sexta-feira, 4 de setembro de 2009

S. Francisco e os Sacerdotes


1. As santas extravagâncias e excentricidades de S. Francisco de Assis não disseram unicamente respeito à sua relação originalíssima com os elementos da natureza, os astros e os animais. Também no que toca aos sacerdotes encontramos nele uma grande singularidade. Importa, a propósito, referir que o Santo era diácono e, por se achar totalmente indigno, nunca quis ser Ordenado Padre. Lembro-me que há muitos anos, antes de entrar para o seminário, num jantar com amigos e um sacerdote de uma Ordem Religiosa que não a Franciscana lhe referi isso mesmo. Aparentemente ele desconhecia o facto, mas, perspicaz, logo adiantou que provavelmente seria melhor que nem toda a gente pensasse assim pois, de contrário, deixaria de haver Padres. Percebi a mensagem, engoli em seco e mudei rapidamente de assunto.

A devoção e o fervor de S. Francisco pelos Sacerdotes exprimia-se, como dizia, de um modo singular. Por exemplo, afirmava aos seus que se fosse pelos caminhos e lhe aparecesse um Anjo ou um Santo descidos do Céu, de um lado, e do outro, um Padre pobrezinho, ignorante, simplório e pecador, primeiro se dirigiria a este, dizendo ó S. Lourenço espera aí que primeiro vou beijar as mãos deste Sacerdote, uma vez que na Terra só vejo e vem até mim o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo pelas mãos dos Padres que celebram o Sacrifício Santíssimo, no qual se torna verdadeiramente presente Jesus Cristo, nosso Salvador. E continuava exortando os seus frades a que quando vissem um Sacerdote se prostrassem, caso viesse em montada, e beijassem os cascos do cavalo, por reverência ao Mistério Eucarístico que só a eles é dado celebrar.

Numa carta a todos os cristãos escreveu: “Devemos ser católicos; frequentar as Igrejas e reverenciar os Sacerdotes, não tanto por si, se são pecadores, mas pelo ofício que têm de administrar o Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, que eles sacrificam no altar, e recebem e distribuem aos demais. E firmemente nos compenetremos disto: Que ninguém se pode salvar, senão pelo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e pelas santas palavras do Senhor que os sacerdotes proclamam, pregam e administram, e só a eles pertence administrar e não a outros.”

Numa outra missiva ao Capítulo Geral e a todos os irmãos, numa parte especialmente dirigida aos Sacerdotes, dita: “Ouvi, irmãos meus: Se a bem-aventurada Virgem Maria é honrada, como é de justiça, porque trouxe ao mesmo Senhor em suas santíssimas entranhas, se o bem-aventurado Baptista tremeu e não ousou tocar a cabeça sagrada do seu Deus, se é venerado o sepulcro no qual por algum tempo Ele jazeu, que santidade, justiça e dignidade não se requer naquele que trata com as suas mãos, recebe no coração e na boca, e distribui aos outros, como alimento, Aquele que já agora não morre, mas vive eternamente glorioso, o Cristo a quem os anjos desejam contemplar? Vede a vossa dignidade, irmãos sacerdotes, e sede Santos, porque também Ele é Santo. E como, por motivo deste mistério, o Senhor mais que a todos vos honrou, assim vós amai-O, reverenciai-O e honrai-O mais que todos”. E num espanto, como que de incredulidade, continua: “Ó miséria grande, ó miseranda fraqueza, terde-Lo vós assim presente, e ocupardes-vos de qualquer outra coisa no mundo!” Depois, extasiado com este Mistério tão excelso, prorrompe arrebatado: “Que o homem todo se espante, que o mundo todo trema, que o Céu exulte, quando sobre o altar, nas mãos do Sacerdote, está Cristo, o Filho de Deus vivo! Ó grandeza admirável, ó bondade assombrosa, ó humildade sublime, ó sublimidade humilde, que o Senhor de todas as coisas, Deus e Filho de Deus, se humilhe a ponto de Se esconder, para nossa salvação, nas aparências de um bocado de pão. Vede irmãos a humildade de Deus e derramai diante d’ Ele os vossos corações, humilhai-vos também vós para que Ele vos exalte. Nada de vós mesmos retenhais para vós, a fim de que totalmente vos possua Aquele que totalmente a vós Se dá”.

A citação destes textos torna patente que a reverência e devoção de S. Francisco pelos Sacerdotes deriva de uma Fé firme e viva na Presença verdadeira e substancial de Jesus Cristo na Eucaristia. A sua primeira Exortação, intitulada “Do Corpo de Cristo”, sublinha-o como uma clareza meridiana: “Ó filhos dos homens, até quando haveis de ser de coração duro? Por que não reconheceis a verdade, e acreditais no Filho de Deus? Eis que Ele Se humilha cada dia, como quando Se baixou do Seu trono real, a tomar carne no seio da Virgem; cada dia vem até nós em aparências de humildade; cada dia desce do seio do Pai, sobre o altar, para as mãos do Sacerdote. E assim como aos Santos Apóstolos Se mostrou em carne verdadeira, assim agora Se mostra a nós no pão sacramentado. Os Apóstolos, com os seus olhos de carne, só viam a Sua carne; mas contemplando-O com os olhos do espírito acreditavam que Ele era Deus. De igual modo, os nossos olhos de carne só ali vêem pão e vinho; mas saiba a nossa Fé firmemente acreditar que ali está, vivo e verdadeiro, o Seu Santíssimo Corpo e Sangue.”

Não admira pois que S. Francisco que habitualmente envergava uma vestidura rota e remendada, áspera, da cor da terra, feita do pano mais vil e rude, quando ministrava o altar como Diácono se revestisse de uma esplêndida túnica branca, bordada por Santa Clara. Queria que houvesse o máximo decoro, limpeza e preciosidade em tudo o que servia à celebração da Santa Missa. Era solícito em proporcionar vasos sagrados preciosos para as celebrações, percorria os campos de vassoura às costas para que quando encontrasse uma Igreja ou Capela a deixar asseada, e pôs Santa Clara e as suas Irmãs a confeccionarem com amor e cuidado toalhas de altar, corporais, sanguíneos, alvas que pudessem servir dignamente em tão augusto Mistério.

Às diligências pelo decoro exterior ajuntava as do interior com amor e misericórdia severos: “… a todos imploro, irmãos, beijando-vos os pés e com quanta caridade eu posso, que presteis toda a reverência e toda a honra que puderdes, ao Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem tudo o que há no Céu e sobre a terra foi pacificado e reconciliado com Deus Omnipotente. Rogo ainda no Senhor a todos os meus irmãos, que são e serão, e desejam ser Sacerdotes do Altíssimo, que quando quiserem celebrar Missa, puros e com pureza e respeito celebrem o verdadeiro Sacrifício do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, com santa e pura intenção, e não por qualquer motivo terreno, nem por temor ou consideração de qualquer pessoa, como para agradar aos homens. Mas que toda a sua vontade, tanto quanto ajude a Graça do Omnipotente, a Ele dirijam, não desejando agradar senão a Ele só, que é o Soberano Senhor. Porquanto neste Mistério só Ele opera como Lhe agrada. E pois Ele nos diz: Fazei isto em memória de Mim, se alguém fizer de outro modo, torna-se noutro Judas traidor, réu do Corpo e Sangue do Senhor. … O homem … despreza, ensuja e calca aos pés o Cordeiro de Deus, quando, como diz o Apóstolo, não discernindo e distinguindo o Pão Santo de Cristo dos outros alimentos ou das outras obras, ou o come sendo indigno, ou mesmo sendo digno o come de modo vão e indigno, quando é verdade que o Senhor diz pelo Profeta: Maldito o homem que faz a obra do Senhor fraudulentamente. E aos Sacerdotes que não põem estas coisas em lembrança no coração, condená-los-á o Senhor, que diz: Amaldiçoarei as vossas bênçãos.” (Carta ao Capítulo Geral e a todos os Irmãos).

2. a) Lembro-me ainda muito bem, quando era novo, do costume que tínhamos de cumprimentar os Sacerdotes beijando-lhes as mãos. Provavelmente, não sei ao certo, este costume que perdurou tanto tempo na Igreja terá tido origem na devoção de S. Francisco àqueles que oferecem, na Pessoa de Cristo, o Sacrifício Eucarístico (por curiosidade, deixem-me adiantar que nalgumas obras de Camilo Castelo Branco os Padres não dizem vou celebrar a Missa, mas sim vou Sacrificar; seria provavelmente o modo de se exprimir nas épocas que descreve e que a mim, homem vil e caduco, me parece bem mais apropriado). Pena era que as senhoras se cumprimentavam, nalguns estratos sociais, do mesmo modo; pena, digo, pela confusão que poderia gerar em muitas mentes – ou a mulher era indevidamente divinizada, idolatrada ou o Padre era feminizado.

Aconteceu-me, várias vezes, na minha mocidade Sacerdotal que alguns fiéis me queriam beijar a mão e eu pressurosamente a retirava achando que era por humildade. Depois caí na conta que o mais certo era o meu coração estar endurecido e por isso estorvasse, em vez de aceitar com simplicidade, a reverência dos fiéis pelo dom de Deus que me tinha transformado ontologicamente, configurando-me com Cristo Sumo Sacerdote e Cabeça da Igreja. Impedia desse modo a manifestação de uma Fé viva e de uma devoção verdadeira a Jesus Cristo, o Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor. Como sou tonto pode bem ser que se alguém me apanhar desprevenido e me quiser oscular a mão eu procure retirá-la. Espero, não obstante, que com o tempo me vá emendando.

b) Confesso que experimento, com uma grande amargura, uma imensa vergonha e um intenso rubor em admiti-lo, mas a verdade é que tenho celebrado muitas vezes este Sacrifício Sublime e Santíssimo com alvas amarrotadas, enxovalhadas, curtas; cordões sebentos; estolas a desfiar-se; cálices e patenas de latão, ou algo parecido, com os dourados e prateados, contrafacções de ouro e prata, desmaiados, gretados, raspados, etc., etc. Mas devo também declarar que dadas as circunstâncias parece tantas vezes inevitável. Não dominamos nem mandamos de modo a poder dispor as coisas de outra maneira e a alternativa seria não Sacrificar.

Tenho, porém, a esperança que, neste ano Sacerdotal nos ajudemos todos uns aos outros, quer Sacerdotes quer Fiéis Leigos ou Religiosos, e assim possamos celebrar estes Mistérios Sacratíssimos com a dignidade que lhes corresponde.

c) Com um mais grave cuidado importará, no entanto, trabalhar pela purificação das consciências através do sacramento da Confissão, Reconciliação ou Penitência de modo a que todos entendam como necessário estar na Graça de Deus para poderem receber dignamente na boca e no coração o Altíssimo, Omnipotente e Bom Senhor, a Quem só é devida a honra a glória e o louvor, Jesus Cristo, Nosso Salvador.

E evidentemente deixar de vez e com a máxima firmeza de dar a Sagrada Comunhão a quem publicamente se encontre objectiva e obstinadamente em estado de pecado grave.


Nuno Serras Pereira

03. 09. 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Santas Cóleras

Nestes tempos derrancados em que vivemos a macieza ou delicadeza foi elevada a virtude suprema se não mesmo única. Suprema, uma vez que se considera que nenhuma dela se abeira e que todas lhe estão sujeitas Única, no sentido em que “redime” todos os crimes, vícios e pecados e que quem a tem, todas tem, enquanto que quem a não possui, nenhuma possui. Assim ele confunde-se com a virtude da caridade e também com a da humildade. Esta embaralhação está tão enraizada na mentalidade dominante que não passa pela cabeça de ninguém que a calma e a cortesia tanto podem ser virtudes como verdadeiros pecados.

Se alguém se irrita, se encoleriza, logo é acusado, de dedo em riste, de faltar à caridade, adiantando-se imediatamente que se alguma razão tinha, logo a perdeu, devido aos modos impetuosos ou coléricos com que reagiu.

Ciente disto mesmo o Maligno apresenta-se a mais das vezes com grandíssimos aparatos de simpatia, tranquilidade, doce torpor. Os debates nas televisões, por exemplo, não são ganhos em virtude da substância das questões, mas sim por aqueles que tiverem maior capacidade de engolir sapos vivos com um sorriso benévolo ou pelo que tiver emborcado o maior número de ansiolíticos.

Mesmo entre os católicos é preocupante verificar como tem vindo a crescer o número daqueles que acham que nada é pecado, excepto o indignar-se com veemência, ou que qualquer pecado pode ser desculpabilizado, menos o da iracúndia, mesmo quando esta é uma virtude muito santa e não é falta nenhuma.

Quantas vezes não é a verdadeira caridade apupada, vaiada, acusada de o não ser, por todos perseguida! E pelo contrário, com que frequência verificamos que a descaridade feita fraqueza, desleixo, cobardia, silêncio, calculismo, lisonja, falta de firmeza e determinação, ambiguidade é incensada como amor verdadeiro.

Toda a cólera é, nestes tempos desorientados, dada como desabrimento injusto quando afinal também pode ser muito bem expressão de verdadeira justiça e caridade. Bastaria conhecer bem as Sagradas Escrituras e a vida dos santos, interpretações vivas da Bíblia, para verificar isso mesmo.

Importa, por isso, recordar, por exemplo, o que o grande Doutor da Igreja, o Bispo S. João Crisóstomo (boca de ouro), ensinava os seus: “Só aquele que se enraivece sem motivo se torna culpado; quem se enraivecer por um motivo justo não tem culpa alguma. … Mais ainda: aquele que não se encoleriza quando a razão o exige, comete um pecado grave, pois a paciência não regulada pela razão propaga os vícios, favorece as negligências e leva ao mal não somente os maus, mas sobretudo os bons" (São João Crisóstomo, Homilia XI, in Math.).

Nuno Serras Pereira

02. 09. 2009


terça-feira, 1 de setembro de 2009

September 1, 1939


By George J. Marlin

Seventy years ago today, Adolf Hitler started the most horrendous war in the history of mankind by ordering the German Wehrmacht to invade and conquer Poland. The Polish army fought valiantly but they were no match for Germany’s sixty-five highly mechanized divisions and 1.8-million troops. By the time Polish resistance ended on October 5, 200,000 Poles were dead or wounded and 400,000 were taken prisoner. But the invasion also set in motion a moral battle that led to the global moral leadership of John Paul II and the Catholic Church’s rise as an institution opposed to all forms of political religion.

Hitler, who despised Poland and held that all Poles were subhuman, ordered his invading army to kill “without pity or mercy, all men, women and children of Polish descent or language.” In the first thirty days of occupation, the Wehrmacht destroyed 531 towns and villages and murdered over 16,000 civilians. Hitler’s aim was more than expanding Germany’s borders; he wanted the “annihilation of living forces” by means of extermination and enslavement. “All Poles,” Heinrich Himmler declared, “will disappear from the world.” The Nazi Governor General of Poland, Hans Frank, told his henchmen: “The Pole has no rights whatsoever. . . . A major goal of our plan is to finish off as speedily as possible all troublemaking politicians, priests, and leaders who fall into our hands. I openly admit that some thousands of so-called important Poles will have to pay with their lives. . . .Every vestige of Polish culture is to be eliminated. Those Poles who seem to have Nordic appearances will be taken to Germany to work in our factories. . . .The rest? They will work. They will eat little. And in the end they will die out. There will never again be a Poland.”

It was illegal for Poles to have sexual relations. And abortion was compulsory for pregnant Poles. U.S. Ambassador Anthony Drexel Biddle informed Washington that the German intention was “to terrorize the civilian population and to reduce the number of children bearing Poles irrespective of category.” Read More


segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Mujeres que proclaman la liberación de la vergüenza


Frank Pavone

“Lo que hemos visto y oído, os lo anunciamos a vosotros, a fin de que viváis también en comunión con nosotros.” (1 Juan 1:3) Con estas palabras Juan delinea el fundamento sobre el cual se proclamó el Evangelio al mundo: el testimonio personal. Pedro proclamó: “Nosotros somos testigos de todo lo que hizo…y le dio a manifestarse…a los testigos de antemano elegidos por Dios, a nosotros, que comimos y bebimos con El después de resucitado de entre los muertos. Y nos ordenó predicar al pueblo y atestiguar que por Dios ha sido instituido…” (Hechos 10:39-42)

Dios toma en serio el testimonio personal. Es la forma en la que ha diseminado su palabra desde el principio. Interviene en la vida de la gente y luego ordena que aquellos que han experimentado su intervención se lo digan a otros.

Los patriarcas del Antiguo Testamento encontraron a Dios en formas variadas y sorprendentes, y el avance de la historia de la salvación dependió de su testimonio compartido, comenzando con Abraham que compartió su encuentro por el cual Dios le dijo que se mudara con su familia y confiara en una promesa de fecundidad que parecía imposible. Los profetas también a través de acciones y palabras simbólicas le dijeron al pueblo lo que Dios les decía a ellos. El evento central del Antiguo Testamento, el Éxodo, nos llega a través de generaciones de testimonio personal de la intervención poderosa de Dios.

El mismo Jesucristo es el testimonio del Padre. “Yo hablo lo que he visto en el Padre.” (Juan 8:38) explicó Jesús. “Yo para esto he venido al mundo, para dar testimonio de la verdad.” (Juan 18:37)

La experiencia de conversión de Pablo en el camino a Damasco es uno de los testimonios más famosos del cristianismo. Y no se acaba en la Biblia. Ya sea a través de las Confesiones de san Agustín, los escritos de Teresa de Ávila, Juan de la Cruz o Ignacio de Loyola, esto es lo que sabemos: el testimonio personal es una herramienta esencial de la evangelización.

No debe sorprendernos, entonces, que uno de los más poderosos desarrollos pro-vida de nuestros días sea el movimiento por el cual las mujeres y varones que han perdido niños a causa del aborto hablan públicamente de su dolor y sanación. La campaña Silent No More Awareness, un proyecto de Priests for Life y Anglicans for Life, les da a estos individuos la oportunidad de dar testimonio en iglesias, en los medios de comunicación y en manifestaciones en todo el mundo. Revelan el horror oculto del aborto y proclaman que para aquellos que están alienados por el pecado, ya sea por el aborto o no, hay un Salvador.

Ha llegado la hora que la Iglesia y cada uno de nosotros oigamos y diseminemos los testimonios de estos varones y mujeres. Igualemos nuestro coraje con el de ellos, que confrontan al mundo con la palabra de su testimonio, que se puede encontrar en www.SilentNoMoreAwareness.org y en You Tube www.youtube.com/silentnomorecampaign. Hasta la Corte Suprema reconoció en el 2007 el significado de ese testi. Y eso es sólo el comienzo.


Esta columna se puede encontrar en la página de Internet www.priestsforlife.org/spanish/09-08-31span.htm

sábado, 29 de agosto de 2009

Contágios

1. As leituras deste Domingo (XXII – tempo comum – B) falam-nos dos preceitos ou mandamentos da Lei de Deus como um caminho de vida e felicidade – o que significa que antes de serem uma exigência são um dom que nos é concedido. Esta lei de Deus é a Sua Palavra (Logos) pela qual e para a qual fomos feitos, que foi enraizada nos nossos corações. De modo que viver segundo Ela, em virtude da força que Ela nos comunica, é cumprir ou realizar a nossa humanidade, tendo em vista a meta para a qual fomos criados, onde alcançaremos a plenitude, isto é, a Glória, a comunhão imediata com Deus, o Céu. S. Tiago adverte-nos que o amor de Deus se verifica no amor ao próximo, dando como exemplo o cuidar dos órfãos e das viúvas, e na salvaguarda da Saúde (= Salvação), evitando o contágio do mundo.

Importa aqui notar que a palavra mundo nas Sagradas Escrituras tem, fundamentalmente, dois significados que são divergentes entre si (como outros vocábulos, por exemplo, as águas). Por um lado, o mundo tem uma conotação positiva, uma vez que se refere à Criação de Deus e à justa autonomia relativa (ao Criador) das realidades temporais, como ensina S. Tomás. Por outro lado, porém, a palavra mundo, como acontece, por exemplo, em S. João significa uma mentalidade feita costume que se opõe aos desígnios de Deus, ao Seu amor salvífico. Ora S. Tiago, obviamente refere-se a esta mentalidade dominante que se fecha, que arrenega, adversa e combate a Deus e aos Seus.

De modo que o católico é chamado, como ensina o Concílio Vaticano II, a abrir-se ao mundo, no primeiro sentido, exercendo, não obstante, um rigoroso discernimento, ajuizando e acolhendo o que é bom, aperfeiçoando-o, purificando o que é insuficiente, rejeitando e combatendo decididamente o que é mal. Seria de todo indesculpável uma atitude ingénua, leviana, ou bonacheirona em matéria de tanta gravidade.

2. No Evangelho assistimos a uma polémica entre Jesus e os fariseus a propósito de uns rituais de purificação. Jesus Cristo admoesta os fariseus por lavarem as mãos, os copos e os pratos. Não o faz, no entanto, por condenar a higiene mas sim pela crença tradicionalista de que através daquelas abluções ficariam religiosamente e moralmente limpos. Aos mandamentos da Lei de Deus a tradição tinha acrescentado numerosos preceitos humanos que tinham, de algum modo, ganho uma importância desmedida ao ponto de não poucos se sentirem dispensados do cumprimento da Palavra de Deus, substituindo-a, ou pelo menos menorizando-a, por essas práticas desses rituais. Por isso, o Salvador insiste na purificação interior uma vez que é dos corações dos homens que saem todos os pecados e ignomínias.

A higiene, pelo contrário, pode ser vista como um modo de respeitar e cumprir o mandamento Não Matarás. Este preceito implica não só a proibição absoluta de matar directa e deliberadamente qualquer ser humano inocente mas também a promoção da vida de cada pessoa humana.

A campanha insistentíssima a que temos vindo a assistir a propósito da chamada “gripe A” pode ser entendida, caso seja verdade tudo aquilo que se tem dito sobre a mesma, como uma forma de cuidado pela vida própria e alheia. A higiene seria então uma expressão de justiça e de amor.

3. Embora, como ficou dito, a contundente intervenção do Senhor não tenha a ver directamente com a higiene corporal, talvez nos devamos perguntar se, apesar de tudo, não nos ensina alguma coisa sobre esta obsessão do nosso tempo com a vida meramente temporal e exterior. O facto de reconhecermos a sua importância não nos deveria, de feito, fazer descurar a interior e eterna – “Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas, quem perder a sua vida por minha causa, salvá-la-á” (Mt. 16, 25).

Como é possível que um mesmo estado, como o nosso, cisme tanto em despoluir os ambientes propícios à sobrevivência do vírus ou ao seu contágio e simultaneamente contribua tanto para, por todos os meios, sistematicamente envenenar espiritualmente os cidadãos? Como pode ser que quem se afana tanto na matança de muitas centenas de milhares de pessoas nascituras queira agora surgir como salva-vidas?

Nuno Serras Pereira

29. 08. 2009

HLI Priest-President Re: Kennedy Funeral Scandal: "Private funeral, family only - period"


Catholic funeral for Kennedy is unjust to those who have actually paid the price of fidelity, says Fr. Euteneuer

By Kathleen Gilbert and Peter Smith

HYANNIS PORT, Massachusetts, August 28, 2009 (LifeSiteNews.com) - The public Catholic funeral of Senator Ted Kennedy - whose long career of abortion advocacy helped sever the American Catholic identity from the Church's pro-life teaching - will be a source of immense scandal, says Human Life International (HLI) president Fr. Tom Euteneuer. In addition, he said, Obama's scheduled eulogy at the event amounts to a "perfect absolution" whitewashing Kennedy's opposition to Catholic moral teaching.

A funeral mass has been scheduled for Saturday morning at the Boston Archdiocese's Basilica of Our Lady of Perpetual Help, following the Senator's death Tuesday night after a battle with brain cancer.

Kennedy is well-known for dissenting from Catholic Church teaching in the latter decades of his public life, advocating unrestricted abortion as well as embryonic stem-cell research and same-sex "marriage."

"Ted Kennedy's positions on a variety of issues have been a grave scandal for decades, and to honor this 'Catholic' champion of the culture of death with a Catholic funeral is unjust to those who have actually paid the price of fidelity," said Fr. Euteneuer in a statement Thursday.

"It is not enough for Kennedy to have been a 'great guy behind the scenes' as we have seen him referred to even by his political opponents," he continued.

Euteneuer faulted Kennedy for putting "a Catholic rhetorical veneer" on liberal politics that "did nothing to advance true justice as the Church sees it or to advance the peace of Christ in this world."

"Whatever one's political affiliation, if one is only "Catholic" to the extent that his faith rhymes with his party line, then his Catholicism is a fraud," said Euteneuer.

"He will not be missed by the unborn who he betrayed time and time again, nor by the rest of us who are laboring to undo the scandalous example of Catholicism that he gave to three generations of Americans."

Euteneuer told LifeSiteNews.com (LSN) in a Thursday interview that the best course of action for the Boston Archdiocese's Cardinal Sean O'Malley would be "Private funeral, family only - period."

While O'Malley issued a statement this week praising the senator's "commitment to public service" and offering his prayers, he has not directly commented on the funeral plans. LifeSiteNews.com's phone and email requests for comment from the Boston Archdiocese were not answered.

Euteneuer noted that "we don't really know" if Kennedy repented of his public position before death. "So just because he received the sacrament of reconciliation, doesn't mean he was actually reconciled with the Church and with God," he said. "We just don't know that. We hope for it."

However, said Euteneuer: "We know that Sen. Kennedy did not repent publicly, therefore any kind of public funeral or appearance by public figures like President Obama only reinforces the scandal. It does not do anything to undo the damage that Sen. Kennedy has done."

Pro-life leaders, including HLI and the American Life League, were dismayed that President Obama is scheduled to deliver a eulogy at Kennedy's funeral Mass. Obama and Kennedy have been close allies ever since Kennedy threw his weight behind Obama's presidential campaign - which was recognized as a turning point in Obama's journey to the White House.

"In a certain sense it is the perfect absolution - to use a sacramental term - of a man whose public life has been a continuous slap in the face of the Catholic Church," said Euteneuer of the eulogy.

"We were slapped in the face by President Obama at Notre Dame, and now President Obama is going to preside in a certain sense over a Catholic heretic's funeral and whitewash everything he did which was contrary to the Catholic Church."


To respectfully contact Cardinal O'Malley with concerns:
phone: 617 782-2544
email: sdiago@rcab.org

* NOTE: see Effective Communications in Response to LifeSiteNews Reports http://www.lifesitenews.com/ldn/2009/apr/09042903.html

Archdiocese of Boston:
phone: 617 254-0100
fax: 617 746-5762

Rev. Ray Collins, pastor
Basilica of Our Lady of Perpetual Help
phone: 617 445-2600
fax: 617 445-1857

See related LifeSiteNews.com coverage:

The Kennedy Funeral - A Golden Opportunity or Capitulation for the Catholic Church

Pro-Life Leaders: Tell Cardinal O'Malley Not to Honor Pro-Abortion Kennedy with Public Catholic Funeral

FLASHBACK: Catholic Priests and Professors Share Blame for Kennedys' Pro-Abortion Identity

AIDS Prevention Expert Publicly Re-Affirms Pope's Comment on Condoms Was Right


"The condom does not prevent AIDS"… "Only responsible sexual behavior can address the pandemic."

By Patrick B. Craine

RIMINI, Italy, August 27, 2009 (LifeSiteNews.com) - Once again, the director of Harvard's AIDS Prevention Research Project has publicly affirmed that the Pope was right on AIDS and condoms, as Zenit reports.

Dr. Edward Green affirmed the Pope's teaching in an address this past Tuesday at the 30th Annual Rimini Meeting for Friendship Among the Peoples, sponsored by the Communion and Liberation lay movement.

"As a scientist [I] was amazed to see the closeness between what the Pope said last March in Cameroon and the results of the most recent scientific discoveries," said Dr. Green. "The condom does not prevent AIDS. Only responsible sexual behavior can address the pandemic."

"When Benedict XVI said that different sexual behavior should be adopted in Africa, because to put trust in condoms does not serve to fight against AIDS," he continued, "the international press was scandalized."

This March, Pope Benedict ignited a worldwide controversy, outraging media, world leaders, and even church members, when, on his first pastoral visit to Africa, he said that condoms only heighten the problem of AIDS. AIDS "is a tragedy that cannot be overcome by money alone, that cannot be overcome through the distribution of condoms, which even aggravates the problems," he told reporters.

Notable critics were notoriously pro-abortion former British Prime Minister Tony Blair and his wife Cherie. Interestingly, Mr. Blair, who joined the Catholic Church in 2007, but has not repudiated his anti-life views, is a featured speaker at this year's Rimini event.

The Pope was supported at the time, however, by members of the Church hierarchy, Catholic doctors, and Dr. Green himself.

In affirming the Pope, the AIDS expert also manifested a limited support for condoms, however, which is a view contrary to Catholic teaching. "The condom can work for particular individuals, but it will not serve to address the situation of a continent."

"To propose the regular use of the condom as prevention in Africa could have the opposite effect," he said.

Green pointed to the success of the Ugandan 'ABC' strategy, which says, "Abstain, Be faithful, and, as a last resource, use a Condom."

"The president was able to tell the truth to his people, to young people, that on occasions some sacrifice, abstinence and fidelity are necessary," he said. "The result has been formidable."


See related LifeSiteNews.com coverage:

Pope Says Condoms Not Solution to AIDS

Harvard AIDS Expert Says Pope is Correct on Condom Distribution Making AIDS Worse