentou as palavras da ex-provedora. "Não faço a menor ideia. Já há um ano fui interrogado por uma jornalista acerca destas declarações - porque ela [Catalina Pestana] já as fez há um ano - e eu disse que não comentava as declarações da Dra Catalina Pestana, até pelo respeito que tenho por ela. Estranho que só agora seja aberto o inquérito", disse.
D. Nuno Brás acrescenta ainda que a igreja é a primeira interessada em que tudo se esclareça, com clareza e justiça. "É normal, havendo notícia de suspeitas, a pessoa que lança essas suspeitas deve depois concretizá-las e é bom que o faça porque se isso não acontecer fica a suspeita lançado sobre todos os sacerdotes do Patriarcado de Lisboa. Não se pode aceitar isso", disse.
Em entrevista ao Público na semana passada, e a propósito da detenção do vice-reitor do seminário menor do Fundão, Catalina Pestana afirmou que este caso não era único e que ela própria já tinha denunciado abusos sexuais na igreja de Lisboa. A ex-provedora disse até ter reunido com D. José Policarpo e membros da conferência episcopal portuguesa.
Em resposta a estas declarações, a Procuradoria Geral da República decidiu ontem abrir um inquérito. Sobre esta investigação em curso, o Patriarcado não tem qualquer declaração a fazer.
Ontem, numa entrevista à Rádio Renascença, o bispo auxililar de Lisboa, D. Nuno Brás, também comentou as palavras da ex-provedora. "Não faço a menor ideia. Já há um ano fui interrogado por uma jornalista acerca destas declarações - porque ela [Catalina Pestana] já as fez há um ano - e eu disse que não comentava as declarações da Dra Catalina Pestana, até pelo respeito que tenho por ela. Estranho que só agora seja aberto o inquérito", disse.
D. Nuno Brás acrescenta ainda que a igreja é a primeira interessada em que tudo se esclareça, com clareza e justiça. "É normal, havendo notícia de suspeitas, a pessoa que lança essas suspeitas deve depois concretizá-las e é bom que o faça porque se isso não acontecer fica a suspeita lançado sobre todos os sacerdotes do Patriarcado de Lisboa. Não se pode aceitar isso", disse.