In Boletim electrónico InfovitaeCaros leitores
A propósito da troca de impressões entre o Dr. Henrique Mota e o P. Nuno Serras Pereira sobre a tradução do livro do Santo Padre, o Infovitae apresenta a comparação entre a tradução inglesa da Ignatius press (cujo fundador e editor, P. J. Fessio, S. J., foi aluno do então Professor J. Ratzinger e é amigo pessoal do Papa Bento XVI) e a da Lucerna, naqueles pontos de desacordo entre o editor da Principia/Lucerna e o P. Serras Pereira, esperando deste modo dar mais um contributo para o debate. O sublinhado em negrito é da responsabilidade do Infovitae.
A Inglesa:
“There may be a basis in the case of some individuals, as perhaps when a male prostitute uses a condom, where this can be a first step in the direction of a moralization, a first assumption of responsibility, on the way toward recovering an awareness that not everything is allowed and that one cannot do wathever one wants. But it is not really the way to deal with the evil of HIV infection. That can really lie only in a humanization of sexuality.
Are you saying, then, that the Catholic Church is actually not opposed in principle to the use of condoms?
She of course does not regard it as a real or moral solution, but, in this or that case, there can be nonotheless, in the intention of reducing the risk of infection, a first step in a movemente toward a different way, a more human way, of living sexuality.”
A Portuguesa:
“Pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo a utilização do preservativo por um prostituto, em que a utilização do preservativo possa ser um primeiro passo para a moralização, uma primeira parcela de responsabilidade para voltar a desenvolver a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. Não é, contudo, a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por HIV. Essa tem, realmente, de residir na humanização da sexualidade.
Quer isso dizer que, em princípio, a Igreja Católica não é contra a utilização de preservativos?
É evidente que ela não a considera uma solução verdadeira e moral. Num ou noutro caso, embora seja utilizado para diminuir o risco de contágio, o preservativo pode ser um primeiro passo na direcção de uma sexualidade vivida de outro modo, mais humana.”