27. 05. 2013
Como diz a malta nova “não dá para acreditar!” De facto, como
podem crer em Cristo e a Cristo aqueles que verificam que um “povo
católico” (que deveria ser povo de Deus, Corpo Místico de
Cristo) serve escravocraticamente o Maligno?; e que imensos Prelados têm como prioridade
evangelizadora o serem simpáticos, o agrado mediático, a consonância com a
mentalidade reinante?; com pânico de chamar as coisas pelos nomes, pressurosos
em manter-se na ambiguidade, incapazes de serem sinal de contradição?; julgando,
contraditando desse modo o exemplo de Cristo e dos Santos, que basta anunciar o
bem e se podem dispensar de combater o mal? Santo Atanásio, salvador da
verdadeira Fé na antiguidade, seria, nos dias de hoje, dado como agressivo,
mente obcecada, afugentador de fiéis, de pagãos, de ateus, remetido a um ermo
enclausurado, senão mesmo excomungado.
Quando há Pastores (eclesiásticos
ou civis) que por acção ou omissão, por cumplicidade, por indiferença ou tacticismo
político não protegem nem defendem adequadamente os mais vulneráveis e
inocentes (arriscando os seus cargos, as suas carreiras e se preciso for as
suas vidas), isso significa que não são tais, mas sim lobos vorazes e
predadores.
Eu tenho consciência, e isto não
é retórico, da enormidade das minhas limitações, sei bem que em comparação com
os demais confrades eclesiásticos sou um deficiente. Mas porra! (“expressa uma reacção
de dor”, in Dicionário Houaiss. Etimologia: prov. de porro, vegetal de
talo largo e um bulbo num dos extremos, sugerindo a comparação com um bastão de
cabo grosso; Corominas comenta que um lat. *porrèa, de caráter adj.,
'(maça) semelhante a um porro (alho)', der. do lat. pòrrum ou porrus,i
'porro (alho)' poderia explicar o voc. port.; ver porr-), não há quem entenda a gravíssima
escravidão demoníaca de numerosíssima porção dos católicos portugueses!?! Não há
quem o veja e lhe dê remédio?!? As mais graves possessões demoníacas não são
aquelas que, subjugando a liberdade, levam as pessoas a fazer ou padecer coisas
contra sua vontade e que, por isso, delas não são responsáveis. O maior mal
consiste na sedução diabólica que as conduz a consentirem no mal que praticam e
na omissão do bem. Esta cumplicidade da multidão (de cada um que compõe essa
massa) produz “estruturas de pecado” que se apropriam do poder, fortalecendo e
perpetuando os grilhões malignos.
Quando deparo com a insurreição
evangélica continuada dos franceses tenho vergonha, confesso, de ser um católico
português; quando leio os textos de uma jornalista (um e dois), Maria Teixeira
Alves, não ter medo de sofrer insultos e ameaças, como tem padecido desde que
os redigiu, dou muitas Graças a Deus por suscitar nos aparentemente “de fora”
aquilo que em primeiro lugar e principalmente competiria aos “de dentro”;
quando me maravilho com a clareza brilhante de um
artigo de um Sacerdote, pergunto-me se o Episcopado português é incapaz de redigir
algo semelhante; quando exulto com a leitura de uma
crónica desassombrada e clarividente de um economista, logo me entristeço por
sei uma raridade singular.
Cinquenta crianças nascituras, CINQUENTA, são em “virtude”
do voto católico, legalmente dizimadas quotidianamente, TODOS OS DIAS, no nosso
país, por capricho das mães grávidas; devido ao voto católico, foi “legislado”
e “promulgado” o “pseudo-casamento” entre pessoas do mesmo sexo; o mesmo povo
católico elegeu aqueles que aprovaram a co-adopção de crianças por “casais” do
mesmo sexo (quem não se opôs mas se absteve objectivamente conluiou com
os promotores),
como segundo passo (o primeiro foi o “casamento”, pois
quem admite este, lógica e necessariamente desembocará na adopção) para a adopção plena e para o
recurso dos mesmos “casais” ficcionais à reprodução artificial. Esta, como já
indiquei em outros textos (ver aqui,
por ex:) faz uma
multidão incontável de vítimas humanas.
Os católicos subjugados pelo
pecado têm escolhido e promovido os partidos que os têm subjugado. Desde há
muito que as opções que nos têm sido impostas são as de escolher entre Satanás e
o Demónio, como se não foram o mesmo. Numas organizações partidárias ele
apresenta-se de carranca ameaçadora e feroz em outras de aspecto simpático e
lisonjeiro, mas é sempre o mesmo Maligno que manipula os bonifrates, que se
dizem e/ou se têm por católicos. Mas, infelizmente são possessos, para usar as
palavras de Jesus Cristo, têm por pai o Diabo (Jo 8, 44).
É tempo de dar o “grito do
Ipiranga” e de exorcizar a multidão dos demónios que nos infesta. Pela minha
parte, confesso, que para além do pouco que procuro fazer (segundo não poucos, melhor seria
para todos que nada fizesse e me silenciasse), se fora exorcista
procuraria imitar frei Silvestre. Andavam as gentes da cidade de Arezzo em raivosas
lutas intestinas, num desvairamento de mútuas agressões homicidas, quando S. Francisco
de Assis acompanhado de frei Silvestre, que para lá se dirigiam, avistou um amontoamento
de dianhos imundos por de cima das ruas e habitações influindo malignamente nos
cidadãos. Logo tomou a decisão de enviar o seu confrade às portas da cidade
para a exorcizar, enquanto ele se detinha orando com instantes súplicas ao Altíssimo,
Omnipotente e Bom Senhor, de modo a garantir toda a eficácia ao esconjuro. Foi
feliz o sucesso: os diachos puseram-se em fuga espavoridos, o povo aquietou-se,
as aversões deram lugar a reconciliações, a paz foi estabelecida a contento de
todos. Santos, conheço eu que me poderiam assistir com as suas orações enquanto,
como exorcista, logo me dirigiria ao parlamento, à sede do governo, à presidência
da república, etc., etc.
Mas enfim, cada um com a sua missão
e/ou profissão, Sacerdote, Religioso, Diácono, Leigo, crente ou não crente pode
dar o seu contributo. Mas tem que começar já! Com toda a determinação! É tempo
de despertar do torpor mortal! Lázaro, povo de Deus, levanta-te! Ressuscita!
À honra de Cristo. Ámen.