Filipe d' Avillez
Ninguém pede que todos os militares sejam loucos, mas sabemos que alguns devem-no ser, porque precisamos de Comandos, de Rangers e de Paraquedistas para termos forças armadas fortes.
De igual forma, na Igreja nem todos somos chamados ao mesmo serviço. Alguns são missionários, outros são contemplativos, outros são pais e mães de famílias, formando e educando novos cristãos.
E depois temos os loucos. Podem ser incómodos, inconvenientes, embaraçosos por vezes, mas precisamos deles. Alivia-nos saber que existem para fazer o trabalho sujo que sabemos ser necessário, mas que não queremos para nós.
Eu não tenho dúvidas que o Pe. Nuno é louco. Nem tenho medo de o ofender, porque também não duvido que ele próprio o saiba. Não poucas vezes assisti com tristeza a gestos dele que achei incómodos e inconvenientes. Chegou a escrever artigos e cartas abertas a criticar com dureza pessoas que me são muito próximas. Louco... doido varrido.
Mas tenho outra certeza. Precisamos dele. A Igreja precisa dele e o movimento pró-vida, precisa dele, e não sei de ninguém que se disponha a fazer em prole desse movimento aquilo que ele faz e a sofrer como só Deus sabe que ele sofre.
Obrigado Pe. Nuno. Obrigado pelo Infovitae, pelo trabalho que faz atrás do computador e no campo. Obrigado por essa loucura santa que tanta falta nos faz. Obrigado por lutar incansavelmente para que os meus filhos sejam protegidos e respeitados durante toda a sua vida, e para que outros tenham a oportunidade de nascer, crescer e ser como Deus quiser que sejam. E se Ele os quiser loucos como você, louvemo-Lo na sua infinita sabedoria.