sábado, 17 de novembro de 2012

A Formidanda Desumanidade do Ministério da Saúde - Nuno Serras Pereira

N. B. Estas escreveduras que redijo, a conta-gotas, para serem adequadamente compreendidas devem ser lidas como fragmentos (ou no contexto) de um todo constituído não só por todos os outros rabiscos da minha autoria mas também dos escritos de muitos outros autores, que têm sido publicados no boletim Infovitae e no blogue Logos, e à luz do Magistério da Igreja.


Hoje, apesar de em Portugal isto ser silenciado pela nova censura, é um dado adquirido e indiscutível que o crescimento exponencial do cancro da mama é fruto da pílula contraceptiva e do aborto provocado. De igual modo, um enorme número de nascimentos prematuros é causado pela procriação tecnicamente substituída (indevidamente apelidada de procriação medicamente assistida), e pelo aborto provocado em mulheres que posteriormente dão à luz novos filhos. Para além dos múltiplos problemas de saúde que em geral afectam estas crianças, importa adiantar que em não poucos casos, pela sua maior precocidade, elas não sobrevivem muito tempo ao parto. Ademais as insalutíferas consequências físicas e psíquicas graves (que podem, para dar um exemplo, chegar ao suicídio) dessas práticas nas mulheres são bem conhecidas e aceites na comunidade médica internacional. Deve-se por fim considerar atentamente que nenhuma das intervenções impropriamente realizadas em nome da saúde constitui um acto médico. A contracepção qua contracepção consiste em adoentar as mulheres saudáveis – é verdade que a pílula pode ser usada, em algumas circunstâncias (embora raras se comparadas com o uso primário) com fins terapêuticos mas uma vez que há outros fármacos a que se pode recorrer sem os seus efeitos perniciosos é malvadez recorrer à mesma; o aborto directo, isto é, querido como fim ou como meio, não cuida de um paciente nascente, pelo contrário, destrói-o violentamente; a procriação medicamente substituída não cura nem a infertilidade nem a esterilidade do homem ou da mulher – limita-se a substituí-los na fecundação -, depois mata à farta multidões de pessoas na sua etapa embrionária sujeitando-as a graves sevícias ou/e congelando-as. Tudo isto é do pleno conhecimento do ministério da saúde e da direcção-geral da mesma.

Esta elementar verificação indica evidentemente o seguinte:

a) - Os gastos económicos com as injustiças da contracepção, do aborto e da procriação artificialmente substituta não se limitam ao financiamento e patrocínio estatal destas práticas mas também às suas sequelas devastadoras.

b) – Estes suplícios tamanhos infligidos a tantas pessoas - quer as que padecem directa e indirectamente estas agressões cruéis e sanguinolentas quer as que são vítimas de um desamparo malvado, em virtude da subversão da justiça na aplicação dos recursos -, só poderão ser advogados por uma política maquiavélica e desalmada.

17. 11. 2012