Maria José Vilaça
2 de Fevereiro de 2009
Não posso dizer muito mais sobre o
A bem dizer, a minha área de trabalho tem sido principalmente o outro lado. Isto é, o lado “depois do pecado”, o lado da misericórdia e do perdão. É o lado onde a miséria humana se encontra com a misericórdia de Deus. Digamos que não trabalho tanto na prevenção, mas mais na remissão. E devo dizer que é com imensa alegria que o faço. Não com a alegria de constatar o pecado, mas com a alegria de constatar a redenção! Posso dizer todos os dias, como Santo Agostinho, “Feliz culpa que nos fez merecer tão grande redentor!” Posso dizer todos os dias “Senhor, na minha fraqueza dou graças pela Tua força; perante o meu pecado mendigo a Tua santidade; na minha debilidade revela a Tua glória”. E estou plenamente convencida de que a redenção é o mistério que torna a nossa humanidade mais perto da divindade, mais verdadeira. A humanidade verdadeira é a humanidade redimida. É a humanidade que contemplamos em
Cristo que nos diz o que nós somos chamados a ser.
O
Hoje, 2 de Fevereiro, a Igreja celebra a Apresentação de Jesus no Templo, invoca Maria como Nossa Senhora da Luz ou Nossa Senhora da Candelária e dedica o dia aos consagrados. Recordando as palavras do velho Simeão, recordamos que Jesus foi apresentado justamente como sinal de contradição ao mesmo tempo que se anunciava a cruz como caminho de salvação – “eis que uma espada atravessará o teu coração”. Foi por isso que fiz questão de escrever ao
Que Deus abençoe o Pe.Nuno e que ele, como consagrado, unido a Cristo, continue a ter a coragem de ser sempre um sinal de contradição no nosso mundo.
Mas foi também o encontro com Jesus que deu a Simeão a serenidade para dizer “Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixarás ir em paz o teu servo, porque meus olhos viram a Salvação” Porque quem conhece a verdade, está na luz e nada teme. "Eu, a luz, vim ao mundo para que aquele que crê em mim não permaneça nas trevas" Jo 12,46.
Por isso convido quem ler estas palavras a associar-se a uma acção de graças pelo
Obrigada Pe.Nuno, pelo dom que faz da sua vida.