segunda-feira, 5 de abril de 2010

Quantos mais pedidos de desculpa serão necessários?


Rodrigo Faria de Castro


É fácil culpar a Igreja. É fácil culpar o Papa. E é fácil ir buscar opiniões divergentes da Doutrina Católica para minar a imagem da Santa Madre Igreja.


Estes casos de pedofilia noticiados na comunicação social, muitos deles com mais de 20 ou 30 anos, rebentam de novo. E rebentarão sempre que for preciso manchar a imagem da Igreja. Já aconteceu com outros temas. Já conhecemos a estratégia dos grupos jacobinos, falsos moralistas, defensores de perversidades e de atentados contra a dignidade e vida do Ser Humano.


O raciocínio cruel é este: quanto mais manchada estiver a Igreja menos eficaz será a sua voz na defesa do Bem e da Verdade, Valores e Virtudes, Vida e Família. Quem tem a única voz que se levanta contra toda a imoralidade, que está a provocar uma crise de valores mundial? Logo a Igreja torna-se o último alvo a abater.


Alguns membros da Igreja pecaram gravemente. Pecado que brada aos Céus e clama por vingança Divina. Mas já há muito a Igreja ensina a monstruosidade destes pecados que bradam aos Céus, entre outros: 1. Homicídio voluntário (cf. Gn 4,10); 2. Pecado de luxúria contra a natureza (cf. Lev 18,22-23); 3. Oprimir os pobres, órfãos e as viúvas (cf. Ex 22,22; Tg 1,27); 4. Negar o salário aos que trabalham (cf. Dt 24,14;Tg 5,4). Os propulsores destas notícias, que tentam colar à Igreja a imagem de conivência com a pedofilia, são os mesmos que praticam, defendem e justificam outros pecados que bradam aos Céus (aborto, eutanásia, homossexualidade, escravatura do século XXI...).


A Igreja já pediu várias vezes e de várias formas desculpa por estas enormes maldades provocadas por alguns clérigos. Alguns destes clérigos, predadores de crianças e adolescentes, são indivíduos infiltrados de grupos que querem abalar a Igreja por dentro, outros com graves demências que encontraram na Igreja um local onde conseguiam poder e autoridade. Todos criminosos, sem dúvida. Continuam as tentativas infrutíferas para destruir a Igreja. Mas todo o cristão sabe que isso é impossível. O próprio Cristo o disse, e portanto estamos confiantes: "E Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16,18)."


E ainda há católicos que vomitam que o Papa deveria pedir desculpa, assumir estes erros... O Papa não responde e não tem de responder pelos pecados de cada Católico. Cada um é responsável pelos seus. São Pedro disse que Jesus durante a Sua injusta condenação: "ao ser insultado, não respondia com insultos; ao ser maltratado, não ameaçava" (1Pe 2, 23). E muito bem afirmou o Cardeal Martini: "O Papa não precisa de ser defendido porque é claro para todos a sua irrepreensibilidade, o seu sentido de dever e a sua vontade de praticar o bem. As acusações que têm sido lançadas contra ele nestes dias são ignóbeis e falsas. Será belo constatar a firmeza de todos os homens de boa vontade em estar com ele e em ampará-lo na sua difícil tarefa."


Que quererão mais? Crucificá-lo?