A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) saiu em defesa do Papa Bento XVI e manifestou a sua solidariedade a Joseph Ratzinger face aos recentes ataques feitos à Igreja relacionados com os abusos sexuais de crianças e adolescentes.
Em pronunciamento, na quarta feira, na cadeia nacional das televisões católicas, o presidente da CNBB e arcebispo de Mariana (Minas Gerais), D. Geraldo Lyrio Rocha, expressou o seu apoio ao Papa.
“Sem temer a verdade, o Papa Bento XVI não só reconheceu publicamente esses graves erros de membros da Igreja, como também pediu perdão por eles”, declarou D. Geraldo, criticando a “campanha difamatória” contra a Igreja Católica e contra o Papa.
A CNBB também divulgou um comunicado de solidariedade que condena os “duros e injustos” ataques sofridos pelo cardeal Ratzinger.
“O Papa, ao reconhecer publicamente os erros de membros da Igreja e ao pedir perdão por esta prática, não merecia esse tratamento”, destaca o comunicado assinado pelos altos representantes da Conferência dos Bispos.
O comunicado ressalva que “a imensa maioria de sacerdotes não está envolvida nesta problemática gravemente condenável, provavelmente não chegam a um por cento os envolvidos”.
“É de se lamentar”, continua o comunicado, que a “divulgação de notícias relativas a esses crimes injustificáveis se transforme numa campanha difamatória contra a Igreja Católica e contra o Papa”.
Uma “análise objetiva dos fatos e depoimentos dos próprios envolvidos nos escândalos revela a fragilidade dessas acusações”, critica a CNBB.
As recentes acusações de pedofilia na Irlanda, na Holanda, na Áustria, na Alemanha e nos Estados Unidos envergonharam a Igreja Católica.
No Brasil, imagens de um padre brasileiro a abusar sexualmente de um adolescente, no interior do estado de Alagoas, é mais um escândalo que se soma aos inúmeros que estão a ser revelados em todo o mundo.