1. a) Depois da II G. Guerra centenas de homens que tinham sido preparados para exe-cutar o extermínio, nos campos de concentração, foram submetidos a pormenorizados testes pois pensava-se que eram psicopatas especificamente recrutados pelos nazis. Mas a conclusão do relatório foi que neste grupo não se encontraram mais anomalias do que na população em geral. A única característica comum a todos foi a de que tinham sido com¬pletamente dessensibilizados à violência e ao matar (L. Dawidowicz, The war against the Jews,New York: Holt, Rinehart, Winston, 1975.). A quase totalidade dos assassinos dos campos de concentração era composta de seres humanos perfeitamente comuns (C. Browning’s, Odinary Men, Harper-Collins Publishing, 1992. Reviewed in the April 12, 1992 New York Times Book Review by psychiatrist Walter Reich).
b) Mal os prisioneiros chegavam aos campos de concentração, separavam-se as crianças das suas mães. Depois eliminavam-se estas. Em seguida matavam, de “consciência tranquila”, as criancinhas, já que sem as suas mães a sua “qualidade de vida” (Lebensqualitat) seria muito baixa (idem). Deste modo os membros desta unidade, constituída por gente comum, chacinaram milhares de crianças de 2-3 anos. No julgamento de Nuremberga invocaram em sua defesa que agiam de acordo com a lei e que se limitavam a participar em “actos de misericórdia” (ibidem).
c) Hoje em dia, nos EUA, muito do pessoal das clínicas de aborto admitiram candidamente que se fosse legal matar, em clínicas, crianças perfeitamente saudáveis de 4-5 anos eles ajudariam de bom agrado. Atente-se nesta entrevista típica:
“Pergunta - Desde que ganhe dinheiro, não importa?
Empregada de clínica - Desde que haja comida para a boca, não, não importa. É legal...É legal...É legal!
P. - Então se se legalizar a morte de crianças de 4 anos, você não teria nenhum problema?
E. C. - Não, não teria prolema [em matá-las] ... A minha consciência está muito tranquila...” (“Abortion Clinic Staff Worker Gives Her Excuses”. Life Advocate (publication of Advocates for Life Ministries, Portland, Oregon), April 1992, p. 21.). (Cf B. Clowes).
2. Estudos sobre a psicologia da moralidade revelam que a lei é, de facto, um guia. Uma das conclusões mais significativas desses estudos mostra que as leis em vigor, juntamente com os costumes, constituem o critério mais importante quando se trata de julgar o que é bem e o que é mal. A maioria das pessoas olha para a lei como um guia moral.
Num estudo realizado nos EUA, 72% das mulheres interrogadas afirmaram categorica-mente que se o aborto fosse ilegal nunca o teriam feito; 24% exprimiram dúvidas sobre se o teriam feito ou não; Somente 4% das interrogadas afirmaram que teriam feito o aborto ainda que ele fosse ilegal. (Cf. Aborted Women: Silent No More, David Reardon, Chicago, Loyola University Press, 1987).” (cf. João Araújo).
Nuno Serras Pereira