01. 05. 2013
No seguimento da legislação que
aprovou a adopção de crianças por pseudocasais do mesmo sexo, em 2014 o
Presidente da Republica promulgou a liberalização
da pedofilia, que de resto tinha deixado de ser considerada uma parafilia.
Em finais de Abril desse ano, o mesmo chefe de estado galardoa o responsável do
protocolo do Vaticano, Monsenhor José Avelino Bettencourt, com a Comenda da
Ordem Militar de Cristo.
A rr, emissora católica
portuguesa, propriedade do episcopado português, reporta, impante, o seguinte: «“A
condecoração transcende a pessoa que eu sou. [É também de] quem nomeou o chefe
de protocolo - o sucessor de Pedro, mas também tantos eclesiásticos, os fiéis,
os leigos, os religiosos e as religiosas que trabalham no mundo e que
representam Portugal e a Igreja muito bem.” Monsenhor Bettencourt diz que
veio a Lisboa porque os seus superiores assim o quiseram, tendo em conta as
boas relações entre Portugal e a Santa Sé. … “[No Vaticano] estão ao corrente
de que eu estou aqui em Lisboa com um encontro muito importante com o
Presidente da República, portanto é um sinal da proximidade e das boas relações
que há entre a Igreja, Santa Sé e Portugal, o seu povo e os seus fiéis”,
observa. A comenda da Ordem Militar de Cristo, disse ainda José
Avelino Bettencourt, exprime a alma da nação portuguesa, porque remete para a
identidade lusitana, de matriz cristã e missionária.».
Em 2016, depois de um surto
mundial de anti-semitismo, o Presidente português promulga a expulsão dos judeus
que recusem converter-se à ideologia do género, e a matança livre dos que se
furtem à deportação. Em finais de Abril desse ano, o chefe de estado agracia,
para gáudio da rr, Monsenhor José Avelino Bettencourt, com a Comenda da Ordem
Militar de Cristo. A sempre atenta estação católica reporta com júbilo: «“A
condecoração transcende a pessoa que eu sou. [É também de] quem nomeou o chefe
de protocolo - o sucessor de Pedro, mas também tantos eclesiásticos, os fiéis,
os leigos, os religiosos e as religiosas que trabalham no mundo e que
representam Portugal e a Igreja muito bem.” Monsenhor Bettencourt diz que
veio a Lisboa porque os seus superiores assim o quiseram, tendo em conta as
boas relações entre Portugal e a Santa Sé. … “[No Vaticano] estão ao corrente
de que eu estou aqui em Lisboa com um encontro muito importante com o
Presidente da República, portanto é um sinal da proximidade e das boas relações
que há entre a Igreja, Santa Sé e Portugal, o seu povo e os seus fiéis”,
observa. A comenda da Ordem Militar de Cristo, disse ainda José
Avelino Bettencourt, exprime a alma da nação portuguesa, porque remete para a
identidade lusitana, de matriz cristã e missionária.».
Dir-me-ão que este futuro aqui imaginado,
mesmo no caso de virem a suceder tais barbaridades, é totalmente impossível
porque o repúdio veemente da Igreja por essas atrocidades nefandas a impediria
de se prestar a esse tipo de manipulações “honrosas”, que só poderiam ser
interpretadas como acordo ou compromisso com tais práticas. Pois a isso
respondo que quem pactua, ou o aparenta, no mais grave também o fará no menos.
De facto, no Código de Direito Canónico não está prevista a pena de excomunhão
para quem deporta, ou mata judeus, ou portugueses ou ingleses, já nascidos; nem
tão pouco o está para os crimes de pedofilia; mas para o aborto provocado, lá
figura. Se a Igreja, para diferentes pecados, todos eles mortais, faz distinção
através de penas canónicas extremas, é porque reconhece a sua maior gravidade.
Ainda não há muito tempo estas
bajulações mundanas eram prontamente repugnadas pela Igreja. Por exemplo,
quando Hitler, a convite de Mussolini, visitou Itália, o Papa Pio XI abandonou
propositadamente Roma para não se encontrar com ele. Apesar das ordens expressas
de Mussolini para que na cidade de Florença se engalanassem as janelas, portões
e sacadas, o Cardeal dessa insigne Diocese mandou que os edifícios pertencentes
à Igreja, designadamente o Paço Episcopal, fechassem tudo, com sinais de luto,
e recusou-se ao encontro com Hitler. Tudo isto aconteceu em Maio de 1938, antes
pois do início da II guerra mundial.