28. 09. 2013
Nós, sacerdotes, somos assaltados
com miríades de perguntas surpreendentes sobre assuntos que cuidávamos serem
consabidos de todos. Eu tenho gasto muito tempo quer por conversas quer por
escrito em procurar responder longamente explicando com minúcia o que Nosso
Senhor ensina através da Sua Igreja. Mas descobri agora que tenho andado
enganado e que há um método expedito e altamente esclarecedor – responder a uma
pergunta com outra que deixa o conteúdo da interrogação em aberto e remata para
o olhar afectuoso de Jesus.
Daqui em diante quando me
perguntarem se a Igreja aprova:
a) o adultério deverei responder:
Deus, quando olha para uma pessoa adúltera, aprova a sua existência com afecto
ou rejeita-a, condenando-a?
b) o salário injusto deverei
retorquir: Deus, quando olha para uma pessoa injusta, aprova a sua existência
com afecto ou rejeita-a, condenando-a?
c) os sacerdotes predadores
sexuais que das crianças deverei replicar: Deus, quando olha para a pessoa do sacerdote
que comete esses abusos, aprova a sua existência com afecto ou rejeita-a,
condenando-a?
d) a matança de judeus por parte
de nazis deverei retrucar: Deus, quando olha para uma pessoa nazi, aprova a sua
existência com afecto ou rejeita-a, condenando-a?
e) o abortamento de milhões de
pessoas nascituras por parte dos controladores demográfico e patrões e
empregados da indústria do aborto deverei volver: Deus, quando olha para essas
pessoas matadoras, aprova a sua existência com afecto ou rejeita-as,
condenando-as?
f) a imensidade de idosos eutanasiados
socialmente ou “medicamente” deverei ripostar: Deus, quando olha para essas
pessoas eutanazis, aprova a sua existência com afecto ou rejeita-as,
condenando-as?
g) o terrorismo que dizima multidões
de inocentes deverei tornar: Deus, quando olha para essas pessoas terroristas,
aprova a sua existência com afecto ou rejeita-as, condenando-as?
Ora aí está uma pastoral
esclarecida e fecunda.